quarta-feira, 30 de abril de 2008

Síndrome de Manassés


Certa vez eu fui convidado para pregar a Palavra de Deus em uma Igreja sexagenária, berço do movimento pentecostal em uma cidade do interior paulista. Como não conhecia o templo, tão pouco o município, resolvi chegar cedo e me hospedei em uma pousada simples, porém acolhedora. Ao sentar-me no banco da praça principal, um senhor de cabelos grisalhos, iniciou um bate-papo informal. - Não me diga nada, mas você é... deixe-me pensar. Você é pastor? - Sim! Como o Senhor descobriu? Ele com um sorriso nos lábios declarou: - O senhor tem jeito e cara de pastor, segundo, sua roupa nesse calor infernal e o livro preto em suas mãos, além da sua pose de intensa concentração em direção aquela Igreja. A partir daí, nossa conversa ganhou novo ritmo. Fiquei sabendo que ele conhecia a maioria dos moradores do bairro e estava desviado da Casa de Deus. Ao perguntar-lhe o porquê do afastamento, ele me confidenciou, que não concordava com as atitudes do pastor daquela igreja, o qual sofria da Síndrome de Manassés. No momento, fiquei sem entender nada, porém, ao retornar para o quarto da pousada e meditar nas Escrituras Sagradas e orar ao Senhor pedindo discernimento para trazer uma mensagem profética ao coração daquele povo, fui levado a estudar o Reinado de Manassés e descobrir o porquê alguns pastores sofrem desta enfermidade. Manassés foi o pior Rei que os Hebreus tiveram, e segundo aquele crente desviado, o pastor daquela Igreja, estava sendo o pior dirigente daquele rebanho. Manassés era um homem absolutamente mal à frente de um governo corrompido ao extremo. Manassés não possuía amor pelo povo do seu reino, tão pouco amava a Deus. Ele reinou em Jerusalém por cinqüenta e cinco anos, meio século de trevas e pecado. Aquele pastor, também não amava o seu rebanho, pois todos que discordavam de suas atitudes, ele expulsava do templo, dava carta de mudança ou simplesmente colocava no banco, não permitindo de maneira alguma a ovelha expressar sua fé. Manassés incentivou a adoração pagã que envolvia todos os participantes em orgias sexuais. Trouxe mágicos e feiticeiros dos povos vizinhos que escravizaram o povo com superstições, manipulando-os com magias e crendices. Aquele pastor, segundo me fora revelado por outras ovelhas, não disciplinava os obreiros que se encontravam em pecado de adultério, os jovens que se encontravam em fornicação, antes passava a mão na cabeça de todos e lhes exigia fidelidade absoluta em troca do perdão de seus pecados. Com isso, o púlpito estava contaminado. O altar precisava ser restaurado. Os profetas somente podiam profetizar bênçãos dizendo: Está tudo bem! Os contrários foram silenciados, pelo peso de sua autoridade pastoral. Segundo o livro de Reis, não poderia ter havido um homem mais vil e maligno. Parecia não haver haver fim para suas maldades. Seu apetite pelo que é sórdido parecia insaciável. Aquele pastor não prestava contas ao rebanho sobre os dízimos e ofertas trazidos à Casa do Senhor, antes, porém, sua arrecadação parecia não ter fim, exigindo até mesmo dos obreiros o último centavo. Quem realmente tinha chamado de Deus para o episcopado e não devia sua consagração ao homem, não conseguia manter a comunhão com ele. Manassés arrastou o povo para dentro de um lamaçal muito mais podre do qualquer outro já visto no mundo. Os 55 anos de caos moral quase levaram a fé no verdadeiro Deus ao esquecimento total. Algumas pessoas idosas ainda recordavam os oráculos proféticos e os atos do culto verdadeiro. Rumores de santidade eram, sem dúvidas, ouvidos, mas sem nenhum alarde. As poucas pessoas que mantinham a fé genuína viviam a defensiva. Naquela Igreja, semelhantemente, os pioneiros fundadores da Obra, juntamente com os anciãos. Haviam sido afastados, estando reclusos em suas casas, clamando ao Deus vivo para que não os abandonasse e entrasse com providência. A sociedade de Jerusalém, porém, já não agüentava mais tenta maldade de Manassés. As pessoas haviam chegado ao limite da tolerância em Israel. Os cultos naquela Igreja, tornarem-se ritualistas sem vida e verdadeira adoração. A vida das pessoas tem a mesma qualidade da adoração que praticam o templo em Jerusalém era a evidência arquitetônica da importância que Deus tinha na vida do povo. O sentido da vida e seus valores foram estabelecidos naquele local sagrado. O tipo de culto define o tipo de vida. Quando o pastor da Igreja não permanece no púlpito, durante o culto e sempre se ausenta para tratar de assuntos no gabinete, alguma coisa está errada. Se o culto prestado for corrupto, a vida religiosa será corrupta. Por 55 anos, a luxúria e a violência nas dependências da Casa do Senhor tinham ultrapassados os limites daquela local e corrompida as vilas ruas e lares da Nação. A religião de Manassés estava centrada no seu pequeno ego convulsivo. Na busca de auxílio sobrenatural para a realização de tudo o que se desejasse: poder econômico, garantia de boa colheita, bem estar, mortes do inimigo ou vantagem sobre alguém. Foi preciso Deus levantar uma criança de 8 anos para restaurar o culto em Israel, centrado em um só Deus. Foi preciso ler o livro de Deuteronômio para realizar uma reforma completa na Casa de Deus. Foi preciso derrubar velhos altares, e as pessoas serem instruídas no verdadeiro caminho da fé. Se porventura essa história se repetir em sua cidade, em sua igreja, não desfaleça em sua fé, achando que Deus não governa mais sua Igreja. No tempo certo, Deus levantará um Josias para fazer uma verdadeira restauração. Mesmo que você seja cruelmente escarnecido e severamente perseguido, não abandone a Casa de Deus. Seja como “muros de bronze”.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Como abrir uma Igreja?


No final do expediente de uma sexta-feira, um rapaz aparentando ter 30 anos, moreno, estatura de Zaqueu entrou no escritório do Conselho de Pastores de Rio das Ostras e foi logo perguntando: “Pastor, como faço para abrir uma Igreja na cidade?” Pego de surpresa, pedi que repetisse a pergunta. - Eu quero abrir uma Igreja para mim na Cidade, o que devo fazer? Aquele jovem – contou-me que fora ordenado pastor em uma congregação pentecostal em São João de Meriti na Baixada Fluminense, após dois anos de conversão e agora residindo em Rio das Ostras a cerca de seis meses, estava promovendo cultos em casa de família, contudo Deus havia lhe mandado abrir sua própria Igreja. Após perguntar-lhe o nome completo do pastor que o havia consagrado e a convenção denominacional o qual pertencia, ele esclareceu que sabia apenas o primeiro nome, pastor Manoel. Quanto a denominação, ele desconhecia. Isso me fez lembrar, um caso ocorrido em Rio das Ostras, onde um falso pastor vendia ao preço de quinhetos reais, credencial de pastor com direito a diploma e tudo mais. O final dessa história é que o falso ministro foi processado por estelionato e falsidade ideológica e graças a Jesus, sumiu do Município, após fazer um verdadeiro derrame de carteiras e diplomas sem nenhum valor eclesiástico e documental. Na realidade, tais fatos são apenas os capítulos mais recentes de uma longa história. Nos últimos anos, a população riostrense tem assistido a abertura de inúmeros templos ou salões com uma placa religiosa de origem duvidosa, onde o suposto obreiro, na maioria dos casos se auto-consagrou ao ministério pastoral. São pessoas sem nenhuma formação secular e tão pouco teológica, que se decidiram em fazer e Obra de Deus através de um chamado especial e passaram a viver pela fé, ou seja, não mais derramar o suor do rosto para garantir o pão de cada dia, enfim, acreditam que Deus proverá. Como a constituição federal, garante o direito de culto e expressão de fé, tornou-se mais fácil abrir uma Igreja do que um botequim. Diante dessa avalanche de novas denominações e muitas igrejas que tem surgido no meio pentecostal, já existe uma pergunta a ser feita: Quantos obreiros podem repetir em alto e bom som e com toda a honestidade o que o apóstolo Paulo declara aos Coríntios: “Eu quero vocês e não o dinheiro de vocês!” (2 Cr 12.14). Imediatamente, depois da vocação e do ministério precisa estar o amor. E muito distante da vocação e do ministério precisa estar qualquer vantagem financeira. O que distinguia Paulo dos eminentes “apóstolos atuais”, não era só o famoso trio (sinais, maravilhas e milagres), mas especialmente o seu desprendimento em relação aos bens das ovelhas. O apóstolo Paulo entendia que os filhos “não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos.” Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente. (2Cr 14.15). O ministério pastoral continua sendo uma vocação, um chamado para servir, e não uma profissão, um cabide de emprego, uma fonte de renda extra nem uma via em direção à riqueza. Para o pastor que não pensa como Paulo e para a sua Igreja, seria muito melhor que ele abandonasse o ministério. A outra via seria confessar tamanha distorção com lágrimas e experimentar uma profunda transformação operada por Deus. Até que possa garantir às suas ovelhas: “Não quero o seu dinheiro, quero, sim, vocês!”

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Onde andará Ezequiel?


O tempo passa. Fazem 25 anos que conheci um jovem obreiro da Jocum, com nome de Profeta e o sobrenome do terceiro membro da Trindade. Morador do lote XV entre os municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o nosso profeta Ezequiel, moreno igual a um indiano, membro de uma Igreja Batista, ele se decidiu por Cristo, ainda adolescente e que seria missionário entre os índios após assistir uma palestra missionária. Lembrei-me de Ezequiel, ao ler o livro Chamado Radical de Bráulia Ribeiro, atual presidente da Missão que mobiliza cerca de 2000 missionários jovens em todo o Brasil. A mineira Bráulia, declara que missões é fazer amigos. Ela tem razão, pois o nosso profeta, soube fazer inúmeros amigos durante o período em que participou em Cabo Frio do Congresso de Missões Litorânea, visitando as igrejas da Região dos Lagos, passando a visão missionária, sobre a necessidade de alcançar com o Evangelho, os índios yanomane. Terminado o Congresso em 1990, Ezequiel voltou para sua base em Santa Cruz da Serra no Rio de Janeiro, para junto com os jocumeiros Sérgio Santos, Tanabi, Maria Rosa, Jurandir e Luciene continuaram fazendo amigos. Alguns anos depois, recebi uma foto com um grupo de índios pelados, sendo evangelizados pelo nosso profeta-missionário e acabamos perdendo o contato. Remexendo nosso arquivo, encontrei uma foto amarelada da Equipe da Jocum do Rio e descobri que o paulista Tanabi casou-se com a argentina Maria Rosa, o capixaba Sérgio Santos voltou para Cachoeiro do Itapemirim a mulata bonita Luciene foi enviada para Itália para evangelizar o Papa. Mas Ezequiel que com a Bíblia na mão, Jesus no coração e várias idéias na cabeça, para falar de Deus aos índios nos lugares mais longínquos do Brasil, não encontramos notícias, onde fazemos a pergunta: Onde andará Ezequiel?

domingo, 27 de abril de 2008

O Barão do Rock ouviu sobre Jesus


Os estudiosos da História da Humanidade costumam dizer que a História se repete. Já para aqueles que crêem no poder de Deus e no amor de Jesus, a graça e a misericórdia do Senhor se renova a cada dia, porquanto Deus não tem prazer na morte do homem.
Houve na História do povo da Síria, um general do exército, muito respeitado e honrado, que trouxera várias vitórias para sua Nação. Contudo, esse militar, guardava um segredo em sua vida, que lhe causava grande tristeza e incômodo. Durante uma de suas batalhas contra o Reino de Israel, o general Naamã levou para sua casa uma menina hebréia, para trabalhar no serviço doméstico, servindo sua mulher.
Certamente, aquela escrava contemplando o sofrimento do general, lembrou-se de que em sua cidade, existia um homem de Deus, que poderia lhe curar da enfermidade da lepra. Naamã, com todo o seu poder bélico e prestígio militar e riqueza achava que podia comprar sua cura, mediante o pagamento de 350 kgs de prata e 72 kg de ouro.
Quando o profeta Eliseu ordenou-lhe que mergulhou-se sete vezes no Rio Jordão, o general Sírio ficou indignado. Sentiu-se ultrajado com aquela proposta, porquanto em sua cidade, também existia rios de águas límpidas.

Naamã, somente pode ser curada, após reconhecer no seu coração, que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel. Porém, para ser alcançada pela graça e misericórdia do Senhor, uma menina escravo foi usada por Deus.

Naamã, teve que procurar sua cura no Deus Verdadeiro.

Há milhares de quilômetros da Síria e a milhares de anos entre o ocorrido com Naamã, a história se repete, em outras circunstâncias com um artista aclamado pela juventude do seu país como o Barão do Rock.

Nascido Agenor Miranda Araújo Neto em Ipanema – Rio de Janeiro em 1958, filho de um empresário fonográfico e neto de um Senhor do Engenho Nordestino.
O filho único apelidado Cazuza, foi criado pelo avô materna com todo o mimo e a liberalidade exagerado dos pais boêmios, tendo recebido as chaves da casa e do carro para dirigir aos 13 anos. O garoto que recebera educação secular no Colégio de Padres Jesuítas para tornar-se um bem sucedido executivo do show musical, foi iniciado no trinômio sexo, drogas e rock n’ roll em plena adolescência. Certamente, seus pais não conheciam o Conselho: “Ensina o menino o caminho que ele deva andar...”
O resultado que se esperava, foi uma vida de glórias efêmera e passageira.
Após alcançar a vendagem de 560 mil cópias do disco “Vida louca vida” e ter sua imagem propagada pela mídia com o Barão do Rock, ter declarado como seu ídolo, o artista maldito norte-americano Jack Kerouac, ter cuspido na Bandeira Nacional diante das câmeras de televisão, chocando a Nação Brasileira, Cazuza descobriu que estava com Aids e cantou: “Eu vi a cara da morte e ela estava viva”. No auge da sua juventude e da fama, o rebelde e irreverente vocalista do Barão Vermelho, perguntava-se: “Porque a gente é assim”, faixa do disco “Milagres”. Mesmo gastando rios de dinheiro dos Estados Unidos, para tentar obter a cura da Aids, Cazuza, recebeu uma palavra profética dentro de sua casa através de uma enfermeira, nos momentos finais de sua vida.
Aquela jovem, serva no Deus Vivo, contratados pelos pais de Cazuza para estar com ele durante seu tratamento nos EUA, teve oportunidade de falar-lhe de Jesus, o Rei dos Reis, contrariando a vontade dos seus amigos.

Aquela jovem de aparência simples e sem nenhum atrativo físico, sem nenhum glamour, falou-lhe do verdadeiro amor de Cristo para falar com ele.

Já os falsos amigos, tentavam levar-lhe drogas para aliviar sua dor, o que ela com autoridade e neemência impedia. Pois ela sabia, o que ele realmente necessitava. Aos poucos, durante os momentos de lucidez, Cazuza, quis saber o que aquela moça tinha de diferente.

- “Eu tenho Jesus” – disse ela com alegria. No decorrer do tempo, naquele quarto de Hospital, Cazuza com sua voz fraca e debilitada, confessou-lhe que ela, era a única pessoa que lhe transmitia paz. Todas às vezes, que Cazuza ficava nervoso e queria desligar os aparelhos, então ela lia um texto bíblico, ele se acalmava e chorava.

No último dia de vida dele, ela lhe perguntou se ele queria Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. Como ele não quis responder, ela insistiu, dizendo: - “Você precisa de Jesus”.

Ele sabia que estava morrendo. Perguntou se poderia tomar a decisão somente em seu coração. Foram as suas últimas palavras. Já estavam no carro indo embora e ele prestes a entrar em coma.

Uma pessoa aparentemente sem valor, dando entrevistas à jornais e revistas. Por quê? Porque não negligenciou a fé que tinha, porque levou a sério a oportunidade que Deus lhe confiara, assim como a jovem na casa do general Naamã.

sábado, 26 de abril de 2008

Onde estão os evangelistas desta geração?


Em 2007 assisti diversas pregações de evangelistas itinerantes. Muitos deles fora da mídia evangélica, apesar de estarem a anos percorrendo os púlpitos do Brasil. Alguns ainda arrastam multidões de admiradores, que conhecem suas pregações de cor e salteado, outras nem tanto. Aquelas mensagem apocalíptica estão fora de moda, como também arrependimento de pecados. Os pregadores que possuem um público fiel, são os da teologia da prosperidade ou da auto-ajuda. Fora disso, não arrumam nem para o cafezinho. A pouco tempo atrás, conheci um pregador do interior de São Paulo, que hoje mais parece um clone do Michael Jackson esticando o cabelo usando lentes de contacto azuis e colocando rímel, onde ele afirmava categoricamente, que o tempo de vida de um pregador itinerante entre o início da caminhada e o apogeu do ministério, seria de apenas 7 anos, tempo suficiente para adquirir um patrimônio considerável e garantir uma aposentadoria precoce. Nas últimas três décadas tivemos uma explosão de pregadores intelectuais e relevantes, principalmente segmento pentecostal, que incentivaram e motivaram inúmeras vocações sacerdotais. Porém, onde se encontram os sucessores de Bernard Johnson, Gesiel Gomes, Gilvan Rodrigues, etc. Durante a minha juventude, criava-se uma grande expectativa pelos congressos de mocidade para ouvirmos mensagens ungidas, cheias do poder do Espírito Santo, trazidas por pregadores sinceros na busca da vontade de Deus para suas vidas, dispostos a gastarem sua juventude na pregaçãodo Evangelho. A pergunta que tem sido feita é: Onde estão os evangélistas desta geração? Trocaram os púlpitos pelos palanques políticos? Trocaram as Casas de Oração pelos Palácios Governamentais?
A minha geração e a geração anterior tiveram heróis da fé, trazendo nas igrejas experiências de comunhão com Deus, exemplos e modelos de vida cristã. Eles podiam dizer: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo”. Lamentavelmente, como diria o bispo Anglicano Robinson Cavalcante; “Somos uma geração sem heróis da fé ou apenas com anões”.

Que Deus em sua grande misericórdia, possa levantar novos gigantes da fé nesta geração para que o inferno possa ser despovoado e a bandeira do evangelho genuíno, cristocêntrico possa ser tremulada apenas pelo vento do Espírito Santo e não pelo vento do mercado da fé.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Quando o pastor abandona o púlpito


O púlpito de muitas Igrejas tem estado vazio em Rio das Ostras e região. Foi aberto a temporada de revelações em detrimento da pregação da Palavra. Muitos pastores resolveram contratar pseudos-profetas, para encherem os templos com campanhas de sinais e prodígios e prosperidade. Outros líderes estão abandonando o púlpito em troca do palanque eleitoral para se tornarem segundo eles: “profetas no Palácio púlpito do Rei”. E existem aqueles que a cada culto dominical, entregam o púlpito a terceiros para atenderem o povo no gabinete pastoral. Quando o púlpito está vazio a Igreja fica vazia. No início do Movimento Pentecostal não era assim. Mesmo sendo liderado por homens simples de pouca instrução e sem formação teológica, porém não faltava Palavra com unção. O povo era menos exigente, mais obediente e tinha fidelidade a denominação. Lembro-me que o saudoso pastor Enock Alberto Silva, um barbeiro alagoano que na década de 80 chegou a liderar um rebanho de quase 17 mil crentes, espalhados por cerca de 105 templos na Região dos Lagos e Serrana Fluminense, quando adentrava em uma dessas Casas de Oração, o povo em respeito a sua pessoa, todos se levantavam e ficavam esperando a ministração da doutrina. Ele dizia para os faltosos: “Não abandoneis as nossas congregações, como é costume de alguns” (Hb 10.25). E naquela época não havia múltiplas opções. Parecia que o Espírito Santo era propriedade apenas das Igrejas de linha pentecostal. Hoje, alguns pastores, buscaram outras soluções para o púlpito vazio. Um deles no Distrito de Tamoios – Cabo Frio, após ter rachado, uma Igreja na década de 90 e afundado outra, colocava uma televisão com vídeo-cassete no púlpito, para as ovelhas assistirem pregações de pastores da mídia. Uma das nossas maiores e mais urgentes necessidade é pregar enquanto pastores com a poderosa unção do Espírito Santo. O louvor gospel com ritmos acelerado envolvendo toda a congregação, não substitui o púlpito vazio. A coreografia gospel com roupas sensuais, também não alimenta o povo sedento da Palavra. Festas em cima de festa, como se o Templo do Senhor fosse um clube social, também não preenche o púlpito vazio. Também não será gritando com autoritarismo e perseguição sacerdotal, gesticulação teatral ou cobrança de costumes envolvendo vestimentas, que o rebanho será alimentado e o pecador se arrependerá de seus pecados. Nada disso resolve em definitivo o problema do púlpito vazio. Para acabar com o púlpito vazio tem que haver humildade e autoridade, do tipo que tiveram D. L. Moody e João Wesley, Seymour e outros mais. A mensagem precisa revelar que o pregador crê e vive aquilo que está pregando. Enquanto muitos pastores estiverem pregando sobre o amor e ao mesmo tempo perseguindo ovelhas que discordam do seu pensamento e maneira de administrar a Casa de Deus, o púlpito vai permanecer vazio. Já ficou provado que autoridade é algo muito difícil e escasso nos dias de hoje, até mesmo dentro da Igreja. A verdadeira autoridade ela emana evidentemente do Senhor da Igreja, contudo, também depende do grau de comunhão do pregador com Deus. Não basta apenas ser amigo ou parente dos líderes denominacionais. A primeira investidura de autoridade vem de Deus. Os homens são apenas instrumentos utilizados pelo Senhor. Antes do pregador encher o púlpito, ele tem que encher seu coração vazio com o amor de Jesus. Ele tem que perdoar seus inimigos e orar por eles. Nós sabemos que isso leva algum tempo. Daí a ligação que o apóstolo Pedro faz da oração com a ministração da Palavra. A autoridade para pregar não depende de um português lusitano, de uma linguagem refinada, cheia de citações filosóficas, mas sim da atuação do Espírito Santo. A verdadeira autoridade no púlpito nasce de um sentimento de “fraqueza, temor e grande tremor” (I Co 2:1-5). A legítima autoridade somente cresce em solo humilde: “Quando sou fraco, então é que sou forte”. (2 Co 12.10). Ao levantar sua voz no púlpito, para afirmar que quem manda é ele e quem não estiver satisfeito, que procure o caminho da rua, o pastor não está exercendo sua autoridade e sim contrariando as Escrituras Sagradas que revelam que apenas o Senhor é o dono da Igreja. O púlpito vazio não tem vida. Não alimenta ninguém. Não consola. Não alegra. Não desafia. Não transmite nada! Não muda coisa alguma na História da Igreja. Não encerra com a falta de transparência no uso dos recursos financeiros. Faminta e sedenta a ovelha vai acabar morrendo, a não ser que procure outras pastagens verdejantes, porém, também vai correr o risco de receber o título de rebelde, uma rebelião diferente da obra de feitiçaria, rebelião contra a fome, contra a inanição.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

25 anos sem o apóstolo do Brasil


O ano de 2007 está se findando para todos, contudo para os pastores das Assembléias de Deus do Ministério de Madureira no Brasil, o dia 26 de agosto representa uma data especial – os 25 anos da passagem para o Senhor daquele que foi considerado o apóstolo do Brasil no século XX, o saudoso pastor Paulo Leivas Macalão.
O corpo sepultado no cemitério Jardim da Saudade no bairro de Edson Passos em Mesquita, RJ; não recebe mais visitas, porém a lembrança do patriarca do Ministério de Madureira, jamais será esquecida, como também o arco-íris em um círculo perfeito, confirmando que Deus havia chamado seu servo para a Glória Eterna, como bem confirmara o pastor José Pimentel de Carvalho, então presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, oficiante da cerimônia fúnebre.
Para muitos naquele agosto de Deus, findara-se a história do Ministério de Madureira, que tivera início com a conversão do filho do General de Exército João Maria Macalão em 1923, após ler um folheto amassado e jogado no chão da Rua São Luis Gonzaga em São Cristóvão – Rio de Janeiro. Lêdo engano, pois a porta que Deus abre, o homem não pode fechar, e nem mesmo a morte.
Olhando para a História da Igreja Assembléia de Deus, ninguém poderia imaginar que aquele jovem gaúcho de Santana do Livramento, que trazia sempre seu violino e a Bíblia para cooperar com o missionário sueco Gunnar Vingren nos cultos evangelísticos, se tornaria o patriarca de um ministério de alcance mundial, a partir da fundação do primeiro templo na Rua Ribeiro de Andrade 65, em Bangu – subúrbio do Rio de Janeiro, então capital da República, tendo o trabalho crescido e se estendido por todo o Brasil e cerca de 40 países com milhões de ovelhas do rebanho de Jesus.
Contava-nos o também saudoso pastor Enock Alberto Silva, que o pastor Paulo Macalão, trazia na testa, uma cicatriz como marca de um apedrejamento. Após anunciar Jesus como Salvador para alguns malfeitores na estação ferroviária de Realengo. Quais são as marcas de Cristo na vida dos jovens pastores? Este foi um dos exemplos deixado pelo patriarca Paulo Leivas Macalão, além do amor, dedicação e fidelidade ao Senhor Jesus. Hoje, cultuamos a Deus em grandes catedrais com ar-condicionado, com cadeiras acolchoadas, pregamos a Palavra nas rádios, televisões, Internet, porém há várias décadas passadas, vários homens derramaram lágrimas de sangue para que o Evangelho frutifica-se no Brasil. Nosso desejo é que o exemplo deixado por seus servos da estatura do pastor Paulo Leivas Macalão, não caia no esquecimento. Nem mesmo daqui a 100 anos.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

2007 - o ano que a Igreja ficou mais pobre.



A Igreja Evangélica Brasileira no ano de 2007 ficou mais pobre com a perda de duas grandes lideranças batistas. Primeiro na área de missões e o segundo na área teológica. Ambos descendentes de europeus, mas com grande amor pelo Brasil. Detalhe importante, os dois estiveram em Rio das Ostras em anos diferentes para ministrarem uma Palavra Bíblica, cristocêntrica, que marcaram o nosso ministério de visão do Reino. No dia 20 de abril, o Senhor convocou as mansões celestiais, o pastor Waldemiro Tymchak, filho de pai imigrante da antiga União Soviética e de mãe Romena, que abandonou a Universidade Federal do Paraná para ingressar no Seminário Teológico Batista do Rio de Janeiro e no Colégio Spurgeon em Londres – Inglaterra. Quando o pastor Waldemiro, assumiu a Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira em 1979, existia apenas 56 missionários na América do Sul e Portugal. Hoje, depois de 27 anos, através do trabalho desenvolvido por Tymchak, a Junta possui 598 missionários em 63 países, além de ter criado o Jornal de Missões com a tiragem de 150 mil exemplares. Tymchak esteve pregando na 1ª Igreja Batista de Rio das Ostras em 2000 a convite do pastor Francisco Gomes de Castro, ocasião em que traçou um panorama do campo missionário e suas necessidades, levando muitos cristãos a refletirem e se mobilizarem para fazer missões. Mesmo com uma enfermidade que lhe tirou o estômago durante 18 anos, ele encontrou forças em Deus para continuar avançando com a obra missionária, pois verdadeiramente era um apaixonado por missões. Uma semana após o 16º Aniversário de Rio das Ostras, completará 1 ano de sua última viajem missionária para se encontrar com o maior de todos os missionários: Jesus. Recordo-me bem de suas palavras de reflexão: “Missões não é responsabilidade ou privilégio de um pequeno grupo de fiéis que se sintam chamado ao campo missionário, e sim, de todos os membros, já que formam o “sacerdócio real” e foram chamados por Deus “para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9). Já no mês de agosto, todos aqueles que amam o estudo das Sagradas Escrituras, que acreditam na missão integral da Igreja, sentiram muito a passagem do servo peregrino, como ele mesmo se considerava. O neto de Checuslovacos, Darci Dusilek, que mais parecia um executivo norte-americano, onde tivemos o prazer de conhecê-lo quando assumiu o cargo de diretor executivo na visão mundial, Brasil e patrocinou o 1º Congresso Internacional de Pastores do Rio de Janeiro em 1988, ocasião em que o preletor convidado foi o pastor indiano Samuel Kamasleshon. Nessa época, estávamos atuando como secretário executivo da UMADER – União de Mocidade das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro e fomos participar de uma palestra da Igreja Presbiteriana em Madureira, Subúrbio do Rio de Janeiro, promovida pela visão mundial, quando fomos indicados relator da Comissão de Impresso dão Congresso. Após assistimos a palestra do pastor Dusilek sobre as raízes do servo de Deus, onde ele dizia: “As raízes do servo de Deus devem ser para cima, e não para baixo. O único solo em que o servo de Deus deve lançar suas raízes é o solo da vontade de Deus”, passamos a enxergar no pastor Dusilek um desprendimento completo para servir na Obra de Deus. Quando da realização da 4º Expo Gospel – Congresso de Pastores de Rio das Ostras em 2006, resolvemos convidá-lo a realizar uma palestra ao lado do pastor Israel Belo de Azevedo, mediante uma pesquisa junto aos pastores batistas da região. Lembro-me que Dusilek com uma simplicidade franciscana, traçou um mosaico da Igreja Brasileira de maneira que todos pudessem entender, a multiforme graça de Deus. Ao final da reunião, me deu seu livro “O que Deus sabe sobre o meu futuro?”, o último lançamento. Aquele homem que havia sido pastor da Primeira Igreja Batista de Bangu, professor do Seminário Teológico do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da Universidade Gama Filho, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Universidade do Grande Rio presidente da Comissão Brasileira de Evangelização que reuniu cerca de 150 denominações evangélicas – e autor da Best Seller: A Arte da Investigação Criadora, não havia feito nenhuma exigência para ministrar a Palavra de Deus aos pastores riostrense, tão diferente dos atuais medalhões e estrelas da Igreja Evangélica Brasileira. Dusilek dispensava os títulos de especialista em documentação científica e mestre em ciências da informação. Ele gostava da alcunha de servo peregrino, que foi terminar sua peregrinação na Nova Jerusalém após uma fulminante parada cardíaca. Dusilek foi fazer um doutorado permanente no Céu, tendo como professor eterno, o Mestre dos mestres.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Após 40 Anos, o Sonho não Morreu.


No último dia 4 de abril em várias partes do mundo livre foi realizado um minuto de silêncio em memória pela vida daquele que deu sua própria vida em favor da liberdade. Pastores se calaram nos púlpitos. Políticos silenciaram-se nas tribunas das casas de leis, jornalistas escreveram sobre seu legado cristão para a Humanidade. Nesta data histórica, que se tornou feriado nacional na América do Norte em 1968, foi assassinado o pastor evangélico negro, Dr. Martim Luther King Jr. Prêmio Nobel da Paz, discípulo de Jesus, líder anti-segregacionista norte-americano, apóstolo da não-violência que deixou como exemplo para a humanidade a fé na compreensão e harmonia entre os homens de todas as raças, de todas as religiões e de todas as culturas. Martim Luther King provou que vale a pena ter um sonho e trabalhou para torná-lo realidade. Quando criticado como extremista até mesmos pelos seus amigos pastores batistas, aos poucos ele encontrava satisfação neste rótulo e respondia com alegria: Não foi Jesus um extremista quanto ao amor? “Amai os vossos inimigos, abençoai aqueles que vos maldizem, fazei o bem aqueles que vos odeiam e orai pelos que acintosamente nos hostilizam e nos perseguem.” Não foi Amós um extremista da justiça? Deixai a justiça jorrar como a água e a retidão como um rio, fluindo constantemente. “Não foi Paulo um extremista do Evangelho de Cristo?” Trago em meu corpo as marcas de nosso Senhor Jesus Cristo. Não foi Martinho Lutero um extremista? “Aqui estou eu não posso fazer de outra maneira, por isso, Deus me ajude”. E John Bunyan? “Prefiro permanecer na prisão até o fim nos meus dias o garrotear minha consciência”. E Abraão Lincoln? Esta Nação não pode sobreviver meio escrava e meio livre. E Thomas Jefferson? Defendemos estas verdades que dispensam explicação: A de que todos os homens são iguais... “Portanto, não importa o fato de sermos extremistas, mas o tipo de extremista. Seremos extremistas do ódio ou do amor? Verdadeiramente, o pastor Martin Luther King foi um extremista da não-violência no amor de Jesus e seu sacrifício não foi em vão, porquanto mesmo depois de 40 anos, milhares de homens e milhares continuam tendo um sonho.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Crise de Fé - Briga por Fiéis.



O clima está quente na Band. Contam os bastidores que o Missionario R.R.Soares. que paga R$30 milhões por ano a emissora para manter a exibição de suas orações, esta magoado com o Bispo Edir Macedo, o "concorrente" da Igreja Universal - de quem aliás e cunhado.

E que a Band quer ceder o horario de R.R.Soares, em cadeia Nacional, ao Publicitario Roberto Justus, que prometeu pagar o dobro. O Pastor, então, fez contraprosposta de valor,e mesmo assim a TV não
Aceitou. Soares teria descoberto que Edir Macedo e quem esta
patrocinando a empreitada de Justus para tira-lo do ar.
Uma grande briga por Fiéis.

Fonte: JB (21/04/08)

domingo, 20 de abril de 2008

O Martelo do Profeta


Durante reunião mensal do Conselho de Pastores de Rio das Ostras, um dos pastores da cidade, perguntou-me com qual profeta bíblico eu me identificava nos textos publicados na Folha Evangélica. Respondi-lhe de imediato: Jeremias. O profeta de Anatote foi perseguido por denunciar a corrupção e a falta de direção no Reino de Judá, pois a Reforma religiosa alicerçada no livro de Deuteronômio no governo do Rei Josias estava em reuínas. O sucessor de Josias, o rei Jeoaquim era um neófito nas leis de Deus, um boneco nas mãos do Reino da Babilônia. Jeremias portanto, foi uma espécie de jornalista na sua época, quando ele foi instruído pelo próprio Deus: “Toma um rolo, um livro, e escreve nele todas as palavras que te falei contra Israel, contra Judá e contra todas as Nações, desde o dia em que te falei, desde os dias de Josias, até hoje. (Jr 36:2). Deus tem uma mensagem para seu povo e Ele escolhe um mensageiro, no caso o profeta, que não tem compromissos com o Reino temporal, secular e político. O profeta verdadeiro, não come nas mãos dos poderosos. O seu sustento não vem dos líderes denominacionais que praticam o pecado na Casa de Deus, antes provem do Senhor da Igreja, apenas Jesus é o seu mantenedor. Quando o Senhor determinou ao profeta Jeremias: toma um rolo, um livro... a Palavra está prestes a ser escrita em material ................. um pergaminho ou ..... O processo foi delineado: escrever leva a escutar, que leva a mudanças. No curso da História da Igreja, Deus tem levantado inúmeros Jeremias, contradizendo os sacerdotes mercenários repletos de pecado, amigos do sistema. Assim como Deus foi com Jeremias, também foi com Lutero na Alemanha, João Wesley na Inglaterra, Martim Luther King Jr. nos EUA, entre outros. Jeremias foi silenciado pelo rei Jeoaquim. Foi proibido de falar em público, ele era persona non grata. A antipatia do rei Jeoaquim por Jeremias era compreensível, logo no início do seu reinado, Jeremias o repreendeu dizendo que ele imaginava ser rei apenas por gastar dinheiro como um rei. Jeoaquim era um rei ganancioso e egoísta e não era amado pelo povo. Quantos pastores que se acham reis, proprietário da Igreja, não tem tentado silenciar os profetas da Casa de Deus, não lhes permitindo nem mesmo fazer uma oração dominical no púlpito. Quantos pastores sem nenhum amor no coração, não tem expulsado vasos escolhidos do Senhor da Igreja, por considerarem suas presenças um verdadeiro incômodo. O olhar do profeta representa uma flecha no coração. As palavras do profeta representam o martelo de Deus na consciência do sacerdote e rei corrupto. Jeremias profetizou que o rei Jeoaquim seria sepultado como um animal, no depósito de lixo da cidade: “como se sepultava um jumento, assim o sepultarão, o arrastarão e o lançarão para bem longe, para fora das portas de Jerusalém” (Jr. 22:11-9). Com essa profecia, nós podemos entender porque o rei proibiu Jeremias de falar em público. Há muitos anos atrás, um pastor assumiu a direção de uma congregação. E logo na primeira reunião com os obreiros, um pastor antigo avisou ao recém chegado: Enquanto o senhor seguir os preceitos bíblicos, estaremos ao seu lado, caso contrário, continuaremos seguindo os conselhos do Sumo Pastor da Igreja. O que aconteceu, já podemos imaginar, aquele pastor passou a sofrer perseguição imposta ao profeta Jeremias: o voto de silêncio. Porém, a revelação de Deus quando é verdadeira, nunca vem desacompanhada da dor, porquanto, ‘o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.’ A Palavra de Deus não pode ser manipulada ao bel prazer do reis e sacerdotes. Ela nos chama à uma reação pessoal, nos adverte e corrige o seu povo. Quando o rei Jeoaquim lançou o rolo ao fogo e cortou em pedaços com sua faca, isto é uma representação de todos aqueles que tentam usar a Bíblia segundo os seus interesses, que procuram manter o domínio da Igreja, como massa de manobra, porém a historia nos tem revelado que o final é bastante triste para todos aqueles que querem calar a voz de Deus.

Por: Sergio Cunha.