terça-feira, 19 de junho de 2012

Pastores celebridades e os filhos de Belial



“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (I João 5.21)

Passado alguns meses, recebi um telefonema de um obreiro de uma igreja pentecostal no interior fluminense, solicitando uma relação de pastores e cantores famosos, que estivessem na mídia para serem contratados para o aniversario da congregação a peso de ouro. Procurei argumentar que Deus procura os verdadeiros adoradores e pregadores compromissados e que vivam a Palavra pregada. Mais foi em vão, os jovens estavam decididos a fazer pedágios nas ruas do bairro para arrecadarem recursos suficiente afim de pagarem a estrela gospel do momento. Com as Senhoras, também não era diferente, estavam mobilizadas a promoverem almoços na igreja, não para investir no envio de missionários para evangelizar os índios na Amazônia, mais sim, para contratarem a madona gospel, que mesmo depois de diversos escândalos continuaram fazendo sucesso no seguimento evangélico. Como bem disse Warren Wiersbe em seu livro: A Crise de integridade, : Nos últimos anos, a Igreja tem tido celebridades demais e servos de menos, o numero demasiado grande de pessoas com muitas medalhas mais sem cicatrizes. Onde observando suas vidas e ouvindo as suas mensagens, jamais saberíamos que o evangelho se refere a um humilde judeu que foi pobre, rejeitado e crucificado nem tão pouco suspeitaríamos que Ele disse: “Bem aventurados vos os pobres, porque vosso é o Reino de Deus” Lucas 6.20.O ou,” Mais ai de vós os ricos! Porque tendes a vossa consolação” Lucas 6.24. A Celebridade religiosa fabrica a mensagem que mais realça a sua popularidade e talvez aumente a sua renda. O verdadeiro pastor, se preocupa com sua integridade espiritual e nem tanto com uma mensagem popular que agrada os corações deu m povo neófito. O pastor celebridade não prega sobre pecado, arrependimento ou julgamento, pois isto não agrada ao povo idolatra. “Ele seduz as multidões com mensagens triunfalistas e emotivas, onde a fraude e fé nos ídolos gospel andam de mãos dadas”. Jesus no seu relacionamento com as pessoas era franco e honesto, não tentava, seduzi-las com palavras doces. As vezes Jesus usada paralelos interessantes para conseguir a atenção dos seus ouvintes, mais depois fazia com que enfrentassem seus pecados. Obteve a atenção da mulher junto ao poço falando sobre a Agua Viva, mais depois ela teve que encarar seus pecados,: Vai, chama teu marido e vem cá , João 4.16. Jesus estava longe de ser um pregador celebridade, na realidade algumas das suas mensagens foram tão condenadoras que os ouvintes desejavam mata-lo! James Cooper definiu uma das características dos pastores celebridades: “ A Demagogia”. O Demagogo é o individuo que promove seus próprios interesses simulando uma dedicação profunda aos interesses dos outros, onde de todos os demagogos, os religiosos são os mais desprezíveis, pois eles sabem como seduzir e enganar o povo, até mesmo mais que os políticos profissionais. No inicio do movimento pentecostal brasileiro, quando os crentes eram perseguidos pelo estado que estava atrelado ao governo católico Romano, não existia pastores celebridades e o evangelho pregado não era popular do tipo água com açúcar, como também não existia escândalos envolvendo os pastores, na sua maioria de origem e profissão simples, tais como: pescadores, pedreiros, carpinteiros, barbeiros, etc. A autoridade e unção não estão na fama alcançadas por um titulo teológico ou até mesmo pelos holofotes da midia eletrônica. Para exercer um chamado tão especial não basta ser famoso. É necessário que o pastor seja santo e esteja em continuo processo de busca da santificação. Ele não terá autoridade se não tiver as marcas de Cristo em sua vida. Ele não terá unção do Espírito para pregar e celebrar se não tiver o caráter de Cristo. Ele corre o risco de ser descoberto e desmoralizado mais cedo ou mais tarde. Então virá o pior de todos os escândalos; O Escândalo religioso. Jesus nos ensinou que o escândalo é inevitável, mais acrescentou: “ Ai do homem pelo qual vem o escândalo”. Na opinião de Jesus seria melhor amarrar uma pedra de moinho no pescoço do portador do escândalo e afoga-lo nas profundezas do mar. Mateus 18-6-9. O Pastor seja reformado, pentecostal ou neopentecostal, precisa recitar em voz alta junto com o apostolo Paulo: “ Não damos motivos de escândalo a ninguém, em circunstancia alguma para que o nosso ministério não caia em descrédito” I I Coríntios 6.3. Infelizmente existe em todas as igrejas, os filhos de Belial, aquele que “ Não serve para nada” , assim como os dois filhos do sacerdote Eli – Hofni e Fineias, que tornaram-se execráveis I Samuel 3.13, e fizeram o povo pecar por seu mal exemplo e pela ausência de exortação ISamuel 2.24. A Igreja não precisa de pastores celebridades e tão pouco dos filhos do sacerdote Eli. A igreja necessita de pastores que preguem o evangelho verdadeiro que exalta a Deus e condena o pecador. Não podemos estimular o orgulho do pecador. Não podemos alimentar o Ego pecaminoso nos pastores celebridades. Antes de aceitarmos mensagens triunfalistas e de facilidades propiciadas pela teologia da prosperidade ou auto ajuda, precisamos aceitar as mais novas sobre nos mesmos e arrependermos dos nossos próprios pecados. Baruch Há Shem! Sergio Cunha.

O quê a Igreja significa para você?


À alguns anos fui convidado a participar de uma reunião com pastores dirigentes de igrejas, na sua maioria de pequenos templos na periferia da cidade e com rebanhos formados também na maioria de pessoas muito simples e humildes. Na ocasião foi apresentado uma estratégia de crescimento e aumento da receita das congregações, utilizando-se do modelo bíblico de administração de Jacó, José, Daniel e Neemias. Porem no meio da palestra motivacional, o líder daquela denominação fez uma pergunta questionadora sobre o significado da igreja, para cada um dos participantes. Para nossa tristeza, muitas das explicações pessoais, fugiam do principio bíblico neotextamentario . Para muitos pastores a Igreja onde ele lidera um rebanho , não passa de um belo edifício no centro de uma praça principal de seu bairro. Para outros a igreja é apenas uma organização religiosa mundial que visa trazer a paz de Cristo para as nações e povos. Para poucos, a igreja funciona como uma agencia bancaria, onde investe-se suas sementes de prosperidade, uma espécie de poupança espiritual, onde o pastor é o gerente da agencia. Para boa parte da juventude alienada e sem comprometimento com o Reino de Deus, a igreja é um clube de entretenimento onde se encontra os amigos nos fins de semana. Para algumas mulheres a igreja representa uma passarela de moda, onde ela vai desfilar com seu ultimo modelito comprado no shopping. Para pastores politiqueiros , a igreja é um partido polico sempre aliada do governo, não importa que seja de esquerda ou direita, contanto que lhe ajude a estabelecer seu próprio reino. Apesar das definições confusas de “igreja” em nosso tempo, qual o significado real e verdadeiro da igreja de Cristo na Biblia.


Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”(1 Pedro 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2:19-22).


A palavra grega traduzida como “igreja” significa, literalmente, “chamado para fora” e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar (Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2; Colossenses 1:1-2).


Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da “igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Romanos 5:8; 1 Coríntios 6:19-20).


A Igreja Universal e a Igreja Local


Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Efésios 5:23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).


Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1 Coríntios 1:2); “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:17); “...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” (Romanos 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé.


A Igreja: Organismo, não Organização


A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo que compõe a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (Atos 20:28; 1 Coríntios 6:20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece (João 14:15, 23).


Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Colossenses 1:18,24; Efésios 5:23). Estes membros do corpo são “blocos” ou “pedras” usados na construção da igreja (1 Pedro 2:5; 1 Coríntios 3:10-15).


Muitas pessoas sugerem que a “igreja universal” é constituída de todas as congregações locais no mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem ser identificados e contados (Romanos 16:14, 15; 1 Coríntios 16:19; Colossenses 4:15). A igreja universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens. Somente Deus pode contar e identificar seus “primogênitos arrolados nos céus” (Hebreus 12:23).


Descrições Bíblicas da Igreja que Pertence a Jesus


A Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja. É errado, portanto, insistirmos num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar. Muitas passagens falam simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou casa) onde o grupo de cristãos se reunia. Portanto, podemos nos referir à igreja simplesmente como “a igreja” (Atos 8:1; 9:31; Romanos 16:1).

Frequentemente, as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação que existe entre o Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes, chamada “a igreja de Deus” (veja Atos 20:28; 1 Coríntios 1:2; 10:32; Gálatas 1:13; 1 Timóteo 3:5,15). Jesus derramou seu sangue para comprar a igreja. Portanto, Paulo falou de “igrejas de Cristo” (Romanos 16:16) e Jesus falou de sua própria igreja (Mateus 16:18). O povo de Deus pode ser corretamente descrito como a “igreja dos primogênitos arrolados nos céus” (Hebreus 12:23).

Consideremos o significado de descrições bíblicas comuns da igreja.


- O Corpo de Cristo (Colossenses 1:24; Efésios 1:22-23; 4:12). Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus Cristo (Efésios 5:23; Colossenses 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Efésios 3:6; 4:16; 5:30).


- O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mateus 3:2; 4:17; Lucas 4:43; Atos 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). A ideia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (veja 1 Coríntios 4:20; Hebreus 1:8; 12:28-29; Mateus 28:18-20; Apocalipse 12:10). O reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus. Podemos entrar no reino somente quando formos transformados espiritualmente (Colossenses 1:13). Como servos do Rei, temos que desenvolver as características espirituais de nosso Senhor (Tiago 2:5), incluindo sua humildade, inocência (Marcos 10:14-15) e santidade (1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21).


- A Casa de Deus (1 Timóteo 3:15) não é um edifício material, mas o santuário e a habitação do Senhor (Efésios 2:21-22). É um edifício espiritual (1 Pedro 2:5).


- O Rebanho de Deus (Atos 20:28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas (João 10:11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida eterna (João 10:27-28).


Nomes Humanos Causam Divisão


A divisão religiosa em nossa sociedade é vergonhosa. Muitas pessoas estão confusas num mundo com muitos nomes diferentes de igrejas. Alguns destes nomes honram certos homens, enquanto outros ressaltam pontos doutrinários específicos.

A unidade dos salvos é baseada no nome e na doutrina de Cristo. Devemos fazer tudo pela autoridade de Jesus ou em seu nome (Colossenses 3:17). “Não há salvação em nenhum outro...nome...” (Atos 4:12). Esta unidade é possível somente quando falamos e pensamos a mesma coisa, que é a doutrina de Cristo (1 Coríntios 1:10). Quando os homens começam a seguir outros homens, perdem a unidade com Cristo e seu povo (1 Coríntios 1:11-13). Divisões e contendas acontecem na igreja, em parte, porque algumas pessoas se identificam somente com nomes humanos. Paulo argumentou que devemos identificar-nos somente com o Senhor que servimos. Jesus foi crucificado por nós e somos batizados em seu nome. Jesus, e não homens, merece nossa dedicação e honra. Os verdadeiros seguidores de Deus fazem parte da igreja que pertence a Jesus.  Baruch Há Shem ! Sergio Cunha






segunda-feira, 18 de junho de 2012

Liberais e neopentecostais, um novo e perigoso caso de amor


Tenho reparado nas redes sociais que muitos dos neopentecostais tem aplaudido, comentado e repassado aos seus amigos virtuais, algumas frases de efeito proferidas pelos liberais. Neste perspectiva se tornou comum encontrar os adeptos do neopentecostalismo vibrando com expressões do tipo:
"Mais do que entender a Biblia, o importante é saber respeitar outras pessoas, ter compaixão de quem sofre, pois no fundo a Biblia é isso."
"Pessoas que destilam ódio em nome da doutrina religiosa podem ter encontrado religião, mas não Deus. Deus é amor e misericórdia."
"Deus é amor e se manifesta de forma diferente nas religiões."
"Os evangélicos precisam rever seu conceito medieval de salvação"
"Juízo eterno? Não! Deus é amor, no final de tudo o amor prevalecerá e todos os homens serão salvos"
"Não julguemos os homens, nem tampouco as suas doutrinas, isso não nos cabe. Vamos amar as pessoas, tratando-as com o amor do Cristo."
Pois bem, os liberais não se cansam de falar de amor. Em quase todos os seus textos é comum encontrarmos a afirmação de que Deus é amor e que em virtude disso, ele não julga ninguém, não condena ninguém. Todavia, os adeptos do liberalismo teológico se esquecem que as Escrituras apontam para o fato inexorável de que Deus além de amoroso é justo, e que no dia final, há de tratar com os homens consoante os seus pecados.
Ora, antes que me apedrejem, gostaria de afirmar que é claro que eu sei que Deus é amor. As Escrituras afirmam isso de forma inequívoca. O que seria de nós sem o amor e a graça de Cristo? O que seria das nossas miseráveis vidas se Jesus não tivesse morrido por nós na cruz? Que amor maravilhoso é esse, não é verdade? Entretanto, o fato de saber que Deus é amor, não me dá o direito de distorcer a verdade. JESUS CRISTO, a expressão máxima do AMOR, é também a mais absoluta VERDADE (João 14:6).
Bom, talvez você esteja se perguntando: Tudo bem, mais o que isso tem há ver com os neopentostais?
Tudo! Deixe-me explicar!
Os neopentecostais e suas doutrinas espúrias tem sido severamente criticados pela ortodoxia evangélica. É comum encontrarmos na blogosfera cristã inúmeros textos refutando as heresias do neopentecostalismo, o que de certa forma tem proporcionado a descoberta da verdade bíblica por milhares de nossos irmãos. Em contrapartida, um número incontável de neopentecostais tem rechassado a postura conservadora por parte da igreja brasileira, alegando que falta entre os que combatem o neopentecostalismo, amor e compaixão. Nesta perspectiva os neopentecostais em questão, tem vibrado com as expressões de "tolerância" usada pelos liberais, o que infelizmente tem proporcionado a aproximação destes dois grupos.
Prezado amigo, todos sabemos das distorções teológicas do neopentecostalismo e dos seus malefícios para a igreja brasileira, no entanto, o que muitos de nós desconhecemos é que o liberalismo teológico é muito pior. Sim! O liberalismo teológico é um câncer que vagarosamente arrebenta a saúde da Igreja. Como bem afirmou Augustus Nicodemus os "Liberais são parasitas, e assim como um vírus se instala num organismo debilitando o corpo do individuo, da mesma forma eles se instalam na igreja sugando-a até ficar só a carcaça, para depois buscar outro hospedeiro".
Caro leitor, o que me preocupa é fato de que em virtude da fraqueza teológica dos neopentecostais os liberais encontrem espaço em seus arraiais, instalando em suas débeis estruturas de pensamento, um tipo de vírus, que se não tratado com firmeza poderá produzir males quase que irreparáveis.
Sem sombra de dúvidas esse é um namoro que me preocupa!Por Renato Vargens

Porque há tantos pastores ruins?


De uns tempos para cá tenho visto, com uma incredulidade cada vez maior, um fenômeno que me força a fazer esta reflexão. Minha incredulidade se resume a isto: será que há tantos pastores ruins e tão poucos bons pastores neste nosso Brasil, meu Deus?!
Pergunto isso (primeiro a mim mesmo e, em segundo lugar, de modo mais temático) porque na blogsfera-internet-facebook-twitter-cultura (neologismo meu, confesso) o consenso parece ser o de uma condenação generalizada da categoria. Anteontem foi o Dia do Pastor. Mas, será que resta o que celebrar? Pelo que leio por aqui, poderíamos muito bem chamar a data de O Dia do Farsante.
O clero anda em baixíssimo conceito com os internautas. Será que é o caso entre os que não navegam pelos fios óticos e wi-fis deste mundo virtual? Não sei. Sinceramente, não sei. Mas, já que estou aqui na blogsfera, lá vai a minha reflexão para quem compartilha do universo virtual.
Primeiro, quero afirmar que conheço muitos pastores. Muitos dos que conheço são bons pastores. São pessoas movidas por um desejo de servir a Deus (pelo menos é como eles começaram). Há um desnível de preparo e oportunidade entre eles, claro. Mas há uma motivação inicial que me parece uma regra. Cada um se sentiu chamado por Deus para servi-lo e, consequentemente, alimentar as suas ovelhas.
Há maus pastores, confesso. Creio que nem todos têm um pastor em quem podem confiar, a quem recorrer ou de quem sequer têm orgulho de ter como o seu pastor. E, sabendo desse fato, creio ser importante pontuar algumas razões para isso.
Há muitos pastores no Brasil, hoje, que não foram bem preparados para o ministério. Alguns foram criados em situações que sequer exigia um ensino ou treinamento (teológico, bíblico ou ministerial). Bastava “levar jeito” pra esse “negócio” e logo foram promovidos para ocupar lugares para os quais não têm a menor noção do que se trata. Sem preparo teológico, bíblico ou ético, acabaram lançando mão de qualquer maluquice que parece “dar certo”. Fizeram correntes de toda sorte. Suas mensagens não passam de capítulos de livros que leram ou que estão na moda, como: prosperidade, guerra espiritual, conquista de cidades ou coisa parecida.
Vivem de campanha em campanha e querem criar uma “grande obra” para a glória de Deus. Essa “grande obra” (geralmente um prédio ou um programa de TV, rádio ou algo parecido) não passa de uma fonte de enorme despesa que vai sacrificar o povo, que é visto como fonte de muito lucro. Para tanto, precisam de cada vez mais povo. E para que tenham isso, vão ter que lançar mão de mensagens e promessas que atraem esse povo (se chamarem um dos cantores “gospel” ou o coral das crianças for posto para cantar, também funciona).
O balcão de ofertas abre, a birosca fica aberta e o povo vem. Com as músicas da hora, os jovens berram ao microfone, de olhos fechados (claro, porque precisam demonstrar que estão no enlevo), e todos assistem atônitos às versões locais e genéricas dos superastros da música gospel. É quase cómico, se não fosse tão trágico.
Por sua vez o pastor tem que assumir ares de “Grande Servo do Senhor”, chegando a ter que se autodenominar “Apóstolo”, “Profeta”, e só falta alguém se declarar o “Quarto Membro da Santíssima Trindade”. É uma igreja em agonia. Seus gritos e gemidos (que muitos acham serem sinais de “poder”) só denunciam a falta de vida real íntima com Deus, e conhecimento profundo das Escrituras (que é a obrigação de qualquer um que se propõe a ser um obreiro aprovado).
Por outro lado (e agora me remeto ao extremo oposto), há homens extremamente bem preparados nas Sagradas Letras. Mas sua vida ministerial é sujeita a um regime massacrante de comitês, relatórios e avaliações. Se lançaram no serviço do Senhor, mas se acham hoje como serviçais de leigos que nunca deveriam ter o poder sobre eles que têm.
Compaixão é uma das vítimas dessas estruturas. O pastor teme pelo bem-estar da sua família: sua esposa, que é duramente cobrada pelas irmãs da igreja; seus filhos, que são maltratados na escola por serem os filhos do pastor, mas que são cobrados pelos seus pais na igreja (pois, se pisarem fora da linha, o comitê talvez não renove o contrato e aí fazer o quê? Vai botar comida na mesa como?) Mesmo empregados, os pastores são mal, mas muito mal remunerados – pois, afinal, existem tantos “marajás” no ministério, mas “aqui não!”. Entre os oportunistas marajás e os bons servos que são reduzidos ao medo e mendicância para poderem pastorear, não me admiro que haja tão poucos bons pastores. Os poucos que vencem o sistema são os vitoriosos e poderosos, que acabam sentando em comitês denominacionais, envergando um poder político além da sua igreja local, e que acaba redundando num prestígio cada vez maior, para assegurar a sua longevidade no púlpito local. É a morte.
Os sistemas, as estruturas e as políticas eclesiásticas não permitem que haja bons pastores. Não comportam líderes de verdade. Os maus se dão bem em sistemas que não exigem política. Com o seu talento de convencimento, o povo vem, sofre, mas apanha por achar que tem que ser assim. Enquanto há bons pastores que são esmagados por sistemas vítimas da nefasta politicagem eclesiástica.
O povo dessas igrejas fica sem pastor, que de fato está na mão de leigos. Ou o povo fica nas mãos de lobos e anticristos que, com charme, lábia e encenações de “unção” lideram para o seu próprio enriquecimento. E os bons pastores ficam sem púlpito e seus filhos abandonam a igreja (pois viram como ela esmagou os seus pais), deixando pai e mãe de coração partido, pois o eles que mais queriam era ver seu filhos seguindo nos caminhos de Deus.
O coração dói. Os anjos choram. O Corpo de Cristo sangra. Pastores fogem do ministério e vendem seguros ou recorrem a uma capelania. E a blogosfera registra o fel dos que queriam algo mais. Queriam líderes que manifestassem devocionalidade sem afetação, liderança sem abuso, compaixão sem politicagem, ensino das Escrituras sem modismos. E os pastores queriam apenas um lugar onde pudessem alimentar as ovelhas, pois, como Pedro, confessam o seu amor pelo Mestre.
Conheço bons homens assim. Tenho o privilégio de liderar muitos deles. Vejo o povo que pastoreiam feliz, com prazer em se reunir para louvar a Deus, e alimentados pela Bíblia. Mas o coração pesa. Ouço o choro de muitos, o lamento dos desigrejados (os que fugiram para não morrer) e já vi pastores de joelhos aos prantos pelos filhos perdidos no mundo. Não bastasse o dano, vejo que ainda muitos lobos patrulham a blogosfera e os escombros da Igreja de Cristo, tentando abocanhar os que vivem desgarrados do rebanho, com palavras suaves e antigas heresias requentadas e vendidas como algo novo e relevante. Se tão somente tivessem um bom pastor, que desse a sua vida pelo rebanho! Se tão somente os bons pastores achassem um lugar para servir com pureza de coração!
Ah, Senhor da seara, vivifica a Tua Igreja – Noiva do Cordeiro e Corpo de Cristo – “a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância” (Ef 1.23). Tem misericórdia de nós e vivifica-nos, Pai. Por Walter McAlister




terça-feira, 12 de junho de 2012

Procura-se Pastores humildes!



Em 1978 após uma Consulta Internacional publicada pelo Relatório WillowBank foi criado um Anuncio intitulado e de maneira provocativa: “ Procura-se; pastores humildes do evangelho!”, no qual se revelou que determinadas atitudes ditas cristãs e métodos evangelísticos utilizados por determinados pastores de grandes ministérios poderiam ser considerados, e com justiça, como “ Orgulhosos”, e “ “arrogantes” . Estudando o inicio do maior movimento pentecostal do mundo na região da Selva amazônica no coração do Pará, aprendemos que Deus chamou das terras frias da Suécia para o calor dos trópicos, dois homens simples, que não ambicionavam a criação de um império religioso. Gunnar Vingren que trabalhou como jardineiro e Daniel Berg como metalúrgico, foram usados pelo Espírito Santo como instrumento vivo para fundação das Assembleias de Deus no Brasil. Quando olhamos para essa nova geração de pastores executivos com seus carros importados e jatinhos cruzando os céus do Brasil para pregarem um evangelho triunfalista e jactancioso com visão imperialista tão inapropriados para um embaixador de Cristo, fico a pensar, onde se perdeu a humildade dos nossos pastores em cem anos das Assembleias de Deus no Brasil, quando a virtude cristã preeminente deveria ser a característica principal de nossos pensamentos, palavras e ações enquanto ministros do evangelho. “ Como pode um pastor reivindicar o monopólio da verdade para sua denominação ou ministério evangelístico?”, “ Que direito temos nos de interferir na privacidade das ovelhas, ou de tentar impor a elas nossa visão messiânica de um reino político religioso?”, “ Como poderemos evangelizar com integridade de caráter e ajudar as pessoas a se tornarem discípulos de Cristo se não formos expressão da “mansidão e humildade” do Cristo que proclamamos ? Quando um pastor perde a humildade cristã e se torna um ditador egocêntrico preocupado apenas com o seu reino pessoal, apresentando um testemunho indigno, estará admitindo diante do rebanho e da multidão de testemunhas a sua própria fraqueza, onde afinal de contas, a verdade acabará prevalecendo, pois como disse o apostolo Paulo, “ Nada podemos contra a verdade, se não em favor da própria verdade” (II Coríntios 13.8). Alguns pastores que estão buscando o poder temporal falível na construção de impérios romanos, acumulando fortunas com a queima da gordura das ovelhas, precisam retornar a verdadeira missão crista do Bom Pastor, plenamente compatível com uma humildade genuína e uma mansidão igual a de Cristo. O Teólogo Richard Baxter, escreveu no seu livro “ O Pastor Reformado” de 1656, que: “ Todas as Igrejas Crescem ou caem, na medida em que os seus ministros crescem ou caem, não em riquezas ou grandezas mundanas, mais em conhecimento, zelo e habilidade para o seu trabalho”. Baruch Há Shem! Sergio Cunha

O que pode engrandecer uma pessoa


Davi, rei de Israel, era soberano, líder máximo. Tinha um exército fabuloso e bem treinado, e ganhou todas as guerras de que participou. Era temido pelos inimigos e amado pelo seu povo. Foi compositor, poeta, cantor e profeta. Seus Salmos, ainda hoje, tocam profundamente o coração das pessoas. Se tivéssemos que escolher um epitáfio para adornar seu túmulo, alguns certamente usariam frases com rasgados elogios. A opinião do próprio Deus a seu respeito era: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração”.
Davi, porém, tinha uma ideia do seu próprio tamanho, expressa corretamente neste Salmo: “Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre” (Sl 131).
Temos aqui três visões em perspectiva. A visão das pessoas e a visão de Deus a respeito de Davi, assim como a visão de Davi sobre si mesmo. Assim acontece também conosco. As decisões que tomamos na vida partem sempre de uma dessas visões, ou mesmo de todas juntas. A ordem em que priorizamos cada visão, porém, é que determina o sucesso ou o fracasso que teremos na vida.
O exemplo de Davi, embora distante na história, é singular e profundamente expressivo, pois serve de modelo, ainda hoje, para nos ajudar a ver corretamente a vida e vivê-la de modo intenso e produtivo.
Para Davi, Deus era único e tudo na sua vida, o ponto de partida e de chegada, não aquilo que pensava sobre si mesmo, ou o que os outros achavam dele. Seus Salmos falam insistentemente na grandeza de Deus como Criador, apregoam a Sua sabedoria, testemunham o cuidado amoroso com os que sofrem, afirma a fortaleza que Deus representa para os abatidos, entre outras coisas. Mas o que seus Salmos demonstram de um modo espetacular é a intimidade de Davi com o Senhor. Ele dizia: “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Sl 25.14).
Davi entendia que fora criado com um propósito divino, não era um mero fruto do acaso (Sl 139). O propósito maior era amar a Deus sobre todas as coisas e ser um instrumento para o Seu louvor. Seus Salmos, em vista disso, eram verdadeiros poemas de amor a Deus.
A palavra poema vem da mesma palavra grega traduzida para criação e manufatura. Indica que somos uma “obra de arte” feita por Deus, não objetos de uma linha de montagem de produção em massa. Fomos objetos de reflexão, o que de certa forma tomou, por assim dizer, o tempo de Deus. O resultado é uma obra-prima, exclusiva e feita sob medida, o que torna cada ser humano único e especial. Davi celebrava isso também em seus Salmos.
Nem sempre é possível evitar que as opiniões alheias nos influenciem, nem mesmo que nos causem algum dano, principalmente quando são injustas e infundadas. Davi, como qualquer um de nós, também era vítima dessas coisas. Mas em vários Salmos vemos o rei de Israel de joelhos diante do Senhor, pedindo que Deus o proteja, que lhe faça justiça contra os seus inimigos. Não o vemos exercendo justiça com as próprias mãos, embora o pudesse fazer, pois era o rei mais poderoso de sua época.
A maioria de nós anda em busca de grandes coisas, ou luta por reconhecimento. Muitos querem mais poder, mais dinheiro, mais disso, mais daquilo. Enfim, são testemunhas vivas de que a medida do ter jamais se enche. Mas quem faz calar e sossegar a própria alma, só o faz porque sabe o caráter que tem e se vê na perspectiva correta diante da vida. Em outras palavras, não tem o coração soberbo, nem olha a vida de um modo altivo; antes, importa-se com o que Deus pensa a seu respeito. Como uma criança desmamada nos braços da mãe, confia em Deus e somente Nele coloca a sua esperança.
A razão pela qual tomei Davi como exemplo, é porque ele era um grande homem, em todos os sentidos. Era rei, rico, bonito, sábio, poderoso, famoso, enfim, tudo o que a maioria das pessoas de algum modo desejaria ser. Infelizmente, não são poucos os que pensam que servir a Deus é só para os pobres e desvalidos. Mas Davi, com sua história, contradisse tal falácia, assim como o fizeram também muitos servos de Deus. Servir a Deus não é somente o maior tesouro que se pode ter na vida, disponível a todos, é também o que nos torna verdadeiramente grandes.
Samuel Câmara -Pastor da Assembleia de Deus em Belém

segunda-feira, 11 de junho de 2012

FOGO AMIGO?

Fogo amigo, do inglês friendly fire, é o “ataque feito por amigos, colegas ou aliados. Expressão utilizada em guerras quando algum ataque ou bombardeio atinge as próprias tropas ou as tropas aliadas, normalmente por erro de cálculo ou de interpretação. Diz-se, também, de atitudes de traição.”


A expressão vem ganhando espaço no meio evangélico, principalmente entre algumas lideranças, sempre que uma mazela é denunciada ou confrontada.Fico a pensar no poder que a corrupção moral, associada a cauterização das consciências, possuem sobre o entendimento e clareza das Escrituras sobre tais mentes.Tomando emprestado a própria expressão, me parece que neste sentido a Bíblia está repleta de “fogo amigo”.De maneira geral, poderíamos afirmar que os profetas levantados por Deus no Antigo Testamento foram “fogo amigo” contra os pecados de Israel. No Novo Testamento, o próprio Jesus não poupou “fogo amigo” contra os seus pares judeus, cegos, injustos, corruptos, formalistas e hipócritas. Paulo, escrevendo as suas cartas, não economizou “fogo amigo” quando precisou denunciar a avareza, a imoralidade, o partidarismo e outros pecados presentes no cotidiano da igreja do Novo Testamento. Seria a própria Escritura “fogo amigo”, ao tratar com transparência as fraquezas e os fracassos do povo de Deus. Minha resposta é: Não! Na prática, o discurso evangélico pós-moderno e secularizado é o seguinte: Os interesses pessoais de alguns líderes e organizações, as suas alianças políticas inescrupulosas, a imoralidade escabrosa e as heresias escandalosas, não deveriam ser expostas, nem denunciadas ou confrontadas. Pastores, mestres e profetas de Deus, comprometidos com o ministério lhes confiado são classificados como “traidores”

Chegamos, acho que já escrevi isso em outro lugar, ao fundo do poço institucional em alguns contextos específicos, evitando dessa forma as generalizações.“Fogo amigo”, quando manifestação da indignação santa e da não-conformação com a realidade caótica vivenciada por alguns segmentos evangélicos no Brasil, não intenciona matar, nem se trata de mero denuncismo, antes, se reveste de um caráter profético e zeloso por parte daqueles que ainda acreditam na supremacia das Escrituras, e nos seus valores e princípios inegociáveis. Por fim, verifico que não apenas a conduta mundana ganhou espaço em nosso meio, mas a sua linguagem também. Pr.Altair Germano

domingo, 10 de junho de 2012

A PARABOLA DE UM DONO DA IGREJA


Rojelyo veio ao mundo de uma familia pobre, de habitos extremamente modestos,Sua infancia se desenvolveu em um ambiente rodeado de simplicidade. Era ainda uma crianca quando viu seu pai beber pela primeira vez. Embora ja o visse fumar antes, foi grande o impacto de contemplar o querido pai completamente bebado. Na verdade o pai escondeu por muito tempo do filho esse miseravel habito, ate que um dia o inusitado aconteceu. Menos de uma decada depois, Rojelyo chorou inconsolavelmente quando acompanhou o corpo do pai ate o cemiterio. Ele estava se preparando para deixar a adolescencia e ingressar em definitive na juventude, quando sentiu o peso do desafio sobre seus frageis ombros.


A ausencia do pai no lar, a obrigacao de assegurar a quase totalidade das despesas do lar e o debil relacionamento com a mae, sempre mais apegada ao outro filho, dez anos mais jovem que ele o levaram a caminhos inseguros e tortuosos. Rogelyo comecou a fumar, depois a beber e, em seguida comecou gradativamente a mergulhar no submundo das drogas. Em virtude disso, perdeu o entusiasmo, a alegria e a persperctiva de um futuro feliz, tanto para si quanto para os seus.

Em Sua infinita misericordia e Suas extraordinarias e graciosas estrategias abencoadoras, Deus alcancou o jovem e o salvou. Foi, sem duvida, um extraordinario milagre, tal a deprimente situacao em que chegou a se encontrar. Sua salvacao foi comentada e comemorada nao apenas pela igreja, que foi testemunha de sua decisao, mas principalmente pelos que seus familiars e parentes, e por outros que o conheciam razoavelmente. Os primeiros dias de fe desse jovem foram marcados pela gratidao a Deus, pela dedicacao a Palavra e pelo desejo de crescer espiritualmente.

A medida que se passavam os dias, Rogelyo foi sendo discipulado e nao tardou a lhe surgirem oportunidades para um envolvimento na igreja.Dotado de uma excelente diccao e uma apreciavel voz, comecou cantando e sem que passasse muito tempo comecou a dar destemunho de Cristo em reunioes particulares e publicas. Era perceptivel em seus hinos e mensagens a manutencao daqueles tres habitos que fizeram parte dos seus primeiros dias de fe: gratidao, humildade e dedicacao. Quatro anos depois, Rojelyo ja era um diacono. Uma decada apos haver sido separado para o diaconato, foi ordenado ao ministerio de evangelista e crescia sempre.

Quatro anos se passaram e chegou o dia em que foi solenemente foi ordenado ao ministerio pastoral. Antes de completer o Primeiro de ordenacao pastoral passou a drigir uma igreja, depois outra e, finalmente, uma terceira. Deus sempre o acompanhou e o protegeu. E no exercicio dos primeiros anos de pastorado, ele se manteve agradecido, humilde dedicado.

Passados aproximadamente vinte anos, o pastor Rogelyo comecou a projetar sensiveis mudancas de postura, as quais se distanciavam daquelas que mencionamos linhas atras. A medida que crescia sua autoridade, que se via cercado de muitos obreiros e que contemplava os muitos sucessos que marcavam seu pastorado, tres situacoes passaram a ser verificadas em sua vida e seu comportamento. Ele cada vez menos agradecia a Deus as muitas vitorias de seu ministerio; cada vez menos se apresentava arrogante diante dos obreiros e da comunidade e cada vez parecia menos dedicado. Embora sua imagem publica nao parecesse arranhada, os que o cercavam sentiam profundamente o que estava ocorrendo.

Quando um pastor perde o senso de gratidao, o espirito de humildade e o habito da genuine dedicacao (a Deus, a Palavra e ao Rebanho), ele perde o apego aqueles que Deus lhe entregou para cuidar. Esquecido de onde veio e de tudo quanto Deus fez por si no momento de extrema miseria, passa a sentir-se o dono da igreja, e imperceptivelmente comeca a acontecer um declinio na vida do povo de Deus. Certo dia, um obreiro local foi convidado a participar de uma reuniao emu ma outra igreja. Igreja seria, pastor respeitavel e oportunidade singular. Quando o pastor Rojelyo soube desse convite, chamou o obreiro ao seu gabinete e o repreendeu asperamente, declarando em tom arrogante e ameacador: se voce comparecer aquela reuniao, considere-se excluido. So quem esqueceu o seu passado e que despreza o future das outras pessoas.

Milhares de pessoas estao sendo excluidas das igrejas por motivos os mais futeis e insignificantes. Em muitas regioes deste nosso grande Pais pessoas que roubam, bebem e defraudam estao nos pulpitos, por serem fortes contribuintes. E irmaos que foram assistir uma Cruzada Evangelistica com um obreiro de outro Ministerio estao sendo excluidos. Precisamos de um grande Reavivamento. Precisamos de um poderoso sopro do Espirito sobre os pastores para que deixem de ser DONOS e voltem a ser SERVOS do Rebanho. O verdadeiro dono (Senhor) da Igreja deve estar muito triste com os gerentes que ele designou poara cuidarem de Suas ovelhas e agora se tornam ditadores espirituais. A maior gloria do ministerio cristao nao consiste em excluir, mas em reconciliar.Nao somente os crentes em geral comparecerao ao Tribunal de Cristo,mas tambem os pastores. Embora nenhum seja pastor no Ceu, mas todos prestarao contas do tempo em que foram pastores na Terra. Deus tire de nos as folhas de figueira do dominio sobre a igreja e nos conceda as tunicas de peles de verdadeiro pastor. As pedras do alforge do pastor Davi nao serivram para matar suas ovelhas, senao Golias e seus asseclas. Davi nunca excluiu os seus companheiros. Pelo contrario, sempre os ajudou e lhes deu oportunidade para uma profunda e verdadeira restauracao. O nome Rojelyo, claro, e ficcao, mas qualquer um de nos conhece um varios rojelyos pelo mundo afora. Livre o Senhor o Seu povo dos falsos donos e lhe conceda pastores que apascentem o Seu Rebanho, como representantes, chamados, enviados e confirmados por Ele. Pr.Geziel Gomes

sábado, 9 de junho de 2012

A qual igreja você pertence: triunfalista ou triunfante?

A igreja triunfalista marcha pelo caminho largo. A igreja triunfante anda pelo caminho estreito (Mt 7.13,14).
A triunfalista gosta de shows. A triunfante adora a Deus em espírito e verdade (Jo 4.23,24).
A triunfalista anima auditórios. A triunfante prega a Palavra (2 Tm 4.1,2).
A triunfalista prega o que mundo quer ouvir. A triunfante prega o que o mundo precisa ouvir.
A triunfalista é tolerante e "inclusiva". A triunfante apresenta a verdade com amor.
A triunfalista mostra a sua força. A triunfante humilha-se debaixo da potente mão de Deus (1 Pe 5.6).
A triunfalista quer ser reconhecida. A triunfante dá toda glória a Jesus.
A triunfalista decreta e determina. A triunfante clama, roga e pede (Jr 33.3; 29.13; Mt 7.7,8).
A triunfalista prospera financeiramente. A triunfante prospera em tudo (Sl 1.1-3).
O crente da igreja triunfalista diz: "Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta". O da igreja triunfante ouve do Senhor Jesus: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar".
A igreja triunfalista prioriza as riquezas. A triunfante busca as coisas que são de cima (Cl 3.1,2).
A triunfalista está em torno de pastores e pregadores midiáticos. A triunfante ouve a voz do Bom Pastor (Jo 10.27,28).
A triunfalista é antropocêntrica. A triunfante é cristocêntrica (1 Co 1.22,23).
A triunfalista quer dominar o mundo. A triunfante quer morar no Céu (Fp 3.20,21).
O crente da igreja triunfalista afirma: "Eu nasci pra vencer". O da triunfante é mais que vencedor por aquele que o amou (Rm 8.37-39).
Portanto, sejamos vitoriosos pela graça de Deus, "que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento" (2 Co 2.14). Ciro Sanches Zibordi

sexta-feira, 8 de junho de 2012

COMBATENDO OS CUPINS NO MINISTÉRIO


Charles Spurgeon conta que um ancião hindu lhe descreveu como os móveis podem ser devorados por cupins. Os cupins devoram tudo, mas aparentemente parece que nada foi tocado. Os móveis permanecem exatamente onde sempre estiveram. Você olha e parece que tudo está como sempre esteve; porém quando se toca nos móveis, eles se despedaçam, pois os cupins os comeram por dentro.
Da mesma maneira, nos diz Spurgeon, alguns homens no ministério são como móveis devorados por cupins, aparentam estar bem, mas a essência foi comprometida.
Tentam manter o cargo, a posição, o prestígio, mas são como móveis comidos por cupins. Suas estruturas espirituais e morais estão comprometidas. Poderão ruir a qualquer momento.
Os cupins que corroem o ministério precisam ser exterminados pela oração, pela vigilância, pela simplicidade, pelo contentamento, pela generosidade, pela misericórdia, pela santidade, pela justiça, pelo amor, pela verdade, pelo temor a Deus, pelo conforto do seu Espírito, pelo poder de sua Palavra. Pr.Altair Germano.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

PROJETOS PESSOAIS E INSTITUCIONAIS DE PODER


Projetos pessoais e institucionais de poder não pensam o próximo, pensam as coisas.

Projetos pessoais e institucionais de poder não visam o bem de todos, mas de um grupo restrito.

Projetos pessoais e institucionais de poder não buscam os interesses do Reino de Deus, mas dos impérios particulares.

Projetos pessoais e institucionais de poder não unem, causam divisões.

Projetos pessoais e institucionais de poder não promovem edificação, mas destruição.

Projetos pessoais e institucionais de poder não se respaldam nas Escrituras, mas em estatutos.

Projetos pessoais e institucionais de poder são geralmente estabelecidos sobre os fundamentos da opressão, da exploração, do status, do privilégio e da visibilidade.

Projetos pessoais e institucionais de poder tentam se perpetuar ou serem alcançados na base da força, do vale tudo, da negociata, da injustiça, da compra, da mentira, da barganha, da briga, do grito, da vergonha, do escândalo.

Projetos pessoais e institucionais de poder promoverão o fracasso dos indivíduos e a falência das instituições.
Projetos pessoais e institucionais de poder não encontram em Jesus o referencial ou modelo, mas em Satanás.
Senhor, livra-nos da sedução e da ambição pelo poder! Pr.Altair Germano