sexta-feira, 31 de julho de 2009

A Igreja dos Decepcionados


Na virada do ano de 2007, fui visitar com a minha família, uma congregação no Distrito de Glicério na Serra Macaense, interior do Estado, a convite do meu cunhado presbítero Levi Gomes, que havia sido empossado como dirigente a cerca de duas semanas. Glicério é conhecida pela beleza de suas cachoeiras, a força das águas que desce do Frade e abastece Macaé, capital nacional do petróleo.
O Evangelho naquele lugar agradável chegou já faz mais de 40 anos pelas mãos de pastores batistas, contudo, mesmo com cerca de nove templos de diversas denominações, sejam tradicionais, pentecostais e neopentecostais, a mensagem bíblica cristocêntrica não consegue avançar.
Após fazer algumas visitas à famílias que estavam afastadas ou fraquejando na fé, encontramos uma jovem próxima ao poço da Siriaca, local onde centenas de turistas procuram para se banhar. Descobrimos que Rose, com cerca de 30 anos, fora obreira durante 10 anos de uma igreja neopentecostal que prega somente a prosperidade. A jovem Rose, com muita sinceridade, revelou-nos que era proprietária do pequeno bar, e mesmo estando afastada da Casa de Deus, ela se considerava evangélica, mas do tipo decepcionada com a Igreja. Naquele momento, após orarmos por ela na mesa do seu bar e convidá-la a participar do reveillon em nossa humilde congregação, descobrimos que Rose, fazia parte de uma nova denominação: “A Igreja dos Decepcionados”. Esta igreja é formada de pessoas, que são atraídas com a promessa de ficarem ricas, serem curadas e resolverem todos os seus problemas.
No entanto, depois de algum tempo, elas vêem aquelas esperanças frustradas. Nessa igreja acontece que, muitas vezes as promessas dos pregadores não se concretizam – é claro que nem todos são curados, nem todos ficam ricos e nem conseguem chegar ao altar com um modelo global. E isso acaba produzindo frustrações e decepções em muitas pessoas, o que leva a ovelha a fazer parte de um grande contingente do fenômeno chamado de “trânsito religioso”. Ou seja, o que ela não encontrou naquela igreja, a solução para os seus problemas, ela vai quase que imediatamente buscar em outra, criando um círculo vicioso. Nos meus tempos de garoto, quando era membro de uma igreja histórica na Baixa Fluminense nos idos da década de 70, lembro-me que não era assim que funcionava o exercício da fé. Se algo não ia bem numa igreja, ou se as expectativas do cristão não se cumpriam, ele aguardava, e por muito tempo, em oração e resignação sabendo esperar no Senhor, para que a apenas o cabeça da igreja fizesse a obra.
Os cristãos do século passado possuíam raízes e não era qualquer luta que o removeria do lugar onde Deus o colocara. Assim como na sociedade atual em seus problemas sociais existem o movimento dos sem-terra, movimento dos sem-casa, também constituem hoje, os decepcionados da fé com o movimento dos sem-igrejas, e olha que no Brasil existem mais de 500 denominações que obrigam os cerca de 40 milhões de evangélicos. Que Deus nos ajude a voltarmos a nossa velha prática bíblica de buscarmos ao Senhor da benção e não apenas a benção do Senhor.Baruch Há Shem!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A pobreza da nossa fé


O dia 18 de março, entrou para história da Igreja Batista Renovada de Cidade Beira Mar, em Rio das Ostras, liderada pelo pastor Paulo Sérgio Aleixo. Quem sabe também, para todas as igrejas evangélicas da região, que acreditam no poder da Palavra transformadora e valorizam o seu ensino.
Teve inicio nesta data, a aula magna do Curso de Preparação de Obreiros, com noções básicas necessárias, para tornar-se um obreiro aprovado que maneja bem a Palavra e não tem do que se envergonhar. Mediante o crescimento explosivo da população evangélica riostrense nas últimas décadas, chegando a casa de 25% dos habitantes da cidade, o pastor Paulo Aleixo, percebeu a necessidade imperiosa de acompanhar esse crescimento, com a melhor preparação de um corpo de obreiros para servir a Igreja de Cristo. Decisão de profunda sabedoria. Pois ao invés de investir na construção de um templo luxuoso, uma verdadeira catedral, daquelas que abrigam milhares de fiéis que muitas vezes nem tem o que comer, procurou o alimento da Palavra, para que os crentes possam crescer em estatura, graça e conhecimento, para que possam verdadeiramente fazer a diferença, como sal da Terra e luz do mundo. Em minhas andanças pelas diversas e crescentes igrejas evangélicas da região, temos notado a mesclagem da fé cristã com valores, idéias e costumes que contradizem ou a negam, em um terrível sincretismo. Ouvi, por exemplo, tristemunhos de evangélicos que para evitar que ladrões os roubem, colocam na entrada de sua casa um texto bíblico: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. Outros são, que deixam a Bíblia cheia de poeira, aberta em cima da estante no Salmo 23. Já ouvi inclusive uma mãe desesperada para tirar o filho das drogas, servir chá com fragmentos do Salmos 23, cortado da Bíblia Sagrada.
Existem aqueles, que quando são chamados para expulsar o demônio, usam a Bíblia, para bater na cabeça do indivíduo possesso.
Após alguns anos de ministério pastoral, somos obrigados a admitir de início, a pobreza de nossa fé. Temos que admitir, que em muitas situações, quando oramos nos parecemos com os crentes de Atos 12.12-17...Esta passagem revela que a falta de fé é um problema milenar, não apenas em Rio das Ostras, mas em todo o mundo, tal é a pobreza de nossa fé que, se não fosse o Espírito Santo que intercede por nós, todas as nossas orações seriam infrutíferas. Que Deus tenha misericórdia de todos nós. E que possam surgir mais cursos de obreiros, seminários bíblicos para que tenhamos milhares de crentes bereanos no Brasil, a começar de Rio das Ostras. Baruch Há Shem!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A ignorância mata, mas o Espírito vivifica


Minha juventude pentecostal foi curta, porém bastante proveitosa. Ela teve início com o convite formulado pelo pastor Ismael Pinheiro, líder da mocidade da Assembléia de Deus em Belford Roxo na Baixada Fluminense, para que participássemos de um jantar da Adhonep – no Leme Palace Hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde um empresário texano Walter Moore foi o preletor principal. Aquele dia, foi marcante para minha vida, pois foi ali após assistir os milagres de Deus sendo operado em uma senhora idosa, que teve sua perna curta sendo acrescentada pelo Senhor. Naquele momento, pude contemplar que Jesus salva, cura, liberta e batiza com o Espírito Santo, pois mediante um apelo significativo do irmão texano, fomos também revestido pelo Poder que foi derramado em Jerusalém. Foi então que passei a conhecer o movimento pentecostal e procurei o templo pentecostal mais próximo de minha casa. Porém, um fato me chamava bastante a atenção. Nos cultos para buscar o batismo com o Espírito Santo, a nave do templo ficava repleta, e durante a Escola Bíblica Dominical, era um vazio tremendo. Lembrei-me de que naquela época estava me preparando para prestar o vestibular para o Universidade Gama Filho e ouvia constantemente de alguns oficiais da Igreja, o conselho de que “os estudos destruiriam a minha fé em Jesus”. Os textos bíblicos usados eram Salmos 81:10, Is 50.4 e Lc 21:15, de onde conclui, que os pentecostais ao longo das décadas, salvo algumas exceções, sempre demonstraram aversão ao conhecimento teológico e secular.
A tendência geral tem sido enfatizar as experiências vividas na Igreja ao invés da busca do conhecimento das Escrituras, o que tem contribuído para uma grande crise doutrinária e ética, muito distante do Evangelho pregado pelos pais do Movimento Pentecostal no Brasil.
Conforme bem declarou, o pastor Rick Nanez (foto)no livro Pentecostal de Coração e Mente: “Embora tenhamos feito progresso nas arenas da educação, da política e da escolaridade, ainda somos um movimento que abriga uma predisposição profunda contra os aspectos mais racionais da fé. Somos uma subcultura de um exército de corações cheios, cabeças vazias e espírito ardente. Todas as vezes que a liderança da Igreja tenta separar a cabeça do coração e a razão do Espírito Santo, torna-se culpada pela formação de exército de anões da fé. Baruch Há Shem!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Eu quero ser Bispo


Quando éramos crianças ao sermos interrogado sobre nossos desejos de futuro, lembro-me que alguns dos meus amigos de infância, diziam: Quero ser policial, soldado do Exército, médico e outras atividades profissionais. Houve um tempo, em que desejei ser fazendeiro, segundo a vocação rural de minha avó Rita Cunha que criara seus seis filhos em terras da Cava Roxa em Jerônimo Monteiro – ES. Já na pré-adolescência, mudei de idéia, e cheguei a desejar me tornar um piloto da Força Aérea Brasileira, após ouvir uma palestra no Ginásio Pan Americano em Belfofd Roxo pelo tenente aviador Oséias, vestido com um macacão de piloto de caça. O que me incentivou inclusive a fazer prova no Maracananzinho para EPCAR – Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica, sendo reprovado no teste físico, pois eu usava óculo fundo de garrafa. Chegando a fase adulta, decidi-me pelo Direito, mas no decorrer do curso, o encanto acabou e tranquei a matrícula. Foi quando assistindo uma palestra do pastor Abraão Soares sobre a chamada pastoral e a necessidade de obreiros preparados para atender a Seara, que senti o desejo latente de servir a Cristo, como um ministro do Evangelho.
Antes de cursar o Seminário teológico, procurei ler as biografias de vários homens de Deus, que gastaram suas vidas na proclamação das Boas Novas, tais como: João Wesley, Moody, Calvino, Agostinho, William Taylor, Finney, Carey, Whitefield, como também os missionários que trouxeram o Evangelho para o Brasil fundando denominações, a exemplo de Daniel Berg e Gunnar Vingren, Hanold William, Ashbel Simonton Robert, Kaley, Louis Francescon, Zacarias Taylor, William Bagby e Daniel Kidder.
Ouvindo alguns evangelistas falando sobre os heróis da vida cristã no Brasil, a impressão e que todos repetem uma fórmula, um paradigma de um ganhador de almas vitorioso no movimento pentecostal: Paulo Leivas Macalão.
Um extraordinário pequeno livro, o oferece um lindo retrato desse grande evangelista, que estava empenhado em uma grande obra. (Paulo Macalão: A Chamada que Deus confirmou, de Jefferson Magno Costa).
Na década de 50, quando a Catedral da Assembléia de Deus em Madureira foi inaugurada para a alegria do povo do subúrbio do Rio de Janeiro, que adentrava naquela Casa de Oração com sede da Palavra, eram tempos de um verdadeiro pentecoste. Enquanto os crentes cantavam os hinos da Harpa Cristã, em sua maioria, composições de Macalão, os incrédulos cantavam a Bossa Nova nos auditórios das rádios. As crianças brincavam de bambolê e levantavam a espada de Falcão Negro. Enquanto Macalão evangelizava nas estações de trem na região da Leopoldina, os carros americanos importados na fase do pós-guerra tinham virado táxis pretos caindo aos pedaços, e nas ruas circulavam DKW-Vemag, Romi-Isetta e Fusca feitos no Brasil.
Naquela época, quando a Igreja não disponha de programas de televisão, Internet, jornais de grande circulação, ser pastor pentecostal, não dava status para ninguém. Pregar o Evangelho em praça pública acompanhado de um acordeom era atitude somente para os mais ousados, correndo o risco de ser apedrejado, receber ovo podre na face e o título de maluco. Foi nesse tempo, que foram forjados os verdadeiros Heróis sem medalhas da História da Evangelização do Brasil. Fica a pergunta: você deseja ser que tipo de pastor? Aquele que é preso por amor à Jesus ou amor ao dinheiro? Aquele que luta pela preservação da vida como dom de Deus ou aquele que incentiva o aborto? Aquele que prega o arrependimento de pecados ou a prosperidade obrigatória? Aquele que prega contra o pecado do sexo fora do casamento ou aquele que distribui preservativos para a população flagelada pela AIDS durante a inauguração de uma Catedral? Aquele que prega o Reino de Deus e sua justiça na Terra ou vende em suaves prestações o Reino dos Céus? Aquele que prega por amor a Cristo ou aquele que prega por obrigação do título? Pense bem e depois responda para si mesmo, enquanto Jesus não volta para buscar Sua Igreja. Baruch Há Shem !

segunda-feira, 27 de julho de 2009

“Um santo homem”


“Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia li uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia ao seu marido: Eis que tenho observado, que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus. Façamo-lhes pois um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira e um candeeiro: e há de ser que, vindo ele a nós, para li se retirará. Então disse ele: Que se há de fazer pois por ela? E Gesi disse: Ora Ela não tem filho, e seu marido é velho. “II Reis 4:8/10-14
Por que um cristão de verdade deveria ser muito respeitado e admirado? Muitas pessoas se intitulam cristãs, ou são consideradas cristãs pelas outras, só porque estão arrolados a membresia de uma Igreja, ou muitas vezes por andarem de terno e gravata, vestido longo, cabelos compridos e levarem uma Bíblia em baixo do braço. Mas o ser cristão de verdade, de acordo com o modelo deixado por nosso Senhor Jesus Cristo, vai muito além das aparências, é um grande desafio.
Certa vez um homem se ofereceu para seguir a Jesus, e ser um de seus discípulos, contudo foi muito bem advertido das dificuldades que enfrentaria. Disse Jesus, a respeito da vida ministerial: “As raposas tem seus covis, as aves de céu ninho, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Jesus quis dizer que há muito trabalho a ser feito no Reino de Deus. Este trabalho só pode ser desenvolvido através de crentes de verdade.
Desta forma, se há um crente de verdade entre nós, este homem deveria ser respeitado, honrado e apreciado, pelos seguintes motivos:
Porque ele vai levar até você uma proposta de salvação da parte de Jesus Cristo, e abençoar sua vida.
Porque ele tem a capacidade de perdoar e até orar a favor de seus inimigos.
Porque ele faz beneficência sem ser notado e sem esperar nada em troca.
Porque ele estará disposto a andar mais uma milha com vice, se necessário.
Porque a oração que ele fizer, muito provavelmente será atendida por Deus.
Porque se lhe pedirem sua capa, ele também oferecerá sua túnica.
Se lhe ferirem a face direita, ele terá forças para oferecer, também, a esquerda.
O texto da introdução da nossa meditação de hoje, nos leva a conhecer a experiência de uma mulher chamada Sunamita, que encontrou um crente de verdade, um santo homem de Deus e desejou beneficia-lo. Ela construiu um quartinho para ele descansar quando passasse perto de sua casa. Esta mulher era muito bondosa, contudo, ela havia perdido a esperança de ser mãe. Seu ato de bondade para com o santo homem de Deus, fez com que ele intercedesse por sua vida,. Um milagre aconteceu, ela teve um filho. Que experiência maravilhosa!
Querido leitor do Blog, se encontrares um crente de verdade, um santo homem de Deus, aproxime-se dele, honre-o, respeite-o, certamente você será abençoado. Aquele que der um copo de água a um desses meus pequenos, de modo nenhum perderá seu galardão. Baruch Há Shem !

domingo, 26 de julho de 2009

Uma história verídica...


Na Romênia, um homem dizia sempre a seu filho: -“Haja o que houver, eu sempre estaria a seu lado”. Houve, nesta época, um terremoto de intensidade muito grande, que quase arrasou as construções lá existentes. Estava na hora este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho estava na escola. Foi imediatamente para lá. E a encontrou totalmente destruída. Não restou uma única parede de pé... Depois de percorrer toda a escola desolado, parou em frente ao que deveria ser a portada sala de seu filho. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados e também desolados, tentavam afastá-lo de lá, dizendo: “-Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém”. Ao que ele retrucou: “-Você vai me ajudar?”. Mas ninguém o ajudava e, pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...Ele, porém, trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali. Dizia a si mesmo que precisava ao menos saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que 30 horas depois, já exausto, ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu: “-Pai...estou aqui!” ...Feliz, fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou: “-Você está bem?”. “-Estou. Mas com sede, fome e muito medo”. “-Tem mais alguém com você?”. “Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo. Estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem!”.
Apenas se conseguia ouvir seus gritos de alegria. “-Pai, eu falei a eles: - Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora: Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado”. “Vamos abaixe-se e tente sair por este buraco!”. “-Não! Deixe eles saírem primeiro., eu sei que, haja o que houver, você voltará para me buscar. Haja o que houver, estará sempre me esperando!”...

sábado, 25 de julho de 2009

Uma mulher regava o jardim de sua casa e viu três velhos à sua frente.


Não os conhecia e disse: - Não creio conhecê-los, mas devem ter fome. Por favor, entrem em minha casa e comam algo.
Eles perguntaram: - O homem da casa está?
- Não, respondeu.
- Então, não podemos entrar.
Ao entardecer, quando o marido chegou, ela contou o sucedido.
- Ora, diga-lhes para que entrem!
A mulher saiu e convidou os três.
- Não podemos entrar os três juntos, explicaram os velhinhos.
- Por quê?
Um dos homens apontou um dos companheiros e explicou:
- Seu nome é riqueza.
Logo indicou o outro:
- Seu nome é êxito e eu me chamo amor.
Agora, entre e decida com seu marido qual dos três será convidado.
A mulher entrou e contou ao marido sobre o que ouvira.
O homem ficou feliz: - Que bom! E já que o assunto é assim, convidemos a riqueza! Que entre e encha nossa casa.
A mulher não concordou: - Querido, por que não convidamos êxito?
A filha que estava escutando veio correndo: - Não seria melhor convidar amor?
Nossa casa ficaria, então, feliz...
- Sigamos o conselho de nossa filha, disse o marido à sua mulher. Vá lá fora e convide o amor a ser nosso hóspede.
A mulher saiu e perguntou: - Qual de você é amor? Por favor, venha. Você é nosso convidado. O amor avançou para dentro da casa e os outros dois o seguiram.
Surpreendida, a mulher perguntou: - Convidei amor, porque o seguem? Também vão entrar?
Os velhos responderam juntos: - Se tivesse convidado a riqueza, ou o êxito, os outros dois ficariam de fora. Mas, como o amor foi convidado, onde ele vai nós o seguimos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vamos peneirar?


A tarefa de liderar é difícil. Liderança não se aprende na escola ou no seminário. O líder natural possui características dadas por Deus. Uma das provas de sabedoria do bom líder é saber escutar para manter a convivência.
Muitas das vezes no pastoreio de um rebanho ou na direção de uma instituição, nos deparamos como pessoas que possuem dificuldades de relacionamento. São irmãos conflituosos. Que não permanecem firmes em nenhuma igreja nenhum pastor para elas tem valor. Todas as igrejas estão erradas. Somente elas é que estão certas. Na posição de pastor, você não pode fechar as portas da congregação, para esse tipo de pessoa. Estão o que fazer, já que as pessoas não são descartáveis?
Geralmente, o problema não está na Igreja ou no sacerdote, e sim no indivíduo e aonde ele for, levará os seus problemas e criará novos conflitos. Mas onde existe amor, tudo tem solução. Infelizmente, uma praga que tem assolado muitas igrejas é o espírito de fofocas e boatos. Tem sido comum, alguém chegar para o pastor da igreja, ou o líder da mocidade e anunciar em alto e bom tom: você já sabe do último do irmão fulano?
A Bíblia diz: “Se alguém cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã” (Tg 1.26) Baruch Há Shem!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Você tem valor


Em novembro de 2008, o Brasil inteiro assistiu um programa de televisão diferente, totalmente do Big Brother e demais enlatados que tem contribuído para a desconstrução da família e mudança de pensamento com a inversão de valores.
Na pequena tela, não apareceu um astro de Hollywood, tão pouco um candidato carismático e jovem à presidência do maior país protestante do mundo. Sua mensagem não foi baseada na Teologia da Prosperidade ou da auto-ajuda, ainda que tenha por título: Minha Esperança. Com cerca de 82 anos e sofrendo da doença de Parkinson, considerado o maior evangelista do século passado, o pastor Billy Graham (foto), que realizou três grandes cruzadas no Brasil em 1960 e 1974, invadiu sua casa, pedindo licença antes, para anunciar uma mensagem de esperança na pessoa do Cristo Vivo, por acreditar que o homem não importando sua cor, idade, posição social e econômica, continua tendo valor para Deus.
A idade avançada e a doença irreversível não impediram de pregar o evangelho da esperança. Isto serve de incentivo e ânimo para os pastores mais jovens no início da carreira ministerial em não desistir de seus sonhos.
Calebe, filho de Jefoné, o Quenezeu, príncipe de Judá, que espiou a terra de Canaã, somente tomou posse de sua herança com 85 anos de idade, com a mesma força da sua juventude. No mundo secular, temos exemplos de pessoas que a despeito da idade, não desistiram de seus sonhos. O jornalista Roberto Marinho, quando estava com 60 anos, resolveu criar a Rede Globo de Televisão, cobrindo todo o território brasileiro de dimensões continentais, tornando-a a quarta maior emissora do mundo. Roberto Marinho morreu aos 90 anos e até os seus últimos dias, continuou trabalhando erguendo um verdadeiro império de comunicação.
O pastor anglicano John Stott, conselheiro da rainha Elizabeth da Inglaterra, autor de clássicos como: “A Cruz de Cristo” e “Cristianismo Básico”, no auto dos seus 90 anos, continua produzindo literatura cristocêntrica para alimentar o rebanho de Cristo espalhado pelo mundo. Já João Wesley, fundador do metodismo, com 87 anos de idade, dirigia a Deus esta oração: “Senhor, não me deixes viver até chegar a ser inútil”. Acrescentava ainda: “Entre mim e a ociosidade existe um divórcio total. Se a minha saúde o permitir proponho-me estar ocupado enquanto viver”.
Conta-se que certa vez, um leiloeiro resolveu vender várias peças de um antiquário. Após relacionar os objetos mais valiosos, percebeu que existia um violino velho, todo arranhado e com apenas uma corda e totalmente sem valor de venda. Para tanto, ele que estava interessado em se desfazer daquele instrumento inútil, resolveu dar o primeiro lance no valor mínimo de R$ 10. Porém, como ninguém se interessava, ele foi obrigado a baixar o preço desvalorizando completamente o violino. Foi quando um velho maestro, antigo violinista, deu seu lance, adquirindo-o por uma bagatela.
Chegando em casa, colocou novas cordas, afinou devidamente e começou a tocar um som mavioso, que parecia vindo do céu. No dia seguinte, retornou ao antiquário, com uma expressão de profunda alegria e satisfação e começou a tocar clássicos da música erudita, chamando a atenção de todos, inclusive do leiloeiro ganancioso, que lhe perguntou curioso: “Parece o som de um stradivarius? Ao que o maestro com um sorriso na face respondeu: “Verdadeiramente, este violino é um legítimo stradivárius!”, causando um tremendo arrependimento no leiloeiro por não ter dado o devido valor, aquele outrora velho instrumento musical.
Da mesma maneira acontece em nossas vidas quando achamos que estamos velhos e não servimos para mais nada; basta apenas o divino maestro que rege a orquestra da vida, tocar suas mãos especiais em nossa alma e coração, para nos tornarmos um instrumento de valor. Baruch Há Shem.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Mc Dia Feliz da Igreja Evangelica


Quando estava participando do Curso de Orientação Ministerial da Escola Preparatória de Obreiros Evangélicos, ligada a CONFRADERJ – Convenção Fraternal das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, em 1996, na época presidida pelo Pr. Túlio Barros ( Foto) foi ensinado por um professor, que agora não me recordo o nome, de que os dirigentes do McDonald’s tinham um pacto com o diabo e destinavam os recursos do Grupo a atividades satanistas. Chegou-se a especular, até, que a inconfundível logomarca seria uma alusão ao tridente do capeta. Durante o período de seminarista, no qual minha turma tinha cerca de 30 alunos, decidimos fazer um Boicote aos Hambúrguer do McDonald’s e não com pactuar com os investimentos daquela multinacional de Fast-Food. Hoje, passados 9 anos, com a notícia publicada na mídia mundial da doação de U$$ 1 bilhão e meio de dólares para a Igreja Evangélica Exercito da Salvação pelo americana Joan Kroc, viúva de Ray Kroc, fundador da maior rede de Fast-food do planeta, o McDonal’d, para ser usada em centros, comunitários da Igreja em 100 países, inclusive o Brasil, percebemos a mão de Deus nesse negócio O McDonald’s marca presença em 120 países e faturou, no ano passado, cerca de 45 bilhões de dólares. No Brasil, a rede possui 1200 pontos de venda. De agora em diante, poderemos afirmar categoricamente, que o McDonald’s é de Deus e refutar toda sorte de boatos e especulações que circularam tempos atrás. Contudo, o que nos chama a atenção. Nesta doação bilionária para a obra do Senhor Jesus, é o desprendimento de uma viúva. A História da Igreja, está repleta de exemplos vivos de amor para com Deus de viúvas piedosas. Dentre elas, Selina Ferrais, condensa de Huntingdon, na Inglaterra, que em 1746, após ficar viúva do Conde e ter perdido vários de seus filhos, abraçou com entusiasmo a doutrina do metodismo investindo na construção de capelas e escolas visando trazer um grande avivamento para a Inglaterra. Outro fator, que nos chama atenção, é a chamada fofoca sobrenatural, tão evidente no seio da Igreja. Evangélicos de qualquer denominação concordam: mentira é coisa do diabo. Está na Bíblia, ninguém, contesta. Mas, e boato, o que é? Também vem dos tempos o mau hábito de muitos crentes acreditarem em tudo se diz por aí – e passarem adiante como verdade absoluta. Exatamente assim começou a bola de neve que mantém sob essa ameaça, desde 1980, a Procter & Gamble Company (P&G), empresa multinacional sediada em Cincinnati, Ohio (EUA), que atua em 140 países. Fabricante de produtos mundialmente conhecidos – como as batatas fritas Pringles, as fraldas descartáveis Pampers e o creme dental Crest – a companhia foi acusada, sem provas, de manter ligações com igrejas satânicas. Recentemente, até jornais evangélicos do Brasil retomaram o assunto, limitando-se a reproduzir o boato. Os rumores inspiram-se na logomarca da empresa: uma meia-lua com o perfil de um homem que olha para treze estrelas. A figura pareceu mística o suficiente para que evangélicos enxergassem vínculos entre a Procter & Gamble e o reino das trevas. “Um boato maldoso e falso”, reclamou Elaine Matthews, porta-voz da empresa nos Estados Unidos, ao Jornal Weekly Summary, serviço de notícias da Igreja do Nazareno. Segundo Elaine, “o logotipo foi criado no século 19 (mais precisamente em 1851) como um símbolo das velas Star, de fabricação da Procter & Gamble”. A logomarca só passou a dar problemas quando a Nova Era começou a se transformar na fixação que é hoje no meio evangélico. Muitos crentes passaram a ver em tudo rastros do movimento que estaria preparando o mundo para o reinado do Anticristo. Inclusive, no símbolo da P&G. Concorrência – A empresa americana não sabe quem começou a espalhar o boato, mas vários distribuidores da Amaway – principal concorrente da P&G – foram acionados na Justiça. “Em agosto de ano de 1995, a Amway foi incluída numa ação contra Randy Haugen, um de seus distribuidores, por estar ajudando na divulgação do boato”, diz a diretora de assuntos jurídicos e corporativos da P&G no Brasil, Yolanda Leite. Parte da imprensa evangélica brasileira também engoliu a história. O Jornal Folha Universal, publicado pela Igreja Universal do Reino de Deus, reproduziu o boato na edição da primeira semana de março de 1996, baseando-se unicamente num faz enviado dos EUA por um membro da denominação. O jornal citava uma entrevista do presidente da P&G, John Peper, ao apresentador de TV Phil Donahue, em março de 1991. Peper teria dito que parte dos lucros da empresa destinavam-se à manutenção de seitas satânicas. O presidente ou qualquer executivo de P&G, entretanto, jamais estiveram no programa de Donahue. Na edição seguinte, a Folha Universal se viu obrigada a publicar o desmentido, depois de receber da P&G documentos que comprovavam a farsa. Em junho, o jornal A Raiz, do Ministério Cristo é Vida , do Rio de Janeiro, publicou matéria semelhante. Desta vez, a acusação partiu do deputado federal Jorge Wilson de Matos (PMDB-RJ), que recebera uma carta anônima, acusando a P&G de envolvimento com o satanismo. Nilo Costa, seu assessor, conta que o parlamentar distribui cópias da carta a igrejas e líderes cristãos. Uma delas foi parar com a equipe de A Raiz. No ano passado, a AEGB (Associação Evangélica Billy Graham) fez o oposto. E abril do ano de 1995, o diretor-assistente executivo da organização, Victor B. Nelson, divulgou uma nota para dizer que a AEBG investigou os rumores e acredita que “não tem qualquer credibilidade”. Outros líderes cristãos norte-americanos também enviaram mensagens de solidariedade à empresa. Convenceram-se de que, se algo nessa história pode ter sido inspirado pelo inimigo, provavelmente, foi a onda de mal-entendidos. Baruch Há Shem!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O mapa errado


A alguns anos passados, o telefone de minha casa tocou, de maneira decidida, o irmão Pedro, crente recém-convertido manifestara p desejo de mudar-se para outra Igreja. Cheia do poder foi então lembrei-me de outra situação envolvendo com poucos meses de batizados d nas águas, estava com o coração cheio de alegria e queria compartilhar o amor de Cristo com todos que faziam parte do círculo de amizade.
Freqüentando assiduamente as aulas de discipulado, Pedro, Sargento do Exército, se alimentava das Escrituras Sagradas, como um verdadeiro obreiro aprovado.
Após receber um convite para participar de uma campanha evangelística com sinais e prodígios, onde as pessoas caiam no poder, ficou maravilhado com aquela experiência fenomenal. Dali em diante, resolveu buscar os dons do Espírito e procurar assistir os cultos proféticos, onde homens e mulheres, usam poderosamente por Deus, revelam sua vida passada, presente e futura. Em uma dessas casas de oração, uma “profeta” lhe disse, que Deus tinha uma grande obra a fazer em sua vida como evangelista itinerante. Entusiasmado com tamanha profetada, Pedro pediu o desligamento do quartel e passou a viver pela fé, baseado nas promessas de que o justo viverá pela fé.
Sem recursos para sustentar sua família, desempregado, as contas começaram a se acumular. A mulher e os filhos foram para a casa dos pais, mas o irmão obediente a profecia, se mantinha irredutível. Estão cumprindo os desígnios de Deus: um evangelista itinerante.
Um dia ele almoçava na casa de um , no outro, jantava na casa de algum irmão generoso. Até que sai mulher não suportava mais aquela vida, pediu a separação.
O irmão alegou que ela estava sendo usado pelo inimigo, visando impedir seu ministério. Antes no início de sua caminhada cristã, aquele homem meditava dia e noite na palavra. Agora, porém, havia colocado a Bíblia de lado, e somente seguia as profecias.
O resultado final previsível, foi que ele abandonou Jesus, por não ter se tornado um evangelista famoso. Ele havia trocado a bússola que ensina o caminho para o céu, por um mapa de falsos tesouros.
Certa vez, eu li a história de um homem que saiu para a sua fazenda, levando todo a sua família no seu lindo jatinho, comprado especialmente para trazer mais conforto à sua esposa e filhos; a sua fazenda ficava em outro estado, numa ilha marítima. O vôo, cruzando o mar, era de pelo menos 40 minutos.
Ao chegar no aeroporto, recebeu o mapa de vôo contendo todas as informações necessárias para chegar ao seu destino; verificou pneus e a quantidade de combustível; viu que era suficiente para chegar folgado, e, assim, o homem se lançou ao ar com todos os seus amados.
A viagem duraria, ao todo, duas horas. Após 20 minutos, ele sobrevoaria a floresta por uma hora, para então sobrevoar o oceano. O nosso piloto em questão começou a ficar preocupado quando sentiu que gastou mais de uma hora sobre a floresta e já estava com duas horas de vôo sobre o mar, sem visualizar nenhuma ilha. Assustado, comunicou-se com o Centro de Controle, ficando chocado com a resposta: ele tinha recebido o mapa errado. Com isso, estava mal informado e não tinha mais o combustível suficiente para retornar ao continente. Foi assim que ele partiu deste mundo com toda a sua família, perdendo a vida por engano, por falta de uma informação correta. Baruch Há Shem!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vale a Pena Pregar as Boas Novas


Era dia de Quarta-feira, a Igreja estava vazia, a chuva intensa afastara a maioria dos crentes do culto de oração. Resignado o Pastor, clamando em alta voz, pedindo ao Senhor que enviasse obreiros para a Seara. Ao final das orações, uma adolescente maltrapilha com os cabelos em desalinho e com os olhos vermelhos de tanto derramar lágrimas, pediu para falar com o Pastor, que de imediato, não deu muita importância. No próximo culto, sentada no primeiro banco, novamente estava a jovem, com os olhos fechados, clamando a Deus, sem fazer barulho. Pensando que se tratava de uma mendiga, o Pastor logo após terminar o culto, se refugiou no seu Gabinete e ordenou ao Diácono que fechasse o templo. Para sua surpresa, ao sair do templo, aquela jovem esqualida sem beleza nenhuma, o aguardava na porta querendo-lhe falar e mais uma vez o Pastor não dispunha de tempo, deixando a jovem a falar consigo mesma.
No terceiro mês de campanha de oração, o templo ficou lotado, e o Pastor alegre começou a agradecer a Deus pela vitória alcançada. Ao final do culto, começou a perguntar aos visitantes, quem lhes havia convidado e todos responderam que fora aquela jovem, com seus apelos insistentes. Naquele momento, o Pastor percebeu que aquela jovem, antes tão rejeitada por ele, havia se tornado sua melhor evangelista.Baruch Há Shem!

domingo, 19 de julho de 2009

O Senhor dos Ventos


Em suas inúmeras batalhas e vitórias, o Imperador macedônico Alexandre o grande, resolveu conhecer pessoalmente o poeta Diogenes, e conferir sua sabedoria contada em versos por todo o mundo antigo. Para tanto foi visita-lo em uma ilha, com uma Esquadra de Guerra, para impressiona-lo com seu poder belico, fruto de suas conquistas humanas. Ao entrar no pátio da humilde casa do poeta, encontrou Diogenes lendo as escrituras do Torá calmamente sem importa-se com a presença do jovem imperador. Incomodado com a falta de surpresa ou medo do poeta, o conquistador Alexandre, perguntou-lhe se já havia ouvido falar sobre os seus feitos de Guerra, os reinos dominados, os reis que haviam se tornado escravos? Serenamente, Diogenes, respondeu: “Quem há na face da terra, que não ouviu falar de ti!” De maneira arrogante, Alexandre o Grande, mandou que Diogenes olhasse para a Baia e contemplasse sua esquadra e passasse a ter medo dele. Com total segurança, Diogenes pediu ao jovem Imperador, para que ele mandasse o vento soprar as velas de seus barcos . Alexandre, envergonhado disse-lhe: Tú sabes que não tenho poder para isso, pedi-me outra coisa. Imperador, mas o Deus dos Judeus, tudo pode, por isso, somente a ele temo. Baruch Há Shem !

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não o conheço como crente


A Igreja repleta em um culto de missões no Domingo, o Pastor falava sobre a necessidade de enviar-se missionários para as nações, como cumprimento da grande comissão. Após veemente apelo, um jovem se apresentou ao Pastor dizendo-se chamado para o campo missionário por Revelação Divina.
O Pastor muito experiente, orou pelo rapaz, e pediu-lhe que continuasse buscando a Deus para obter confirmação. Passados algumas semanas, o jovem voltou a pedir ao Pastor que o enviasse para o campo missionário na Bolívia, pois tinha uma visão, onde avistava as letras VPB. Muito sabiamente o Pastor aconselhou o jovem a continuar orando. Com muita insistência, o jovem voltou a procurar o Pastor, e para dar um fim, naquela idéia fixa, o Pastor revelou-lhe que havia visitado seu bairro, procurando saber informações a seu respeito, e em cada casa visitada, que ninguém a conhecia como cristão. Também após visitar sua escola e local de trabalho, fora informado de que ninguém a conhecia como crente. Após orar muito, descobri o que significa as três letras VPB, com muita curiosidade, o jovem prendeu a respiração para saber a resposta, que com muita convicção o Pastor respondeu: Vai Plantar Batata. (EZ 3.17,18).

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O inferno é lá em casa


Conta-se que certa vez uma professora primária estava dando aulas para um grupo de alunos sobre religião, e perguntou sobre quem sabia onde ficava o inferno?
Criou-se um silêncio profundo.
De repente, uma menina com um semblante triste, mal vestida, levantou a mão, pedindo a palavra.
__ Eu sei onde fica o inferno, professora!
__ Todos se admiraram da convicção da menina sardenta! A professora sem titubear, deu oportunidade para a resposta.
__ Professora, o endereço do inferno fica na minha casa!
Mas como na sua casa? Indagou a professora assustada.
__ Muito simples. Na minha casa meu pai está desempregado, bebe nos bares todos os dias, e quando chega em casa espanca minha mãe e meus irmãos, estamos passando fome, o aluguel da casa está vencido a três meses e a luz foi cortada.
Isso não é o inferno? Perguntou com a cabeça baixa, cheia de vergonha e sofrimento.
Passado alguns meses, a professora de religião, volta a fazer outra pergunta, sobre quem sabia onde ficava o céu? E para espanto de todos, novamente a menina sardenta agora com um uniforme novo, levantou o dedo rapidamente dizendo: “Eu sei professora, onde fica o céu”!
Fica lá em casa!
A turma inteira sem entender nada, começou a rir. A professora, surpresa com a resposta, indagou aquela menina o porquê de tamanha mudança.
E sem pestanejar, com muita alegria, a menina respondeu, que seu pai, havia entregue a sua vida a Jesus, havia arrumado um emprego, parado de beber e não espancava mais sua mãe e seus irmãos. As contas da casa estavam sendo pagas regularmente, e todos da sua família tinham agora uma mesa farta.
Isto é o não é o céu, professora?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Qual o teu símbolo ?


A linda Porsche 550 prateada zunia pelo deserto de Salinas, Califórnia, entre onduções naturais daquele asfalto quente. Dentro dela o seu dono, ator e piloto James Dean, no auge da fama partia deste mundo após emergir forte em uma lombada e encontrar uma picape Ford 1950 na contramão. A 550 nº 130, ‘Little Bastard”, com seu esguio pára-brisas e baixíssima altura não havia sido vista pelo motorista do carro maio. James também não viu o caminhão e bateu, morrendo pouco depois. Dean ganhou a imortalidade naquele momento e passou a simbolizar o que os jovens queriam questionar, dentro de jaquetas de couro sobre veículos velozes.
Dean gostava da velocidade em carros, motos, o que andasse mais. Era um apaixonado pela falsa liberdade vendida nos cinemas em uma época de glamour e transformações. Para várias gerações, James Dean, o protagonista de “Juventude Transviada”, tornou-se um símbolo de rebeldia, um ícone americano.
Todos os povos e nações possuem símbolos, alguns de poder e glória, outros de tristezas e vergonhas. Na História das Civilizações, o homem passou a adorar símbolos, como verdadeiros deuses em detrimento do Deus Vivo.
Para os judeus o mais sagrado símbolo de aliança com Deus, está na circuncisão. Para eles, tornou-se um sinal de autoridade e com os séculos passaram a confiar mais no símbolo que em Deus.
Para muitos na Igreja Evangélica Brasileira, o símbolo contemporâneo de certeza de salvação, está no batismo nas águas, a participação na Santa Ceia ou ser membro fundador da Igreja. Outros são aqueles, que confiam na proteção do Salmo 91, com a Bíblia aberta na cristaleira.
Ás vezes fico pensando, de que assim, como o apóstolo Paulo acusou os judeus de confiar no símbolo da circuncisão, em detrimento de sua essência, da mesma forma, poderia hoje, acusar os mesmos erros cometidos pelos crentes da Igreja Pós-Moderna..
Todos os anos, multidões de turistas religiosos viajam para Israel, para se batizarem no Rio Jordão, a exemplo de Cristo por João Batista, como um símbolo de salvação, quando está escrito, que Deus nos salva, não porque confiamos em um símbolo, mas porque confiamos em um Salvador.
O mundo anseia por símbolos, principalmente os revolucionários sejam eles políticos, religiosos, científicos, onde o povo deposita sua confiança e adoração, e quando ele morre, é transformado em um mito. Não foi assim com Che Guevara?

O médico argentino Ernesto Guevara de La Serna – mais conhecido como ‘Che’, por causa do sotaque portenho – foi o braço direito de Fidel na Revolução Cubana. Um dos 82 guerrilheiros que chegaram à Ilha a bordo do Granma, Che logo trocou a maleta de remédios pela caixa de munição de um companheiro morto.
Quando Fidel assumiu o poder, confiou a Che o Ministério da Indústria e, mais tarde, a presidência do Banco Nacional. Em suas andanças pela América Latina, Che Guevara visitou o Brasil em 1961, quando foi condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul.
Quatro anos depois, resolveu deixar a ilha para propagar os ideais revolucionários pelo mundo. Após uma malsucedida incursão pelo Congo, seguiu para a Bolívia em 1966. Sem o apoio do governo cubano, porém, a guerrilha fracassou e Che foi capturado e executado pela CIA e 9 de outubro de 1967.
Morria o homem e nascia o mito. Quase 40 anos depois, sua imagem foi imortalizada como ‘ídolo pop’ graças á pintura que o artista plástico Jim Fitzpatrick fez a partir da foto de Alberto Korda. Na aldeia de La Higuera, onde foi morto, Che é cultuado como santo, ainda que não tenha ressuscitado ao terceiro dia. Não confie em símbolos humanos, pois um belo dia eles acabam ou são trocados, porém continue confiando em Deus e no símbolo maior de seu amor: Jesus Cristo, pois esse, não morre jamais.

“Os que confiam no Senhor, são como Monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”. Sl 125.1.
Baruch Há Shem !

terça-feira, 14 de julho de 2009

Qual deles é você?


Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela.
Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar e combater.
Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele.
Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e na última, pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as boas de gás.
Pescou as cenouras e as colocou em ma tigela.
Retirou os ovos e os colocou em uma tigela.
Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela, perguntou: - “Querida, o que você está vendo?”
- “Cenouras, ovos e café”, ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- “O que isto significa, pai?”
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade: a água fervendo.
Mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, se interior se tornaram mais rijo.
O pó de café, contudo era incomparável; depois que foram colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
Ele perguntou à filha: - “Qual deles é você, minha querida?”
Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força?
Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?
Ou será que você é como o pó e café capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões.
Cabe a nós, somente a nós – decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva.
Mas você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para esperar mais este desafio.
Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem para tomar um café, você possa repassar essa história.
Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas.

domingo, 12 de julho de 2009

Quando a Bíblia é lançada ao fogo


A despeito do crescimento extraordinário dos evangélicos no Brasil, onde ser crente está na moda e na mídia, percebemos que assim como acontece nos Estados Unidos, os norte-americanos são evangélicos nominais, o mesmo fenômeno religioso está avançando em solo pátrio. Segundo alguns estudiosos de História da Igreja, se continuarmos nesta escalada, sem um avivamento genuíno e permanente, chegará os dias, em que o Brasil se tornará evangélico nominal, assim como acontece com os católicos.
Durante minhas andanças em um ministério itinerante, temos encontrado inúmeras igrejas e pastores que fizeram tal qual o Rei Jeoaquim, filho no Rei Josias, que com o canivete cortou o rolo da Lei do Senhor e jogou na lareira acesa de sua casa de inverno no mês de dezembro.
Enquanto o rei Josias, dezessete anos antes, havia recebido nas mãos do escrivão Safã um rolo e ordenou que o lessem em alta voz no Palácio, e rasgou suas vestes, se arrependendo diante da Palavra de Deus, trazendo um avivamento sobre Israel. Já com seu filho Jeoaquim, foi totalmente diferente. O Rei usou de sarcasmo e desdém e desprezo por aquela palavra. Ao invés de rasgar suas vestes, ele rasgou o livro do Senhor, jogando-o ao fogo.
Da mesma maneira, diversos líderes evangélicos da atualidade para ficarem bem com o povo e mal aos olhos do Senhor da Igreja, tem rasgado as Escrituras Sagradas e lançando-a no fogo.
Eles se esquecem que o livro impresso pode ser queimado, mas a Palavra de Deus jamais poderá ser destruída. Ela tem sido atirado ao fogo inúmeras vezes na História da humanidade, contudo seus algozes nunca obtiveram sucesso em retirá-la do coração dos verdadeiros adoradores.
Há poucos meses atrás, um pastor sexagenário líder de uma Igreja Pentecostal Histórica na região, durante a reunião com seus obreiros, resolveu consagrar ao presbitério, um homem totalmente desqualificado para função, porém como era um excelente dizimista, freqüentador assíduo dos cultos. Porém, para aquele pastor, o fato apenas de ser um dizimista fiel, tornou-se motivo suficiente para consagrá-lo na posição de oficial da Igreja e conselheiro da juventude. Assim como o Rei Jeoaquim com seu canivete, aquele pastor pentecostal representa todos aqueles que tentam usar a Escritura, que procuram manter o domínio sobre ela, reduzindo-a a algo controlável. Contudo, a Palavra de Deus não pode ser manipulada segundo os nossos interesses. Ai daquele que acrescentar ou retirar uma letra. Baruch Há Shem!

sábado, 11 de julho de 2009

O comandante que desmaiou


O Pastor João Manoel Silva, nasceu em Pernambuco, e desde cedo ingressou na Marinha de Guerra, chegando a patente de oficial e aprendendo a fazer a manutenção de aeronaves em um curso nos Estados Unidos. Na vida espiritual também alcançou progresso, indo de diácono a pastor da Igreja Assembléia de Deus em Arraial do Cabo. Conta-nos, que durante a realização de culto no quartel na Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia na Região dos Lagos período de almoço, pelos evangélicos militares, chegou ao conhecimento dos soldados de Cristo, que um novo comandante assumiria dentro em breve o comando do quartel, e que ele não gostava de crentes. Um temor inicial encheu o coração dos soldados, com a possibilidade de perseguição religiosa. Passado alguns meses, o novo comandante assumiu a direção do quartel e proibiu a distribuição de literatura evangélica e a realização de cultos durante o almoço. Nisso todos os soldados evangélicos começaram a clamar à Deus, pedindo liberdade para cultuá-lo. O comandante convocou todos os oficiais, para uma inspeção que seria feito por outro comandante superior, e exigiu que a tropa estivesse de prontidão. Com os pelotões perfilados, o comandante maior, passou em revista tropa. Ao final da inspeção, chamou o comandante que não gostava de crente, e declarou ser o seu quartel uma desonra para as Forças Armadas, e que ele seria substituído no comando. Diante da vergonha o que foi exposto, o inimigo dos crentes desmaiou. Passado alguns dias, o novo comandante assumiu o controle do quartel, restabelecendo o culto durante o almoço ao Senhor dos Exércitos. (Atos 4.18-20).
Então, chamando-os novamente, ordenaram-lhes que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus. Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar o que vimos e ouvimos”. Depois de mais ameaças eles os deixaram ir. Não tinham como castiga-los, porque todo o povo estava louvando a Deus pelo o que acontecera, pois o homem que fora curado milagrosamente tinha mais de 40 anos de idade. Baruch Há Shem!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para onde caminha a Igreja do século 21?


Nasci e fui criado em berço evangélico, na adolescência fui batizado nas águas por um ex presidente da Convenção Batista Brasileira, e após ter estudado em um colégio batista Pan-americano, como também ter trabalhado no escritório do Instituto Haggai, fundado por um pastor batista norte americano, eu reunia todos os requisitos necessários para tornar-me um ministro batista, desde minha chamada quando freqüentava a Embaixada Billy Graham. Porem, não eram estes os planos de Deus para minha vida. Lembro-me que na juventude, tinha um amigo pentecostal de nome Ismael Pinheiro, morador de Belford Roxo e líder da juventude da Catedral da Assembléia de Deus, que me convidava com freqüência para ir aos cultos jovens, porem eu sempre declinava, por considerar o povo assembleiano muito esquisito e fanático com seus costumes e tradições religiosas fora da realidade da época, onde os meninos não podiam jogar futebol, banhar-se na praia ou assistir os filmes americanos no cinema, e quanto as mulheres, não podiam cortar os cabelos, os vestidos tinham que ser compridos ate o tornozelo e não podiam assistir televisão. Aquela busca pela santidade e separação do mundo, me incomodava, como também o barulho dos cultos com orações em línguas estranhas. Naquela época, havia preconceito de ambos os lados. Nos, os chamados tradicionais, por não sermos batizados com Espírito Santo e vivermos uma vida espiritual liberal, éramos acusados de carnais e professarmos um culto racional intelectualizado. Já os “pentecostes” como eram chamados os assembleianos, devido a terem uma verdadeira aversão ao estudo teológico, e pelo fato de grande parte de sua liderança nas igrejas, serem formadas de leigos, sem nenhuma formação acadêmica, os tradicionais deram-lhe a alcunha de neófitos praticantes de cultos emocionais.
Após ser convidado a participar de um jantar da Adhonep no Leme Palace Hotel no Rio de Janeiro e presenciar a cura de uma senhora bastante idosa, que teve sua perna curta acrescida, como também minha vida pregressa, sendo revelada por um empresário Texano, no qual nunca tinha conhecido, e ao final do jantar, receber o batismo no Espírito Santo, uma experiência inigualável, nunca antes ocorrido em minha vida cristã, levou-me a maior comunhão com Deus e busca de santidade, tornando-me, como diz o hino da Harpa Cristã: “Um dos tais”. Porem, agora, com a aproximação do centenário das Assembléias de Deus no Brasil, o que estamos assistindo, é sua descaracterização e perda de identidade, como legitima igreja pentecostal que preserva os bons costumes e busca santidade do Espírito Santo, como um povo separado pelo Senhor Jesus. Assim como o Movimento Pentecostal trouxe o fogo do Espírito para o Brasil, começando em Belém do Pará e alcançando todas as camadas da sociedade, precisamos resgatar o Movimento de praticas e disciplinas espirituais da igreja primitiva, como modelo para uma espiritualidade Bíblica, como uma reação a frieza, a carnalidade e mundanismo crescente por seus modismos que esta sendo absorvido pela igreja atual.
A Igreja necessita grandemente de lideres maduros espiritualmente, que não se deixam levar por modismos que estão sendo acrescentados a ela, juntamente com os novos lideres, ou seja precisamos de velhos soldados para defender velhas e imutáveis verdades. Podem me chamar de saudosista e ate alguns jovens me considerarem antiquado, com uma mensagem ultrapassada, pregando contra o pecado, mais orando a Deus, peço ao Senhor Jesus de volta aquela igreja pequena, onde Deus falava e nos criticávamos em nossa ignorância espiritual. Aquela igreja nascida debaixo da perseguição do baixo clero católico, onde a mensagem da Palavra era o centro do culto e os hinos cantados profundamente inspirados na doutrina Bíblica. Onde os pastores cheios de unção, pregavam com autoridade do espírito Santo unicamente as Escrituras Sagradas no púlpito, não havendo necessidade de utilizar “ Not Book”,tão pouco ensinar psicologia com aulas de auto-ajuda e economia com a maldita teologia da prosperidade importada dos Estados Unidos. Tenho saudades daquela igreja chamada de atrasada pelo mundo, onde o pecado era tratado como transgressão das leis de Deus e não como um simples “desvio de conduta”. Onde ouvia-se a “ Voz de Deus” e não a do povo. Onde o templo era “local de adoração ao Senhor” e não uma casa de shows. Onde havia levitas adoradores e não artistas profissionais do cântico gospel, cobrando cachês milionários. Onde era real o “Mover do Espírito” e não coreografias ensaiadas exaustivamente. Onde o povo fazia a leitura responsiva da Bíblia e não o que é projetado no telão. Onde o batismo nas águas, era um sepultamento de pecados para o mundo com reflexão de vida, e não um banho no batistério na piscina ou no rio. Onde os pastores eram homens simples com grande paixão pelas almas perdidas, e não executivos da fé, comendo a gordura das ovelhas, com metas de crescimento financeiro, segundo as leis do mercado.
Tenho boas lembranças do tempo em que a igreja fechava as portas para o Diabo e não colocava “tapetes vermelhos” para recebe-lo. Tempo em que os congressos e confraternizações de jovens, eram um derramar do Espírito Santo sobre a igreja, com jovens buscando a santidade e separação do mundo, ao contrario de hoje, onde os rapazes e moças imitam os astros do rock pesado e as artistas de novela. Onde os retiros espirituais durante a festa momesca foram transformados em shows de funks e axé gospel como mero entretenimento.
O teólogo A.W.Tozer(foto), certa vez declarou: “durante séculos a igreja manteve-se firme contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o como um dispositivo para se perder tempo, um refugio contra vos da consciência. Um plano para desviar a atenção quanto a moral. Por manter sua posição, ela sofreu e sofre abusos por parte dos filhos desse mundo. Porem, ultimamente, ela se cansou de ser abusada e simplesmente desistiu da luta. Parece ter firmado a posição de que, se não poder vencer o deus do entretenimento, o melhor que poder fazer é unir as suas forças a dele e aproveitar o Maximo de seus poderes. Diante dos fatos expostos no noticiário da TV e nos grandes jornais, assim como também a realidade vivenciada em algumas denominações, fica a pergunta: “ Para onde caminha a igreja do século 21?. Baruch Há Shem!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Patriarca Enock continua vivo.


A Catedral da Assembléia de Deus em Cabo Frio, se prepara para sediar uma Assembléia Geral extraordinária da Convenção Estadual, reunindo cerca de 2 mil obreiros assembleianos no ano em que se comemora 69 anos de fundação do trabalho pentecostal na Região dos Lagos. No telão da igreja, provavelmente será exibido a foto do pastor Enock Alberto Silva, com seu rosto sulcado pelo vento e o sol escaldante da antiga terra do sal. As novas gerações de obreiros, não conheceram esse alagoano de poucos sorrisos, barbeiro de profissão, que trocou a navalha pela Bíblia e durante 40 anos plantou igrejas, desde Rio Douro na grande São Gonçalo até Santa Maria Madalena na região Serrana Fluminense.
Não importa se você o conheceu. Você ainda continua ouvindo suas curtas palavras, porem repletas de autoridades e unção: “ Jesus Salva, Cura, Batiza com o Espírito Santo e vai nos levar para o céu”. Você ainda freqüenta os templos construídos pelo pr.Enock, na época em que os obreiros da Seara, semeavam com sacrifícios e lagrimas a semente do evangelho. Quem o conheceu, tem guardado as suas lembranças. Tenho-as. Numa delas, já como presbítero e solteiro, fui acompanhando o pastor Manoel Francisco de Freitas, então presidente da Mocidade Estadual, fazer uma visita ao patriarca de Madureira na Região dos Lagos e pedir-me apoio para realização de um congresso regional de jovens, mais acima de tudo aprender como aquele homem franzino de pouca instrução e recursos matérias, conseguira construir mais de 105 templos e apascentar cerca de 17 mil ovelhas. O seu humilde e pequeno gabinete, não estava a altura do tamanho do seu ministério pastoral, pois tendo passado pelas igrejas de Campos dos Goytacazes, Volta Redonda e Bauru – SP, sempre atendendo as determinações do fundador do ministério de Madureira, o não menos saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, mantinha uma vida simples, sem nenhuma ostentação, típica dos pioneiros pentecostais. Antes de nos despedirmos e retornarmos para o Rio de Janeiro em 1982, o pastor Enock fez-me um interrogatório: “ Um presbítero não pode ser solteiro, porque você ainda não se casou?”. Sua pergunta me irritou.
- Porque ainda não encontrei a moça certa.
- Então vou orar para Jesus colocar a moça certa no seu caminho, e o irmão se casar e se tornar um pastor aprovado.
Passado alguns anos, retornei a Cabo Frio, acompanhado do pai da moça, com quem me casaria, para pedir sua oração abençoadora como costume da época. Muito dos obreiros, ordenados ao ministério da palavra pelo pastor Enock, tais como: Benone Cardoso Valadares, Gentil Medeiros, Benedito Perreira, Jose Joaquim e outros que lhe ajudaram a pastorear esse imenso rebanho na região, já estão na gloria, após terem combatido o bom combate. Porem a semente que foi lançada pelo alagoano taciturno, continua germinando, crescendo e dando excelentes frutos para a Gloria do nome de Jesus. Quando no dia 12 de junho de 1996, madrugada de uma quarta feira, o pastor Enock descançou no Senhor, eu não estava presente em Cabo Frio. Tão pouco quando seu corpo foi velado no antigo templo de São Cristovão, hoje a imponente Catedral. Na minha memória ele continua vivo, e com muita alegria, fazendo uma oração abençoadora, pois este é o papel verdadeiro do bom pastor que através de seu pastoreio e das características que forjou em Cabo Frio, o evangelho foi apresentado na Região dos Lagos e o fogo do Espírito Santo aqueceu o coração de milhares de crentes pentecostais. Baruch Há Shem!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Ética no Ministério Pastoral


Este ano Deus permitiu-me completar 46 anos de vida e 31 de novo nascimento na Igreja Batistas Central de Belford Roxo, mediante batismo nas águas, oficializado pelo pastor Paulo Roberto da Silva Seabra, então naquela época, secretário-executivo da Junta de Missões Nacional da Convenção Batista Brasileira.
Neste ano, pretendo dar-me um presente de aniversário especial. Não vou comprar um terno novo, tão pouco o último lançamento do momento, um best seller teológico. Não vou jantar fora em um restaurante de luxo com a família. Também não pretendo assistir a estréia do Speead Racer na grande tela, revivendo minha infância.
No sábado, pretendo participar de um Seminário de Treinamento de Líderes em Evangelização no Templo da 2ª Igreja Batista de Macaé, promovido pelo Instituto Haggai, para estudar um tema que não poderia estar mais atual na Igreja Evangélica Brasileira: “Ética”. A questão que será colocada e se é possível falar em valores no mundo de hoje, vamos discutir conflitos, responsabilidades e direitos. Que mecanismos seriam possíveis para a restauração e a manutenção dos valores éticos no ministério pastoral? Vamos para esse seminário sob o impacto do caso Renascer e demais escândalos que envolvem lideranças da Igreja Brasileira. Vou especialmente cético, pois creio que vivemos um período de crise de integridade e desânimo da membrezia e da liderança leiga com o cinismo dos que detêm a maioria eventual das decisões denominacionais. Alguns mercadores da fé, sentados na cadeira de Moisés, como verdadeiros donos de Igreja.
Instalaram no País mais evangélico da América Latina, a ética do cinismo, valendo-se de suas posições eclesiásticas, protegendo seus aliados subalternos, o chamado baixo clero, lhes garantindo a certeza da impunidade diante da falta de ética que tem assolado, certos segmentos da Igreja.
Isso perpassa para a sociedade que já está toda dominada por um espírito mercantilista, consumista, consumista, que o Evangelho pregado e vivenciado não está mais influenciando a Nação, devido a ausência das marcas do caráter de Cristo. Para alguns teólogos de plantão, a Igreja Brasileira, deixou de ser pública, enquanto povo de Deus e passou a ser privada, “vencida pelo corporativismo e pelo particularismo de alguns líderes”.
Ela é formada de “uma colcha de retalhos” com teologias parciais e setoriais. Em conseqüência de ter aberto mão de sua voz profética, perdeu sua força de transformação, está dividida, subdividida e desvirtuada em milhares de ilhotas denominacionais separadas entre si.
Já vai longe à discussão sobre a ética na Igreja, sendo clássica a definição paulina, contudo nos parece, que a crise de integridade não será resolvida pelos Seminários do Instituto Haggai, pelas convenções denominacionais, Conselho Federal de Teologia, Bancada Evangélica no Congresso Nacional ou por qualquer outra autoridade governamental ou religiosa. A crise de ética somente será resolvida pelos crentes de verdade que possuem temor do Nome do Senhor, pois pode não parecer, mas Cristo é o cabeça da Igreja Evangélica Brasileira. Baruch Há Shem!

terça-feira, 7 de julho de 2009

A Cruz de Cristo e a Ética na Igreja


Tenho, nos últimos anos de vida pastoral, refletido sobre a ética cristã. Causa-me preocupação a falta de integridade moral causada pelos sucessivos escândalos praticados por lideranças religiosas mercenárias e desonestas, que manipulam suas ovelhas com uma falsa espiritualidade para o estabelecimento de seus reinos pessoais, contrariando os fundamentos da Bíblia e a longa tradição cristã para com o verdadeiro Reino de Deus. As escolhas morais feitas por alguns lideres denominacionais da igreja evangélica brasileira, não são simples questões do acaso, não são imprevisíveis, involuntárias, mais o produto de uma espécie de determinação ou escolha planejada e voluntaria, na busca do poder e riquezas desse mundo. Muitos são aqueles que ao contrario de Jesus , aceitaram o caminho proposto pelo diabo para receberem autoridade política e financeira sobre os reinos e as nações com uma multidão de admiradores.
A ética cristã tem sido relativizada com um religiosismo moderno , onde tudo é permitido para alcançar seus objetivos. Porem, o caminho escolhido por Jesus não era este. O reino que ele oferecia precisa nascer primeiro dentro de cada um. O Reino de Deus, não se estabelece pela força de um cargo eclesiástico. Não é imposto, é aceito. O rei deste Reino não permanece assentado no seu trono, dando apenas ordens, mais desce e se torna um servo de todos. O Reino de Deus não é conquistado com alianças políticas partidárias no púlpito, mesmo porque existe separação entre Igreja e Estado.
Todos os dias somos levados ao monte da tentação, ao pináculo do templo. Todos os dias o diabo nos oferece facilidade no caminho do mundo, sem ética e caráter, para nos tornar-mos os maiores e melhores sacerdotes segundo a ótica do mercado. Ao mesmo tempo, que Deus em sua graça e misericórdia, pela sua Palavra, nos revela seu caminho. Todos nos temos que fazer uma escolha : O Reino de Deus com renuncia e obediência a Palavra ou o reino dos homens com estratégias mundanas e pecaminosas. Ainda que alguns pastores para justificarem suas ações, preguem que vivemos debaixo da graça do Novo Testamento, o decálogo, o primeiro tratado ético, dado pelo Senhor, com o propósito de regular o comportamento humano, no cumprimento de seus deveres para com Deus, para com o próximo, e para consigo mesmo, continua valendo para a Igreja de Cristo e seus pastores nos dias atuais. Existe um provérbio popular que diz que : “ Quando se perde a riqueza, nada se perde; quando se perde a saúde, perde-se alguma coisa; mais quando se perde o caráter, perde-se tudo!
Baruch Há Shem! Bendito seja o Nome.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A Confiança no Senhor




Salmos 23.1 – O Senhor é o meu Pastor nada me faltará.
Salmos 31.1 – Em Ti o Senhor, me refúgio, nunca seja envergonhado.
Salmos 56.4 – Em Deus pus a minha confiança, não temerei.
Salmos 34.7 – O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.
Salmos 37.5 – Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e ele tudo fará.
Salmos 40.1 – Esperei com paciencia pelo Senhor, ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
Salmos 91.1 – Aquele que habita no Esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Salmos 103.13 – Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.
Salmos 125.1 – Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Salmos 20.7 – Uns confiam em carros e cavalos mas eu confiarei no Senhor dos Exércitos.

A criança quando começa a dar seus primeiros passos geralmente confia nas mãos de sua mãe sem reservas. Da mesma maneira, Deus requer se seus filhos, que confiem nas suas palavras sem pestanejar, sem margem para dúvidas.
Um certo alpinista começou a escalar uma montanha confiando em sua força física e na qualidade de seus equipamentos, além da sua experiência. A medida que subia e colocava os grampos para sua segurança, o alpinista aumentava sua certeza de vitória e chegar ao cume da montanha. Em determinado momento, um grampo soltou-se, e o alpinista despencou montanha abaixo, ficamos preso apenas por um grampo. Com alguns ossos quebrados, ele invocou o socorro de Deus: “Senhor se você existe de verdade, salva-me.” Deus falou com ele em Espírito: “Você confia em mim? Sim! Respondeu o alpinista aflito.
-Deus então testou sua fé: “Então solta o último grampo.”
Dias depois, uma nova expedição de alpinistas encontrou o corpo sem vida preso a um grampo acima de dois metros do nível do chão. Em seu bolso, encontraram um mino gravador, narrando sua escapada .
O pequeno Davi quando enfrentou o Gigante Golias, mesmo estando em desvantagem, confiou no Senhor. Durante 40 dias , Golias afrontou o exercito de Israel. Porém coube a um pastor se ovelhas de apenas 14 anos enfrentar o inimigo filisteu. Davi confiou: “O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu.”
Diferente do pequeno Davi, o velho Abraão foi incrédulo em relação ao nascimento de seu filho Isaque, tendo ele 100 anos de idade. Abraão riu de maneira descrente, ele não acreditando que Sara sua mulher com 90 anos pudesse conceber uma criança.
A luz da ciência dos homens, seria realmente impossível, porém Deus costuma agir no impossível.
Moisés, que havia sido Príncipe do Egito, criado como filho da filha de Faraó, também não confiou nas promessas do Senhor, quando foi informado de que o povo de Israel seria alimentado no deserto.
Moisés, não acreditou que Deus pudesse alimentar 600 mil homens durante um mês inteiro.
Confiança gera obediência irrestrita, sem margem para dúvidas. O Rei Davi nunca perdeu uma batalha, mesmo tendo pecado, porque no seu coração havia confiança e arrependimento, pelo pecados cometidos. Baruch Há Shem!

domingo, 5 de julho de 2009

A crise de integridade da Igreja Evangélica Brasileira


Em 1988, o rádio evangelista norte-americano Warnen W.Wiersbe publicou um livro intitulado “A Crise de Integridade sobre os diversos escândalos que estavam afetando a Igreja Evangélica Americana, que reúne as sedes das maiores denominações protestantes do mundo, com reflexos sobre as demais igrejas espalhadas nos outros continentes. O livro tornou-se um Best Seller em vários países, inclusive no Brasil, onde inúmeros escândalos de proporções gigantescas tem ameaçado a integridade da Igreja Brasileira. Passado 16 anos, observamos que a situação reinante em nosso país, a despeito do crescimento vertiginoso da população evangélica, tornou-se aflitiva. Estes são dias difíceis para a Igreja do Senhor, e o tempo urge. Alguns teólogos afirmam que desde que a Igreja foi fundada, ela atravessa crises sanzonais.
A Bíblia afirma que uns foram chamados para pastores, evangelistas, mestres e doutores, contudo, vivemos dias em que foi criado uma nova categoria de pastores, para atender as exigências do mercado da fé, e dos pastores empresários, que fundam verdadeiras franquias para exploração da fé alheia. Os fiéis remanescentes afirmam que a Igreja tem tido a sua porção de hipócritas e mercenários quase desde o começo, e o joio e o trigo crescerão juntos até a volta do Senhor. Portanto, não há motivos para desespero. Esses escândalos vão passar. Será? No dia 29 de julho de 2004, participamos do funeral do pastor Gentil Medeiros (foto) da Assembléia de Deus em Armação dos Búzios, que foi um exemplo dos fiéis. Todos os pastores que ali compareceram para prantear aquele soldado de Cristo, foram unânimes em declarar sua integridade moral no Ministério da Palavra na Região dos Lagos.
O pastor Gentil, já de saudosa memória, não será lembrado como um grande evangelista, um missionário desbravador, um mestre nas Escrituras, mas sim, como um pastor de uma moral inatacável, respeitado e amado pelas suas ovelhas, pela população e autoridades de Armação dos Búzios. A cada município que visitamos para pregar as Boas Novas, nos deparamos com sucessivos escândalos praticados na maioria das vezes pela liderança da igreja. São casos de adultério, corrupção, homossexualismo, simonia, agressões físicas entre obreiros, nepotismo, venda de credenciais de ministros, falsidade ideológica etc. Defrontamo-nos com uma crise de integridade. Não somente a conduta da igreja esta em debate, mas também seu próprio caráter. O Brasil está perguntando: -Pode-se confiar na Igreja Evangélica?
-E como responderemos é tão importante quanto o que respondemos.
Durante vinte séculos a igreja vem dizendo ao mundo que se arrependa de seus pecados e creia no evangelho. Hoje, no início do século vinte e um, o mundo diz a igreja e aos seus sacerdotes que se arrependa dos pecados e volte a ser a verdadeira igreja imaculada de Cristo. Conforme já declarou o Bispo da Diocese Anglicana de Recife, Robinson Cavalcante, no caso brasileiro, a igreja já perdeu sua inocência e o entusiasmo juvenil. A memória e o legado positivo do passado já foram esquecidos e abandonados. Essa imensa comunidade, que se autodenomina “evangélica” (mas que, de fato, é fundamentalista) não tem uma identidade comum nem possui um projeto histórico (o teocrático, talvez). Serva do século, Fragmentada, sob a rivalidade e a fogueira da vaidade dos (mui vivos) “caudilhos do Senhor” e de suas empresas religiosas.
Protestantismo que não protesta. Reformados com Amnésia da Reformas e com fobias de reformas, cultivando os seus verdadeiros heróis: Caim (“Sou eu, porventura, guardião do meu irmão?”), Pilatos (diante da problemática do mundo, “lavo minhas mãos”) e Pedro (nada de Jerusalém e cruz, “façamos aqui permanente acampamento” e louvorzão).
Quais seriam então, as marcas de uma “igreja normal”? Sectarismo, alienação, emocionalismo, legalismo, moralismo, antiintelectualismo, valores burgueses, falta de amor e de resposta à individualidade e á privacidade do próximo. Negar essa verdade? Fugir dela? Desanimar? Mas não foi Ele quem disse: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18)?
Que Deus tenha misericórdia de todos nós e possamos apresentar ao mundo as marcas do caráter do Cristo Vivo. Baruch Há Shem!

sábado, 4 de julho de 2009

A Conformista


Romanos 12.2 – E não vos conformeis com este mundo...

Na Igreja da pós modernidade, o conformismo tornou-se sua marca registrada. Se aceita o pecado do mundo na igreja e não se critica nada. Os valores morais e espirituais absolutos, que faziam da igreja uma luz no mundo de trevas, esta se apagando com a postura adotado por algumas lideranças denominacionais, onde tudo e relativo e tolerável. Onde não existe mais separação entre o certo e o errado. A busca da santidade a luz da Palavra foi abandonada em troca de uma filosofia de tolerância e inversão de valores. Em alguns púlpitos não é mais pregado a necessidade urgente de arrependimento de pecados, e sim, a teologia de mercado aliada com mensagem de auto-ajuda. Ou seja, existe nos dias atuais, ausência de uma consciência coletiva de pecado, e fragrante desrespeito a verdade Bíblica.
Os diversos escândalos acontecidos recentemente nos bastidores da igreja tais como: Sexo, corrupção, abuso de poder eclesiástico, rupturas, não chocam ou abalam, ou tão pouco nos fazem corar de vergonha, como aconteceu com o profeta Daniel 9.7, ou seja perdemos a vergonha.
A pouco tempo passado, uma igreja local estava prestes a encerrar suas atividades, devido ao envolvimento sucessivo de suas lideranças em escândalos de ordem moral. Quando chamados a confissão de pecados, ninguém ficou corado de vergonha. Diante disso, chegamos a conclusão de como advertiu o pastor Ricardo Barbosa de Souza ma igreja Presbiteriana do Planalto: Somos demasiadamente tolerantes para “ corar de vergonha” mesmo diante e fatos trágicos e deploráveis que vemos todos os dias, onde o maximo que conseguimos é uma indignação passageira. Precisamos com extrema urgência, voltar-mós a olhar para Cruz de Cristo, nos espelharmos na pureza do sangue derramado pelos nosso pecados e voltarmos a “ corar de vergonha”, antes que seja tarde.Baruch Há Shem!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Carta do Inferno


A chegada do carteiro em nossas residências, trazendo correspondências muitas vezes alegres e tristes, é aguardada com muita ansiedade principalmente, quando estamos distantes de nossos familiares e de nossa pátria.
Um dos maiores missivistas da Bíblia, fói o apóstolo Paulo, que escreveu diversas cartas aos cristãos da Igreja Primitiva, admoestando-os a guardarem os preceitos apostólicos confiado pelo próprio Senhor Jesus. Agora, uma carta como o rei de Judá, Ezequias recebeu do diabo, redigido no inferno visando causar pânico e terror no meio do povo de Deus, não existe outro igual. Certa vez, fui convidado por um jovem pastor, amigo desde a minha adolescência, a participar de uma Assembléia Geral de uma Convenção de Pastores Pentecostais, onde esperava-me alimentar do maná do céu com palavras bíblicas cheias de unção. Para minha tristeza e vergonha do meu amigo, o que se tratou na reunião foi apenas discussão de política partidária, solicitação do aumento da arrecadação financeira, além de ataques verbais contra outras denominações. Aqueles homens, outrora campeões da fé, guerreiros do Senhor na proclamação do Evangelho, haviam perdido a visão do Reino Celestial e estavam preocupados apenas com o estabelecimento e crescimento do Reino temporal. Analisando biblicamente, percebi o por que daquela denominação histórica está perdendo espaço para o inferno. Assim como Israel, o povo tinha “se vendido para fazer o mal”, até que o Senhor afastou a Israel da sua presença. (2Rs 17.21-23).
Após nosso retorno, daquela fatídica Assembléia Convencional, um outro jovem evangelista, reclamando: “Não adianta ser justo. Não adianta gastar sua vida pregando o evangelho. Você ora, jejua, contribui, anda no caminho da busca da santidade e acaba recebendo uma ducha de água fria dos príncipes da Igreja. Aquele obreiro estava desanimado e decepcionado.”
Quando estamos diante desse tipo de situação, onde o Diabo envia mensagens para confrontar sua fé, dizendo: “Onde estão os deuses de Hamate e de Árpade? Acaso os livraram a Samaria das minhas mãos (2 Rs 18. 33,34).
Devemos fazer como Ezequias, estender perante o Senhor, buscar solução somente no Senhor. Minha sogra, Diaconisa Arinda da Costa Silva, mulher virtuosa, costuma dizer dizer: que o calado vence na presença do Senhor. “Calou-se, porém, o povo e não lhe respondeu palavras. (2Rs 18.36). Baruch Há Shem!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pastores ou Gerentes


A cerca de dois anos, fui convidado para participar de um Encontro de Pastores e empresários cristãos em Macaé. Na reunião estavam presentes inúmeras personalidades do mundo evangélico de projeção regional e nacional. O que poderia ser uma palestra para tratar estratégica visando estabelecer o Reino de Deus e a sua Justiça, tornou-se uma competição de egos inflamados. Antes do preletor principal realizar sua palestra, foi dado a oportunidade para cada líder se apresentar aos demais com o nome e igreja representada. O que se viu, foi um desfile de títulos eclesiásticos de maneira arrogante e prepotente. Um pastor se apresentou da seguinte maneira: “Eu sou o superintendente de 200 igrejas, tenho 10 mil pessoas sob o meu comando”. Já outro, começou a ler os títulos acadêmicos e teológicas, do tipo, sou Doutor em Teologia, formado na Europa, tenho dezenas de livros publicados e estou aqui para dar minha humilde contribuição. Teve outro pastor mais simples, que declarou almejar ganhar mais, 10 mil ovelhas para o seu rebanho e construir uma mega catedral.
Ao final da reunião, não chegou-se a nenhuma conclusão para um trabalho evangelístico para ganhar a cidade para Jesus. Está se tornando cada vez mais difícil, reunir um grupo de pastores de grandes igrejas denominacionais para orar e manter a comunhão dos santos, devido a competição religiosa, ao orgulho farisaico, a busca inconsequente de títulos do tipo bispo, apóstolo, super apóstolo ou semi Deus. A um certo tempo passado, meu amigo Roberto de Souza, engenheiro da Embratel aposentado, especialista em sistemas de organização e planejamento, foi convidado pela esposa de um jovem pastor de uma igreja emergente, a criar uma estrutura organizacional visando tornar sua igreja no município, a sede de uma grande corporação evangélica, pois o jovem pastor tinha recebido uma “revelação” de que ele possuía uma visão apostólica e não uma simples visão pastoral para um pequeno rebanho. Diante dessa situação, que a Igreja evangélica está vivenciando, chegamos à conclusão infeliz de que alguns pastores estão abandonando seus postos, desviando-se para a direita e para a esquerda com frequência alarmante, e se esquecendo de que todos somos apenas servos inúteis, e de que Deus não divide sua glória com homem algum. Isso não quer dizer que estejam deixando à Igreja, e sendo contratados por alguma empresa. Na verdade, muitos obreiros estão transformando suas pequenas igrejas em grandes negócios, onde eles são os gerentes, que precisam alcançar os alvos mensais de arrecadação. O que muitos pastores estão abandonando, não somente no Brasil, nos Estados Unidos, como bem poderia afirmar o pastor Canadense Eugene Peterson é o chamado. Prostituiram-se após outros deuses. Aquilo que fazem e alegam ser ministério pastoral não tem a menor relação com as atitudes dos pastores que fizeram a História da Igreja de Cristo nos últimos vinte séculos. Alguns pastores se transformaram, em gerente de lojas, sendo que os estabelecimentos comerciais que dirigem são as igrejas. Suas preocupações são como manter os clientes felizes, como atraí-los, para que a loja/Igreja, não fique vazia, e para que aumente sua contribuição financeira (Dízimos e Ofertas).
Alguns pastores são ótimos gerentes, atraindo muitos consumidores da fé, levantando grandes somas em dinheiro e desenvolvendo uma excelente, porém, falsa reputação. Ainda assim, o que fazem é gerenciar uma loja, e não apascentar um rebanho. Esses pastores fast-food, quando sonham, tem verdadeiro delírio de grandeza, não conseguem derramar lágrimas pelas almas perdidas, mas sim, pelo dinheiro que deixaram de arrecadar. A verdade bíblica, é que não existem igrejas repleta de sucesso. Baruch Há Shem!