sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Os Filhos de Enock

No final da década de 1970, fui convidado para assistir uma peça teatral de Robert Patrick; “ Os Filhos de Kennedy”, que fez muito sucesso no Rio de Janeiro, por falar de uma geração decepcionada por ter seus sonhos interrompidos. A peça constituída de 7 monólogos, falava de onde estava os personagens e o que estavam fazendo, quando do assassinato do presidente John Kennedy em Dallas no Texas – E.U.A, durante um desfile em carro aberto. Foi um acontecimento, que marcou minha geração. Outro fato marcante, foi a morte de um dos maiores profetas do século 20, o pastor que teve um sonho, Martim Luther king Junior. Foi tão importante, que minha mãe, uma crente batista pernambucana, não conseguiu se esquecer do que fazia, quando ouviu a noticia no radio. A noticia em si e o local onde se tomou conhecimento dela, ficaram associados para sempre em sua mente, mesmo depois de varias décadas passadas. Não me lembro de meus pais conversando sobre a morte de Getulio Vargas ou do pastor Davi Gomes e sua Escola Bíblica do Ar. Mais, na minha geração, viraram lugar comum descrições de onde se estava quando se ouviu pela primeira vez o clássico do Som Maior. De lá para cá, as mortes que causaram orfandade no meio evangélico e principalmente pentecostal, foi a dos pastores Paulo Leivas Macalão e em segundo plano na Região dos Lagos após 40 anos de ministério ininterrupto de Enoque Alberto Silva, que começou sua vida espiritual na Igreja Batista em Alagoas e trocou a navalha de barbeiro pela espada cortante da Palavra de Deus no Rio de Janeiro, percorrendo as areias escaldantes da região do sol e do sal, para estabelecer o trabalho pentecostal de maneira pioneira ao lado se sua fiel companheira Ilka Silva. Para muitos, o sisudo pastor Enoque não teve filhos biológicos, porem, para aqueles que atenderam o chamado no Mestre Jesus, sabe que ele foi o pai espiritual de multidões, e que não dobrou seus joelhos diante de mamon , morrendo pobre e deixando como herança para mulher apenas uma casa simples, um Carro Voyage velho e cerca de 17 mil filhos espalhados em 105 templos pentencostais. Como um verdadeiro homem de Deus, ao longo de 40 anos, desenvolveu em toda região um abençoado e profícuo ministério , onde simplicidade, paixão pelas almas perdidas e com compromisso com a verdade bíblica se fizeram presentes durante sua vida e como legado na vida dos filhos de Enoque. Baruch Há Shem!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aprendendo com os animais


As Escrituras Sagradas ,manda seguir o exemplo das formigas e Cristo apresenta Deus cuidando dos pássaros que não semeiam, não colhem e nem ajuntam em celeiros. Porem, foi assistindo um documentário sobre a solidariedade dos gansos, aves migratórias, que senti vergonha da minha falta de solidariedade cristã. Vejamos porque, mediante o descoberta da ciência limitada dos homens; a medida em que cada ave bate suas azas, ela cria uma área de sustentação para ave seguinte. Voando em formação de V, o grupo inteiro consegue voar, pelo menos 70% a mais do que se cada ave voasse isoladamente. Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe, atingem resultados muito mais rápido e facilmente. Quando o ganso líder se cansa, ele vai para parte de traz do V, enquanto um outro ganso assume a ponta. O revezamento de esforços, permite avançarmos mais facilmente nas tarefas árduas. Os gansos de trás, grasnam para encorajar os da frente, a manterem o ritmo e a velocidade. Incentivo e estimulo são fundamentais quando queremos manter ou melhorar o ritmo e a velocidade em nossas empreitadas. Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e proejá-lo. Eles o acompanham ate que suas condições melhorem e, então, os tres reiniciam a jornada, juntando-se a outra formação, até encontrar o grupo original.
Gansos, uma metáfora onde a solidariedade nas dificuldades é fundamental para o sucesso da nossa jornada. Baruch Há Shem!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Empurrados para fora

Todo aquele que o Pai me da, vira a mim, e oque vem
a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. (João 6.37)

Durante a realização da 4° Expo Gospel em Rio das Ostras, pelo Conselho de Pastores da Cidade, próximo a praia do Costa Azul, um grupo de jovens de uma igreja pentecostal de Cabo Frio, foi disciplinada por três meses e afastados da comunhão da igreja, por terem participado de uma programação musical com ritmos variados da cultura regional, ainda que com letra de adoração a Deus. O pastor , rígido em costumes, não aceitou que os membros de sua igreja, batessem palmas que as mulheres cortassem o cabelo, os rapazes praticassem futebol, como ovelhas de um rebanho separado por Deus. O resultado, dessa ação legalista, foi que muitos jovens não suportaram a disciplina imposta pela autoridade pastoral e acabaram sendo empurrados para fora da igreja e até hoje, não retornaram para Casa do Pai. Ficamos tristes em saber, que isto continua acontecendo em pleno século 21. Onde pastores sem visão do Reino e do que seja realmente santidade, estão matando muitas ovelhas. O pastor Jorge Linhares, titular a 27 anos da Igreja Batista Getsemani em Belo Horizonte e autor de mais de 100 livros entre eles clássico: “ Benção e Maldição”, quando de sua pregação na Catedral da Assembléia de Deus em Cabo Frio, em 2008, contou que quando aceitou Jesus como Senhor e Salvador no inicio de sua juventude, foi na maior igreja pentecostal da capital mineira, porem como tinha o cabelo cumprido para os padrões da igreja na época, foi lhe negado o batismo nas águas e a comunhão do Corpo de Cristo. Porem, Deus que conhece o coração dos homens, não lhe negou o batismo com o Espírito Santo, e depois de muitos anos, já calvo, tornou-se pastor de uma das maiores igrejas do Brasil como um forte ministério evangelístico. Era o ano de 1982, a Praia do Forte em Cabo Frio, no final do verão, estava lotada para uma programação que prometia superar todas as expectativas de publico. O evento que se chamou “ Verão para Cristo” , foi apresentado pelo radialista Guilherme Baldissara da Radio Boas Novas do Rio de Janeiro e os louvores trazidos pela Banda Sinal de Alerta e grupos locais, alem do cantor Martinho Lutero, com o louvor do momento: Ponte sobre as águas turvas. Porem, quando Lutero pegou seu banjo, uma replica do usado por Elvis Presley e colocou seu chapéu de caubói americano, o pastor da maior igreja pentecostal da Região dos Lagos na época, deu ordens para o povo se retirar da programação, alegando não ser uma cruzada Evangelística genuinamente pentecostal, esvaziando portanto o evento. Passado algumas décadas, o pentecostalismo corintiano, ainda não acabou, e muitas ovelhas continuam sendo empurradas para fora do aprisco. O pentecostalismo de que o Brasil precisa, é com o Espírito Santo. Na base da modéstia, do amor, da unidade do corpo de Cristo, na renuncia das obras da carne e submissão a palavra bíblica. Tanto as igrejas tradicionais como as igrejas pentecostais, precisam gentilmente do pentecostalismo com o Espírito Santo do livro de Atos em sua plenitude. Somente assim, as ovelhas deixaram de ser feridas por pastores sem os frutos do Espírito. É preciso acabar com essa tirania da mediocridade em nossas igrejas e buscar a discussão de temas mais relevantes e urgentes que nos levem ao dialogo enriquecedor e não a uniformidade de pensamento e conceitos de santidade. Sabemos, que muitos há que gostam de erigir muros em vez de derrubá-los, criando mandamentos e regulamentos escravizantes empurrando principalmente os jovens para fora da igreja. Precisamos de pastores que “abrigam e não obrigam”, que sigam o exemplo e Paulo, quando nos exorta a desenvolver o conforto em Cristo, a consolação que há no amor, a comunhão no Espírito, a ternura e a compaixão, que conduzem a alegria plena em Cristo Jesus. Baruch Há Shem.

domingo, 25 de outubro de 2009

Não me envergonho


“Ai daquele homem por quem o escândalo vem” ( Matheus 18.7)

Desde pequeno, na violenta Belford Roxo, fui ensinado a amar o evangelho, pois ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Quando adolescente, após editar o jornal estudantil “ O Xereta”, descobri que o evangelho é a melhor noticia que se tem para contar a humanidade, e o maravilhoso projeto de vida para o homem. Com todas essas certezas, no inicio da juventude nunca pude me envergonhar do evangelho. Ele me fez ver uma vida de lutas e vitorias, de alegria e esperança, e que nunca seria abandonado na beira da estrada. O evangelho nos da a confiança de que Cristo venceu a morte e também haveremos de vencer o mundo que jaz no maligno. O evangelho nos torna fortes, quando nos achamos fracos e sinaliza que o futuro do cristão esta na gloria da ressurreição. Somente depois de ler varias vezes os 4 evangelhos, consegui entender a fé daqueles dos quais o mundo não era digno, e onde eles encontraram forças para suportarem, prisões, torturas, doenças, naufrágios, apedrejamentos e toda situação de humilhações. Agora, no começo da terceira idade, em meio ao triunfalismo numérico da Igreja evangélica brasileira e com seus sucessivos escândalos, descobri ruborizado que tenho vergonha do evangelho genérico do século 21. tenho vergonha do falso evangelho do mapeamento espiritual, de atos proféticos e das extravagâncias travestidas de adoração. Tenho vergonha do falso evangelho do show gospel com sinais e maravilhas em detrimento do conhecimento bíblico. Tenho vergonha do falso evangelho da graça barata, negociada nos supermercados da fé, pelos milagreiros e donos de grandes clubes denominacionais. Tenho vergonha do falso evangelho negociado pelos discípulos da industria do tristemunho e pelas celebridades falidas, que usam o mundo gospel como caça-níquel de final de carreira. Tenho vergonha do falso evangelho, vale tudo, onde se prega: Venha como estais e permaneça como estais. Tenho vergonha do falso evangelho água com açúcar, onde Jesus parece até dono de usina no sertão paulista ou norte fluminense. Tenho vergonha do falso evangelho, onde se prega uma falsa cura interior e os pecadores perdoam os “Erros de Deus”. Tenho vergonha do falso evangelho onde não existe arrependimento de pecados e tudo continua como Dantes no quartel do Abrantes. Tenho vergonha do falso evangelho das cartomantes gospel, onde com base em profecias e revelações sem embasamento bíblico, a cruz foi abandonada e as contribuições financeiras arrecadadas. Tenho vergonha do falso evangelho que mantém cativo as ovelhas em correntes e campanhas intermináveis na infantilidade da fé, ao invés de conduzi-las a maturidade cristã através do ensino bíblico. Tenho vergonha do falso evangelho, onde em nome de Deus, o abuso de poder praticado por pastores ditadores, tem arrastado milhares de ovelhas sinceras, frágeis, crédulas, simplórias e despreparadas biblicamente ao sofrimento e esgotamento físico, emocional, material e espiritual. Tenho vergonha do falso evangelho, que alguns lideres de forma imoral pregam manipulando o dinheiro do cofre da igreja, de maneira desonesta, causando grandes escândalos de maneira irreversível para o verdadeiro evangelho. Tenho vergonha do falso evangelho, pregado por mestres segundo as suas cobiças, que negam o arrependimento, a santificação, renuncia e sacrifício da cruz, pela restituição, com emocionalismo barato e conquista da prosperidade. Tenho vergonha do falso evangelho do mal testemunho, quando pastores são presos nos estados unidos por entrarem no pais com Bíblia recheada de dólares. Tenho vergonha do falso evangelho onde leio na grande mídia que “pastor”, já se tornou sinônimo de picaretagem. Tenho vergonha do falso evangelho, que prega a união da igreja com o estado, através da troca do púlpito pelos palanques, dos templos pelos palácios. Tenho vergonha do falso evangelho esquizofrênico que odeia as segundas feiras e restringe Deus e o mover do Espírito Santo apenas as casas de oração. Tenho vergonha do falso evangelho pregado por falsos apóstolos, que ensinam que somos Deus e anjos encarnados e que buscam exaltação de seu próprio nome e ministério herético. Tenho vergonha do falso evangelho onde é derramado sangue cenográfico em cima do altar para substituir o sangue de Cristo no Calvário. Tenho vergonha do falso evangelho que praga as falsas unções do riso, sopro, palito, toalha, suor, rugido de leão, água da bica do rio Jordão, rosa vermelha do jardim do vizinho, revivendo praticas da igreja medieval, onde os pressupostos do reino são negociados ao arrepio das Escrituras Sagradas. Tenho vergonha ao perceber que muito das sarcástica critica de Matheus Martingale com o personagem Queixada como pastor oportunista e manipulador, tenha muito de verdade neste pais onde se multiplica aventureiros mercadejadores e aproveitadores que a si mesmo se intitulam pastores . Tenho vergonha do falso evangelho do avanço apostólico com guerreiros super heróis de pajelança e gerentes de expansão de agencias bancarias da fé.

Baruch Há Shem!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sessão Nostalgia


Após assistir a inúmeras reportagens e documentários sobre os 20 anos da queda do Muro de Berlim em 1989 , uma pergunta me foi feita: onde estávamos e o que fazíamos quando o muro caiu ? Vasculhando a memória, como se fosse uma sessão nostalgia, auxiliado pela leitura de jornais amarelados em meus arquivos, descobri que estávamos participando da Cruzada Fluminense para Cristo com a Banda Alfa na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, um mês antes do muro cair. Naquele dia 10 de outubro, cerca de 60 mil pessoas se aglomeravam debaixo de um céu nublado, para ouvir a mensagem do pastor Rodolfo Beutemuller, na época radicado na Florida, EUA, e os louvores da Banda Alfa, liderado pelo jovem Diacono Dario Fagundes dos Santos com sua guitarra mágica e o teclado de Alexey Welte, que mais parecia o Rick Walkeman dos evangélicos. Durante toda a programação, o povo de Deus não cessou de louvar a Jesus Cristo, seguido de inúmeros brados; “ Só o Senhor é Deus”. A Quinta do Imperador Dom Pedro, naquele dia, foi transformada em um grande templo ao ar livre para adoração ao Rei dos reis. Simplesmente inesquecível para muitas pessoas que foram curados de enfermidade no corpo e na alma. Passado 20 anos, o jovem musico Dario Fagundes(foto), tornou-se pastor de uma grande igreja em Venda das Pedras – Itaboraí, e se emocionou pela derrubada dos muros de pecado que cercavam a cidade do Rio de Janeiro naquele dia. No mesmo ano, os muros do denominacionalismo caíram com a realização do Aliança 89 – Conferencia Carismática realizado em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, pelo Bispo Roberto Mcalister, fundador da Igreja de Nova Vida, que reuniu cerca de 650 participantes de 30 denominações, sendo cerca de 220 pastores, que saborearam o alimento espiritual compartilhado pelo pastor Malcolm Smith, que de forma Bíblica e fundamental, discorreu sobre a aliança eterna de Deus com os homens, desde os primeiros registros bíblicos ate a vinda do Espírito Santo, com uma gloriosa promessa do Senhor. Foram momentos impactantes do mover de Deus para derrubada dos guetos denominacionais, causando alegria no coração de Deus, assim como a alegria que transbordou no coração da igreja de Jesus na Alemanha com a queda do Muro. Baruch Há Shem!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Quando os murmuradores de Taberá somos nós

Você conhece um murmurador na sua igreja. Ou dois. Ou meia dúzia. E até gosta deles, viraram figuras marcadas na historia da congregação. Talvez seja um cunhado, um tio de sua mulher, um colega de ministério. Os murmuradores são antigos na historia do povo de Deus. Nunca estão satisfeitos com nada e ninguém. Nem mesmo com o próprio Deus. As vezes, os murmuradores representam uma multidão, como na caminhada no deserto; “toda congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moises e contra Arão no deserto”. ( Êxodo 16.2). Ou ate mesmo a murmuração de uma nação; “ Pois ouço a murmuração de muitos” ( Salmos 31.13). Alguns murmuradores, que buscam a perfeição e a pureza do evangelho na vida da igreja, ate que são bem intencionados, não se pode negar. E é justamente essa boa intenção e zelo exagerado fora da medida, que faz deles... murmuradores.
O murmurador nada mais é que um insatisfeito e frustrado. Ele se leva a serio alem do razoável, ele ocupa o tempo dos outros com criticas, que não são constritivas. O murmurador é, basicamente, um cristão que deixou de sonhar e acreditar nas promessas de Deus e acaba perecendo com o coração cheio de tristeza e amargura. Conheci um presbítero de idade avançada, que andava pelas ruas do bairro, falando sozinho, e quando encontrava algum conhecido, membro de sua igreja local ou da região, deitava murmuração contra o pastor regional e os dirigentes das congregações com suas famílias. Aquele irmão, não conhecia a carta de Paulo a igreja de Coríntios; “ E não murmureis, como também alguns deles também murmuram e pereceram pelo anjo do Senhor”. (ICoríntios 10.10). Ainda, que fosse um homem sério, com vida reta diante da sociedade, o presbítero murmurador, morreu de câncer e em estado de extrema pobreza, sem receber muitas visitas, porque mesmo no período terminal de sua doença, continuava murmurando contra tudo e todos. Outra característica que chama a atenção na vida dos murmuradores, é que eles, geralmente, são pessoas ainda que estejam arrolados como membros de uma igreja, são pessoas amargas, que toleramos com sorrisos parcialmente sinceros, por amor a Jesus. Que quando vem fazer uma visita a sua casa, deixam o ambiente negativo, devido as suas lamurias. Onde as pessoas, que não partilham do novo nascimento , afirmam; “ Você nem parece cristão!”. Uma das inúmeras marcas da personalidade do murmurador, é ser saudosista. Viver do passado que não volta nunca mais. É comum, o murmurador dizer: “ Na minha época, não era assim”. “Os pastores no meu tempo pregavam somente inspirados pelo Espírito Santo, não precisando de teologia”. “Quando estava no mundo, aprontei muito e não me arrependo”. Os murmuradores são como a mulher de Ló, estão sempre olhando para traz, como verdadeiras estatuas de sal. Não conseguem fugir do passado. Ou como povo de Israel, caminhando durante 40 anos no deserto, murmurando contra Moises, Arão, e o próprio Deus, lembrando-se dos peixes que comiam de graça no Egito, e dos pipinos melões, alhos silvestres e cebolas. (Números 11.5). Detalhe importante nesta historia memorável do povo de Israel, os murmuradores não entraram em Canaã. Se você já passou desta fase, abra a boca, apenas para glorificar a Deus e sua infinita graça e misericórdia, e verás as maravilhas de Deus na sua vida.
Baruck Há Shem!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

1989

Para muitos o ano histórico de 1989, foi especial pela queda do Muro de Berlim que veio abaixo depois de 28 anos, quase que por acaso, em seguida a uma declaração mal entendida de um funcionário do Leste alemão. Para outros, o dia 19 de agosto de 1989, representa apenas a abertura da Hungria com suas fronteiras para os alemães orientais que queriam entrar no lado ocidental. Para alguns , foi o inicio da “ Glasnot” e “Perestróika” de Mikhail Gorbatchov e termino da Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados Unidos, com assinatura de um acordo de destruição de armas nucleares. Milhares de pessoas, não conseguem esquecer da frase dita pelo porta voz do Partido Comunista Günter Schabowski quando no fim da tarde do dia 09 de novembro de 1989, recém chegado de férias declarou para imprensa: “ A B Soforte”, que significa de hoje em diante, as fronteiras entre Alemanha Oriental e Ocidental estão abertas. Para alegria de milhões de pessoas, 1989, representa a expulsão de Erick Honecker do Partido Socialista Unificado da Alemanha, como responsável pela decisão e construção do Muro de Berlim. Para 18 mil pessoas condenadas por tentativa de fuga, a queda do muro representou o sonho da liberdade. Como todo muro de vergonha, o de Berlim fez um mártir como símbolo das barbáries cometidos na Alemanha comunista, onde foi colocado uma cruz e posteriormente um memorial pela vida de Piter Fechter, 18 anos, que foi baleado e morreu agonizando pedindo socorro. Passado os 20 anos, ainda existem outros muros que precisam cair, tais como o muro que os Estados Unidos construiu em sua fronteira com o México, o muro do Rio de Janeiro ao redor das favelas, o muro entre Israel e a fronteira com a Cisjordânia. E para não ficar apenas no plano político, se analisarmos a questão espiritual muros de pecado, desamor e preconceitos precisam ser derrubados, para que os povos e nações possam habitar a Nova Jerusalém na visão do profeta Zacarias 2:4 “ Habitada como aldeia sem muros, por causa da multidão de homens e animais que nela haverá.” Pra que muros entre os homens e Deus, se Ele mesmo se compromete; Pois Eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor, e Eu mesmo serei, no meio dela, a sua gloria.( Zacarias 2;5). Agora , para aqueles que conhecem o poder de Deus e o valor das orações, a verdade que não foi noticiada pela grande mídia internacional, no dia da queda do muro, foi que um pequeno grupo de Cristãos, durante anos estavam se reunindo na igreja São Nicolau, liderada pelo reverendo C.Fuhrer, para que aquele que destrona os poderosos e entroniza os débeis, pudesse derrubar o muro da vergonha e do pecado, que aprisionava o povo alemão oriental. O muro caiu, não foi pelo poder militar tão pouco pela força do povo, mais sim, pelo Espírito do Senhor. Que Deus nos ajude a derrubar os muros do pecado e os homens desta geração, possam conhecer a liberdade em Cristo Jesus. Baruch Há Shem!

domingo, 18 de outubro de 2009

Escrito para você


Sabe aquele texto que foi escrito para você, onde o autor não lhe conhece, mais descreve de maneira minuciosa suas atitudes e pensamentos, como se fossem um raio x da sua vida. Pois este texto existe, e foi escrito pela publicitária Magna Ferrentine no jornal Propaganda em Marketing. O texto “ Livros”, fala de uma pessoa, que não podia estar sem o livro na mão, ou livros espalhados na mesa de trabalho, na cabeceira da cama, embaixo da cama, após um sono de babar o travesseiro. O personagem sem nome, raras vezes lembrava-se de ter acabado todo seu estoque de leitura com a estante repleta de livros, onde sentia-se completamente isolada do mundo. Nas diversas viagens que realizava para atender compromissos profissionais, ou o pleno exercício da vocação sacerdotal, levava sempre dois ou tres livros na mala, escolhidos a dedo. Nestes dias em que ficava fora de casa, os livros eram seus melhores amigos, principalmente um de capa preta com mensagens de profunda sabedoria como manual escrito por reis, juízes profetas, medico, pescador etc. Por vezes o livro era biográfico e o sono chegava de mansinho, derrubando o incansável leitor na cama, onde adormecido sonhava com os personagens. Por vezes a leitura enveredava atravessando madrugadas, descobrindo heróis da fé, dois quais o mundo não foi digno. No dia seguinte, apenas os olhos com grandes bolsas, mostrava sinais de cansaço e fadiga pelas batalhas travadas. Esticado em seu sofá azul, ansiava a chegada da noite, após o sono dos filhos adolescentes, para iniciar a leitura de outros livros, geralmente clássicos. Durante algumas leituras, com a vista cansada, batia um desejo latente de escrever um livro, já que havia gerado filhos e plantado uma arvore e criado um blog. Foi quando em um fôlego só e, alem das costas dormente pelo longo tempo esticado em seu sofá azul, as idéias brotaram e surgiu um escritor desconhecido do mundo e rejeitado por editoras, que não compreendiam a extensão de suas idéias. Até que um dia, incentivando pelos filhos e poucos amigos, resolve se auto patrocinar, tornando-se um escritor de verdade, onde o personagem principal, é uma pessoa bastante conhecida dele mesmo. Baruch Há Shem!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Doenças Pastorais

Infelizmente, no Brasil, ataques a Igreja de Cristo e os desmandos de alguns pastores tornaram-se corriqueiros, sem que os grandes rebanhos populares consigam ultrapassar a barreira da impotência, face a dilapidação do patrimônio ético e moral a luz das Escrituras Sagradas deixados pelo Senhor da Igreja. Na verdade, a igreja evangélica brasileira através de um dos seus segmentos que mais cresce no pais e com seus pastores ditadores, padecem de certas doenças graves, que tem levado a morte de muitas ovelhas para os quais ainda não buscou o remédio eficaz da raiz de Jessé, correndo o risco com a aplicação do evangelho genérico levar a morte a igreja antes fundamentada no amor de Cristo e na doutrina dos apóstolos. A sobrevivência dos feudos religiosos e todos os seus filhotes, como o clientelismo, o patrimonialismo a distancia entre o alto clero e as ovelhas feridas, esta ainda fincada em passado histórico “de senhores” em que as frágeis conexões entre o servo e a teologia Bíblica permitiam manipulações por parte dos “ungidos”, diante de uma cidadania cristã frouxa e incipiente que, por muito tempo, enxergou no pasto seco que recebia do púlpito pobre, como “bênçãos” do pastor senhor. E ainda hoje em algumas placas denominacionais, onde predomina o governo episcopal centralizador escasseiam instrumentos para tornar mais audível o balir das ovelhas. Pois bem . A indiferença revelada por parte significativa do rebanho, quanto ao destino do que lhe pertence, atua como estimulo para deformar a burocracia eclesiástica, que em lugar de servir aos que necessitam, passa a condição de “ senhores da igreja” contrariando as palavras do Cristo Vivo: Eu vim para servir e não para ser servido. Não se pode ignorar que tais desfigurações de algumas denominações evangélicas, com suas estruturas arcaicas relacionam-se diretamente com a desconfiança pastoral sobre eles mesmos, fazendo parecer que, em cada passo do ministério , a preocupação com o controle opressor do rebanho sufoca o avançar da igreja, quando deveria assegurá-la. Por outro lado, todo um conjunto de leis, regulamentos, regimentos sem provimento bíblico, funcionam como “camisas de força” sobre as ovelhas, visando legitimar o abuso de poder e terminam atuando como bloqueios para o verdadeiro crescimento espiritual. Em uma Igreja da Região dos Lagos , um pastor sexagenário, que se intitulava o “senhor da igreja”, impôs o voto de silencio a um pastor auxiliar, proibindo-o de pregar a Palavra e ate mesmo fazer orações públicas, com receio de perder o cargo de presidente vitalício, do tipo: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Posso parecer, mais não sou pessimista. A despeito de seus muitos problemas , a igreja evangélica brasileira e seus pastores em sua maioria permanecem de joelhos diante da Cruz de Cristo, resistindo as tentativas da doença síndrome de Lúcifer em destruir a igreja de Cristo com autoritarismo sacerdotal, sede de poder político, nepotismo, simonismo e etc. Ainda bem, que as Escrituras Sagradas nos afirma que: “ As portas do inferno não prevaleceram contra a igreja do Senhor”. Enquanto alguns “ senhores da Igreja” , com suas franquias e capitanias hereditárias, continuam se servindo da igreja, uma parte considerável do rebanho, os quais vamos chamar de tementes a Deus, vão continuar caminhando em direção a nova Jerusalém, porem sempre olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa salvação. Já outras ovelhas, que alguns chamariam de teimosas, vão continuar orando persistentemente para que os espantalhos que hoje, ocupam a cadeira de Moises e assustam o beija flor, porem atraindo os urubus possam se converter e retornarem ao caminho bíblico. Como bem declarou o pastor Ricardo Agreste no texto atualíssimo: “ Entre pastores e tosquiadores”, muitos pastores do século 21 tem usado seu poder de influencia para induzir as pessoas a fazer aquilo que lhes beneficia, onde não é difícil encontrarmos pastores nos púlpitos, nas rádios e nas emissoras de TV, gastando mais tempo falando de suas realizações pessoais e de suas megas igrejas do que no verdadeiro pastoreio que consiste na centralidade da obra de Jesus na vida cristã. Muitos pastores, levantados por Deus, que esbanjavam saúde espiritual, foram acometidos pela síndrome de lúcifer e se transformaram em tosquiadores, vivendo da lã produzida pelas ovelhas. Precisamos orar mais a Deus, para que o Senhor possa sarar os seus sacerdotes que mudaram de visão pastoral para a visão empresarial, e possam retornar ao verdadeiro pastoreio, e não sejam enquadrados nas Escrituras: Meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as desencaminharam e as fizeram perambular pelos montes. Elas vaguearam por montanhas e colinas e se esqueceram do próprio curral” (Geremias 50.6). Bruch Há Shem!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Debaixo do dedo de Deus

Já ouvi muitos pregadores e missionários, afirmarem que sempre estiveram debaixo das mãos de Deus. Porem, posso afirmar categoricamente, que durante o Congresso da UMADER em 1988 no ginásio Pedro Jahara em Teresópolis, milhares de jovens assembleianos estiveram debaixo do dedo de Deus, sendo impactados por uma mensagem evangelística trazida pelos pastores: Valdir Bicego, Adilson Farias e Hidekasu Takayama, jovens de todos os cantos do estado do Rio com mochila nas costas e muita disposição, tomaram o rumo da Serra dos Órgãos para um evento que marcaria não só as suas vidas, como a própria trajetória da igreja no Estado do Rio de Janeiro. O 14° Congresso, liderado pelo pastor Manoel Francisco de Freitas, titular da Assembléia de Deus no Galeão – Ilha do Governador – Rio de Janeiro, realizado de 27 a 31 de janeiro, superou todas as expectativas nos 25 anos de existência da UMADER – União de Mocidade das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, tendo como tema: “ Transformando o mundo com a mensagem da Cruz”. Os jovens pastores Otoniel e Oziel Moura de Paula, fundadores da UMADER, não podiam imaginar que o movimento pentecostal entre os jovens assembleianos pudesse num esforço até então sem precedente, fosse reunir cerca de 10 mil jovens em um ginásio municipal coberto com o poder de Deus. Na época, após um apagão causado por uma grande tempestade, milhares de jovens não deixaram de ouvir uma mensagem arrebatadora, sobre a vinda de Cristo para buscar a sua igreja, composta de uma juventude compromissada com o evangelho da Cruz. Impossível esquecer do pastor Takayama sem o microfone, gritar a plenos pulmões: “ Deus quer usar jovens transformados para transformar o mundo”. No culto de encerramento, no domingo pela manhã, quando fomos eleitos secretario executivo na chapa do pastor Israel do Couto e entregamos o troféu do jubileu de prata ao pastor Wanderley Rodrigues Bento, titular da Assembléia de Deus em Cabo Frio, pela maior caravana de ônibus na historia dos congressos da juventude, eu chorei de alegria e emoção, pois o desafio para realização do evento, foi uma jornada de Fe, que começou no congresso de Campos dos Goytacaz em 1986 no estádio Godofredo Cruz. 21 anos depois, quem esteve no 14º Congresso, lembra dos momentos especiais com saudade, onde sem muita estrutura e dinheiro, o jeito foi arregaçar as mangas e buscar apoio de todos lideres de mocidade de cada igreja Assembléia de Deus no estado, tanto as ligadas a Missão quanto ao Ministério de Madureira. O pastor Gedeir Ricardo Silva, na época dirigente da Congregação do Guirareia em Irajá e organizador do CIM- Congresso Interestadual da Mocidade de Madureira, esteve presente dando todo apoio visando a conjugação de forças para a plena integração da juventude.
Os jovens que fizeram parte da diretoria do congresso de 88, hoje, na sua maioria são pastores bem sucedidos em seus respectivos ministérios espelhados pelo Brasil, mais tiveram como legado maior, a experiência de organizar e realizar os sonhos e desejos de uma multidão de jovens que acreditaram nas promessas de Deus para suas vidas. Baruch Há Shem!

domingo, 11 de outubro de 2009

Quando a história se repete


“E também eu te digo, que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(Matheus 16.18)

Já foi dito que a historia se repete e na Igreja, não o é diferente. Contudo, como boa professora seus ensinamentos em mais de dois mil anos de cristianismo são preciosos e profundos para aqueles que não se deixam levar pelos ventos da modernidade.
Em meio as turbulências que os cristãos contemporâneos estão vivendo de maneiras desnorteada, estudar o passado e compará-lo com o presente da Igreja, nos ajuda a entender os problemas e a maneira pelo qual devemos resolve-los,como parte integrante do corpo de Cristo. O inimigo de Deus e da humanidade, tem no decorrer dos séculos se levantado contra a Igreja, desde a sua fundação com assassinato dos mártires, a introdução de heresias , a queima do Livro Sagrado, o modernismo, o secularismo, e agora também o mercantilismo da fé com o crescimento dos adeptos da teologia da prosperidade e o desvirtuamento do papel profético da Igreja. A pretexto de alcançar toda a nação brasileira e atingir a hegemonia religiosa, alguns lideres denominacionais tem abandonado princípios e valores Bíblicos , criando a crise do modernismo teológico, embalados por discípulos de Balaão. O nome “modernismo” encobre diversas propostas, cuja as raízes remontam ao liberalismo do século 19, onde o conceito de “ igreja” tem relação com a ordem política e social, a renovação da teologia e a atualização do papel eclesiástico no mundo. Essa corrente de pensamento induzia ao esvaziamento do valor da fé e o papel da igreja na sociedade. O modernismo atual com uma nova roupagem tem a pretensão de reformar a igreja, a partir do abandono de praticas Bíblicas neo testamentárias com o surgimento de denominações que atendem as exigências do mercado religioso, onde seus lideres abandonaram o pastoreio do rebanho de Cristo pelo palanque político, e algumas delas ate mesmo se transformaram em partidos ideológicos, outras em instituições bancarias, uma variável que certamente favorece a perda da credibilidade de parte da igreja junto a população neste mundo globalizado. Aprendemos com o passado e reafirmamos nossa convicção de que a Igreja enquanto agencia proclamadora de Boas Novas, é portadora de uma missão essencialmente espiritual. E, cumprir essa missão, é seu dever prioritário. Nenhum movimento modernista ou reformista, pode eximila desta responsabilidade, correndo o risco de perder a sua identidade mais profunda – e, com a identidade cristocentrica sua credibilidade para a construção do Reino de Deus. Cabe ao estado democrático de direito , o objetivo e o dever de promover o bem estar social e a justiça para a população, e não a Igreja. Assim como também, não cabe a interferência constantiniana na Igreja visando cooptá-la em troca de benesses materiais. A Igreja e os seus sacerdotes, estariam cometendo uma traição ao homem comum, mesmo com as melhores intenções, se lhe oferece-se bem estar social, prosperidade material, mais lhe sonegasse, o que o Cristo vivo resgatou para a humanidade com sua morte na Cruz do Calvário. Assim, quando o crente bereiano se sentir confuso e atordoado com os modismos heréticos, basta apenas consultar as Escrituras Sagradas e as lições de historia, para perceber que mais uma vez a historia se repete. Baruch Há Shem!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Tempo de Deus para nossas vidas


“ A corrida não é dos ligeiros” ( Eclesiastes 9.11)

A população do Rio de Janeiro vibrou, quando o Comitê Olímpico Internacional, anunciou a vitoria da Cidade Maravilhosa para sediar as olimpíadas de 2016. O povo com muita alegria festejou com um show nas areias da Praia de Copacabana, diferentemente das candidaturas passadas. O tempo do Rio de Janeiro havia chegado. A delegação olímpica brasileira se preparou durante 12 anos para conquistar sua vitoria, derrotando grandes metrópoles, como Tóquio, Chicago e Madrid. Um pastor Carioca, ao ser entrevistados e explicar o motivo da cidade ter ganho a corrida para o podium, declarou: “A corrida não é dos ligeiros”. Ao ler estas palavras, aprendemos o que de fato a Bíblia ensina, que há um tempo determinado para tudo, desde do nascer até morrer, ganhar e perder, sorrir e chorar. Durante as olimpíadas de 1984, realizada em Los Angeles, Califórnia, EUA. Na corrida feminina dos 3.000 metros, duas corredoras, uma inglesa e outra norte-americana, tinham a esperança de ganhar a medalha de ouro. Mais na metade da corrida elas se chocaram na pista. Uma caiu e teve que abandonar a corrida; a outra ficou tão abatida que chegou em sétimo lugar. Para alguns analistas desportivos, isto aconteceu por causa do destino. Outros disseram que o motivo do acidente foi a competição acirrada entre duas atletas com bom preparo físico, numa corrida bem disputada, em que cada uma tentava sobressair. Porem, a Bíblia declara: “ Mais que o tempo e a sorte ocorrem a todos”. E isso não tem nada haver com o destino. Um certo jovem que almejava o episcopado, depois de muito buscar a Deus em orações e no estudo da Bíblia, ingressou no seminário teológico e nos fins de semana pregava nos cultos de sua congregação, auxiliando o pastor titular. Com muito amor pelas almas perdidas, evangelizava de casa em casa, visitava os doentes nos hospitais e os presos nos presídios durantes as tardes de domingo. Desempenhava as funções de um verdadeiro ministro do evangelho. Após sua formatura no seminário, foi devidamente ordenado ao ministério da Palavra pela sua denominação pentecostal, e convidado a assumir o pastorado de uma igreja no interior, concorrendo com outros pastores. Com muito entusiasmo, reuniu todas as suas economias e resolveu comprar um terno novo para o dia de sua posse, pois tinha quase certeza de que seria o escolhido. No dia marcado, para a escolha do novo pastor pela junta diretora, o presidente da denominação não compareceu, acometido de uma indisposição gástrica e a escolha recaiu sobre outro pastor, bem mais velho, causando uma profunda tristeza ao jovem pastor. Ao buscar uma resposta de Deus nas Escrituras Sagradas, já que se considerava, o mais bem preparado teologicamente parra assumir o rebanho, foi que aprendeu no livro do Pregador: “ Não é dos ligeiros o premio, nem dos valentes a vitoria, nem tão pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mais que o tempo e a sorte acorre a todos”. ( Eclesiastes 9.11). Foi naquele momento, que entendeu o tempo de Deus para sua vida e tudo que lhe veio a mão para fazer, fez conforme suas forças a partir daquele dia. Baruch Há Shem!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lealdade na espera


Assim que meu pai, comprou nossa primeira TV preto e branco em 1970, para assistirmos a Copa do México, onde o Brasil foi campeão com a seleção canarinho, todos os anos no período das festas natalinas, chamávamos os vizinhos para assistirmos um filme épico que falasse de Jesus ou do povo Hebreu, e derramávamos litros de lagrimas com o “ Manto Sagrado”, estrelado por Victor Mature, “ Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. Mille e , “Jesus de Nazaré”, de Franco Zefirelli. Quando da crucificação e morte de Cristo, todos os anos, minha mãe e eu nos abraçávamos chorando, como se tivéssemos perdido um ente querido muito presente em nossas vidas. Nunca consegui tirar da cabeça uma das seqüências finais, onde Jesus declara: “ Toda via, digo-vos a verdade. Convém que eu vá, porque se Eu não for, o consolador não vira para vós. Mais se eu for, eu o enviarei”. (João 16.7). Naqueles tempos de inocência, perguntava a minha mãe, quando Jesus haveria de voltar? Se seria no próximo natal, ou quem sabe no dia do meu aniversario? Minha mãe cheia de convicção e fé, afirmava: Quando Deus mandar. Cabe a nos, apenas aguardar com lealdade sua volta nos céus.
A medida que ia crescendo, todas as vezes que se aproximava uma tempestade, olhava para os céus e ficava a perguntar: será agora sua volta? Passaram-se os anos, me batizei nas águas e depois fui batizado no Espírito Santo. Casei-me e gerei filhos. Almejei o episcopado e fui ordenado. Apascentei o seu rebanho. Preguei em seu nome e continuo aguardando seu retorno. Porque se Ele prometeu, certamente cumprirá. Cabe a nos apenas esperar. Bem, como estafamos falando de filmes triste, semana passada foi apresentado a platéia carioca no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, o filme “Hachiko-A dog´s Story”, de Lasse Hallstrom. Hachiko, um cachorro da raça akita, nascido em 1924 em Tóquio, pertencia a um professor que morava no bairro de Shibuya. Todos os dias, o cão acompanhava o dono ate a estação de trem, quando ele ia para o trabalho. Todos os dias também, Hachiko, as 15 horas, voltava a estação para receber o professor, durante anos. Certo dia, o professor partiu no trem, deixando Hachiko na estação, porem ao chegar ao trabalho, teve um enfarto fatal, vindo a falecer. Porem, durante 10 anos Hachiko até morrer de velhice, foi todos os dias, as 15 horas, até a estação de Shibuya, esperar seu dono. Ficou conhecido em todo Japão após reportagem publicada no “Asahi Shimbu” como símbolo de lealdade ganhando inclusive uma estatua erguida enfrente a estação ferroviária de Shibuya. Definitivamente, “Hachiko”, deu prova de lealdade ao seu senhor, maior do que muitos cristãos que se desviaram no meio do caminho, e deixaram de crer na promessa de que Ele, o Senhor de nossas vidas, um dia voltará para buscar sua igreja, quando Deus Pai determinar. Baruch Há Shem!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

As Ultimas Palavras


Toda criatura humana no inicio de sua vida, ainda como um bebe, pronuncia suas primeiras palavras geralmente chamando pela mãe ou pai, e quem sabe pelos avôs. Não importando seu idioma, cor da pele ou se o berço for de madeira, plástico ou de ouro, todos possuem essa característica comum. Porem, um detalhe me chama atenção no final da vida. Qual será as ultimas palavras no momento de nossa morte? Muitos homens, durante suas existências, ficaram famosos por suas palavras na conquista de reinos e impérios, e outros adquiriram discípulos com palavras de sabedorias e alguns com sentenças de morte. Na historia do cristianismo, não foi diferente com palavras de profunda f[e, que serviram de animo e perseverança para nossa caminhada cristã. Conta-se que Daniel Berg, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, quando sua morte chegou em 1973, feliz ele sorria, como a dizer: “Onde estão, ó morte, os teus aguilhões?” e em Cristo se abrigou para sempre. Já Gunnar Vingren, outro missionário sueco que ao lado de Berg ajudou a fundar a Assembléia de Deus em Belém do Pará, como maior movimento pentecostal do mundo, no dia 02 de junho de 1933, as duas horas e quarenta e cinco minutos da marte, ao partir para as moradas eternas com os braços levantados, exclamou: “Jesus, Tu és maravilhoso. Aleluia!Aleluia!”. Em sua obra Tales Off The Hasidim ( Contos do Hasidim), Martin Buber conta a historia do Rabi Baumann que na luta de morte , viu sua esposa chorando em conseqüência de seu eminente passamento. Ele lhe perguntou: “ Pelo que você esta chorando ? toda minha vida serviu apenas para que eu aprendesse como morrer”. O Rabino entendia que a morte faz parte da vida. O salmista chama a uma idéia similar quando ora para que Deus nos ensine a “contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” ( Salmo 90.12). Aqui ele esta pedindo a Deus que lhe conceda uma consciência da morte com objetivo de a vida ser vivida com maior compreensão. Para o cristão, a morte é o ato de fé, no qual ele lança todo ser nas mãos de Deus.
O Mártir alemão Dietrich Bonhoeffer, antes de ser enforcado pela Gestapo, declara: “Este é o fim – mais, para mim, o inicio da vida”. Com estas palavras, Bonhoeffer confiantemente pronunciou sua imortalidade em Cristo Jesus. Já para D.L.Moody, o celebre ganhador de almas, o dia 22 de dezembro de 1899, foi a sexta feira mais curta do ano, quando as seis horas da manhã, ele declarou :”Se isto é a morte, não há nenhum vale. Isto é glorioso. A terra recua, o céu se abre perante mim. Deus esta me chamando”.
Carlos Hadon Spurgeon , considerado o príncipe dos pregadores no século 17 na Inglaterra, em suas ultimas palavras, no leito de morte, dirigido a sua esposa, foram: “ OH! Querida, tenho desfrutado um tempo mui glorioso com meu Senhor!”
Chistmas Evans, o pregador caolho Gales, também chamado de João Bunyan de Gales, depois de pregar seu ultimo sermão, dirigiu-se ao pastor hospedeiro com estas palavras: “o meu gozo e consolação é que, depois de me ocupar na obra do santuário, durante 53 anos, nunca me faltou sangue na bacia, portanto prega Cristo ao povo”. Então, depois de cantar um hino disse: “Adeus! Adeus! e faleceu”.
David Brainerd, o evangelista dos índios pele vermelha nos Estados Unidos, findou sua missão aos 29 anos com morte de tuberculose, quando no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a Bíblia, exclamou: “Ò, o querido livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me serão então desvendados!”.
João Wesley, o pai do grande avivamento da Inglaterra e fundador do metodismo, aos 88 anos, no dia 02 de março de 1791, exclamou: “ O melhor de tudo é que Deus está conosco”.
Martinho Lutero, o monge alemão, pai da reforma protestante, com 62 anos pregou seu ultimi sermão e antes de morrer, exclamou: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito, pois tu me resgatastes, Deus fiel”.
Jerônimo Savonarola, o pregador de Florença, na Itália em 1498, após pregar contra os pecados da igreja romana, foi queimado vivo em praça publica por ordem do papa Lorenzo de Medici, dizendo: “O Senhor sofreu tanto por mim!”.
John Smith, discípulo do metodista João Wesley, viveu apenas 37 anos percorrendo toda Inglaterra, pregando a santificação e ganhando o titulo de “ o pregador dos joelhos calejados”, depois de ganhar milhares de almas para cristo, mais no dia 03 de novembro de 1831, quando estava nos últimos momentos com o rosto reluzente, onde falar era um grande esforço. Reunindo toda sua força, sussurrou: “ Tu disseste: “Louvado seja Deus”, e eu disse: Amem”.
John Hide, “ o missionário presbiteriano que nunca dorme”, dedicou sua vida ao campo missionário da Índia, trazendo reavivamento em Sialkot, levando milhares de indianos aos pés de Cristo. Porem no dia 17 de fevereiro de 1912, enfrentando dor extrema, antes de entregar seu espírito a Deus, seus lábios clamaram: “Bol! Yisu Masih Ki Jai! Que quer dizer : De um brado de vitoria para Jesus.

A historia nos traz inúmeros relatos de homens poderosos que durante toda sua vida portaram-se como invenciveis. No entanto, ao confrontar-se com o destino final de todo ser vivente, desnudaram a alma reconhecendo a sua limitação e finitude. Veja por exemplo o relato de alguns destes:VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.HEINRICH HEINE, o grande zombador, arrependeu-se posteriormente. Ao final da sua vida, ele ainda escreveu a poesia: “Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”MAZARINO: “Alma, que será de ti?”HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”GOETHE: “Mais luz!”NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”LÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras. À nossa juventude revolucionária se assegura insistentemente e em alta voz, que isso não é verdade. Pois seria desagradável, ter que admitir que o ídolo de milhões se derrubou a si mesmo de maneira tão evidente.SINOWYEW, o presidente da Internacional Comunista, que foi fuzilado por Stálin: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”CHURCHILL(foto): “Que tolo fui!”YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”YAROSLAWSKI, presidente do movimento internacional dos ateus: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim, Ele está aqui.”

Baruch Há Shem.

Fonte : Bonhoeffer o Mártir – Craig Slane. VIDA
Historia das Assembléias de Deus no Brasil – Abraão de Almeida – CPAD.
Heróis da Fé – Orlando Boyer – CPAD.
Heróis da Vida Cristã – Wesley Duevel – VIDA.

domingo, 4 de outubro de 2009

È Tempo de Chorar


Em verdade, em verdade vós digo, que vós chorareis e vos lamentareis enquanto o mundo se alegra. Vós ficareis tristes, mais a vossa tristeza se converterá em alegria. ( João 16.20)

È tempo de chorar, lamentar e se angustiar pelos fatos acontecidos no seio da igreja evangélica brasileira nas ultimas décadas.
É tempo de chorar aos pés do Senhor, pelo fatiamento da igreja em reinos e impérios humanos, com lideres religiosos, agindo como se fossem donos ou sócios da igreja de Cristo, colocando o patrimônio físico em seus nomes e de familiares, criando costumes e normas extra bíblicas como um verdadeiro julgo para as ovelhas com seu legalismo farisaico.
É tempo de chorar, pelos falsos ensinos de prosperidade e unção financeira, que tem levado multidões a buscarem uma graça barata. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância (Tito 1.11).
È tempo de chorar pela chegada das eleições, onde lideres evangélicos vão vender e negociar nos bastidores dos palácios em reuniões secretas, os votos da igreja de maneira indecorosa e desprovida de senso moral cristão.
É tempo de chorar, pela instabilidade espiritual e moral de alguns lideres religiosos, que tem levado a igreja a abandonar as Escrituras Sagradas em nome de um relativismo ético, com baixo fervor espiritual, assim como aconteceu com os filhos do profeta Samuel, que “ Se inclinaram a avareza, a aceitaram subornos, e perverteram o direito” ( I Samuel8;1-3).
È tempo de chorar, aos pés de Cristo pela acomodação na leitura devocional da Palavra Bíblica em detrimento de testemunhos e shows gospel, na oração contemplativa e no relacionamento intimo com Deus.
È tempo de chorar pela inversão de valores e posições, onde o servo se tornou senhor e o Deus vivo despachante de pastores mercenários.
È tempo de chorar, pela venda de simonias e banalização do ministério sacerdotal oferecido no supermercado da fé, contrariando a eleição divina, fundamentada na Graça de Deus (II Timóteo1. 8-9) , soberania de Deus (Isaias 44.1-2), determinação de Deus ( Salmo 139.16), e no conhecimento de Deus sobre nos ( Jeremias 1.5).
È tempo de chorar pela crescente “sedução constantiniana” da igreja e sua liderança numa relação de vergonhosa promiscuidade.
È tempo de chorar, aos pés do Senhor da Igreja, para que Ele levante profetas da estatura de Elias, que confrontou a desobediência e idolatria de Acabe (I Reis17.1 ; 18.17-21).
È tempo de chorar, com gemidos inexprimíveis para que o Espírito Santo que edifica a igreja, possa levantar profetas da estatura de João Batista e denunciar a imoralidade palaciana e o adultério dos Herodes da atualidade ( Matheus 14.1-12) e ( Marcos 6.14-29).
È tempo de chorar, pela igreja de Cristo e as abomináveis alianças espúrias que estão sendo feitas com os agentes de satanás ( Matheus 4.1-11), visando cada vez mais afasta la de sua missão profética.
È tempo de chorar, diante da crus pelo resgate das mensagens sobre santidade e humildade no lugar da auto ajuda e do triunfalismo da prosperidade com sua teologia do abracadabra importada dos E.U.A.
È tempo de chorar diante do altar de Deus, e deixarmos de ficar envolvidos na obra de Deus, para nos envolvermos com o Deus da obra, antes que seja tarde demais.
Baruch Há Shem!

sábado, 3 de outubro de 2009

Gigante da Fé


Imagine um pastor com paixão pelas almas perdidas, disposto a dar sua vida pela pregação do evangelho, sendo preso, agredido, humilhado, mais mesmo assim continua sendo um plantador de igrejas, em uma época em que ser ministro do evangelho, não dava status social e tão pouco se acumulava tesouros na terra dos homens, e principalmente, se fosse pentecostal. Imagine um pastor humilde, sem nenhum recurso material, viajando a pé ou no lombo do burro por estradas íngremes e perigosas, debaixo do sol e da chuva, com o compromisso de levar o evangelho de Cristo para o povo pobre do interior do estado, acreditando apenas nas promessas de Deus para sua vida, exercendo a sua fé na Palavra Bíblica, sem direito a ofertas polpudas ou casas na beira da praia em condomínio de luxo, diplomas de honrarias concedidas pelos políticos, títulos de doutor em teologia e todas as benesses do poder religioso. Imagine um pastor celebrando a Ceia do Senhor como na igreja primitiva de Atos dos Apóstolos, em uma casa de família muito simples e pobre, tendo como elementos aipim e suco de beterraba, e os crentes assembleianos, se alegrando assim mesmo no Senhor. Imagine um pastor, que por causa da pregação do evangelho nos idos da década de 40 do século 20, ser levado preso de trem, escoltado por 2 soldados e depois ser solto por ordens do presidente da Republica Getulio Vargas, a pedido do missionário sueco, Samuel Nystrom. Imagine um jovem solteiro de 21 anos, ser consagrado ao ministério pastoral na terra do mico leão dourado – Silva Jardim, pelas mãos de Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, e durante 60 anos apascentar um rebanho de milhares de ovelhas. Dê a ele a graça de Deus, o amor de Cristo e a unção do Espírito Santo, para ganhar almas para o Reino de Deus, desde os mais ricos ate os mais simplórios, e você terá um pastor de verdade, um gigante espiritual. Hoje, no mercado da fé, que se transformou alguns segmentos da igreja evangélica brasileira, pode ser difícil imaginar um pastor com essa abnegação, mais o produto das características de um homem de Deus, chamado pelo Senhor da Igreja, existiu, sim, veio de Rio Bonito – RJ, e se chamava Moyses Soares da Fonseca. (foto)Consumido por um tumor cerebral canceroso, morreu aos 81 anos de idade em 20 de março de 1991, fazendo jus a frase: “ Começou bem, e terminou bem”. No dia 08 de agosto de 2009, se comemorou o centenário do nascimento de um gigante da fé na construção da historia das Assembléias de Deus no Brasil, e o segundo pastor presidente das Assembléias de Deus em Niterói – São Gonçalo, durante 38 anos seguidos e com os outros 22 anos, pastoreando as igrejas de Rio Bonito, Silva Jardim, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Duas Barras , Itaboraí e Nova Friburgo. Em 1990, tive o privilegio de conversar com o pastor Moises Soares e beber de suas palavras de profunda sabedoria na casa do pastor Isque Martins da Silva, no bairro Aquarius – Cabo Frio, onde de maneira serena e lúcida nos relatou as inúmeras provações que havia passado na pregação das boas novas, porem em todas pode contar com o livramento dados por Deus. Mesmo no final da vida, o pastor Moises Soares , não se cansava de dizer: “Jesus é bom. Jesus é Maravilhoso, tudo que tenho, tudo que sou, pertence a Jesus. Por isso , toda honra seja dada a Ele”. As poucas horas que conversei com o pastor Moises Soares e os seus conselhos, foram de grande utilidade para minha vida ministerial como jovem obreiro. Paulo disse a Timóteo: “Tu, porem, permanece naquilo que aprendestes, e de que fostes inteirado, sabendo de quem os tem aprendido”. (II Timóteo 3.14). Quando assistimos hoje a corrida para os púlpitos de pastores mercenários, para mercadejarem a Palavra de Deus, vendendo a salvação em suaves prestações ou lideres denominacionais trocando o privilegio de serem embaixadores do Rei (II Coríntios 5.20) pela gloria desse mundo que perece, imagino, os anões espirituais, diante dos gigantes da fé, com suas experiências ministeriais, repletas de salvação de centenas de vidas , curas divinas e batismo com Espírito Santo, fico a pensar, quão pequena tem sido nossa fé e dedicação a causa do Mestre, que Deus tenha misericórdia de nos e possamos despertar do sono da indolência para seguirmos o exemplo deixado por homens da estatura de Moises Soares da Fonseca, que nada tendo, tudo entregou ao Senhor, principalmente sua vida. Baruch Há Shem!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nossa Pátria é nos Céus


“por tanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus; pois aquele que entrou no descanso de Deus, ele próprio descansou de suas obras, como Deus das suas”. ( Hebreus 4.9-10 )

Conta-se, que um casal de jovens missionários, ele com 20 anos e ela com 18, receberam de presente de casamento de sua igreja nos Estados Unidos, uma viagem de lua de mel durante 30 dias com todas as despesas pagas. Porem, a noiva desejosa de partir para o campo missionário no Zaire, África, agradeceu ao seu pastor e no dia seguinte ao casamento, viajaram de navio para o distante continente africano, visando conhecer de imediato a terra desconhecida e selvagem no qual haveriam de gastar suas vidas, pregando o evangelho por amor as almas perdidas. Os anos se passaram e ao final de 5 décadas, o casal de missionários sem filhos biológicos, porem com milhares de filhos espirituais em solo africano, e com mais de 300 igrejas de Sape e barro espelhados pelas aldeias do Zaire, resolveram voltar para sua terra natal, capital do mundo, a cidade de Nova York, com o propósito de merecidamente descansarem após longos anos de trabalho no campo missionário. Ao chegarem no aeroporto internacional John Kennedy, uma multidão lhes aguardava com faixas dizendo: “Sejam Bem vindos os desbravadores da África”. Uma banda de musica com uniforme de gala começaram a entoar o hino americano de maneira solene para receber os heróis da pátria. O prefeito da cidade com a chave simbólica, aguardava o momento para recepcionalos com as honrarias de vidas. Toda aquele agitação frenética, causaram uma grande emoção ao casal de anciãos, pois eles não haviam sido esquecidos pelo seu povo e pela sua igreja, sendo aclamados como verdadeiros heróis da fé, depois de tantos anos de sacrifício e derramar de lagrimas para o estabelecimento do Reino de Deus no Zaire. Naquele momento solene, eles perceberam que o seu trabalho não fora em vão. Ao avistarem os jornalistas ávidos por noticias dos perigos da selva africana, o velho missionário curvado pela idade avançada e com o rosto sulcado pelo sol escaldante do continente negro, trajando um terno velho, usado no dia do seu casamento, abriu um largo sorriso, sem nenhum dente na boca, pronto para ser entrevistado e contar em detalhes, os milagres e livramentos de Deus no campo missionário, tudo para a Gloria do nome de Jesus. Porem, eis que de repente, os jornalistas, a banda de musica, o prefeito e o povo, passam por eles, como que ignorando-os e vão aplaudir um caçador de elefantes que voltara para Nova York no mesmo avião. Triste e revoltado com a falta de respeito do povo americano, enquanto maior nação protestante do mundo, pelos anos de suas vidas dedicados a causa do evangelho, o velho missionário, começou a resmungar dizendo: “ eu sou americano, enfrentei selvagens, doenças terríveis, animais perigosos, passei 50 anos levando uma vida de sacrifícios sem nenhum conforto para levar a vida eterna em Cristo Jesus para o povo africano, e quando retorno para descansar na minha pátria quem é homenageado é um caçador de elefantes que comercializa peças de marfim, isto tudo me entristece, nem mesmo um membro se quer da igreja que nos enviou, veio nos receber”. A Velha missionária, mulher virtuosa e de profunda sabedoria, abraçou seu marido com força, porem de maneira carinhosa, e disse-lhe: “Meu querido, aqui não é o lugar do nosso descanso, quando chegar a hora de sermos recebido para descanso nos céus, uma trombeta celestial ecoara, e uma voz divina com grande poder e gloria falará: vinde benditos do meu pai, possui por herança o reino que vos esta preparado, desde a fundação do mundo ( Matheus 25.34).
Está mensagem foi pregada pelo pastor Abílio Santana na Catedral da Assembléia de Deus de Cabo Frio. Baruch Há Shem!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sonhos de Pastores em uma noite de primavera

Todos os pastores tem sonhos. Alguns sonham a vida inteira e outros trabalham para construir seus sonhos ministeriais. Uns sonham se tornarem um grande ganhador de almas como Wesley, Moody, Billy Graham e Nilson Fanini. Outros sonham seguir o exemplo de plantador de igrejas como Paulo Leivas Macalão e Enock Alberto Silva, como verdadeiros apóstolos da fé. Existem aqueles, que possuem o sonho missionário de desbravar continentes de selvas impenetráveis com fé ardente nas promessas de Deus, como fizeram David Livingstone(foto), Daniel Berg e Gunnar vingren, pregando o evangelho e estabelecendo a Igreja de Cristo. Enfim, todo pastor toda verdadeiramente vocacionado e chamado pelo Senhor da Igreja, sonha em um dia pastorear um rebanho, seja pequeno ou grande, no interior ou na cidade. Já aquele obreiro, que não consegue materializar seu sonho pastoral, muita das vezes, fica propenso a uma crise de identidade, chegando a se perguntar se Jesus realmente o chamou para liderar um rebanho. Quando na verdade, ele nos ensinou a orar dizendo: “ Venha o teu reino”, e não “ A Tua igreja”. Em momentos de crise ministerial, já me questionei de Jesus sonhou o Reino e o que foi criado foi a Igreja? Para nossa tranqüilidade, Ele também quis a igreja. Não, a igreja que nós miseráveis pecadores idealizamos com catedrais suntuosas e com organização institucional, tão pouco pastores como executivos da fé cumprindo metas de mercado. Mais Creio, que o projeto de Igreja que Jesus sonhou, foi uma comunidade de discípulos que se reunia para adorá-lo com a missão de estabelecer o seu reino de paz e justiça. Enquanto estivermos sonhando com uma igreja fora dos sonhos de Deus, repleta de multidões sedentas de milagres, curas, e prosperidade financeira, estaremos caminhando para o pleno exercício da crise de identidade que se abate pela igreja atual. Baruch Há Shem!