terça-feira, 29 de março de 2011

Ser ou Estar ?

Quase todos os estrangeiros encontram dificuldades quando recebem as primeiras aulas de inglês. Refiro-me especificamente ä dificuldade que nossa mente encontra para assimilar com precisão o uso do verbo to be. Enquanto na língua portuguesa dispomos de dois distintos verbos para expressarem com precisão as idéias de ser algo em caráter permanente ou apenas em sentido transitório, o idioma de Shakespeare apenas dispõe do verbo acima mencionado. Verdade é, porém, que no dia-a-dia de nosso viver costumamos confundir os verbos ser e estar. Algumas vezes se parecem tão semelhantes, outras são, com efeito, mui distantes. 1. Existem dois tipos de pessoas: as que são doentes e as que estão enfermas. O primeiro caso inclui os portadores de enfermidades crônicas. O segundo abrange os doentes temporários, ocasionais. 2. Existem duas classes de crentes. Os que são Igreja e os outros, que estão na Igreja. Estes assistem o culto; aqueles, fazem o culto. Uns vão à Casa de Deus para levar sua adoração, sua solidariedade, sua comunhão e sua devoção. Os outros procuram os templos para receberem as bênçãos. Nada mais. Avivamento significa o esvaziamento da igreja dos que estão, e conseqüente crescimento da igreja dos que são. Os que apenas estão não amam a Igreja, não consideram o pastor, não são solidários, criam raízes. Os que são sofrem, lutam, ajudam, participam, defendem e não desistem. 3. Em cada culto aparecem dois tipos de assistentes: os que são alegres e os que estão contentes. A alegria destes depende das circunstâncias. A daqueles vem do Céu e se situa muito acima e além da ambiência que os cerca. 4. Em meus anos de vida tenho encontrado pessoas que são pastores e outras que estão pastores. Estes somente são pastores no púlpito. Aqueles o são vinte e quatro horas por dia. Uns repartem seu tempo com inúmeras tarefas e distintas prioridades, às vezes até contrários ao espírito do laborpastoral. Os outros optaram pela dedicação integral. No Avivamento há uma enorme escassez de pessoas que estão pastores, enquanto o Espírito provê uma abundância de servos que são. 5. A vida moderna tem apresentado inúmeros desafios aos que servem a Deus. Um dos mais intrigantes é fazer com que a família de Deus deixe de ser santa, para apenas estar santa. Ou seja, santidade legítima ser algo para os fins de semana, para os horários de culto, para os dias de retiro espiritual. Somente um poderoso Avivamento tira as pessoas do ESTAR para o SER. Quando um líder eclesiástico despende milhões para a construção de templos suntuosos e nada faz para conduzir o rebanho ao estágio de plena maturidade espiritual isso acontece porque o ESTAR está tendo prioridade sobre o SER. É melhor uma Igreja espiritualmente rica em um santuário materialmente pobre do que um povo espiritualmente pobre em uma construção de luxo e esplendor. 6. Os que trazem seu dízimo apenas quando há “sobra de caixa” não são dizimistas. Apenas estão. 7. Que bom que Jesus não disse: Estareis minhas testemunhas. Ele preferiu declarar : “SER-me-eis testemunhas... até os confins da Terra”. Esta talvez seja a razão por que não concluímos a tarefa evangelizante. A Igreja não foi fundada para ESTAR (ocasional ou limitadamente) missionária e sim para SER (permanentemente) uma Igreja. Se ao invés de haver estado ela houvesse sido, quem sabe o Cordeiro já teria vindo. É “apenas” uma questão de SER ou ESTAR. 8. O soldado que está a postos apenas no momento da revista do Comandante não É vigilante. Ele ESTÁ vigilante. A lição se aplica diretamente ao Exército de Cristo. 9. A compreensão plena vai depender de uma dedicação de nossa parte. Não devemos apenas estudar com afinco os textos bíblicos que se referem a ESTAR, especialmente estar na casa de Deus. Devemos estudar também com muito carinho aqueles que falam sobre o que SOMOS e sobre o que temos que SER. Deus não visita Seus filhos por causa dos lugares em que eles ESTÃO e sim devido àquilo que em verdade eles SÃO , I Tm 3.15; Rm 16.5; I Co 3.16. Finalmente, não nos contentemos em ESTAR vencendo. Procuremos alcançar a meta bíblica: “SER mais que vencedores”. Pr.Geziel Gomes.

domingo, 27 de março de 2011

REFLEXÕES QUE CONDUZEM AO SUCESSO


Se você sonha ser um vencedor, jamais ignore que...

1. Os grandes de hoje eram pequenos ontem. 2. Os campeões de agora já experimentaram derrotas antes. 3. Ninguém nasce grande. Todos temos que crescer. 4. Todos os que hoje são aclamados como heróis, enfrentaram ontem inúmeros desafios. 5. O primeiro passo para sobreviver é viver. O segundo é crer. O terceiro é lutar. O quarto é perseverar. Então, vem o quinto: vencer. 6. A força dos grandes não pode ser ignorada, mas quem venceu o grande Golias foi o pequeno Davi. 7. Quem deseja alcançar uma vida de excelência deve começar anulando toda mediocridade. 8. A maneira mais sensata de alcançar sucesso é dar um passo de cada vez. É terrivel atropelar os outros, todavia, pior ainda é alguem atropelar-se a si mesmo. 9. Na jornada da vida desfilam três grupos de corredores: os irresponsáveis, os não-responsáveis e os responsáveis. Não hesite em fazer sua escolha. 10. Ser simples não significa ser tolo, assim como ser complexo não significa ser sábio. 11. Nunca deixe de crescer, nunca pare de avançar, nunca se canse de lutar, nunca termine de aprender. 12. A Criação do Universo foi sabiamente programada por Jeová. Seus filhos fazem muito bem em imitar o Seu gesto de planejar o que desejam realizar. 13. É lamentável e triste passar a vida inteira sendo monitorado por alguém. É trágico e melancólico chegar ao fim dos dias influenciado por ninguém. 14. O maior engano é pensarmos que somos os melhores. O maior consolo é constar que existem alguns piores do que nós. 15. O sucesso não é o maná que desce sem ninguém pedir. É Jericó, que se precisa conquistar. 16. Algumas vezes a mais importante letra do alfabeto é o D. Perdemos o troféu da eficiência se não cuidarmos de toda e qualquer Deficiência. 17. Por que continuar a ser um medíocre Mar Morto, se Deus nos chama para sermos um Jordão? Pr.Geziel Gomes .

sábado, 26 de março de 2011

0 O que é o Coronelismo Evangélico ?

por Gutierres Siqueira


Os evangélicos sempre prezaram pelo discurso de “separação do mundo”, ou seja, os cuidados com as práticas mundanas e ímpias, já que somos novas criaturas. Esse discurso é verdadeiro, mas infelizmente pouco praticado. Quando leio as notícias e escândalos envolvendo o nome do senador José Sarney (PMDB-AP) lembro imediatamente de muitos líderes evangélicos que se comportam como coronéis, da mesma forma que o oligarca do Maranhão. Mas o que é coronelismo evangélico e quais as suas características? Quais as características dos coronéis seculares e eclesiásticos?O que é coronelismo?Traduzindo, o coronel é uma pessoa influente, que exerce um poder maior do que as instituições que ele representa. Esse tipo de líder normalmente encontra amplo apoio pelas suas práticas “populistas”. Ele fala como o povo, age como o povo, mas na verdade exerce um poder despótico contra o povo. O coronel está acima da instituição, quando deveria ser o contrário.O coronelismo evangélico é exercido em grandes denominações de todas as vertentes evangélicas, mas principalmente no meio pentecostal (o clássico, inclusive) e neopentecostal. Infelizmente são pessoas que esqueceram que o modelo de liderança de Jesus é o servir e não ser servido: “E ele (Jesus), assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos” (Mc 9.35). Coronelismo evangélico é um mundanismo eclesiástico!Quais as características do coronelismo?As características do coronelismo são arcaicas, mundanas, símbolo do atraso e da falta de ética. Vejamos:- ClientelismoO clientelismo, segundo o Dicionário Houaiss, pode ser definido como uma “prática eleitoreira de certos políticos que consiste em privilegiar uma clientela ('conjunto de indivíduos dependentes') em troca de seus votos; troca de favores entre quem detém o poder e quem vota”. Isso é comum entre políticos ímpios. Agora, verificar isso entre pastores e pastores, ou, entre pastores e políticos... É vergonhoso, asqueroso e perverso. Infelizmente isso existe. O que não podemos é agir com complacência e tolerância diante dessas coisas mundanas. Infelizmente não é dessa forma que alguns grandes cargos eclesiásticos são negociados?- NepotismoOs coronéis sempre querem a perpetuação do poder. Então, o que é melhor do que filhos e netos no mesmo cargo ou em cargos de confiança? Será que todos esses filhos nasceram vocacionadas para tais funções? Coincidência, não é? É claro que um filho de pastor pode ter vocação pastoral, mas então por que essa pessoa assume as melhores funções dentro da jurisdição eclesiástica? Infelizmente o nepotismo nasceu na antiga Igreja Católica medieval e renasce hoje no ambiente evangélico!- FisiologismoOs coronéis confundem o privado com o particular. Não é a toa que os nobres deputados e senadores usam do dinheiro público para fins particulares, como o pagamento de um jantar para a namorada. O fisiologismo é isso, uma “conduta ou prática de certos representantes e servidores públicos que visa à satisfação de interesses ou vantagens pessoais ou partidários, em detrimento do bem comum” (Dicionário Houaiss). Muitas igrejas insistem em representantes políticos da denominação. Agora vem a pergunta: Por que esses representantes vêm da parentela de importantes líderes? Será que não existe vocacionado político entre pessoas sem parentesco com os líderes-mor?- CarismaOs coronéis normalmente são carismáticos (carisma aqui no sentido sociológico e não teológico). Normalmente agem e gostam de destacar que são autoridades constituídas por Deus, cabendo então o máximo de respeito e reverência... O pior, mesmo diante dos erros e equívocos. Muitos usam o bordão “não toqueis nos meus ungidos” e usam tal versículo inadequadamente como uma forma de proteção contra críticas. Os coronéis são necessariamente papistas, pois o que falam apresenta um valor da infalibilidade. Como carismáticos, também espiritualizam sua função, fazendo com que qualquer crítica torna-se demoníaca!- PopulismoO coronelismo é casado com o populismo. O líder coronel fala o que o povo gosta de ouvir. Não se engane, muitas vezes até um discurso duro e conservador é usado estrategicamente para agradar certos ouvidos. Agora, o coronel na versão gospel não deixará de falar em bênçãos e usar bordões triunfalistas. O coronel é “o cara”, aliás, ele mesmo se acha “o cara”, o salvador da pátria ou da denominação!- MidiáticoOs coronéis gostam muito da mídia. Mas eles gostam desde que essa mídia seja chapa branca, sem esforço de investigação e denúncia. Na verdade, os coronéis gostam de controlar uma ou mais mídias. Todo coronel que se preze precisa de uma mídia ao seu favor. Na versão gospel não é diferente...Essas e outras características rodam o universo coronelista. Infelizmente essa praga está no nosso meio. Isso é o famoso mundanismo que muitos denunciam, mas esquecem de suas faces variadas. Uma das faces do mundanismo é o coronelismo eclesiástico.Fonte: [ Teologia Pentecostal ]

domingo, 20 de março de 2011

Conversando com o Medico dos Medicos

Fui ao clinico geral em Macaé, na ultima sexta feira, após sentir muitas dores abdominais lancinantes. Ao ser atendido na emergencia, e realizar uma tomografia, o clinico boliviano de Santa Cruz da La Sierra, diagnosticou uma diverticulite, necessitando de internação imediata para uma cirurgia no colo do intestino. Para meu desespero, não havia vaga disponivel no hospital. O jeito foi aguardar na enfermaria a providencia divina e muito soro com antibioticos para combater a inflamação. Mãos a obra, convoca-se um cirurgião gastrico. Depois de muita espera, ele chega, após 24 horas de profundas dores e reflexões de vida com a familia, tempo de ministerio pastoral, oportunidades perdidas, este tipo de filme que passa na cabeça da gente em fracção de segundos. No meio da consulta e dos exames o cirurgião recem convertido, declara para o meu alivio.
- A tomografia funciona como uma especie de sonda no organismo para dectar sua infermidade. Por isto receitei uma dose forte de antibioticos.
A tomografia me remeteu ao salmo 139. ( " Sonda-me, ó Deus, e conheçe o meu coração" ). Assim como nosso intestino, nossas vidas precisam ser sondadas , necessitando do antibiotico da Palavra de Deus para destruir as bacterias, que insistem em destruir nossa Fé e matar nossa alma. Sejamos pois pacientes, do medico dos medicos, pois ele não somente cura o corpo, mais também a nossa alma.
Baruch Há Shem !

sábado, 19 de março de 2011

O Verdadeiro Poder


Conta-se, que o general De Gaulle, quando queria saber oque a França desejava ou pensava, se olhava no espelho, tamanho o seu poder presidencial, após libertar o pais da ocupação nazista. Já Alexandre o Grande, derramou lagrimas em um copo de ouro, por não ter mais reinos para conquistar com 33 anos de idade, tamanho era o seu poder imperial. Na atualidade, o homem que possui a maior concentração de poder belico no mundo, certamente é o presidente da nação mais poderosa na historia da humanidade, Barack Obama. Errado. Com as crescentes fuzões das megas corporações empresariais e financeiras, o poder economico para decidir a vida de milhões de pessoas, está nas mãos do presidente do Banco Mundial. Errado. Para muitos religiosos, o homem mais poderoso do mundo, é aquele que derrubou o comunismo, vistindo uma estola sacerdotal romana, e que se apresenta como vigario de Cristo na Terra, com sua infabilidade papal. Errado. Por maios que seja o poder politico, econimico ou religioso, que um homem possa ter em determinado periodo na historia das civilizações, o verdadeiro poder nunca esteve em mãos humanas. Certa vez, estavamos participando de uma convenção de pastores em uma grande igreja, quando adentrou o lider maior da denominação, e todos foram obrigados a se colocarem de pé, em respeito a sua pessoa. Um pastor que estava ao meu lado com a voz embargada de emoção, declarou: " O Todo poderoso está chegando". Pensei com meus botões: Como eles estavam errados. Apenas Deus, e mais ninguem, é o todo poderoso. Ele nunca deixou de ser o Senhor dos senhores, e Rei dos reis. A pouco tempo atraz, assisti a uma pregação de um tele evangelista na qual ele declarava querer conquistar o Brasil e depois o universo, tornando-se o mais famoso e poderoso pregador da historia da igreja. Alguns pastores, por maior que seja seu conhecimento teologico e grande concentração de poder eclesiastico em suas mãos, não conseguem ou não querem entender, que somente Deus tem todo poder em suas propias mãos. Diante dos escandalos praticados por alguns altos proclamados apostolos e bispos, que possuem realmente poder religioso e provocam respeito e metem medo nas frageis ovelhas, custumamos olhar para suas cabeças de ouro, peitos de prata, ventres de bronze e pernas de ferro,mais nos esquecemos de enxergar seus pés de barro, na certeza de que devemos e precisamos temer muito mais, a Deus do que aos homens, porque somente Ele possui o verdadeiro poder. " Em sua mão está a vida de cada criatura, e o folego de toda a humanidade". Jo 12:10) Baruch Há Shem !

sexta-feira, 18 de março de 2011

Os dez sintomas do LOBISMO eclesiástico.

Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja: e que fareis no fim disto? Jeremias cap. 5 vs. 31
Aos críticos gratuitos da crítica analítica, devo-lhes dizer uma coisa: É simplismo e superficialidade dizer que não devemos julgar (criticar e apontar desvios de caráter e conduta). Se assim fosse, estaria anulado todo ministério dos profetas, juízes, apóstolos e do próprio Senhor Jesus que vieram com o dedo em riste denunciando as falcatruas da religião.
“LOBISMO”, foi a terminologia que adaptei, para caracterizar os “LOBOS”, ministros (servos e escravos, nada mais que isso), que perderam a visão de “despenseiros” do Reino, tornando-se mercenários da fé.
Assim como no post anterior “7 dicas para manipular uma Igreja”, essa catalogação é fruto de anos de observação e indignação com aquilo que chamam de “ministério” no meio evangélico.
“Ministérios” esses que na sua grande maioria, são resultado da necessidade de auto-afirmação ou, na sua face mais vil, mercenarismo puro.
Essas evidências identificam aqueles que perderam a paixão voluntária pelo ministério e tornaram-se profissionais frios e calculistas de um cargo eclesiástico em benefício de si mesmo.
Qualquer semelhança aqui exposta não é mera coincidência, são constatações factuais.
1º Gostam de poder, mas estranhamente se recusam a servir. Como amam falar em línguas estranhas, profetizar, revelar e demais peculiaridades do gênero (obs. Eu creio na contemporaneidade dos dons sobrenaturais). Mas tudo isso é canalizado para a promoção pessoal, pois não mostram o mesmo empenho na hora de dar atenção ao ser humano que precisa de um ombro humano para dividir suas mazelas.
2º Valorizam programações, mas menosprezam relacionamentos. Participam de todos os congressos, campanhas e eventos que lhe rendam marketing, mas não gostam de relacionamentos interpessoais com medo de ficarem vulneráveis e serem descobertos, ou por receio de tornarem-se meros mortais desgastando a auto-imagem. Encaram a Igreja como platéia e o culto como um show onde a performance tem de sobressair.
3º Gostam de entradas triunfais, mas a saída tem de ser à francesa. Entram com a reunião começada e saem com ela terminada. São espalhafatosos em sua apresentação pública, mas a saída tem que ser de “fininho” para não correrem o risco de atender alguém. Gostam de provocar expectativa em seus ouvintes para manter vivo o “mito” (valorização do mensageiro em detrimento da mensagem).
4º Esbanjam muito carisma, mas na mesma proporção lhes falta caráter. São de fácil comunicação e apresentação em público, mas é nos bastidores da vida onde cai a máscara e é revelado a podridão do ser. Casamentos e famílias falidas, vida financeira desregrada, politicagem eclesiática e secular à base de troca de favores, são só alguns exemplos da desfaçatez de valores éticos desses personagens.
5º Idolatram títulos eclesiásticos, não admitem serem chamados pelo nome. Sim senhor, não senhor, apóstolo, bispo, pastor, reverendo é essencial se quiser manter um bom relacionamento com “Sua Santidade”, caso contrário ficará relegado à indiferença ou serás responsável por um surto de crise de identidade na celebridade gospel.
6º Nas assembléias disputam os primeiros assentos, manter a pose é prioridade. Não lhe tome o assento de honra. Ele é capaz de te expor, envergonhar, difamar e até brigar em público para sair bem na foto.
7º Suas mensagens são sempre bombásticas, holofotes voltados pra si é questão de sobrevivência. A prédica deles mais se parece com produção “hollywoodyana”. Matrix, Jornada nas estrelas, Ghost, parecem produções de fundo de quintal perto de suas apresentações espetaculares. Não conseguem trafegar no normal (ordinário), somente no bombástico (extra-ordinário) que cause admiração (frenesi) nos seus espectadores.
8º Fazem de tudo para serem solicitados, mas o cachê tem de ser pré-combinado e pré-depositado. Aqui, vale até propaganda em rádio pirata. Tudo para a divulgação do “EUVANGELHO”. Mas nem pense em recolher uma oferta voluntária após a reunião, que você está fadado a ficar na mão.
9º Em suas preleções não faltam trilha musical, manipular emoções é fundamental. Histeria é alvo inegociável. Trilha sonora “Home Theater” manipulada por um sonoplasta com aumento de volume nas frases de efeito e diminuição nos momentos de comoção, fazem parte do show. Proporcionar uma reunião narcotizante, que mexa com as emoções, e tire o povo da realidade diminuindo a capacidade de raciocinar nem que seja por algumas horas, é sua especialidade.
10° Mostrtam zelo excessivo com as ovelhas gordas, descaso total com as ovelhas magras. Preocupam-se com o sofrimento dos irmãozinhos “empresários” que não tem quem lhes defenda, mas os irmãos mais pobres que já são experimentados na fé, esses se viram sozinhos. Como diria o “Justo Veríssimo”, personagem do Chico Anísio: “Eu quero que pobre se exploda!”.
A lista é sucinta para dar a oportunidade de interação àqueles que já observaram tais desvios e sintomas e querem colaborar com as constatações para ampliarmos as informações no combate a essa doença crônica...

terça-feira, 15 de março de 2011

Pesca Predatória

Meu sogro, Eneas Gomes, 74 anos, cresceu as margens do Rio São João, em Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu. Desde garoto, buscou o sustento para sua familia nas aguas limpidas e piscosas com seu caniço simples e quase inquebravel. Naquela época, havia fartura de peixes e nenhuma familia por mais humilde que fosse, não passava fome, graças a generosidade do velho Rio São João. Contudo, os anos se passaram e o progresso com sua poluição, mataram ou afugentaram os peixes. O antigo pescador Eneas, agora companheiro do apostolo Pedro, em suas palavras singelas, porém de profunda sabedoria, explicava aos netos que existem diversas maneiras de pescar: Tarrafa, rede, anzol, onde cada jeito produz diferentes resultados. Alguns pescadores predatores, visando um ganho rapido e lucrativo utilizam-se de dinamite após locarizarem o cardume, detonando uma bomba atingindo milhares de peixes. Porém esse tipo de pesca, destroi o Rio e o sustento das proximas gerações de pescadores. Fazendo uma comparação aos dias que a igreja pós moderna esta vivenciando com tecnicas de marketing religioso, auto ajuda, e psicologia motivacional para lotarem os auditorios, com um povo havido pelas bizarrices e a repetição mântrica de chavões de prosperidade em interminaveis campanhas, não passam de dinamites que garantem o barco repleto de peixes no proximo domingo, porém com o rio religioso vazio no futuro. Alguns pastores, em suas pretenções desenfreadas de ganhar o mundo, utilizam todo tipo de pescaria predatoria, em completo desprezo aos ensinamentos biblicos sobre a construção de reinos neste mundo. Para muitos sacerdotes profissionais, os fins justificam os meios, e o que importa é fazer uma boa pescaria, motivando o povo a pagar a conta de seu ufanismo inconsequente, ainda que em um amanhã não muito distante, o rio esteja poluido, e não venha mais ter fartura de peixes. Até quando vai continuar esta pesca predatória, seguindo o mapa do sistema religioso dominante, trazendo consequencias nefastas para a igreja, onde muitos , sacerdotes perderam a alma nesta busca insensata de poder, fama, e riqueza ? Baruch Há Shem !

quarta-feira, 9 de março de 2011

Entre fábulas e ilusões do Carnaval

Em uma manhã ensolarada, conta a fábula, dois sabiás sobrevoavam com alarido um frondoso bosque. Uma sabiá dizia ternamente ao seu filhote como era maravilhoso uma ave poder voar a elevadas alturas. Todavia, o pequerrucho, em sua inexperiência, não escutava com atenção as explicações de sua mãe, pois estava a ouvir o tilintar distante de uma campainha que provinha de um campo florido.
Curioso, o pequeno sabiá pousou na relva, junto a uma vereda, onde descobriu a origem do sonido que tanto o atraía, produzido pela sineta de um carrinho de mão conduzido por um anãozinho, que apregoava a sua mercadoria: “Vendo minhocas! Duas minhocas por uma pena!”
Como o pequeno sabiá gostava muito de minhocas, sem nenhuma reflexão, tratou logo de arrancar uma pena de suas asas e a trocou por duas minhocas. No dia seguinte, o pássaro aguardou, ansioso, o sonido da sineta, e novamente realizou a estranha transação, evento que se repetiu várias vezes. Mas chegou o momento em que o pequeno sabiá bateu as suas asas, tentando alçar vôo, para retornar ao ninho, mas não conseguiu; estava preso à terra e condenado a arrastar-se, ao invés de voar. Havia trocado a sua liberdade por um punhado de minhocas!
Esta fábula traduz o estado de milhares, quiçá de milhões de vidas, que despenderão suas energias e depositarão suas parcas esperanças de alegria na folia momesca, quer seja como uma forma simplificada de extravasamento das emoções, ou pela sublimação de problemas de toda ordem.
Na quarta-feira de cinzas, quando se derem conta da troca que fizeram, ao acordarem em meio às suas próprias cinzas existenciais, sem saber como reconstruir o que foi devastado pelos exageros financeiros e físicos, ou pela devassidão moral e espiritual, por causa dos excessos a que se submeteram, muitos vão perceber que perderam o seu bem mais precioso: a liberdade! Infelizmente, outros perderão a própria vida!
O marketing fabulizado inerente ao mercantilismo do Carnaval visa unicamente a obter resultados financeiros – sendo quase sempre alheio ao bem estar dos brincantes – e procura escamotear o rastro de destruição e suas prolongadas consequências na sociedade.
Não poucos, como na fábula, trocarão “penas por minhocas”. Meninas se tornarão “mães do Carnaval”, pois nesta época um número considerável de adolescentes entre 10 e 15 anos engravida na primeira relação sexual. Daí para frente, muitas se entregarão à promiscuidade sexual, outras praticarão aborto, ou darão à luz os indesejáveis “filhos do Carnaval”, para depois abandoná-los nas creches ou nos juizados.
Este triste “fenômeno brasileiro” é uma realidade estreitamente relacionada com o Carnaval, o que por si só deveria nos fazer corar de vergonha. No rastro dessa “troca”, haverá a disseminação das doenças letais e sexualmente transmissíveis, que infectarão inocentes e ceifarão muitas vidas preciosas. Outros contrairão débitos financeiros, que perturbarão a paz de indivíduos e famílias, que forçosamente sentirão a falta destes recursos.
A imprensa tem registrado esses fatos, como lastro de um grande serviço prestado à sociedade, para nos fazer refletir, pois nesses informes há sabedoria e lições que servem para o presente e para o porvir. Nada justifica que, em nome do turismo ou de ganhos financeiros que a festividade possa garantir, tenhamos de pagar o preço de ver nossos jovens, nossas crianças, famílias inteiras, todos entregues à própria sorte; ou melhor, lançadas à mingua de suas próprias dores existenciais para um futuro incerto e coberto de vergonha.
Ah, se o pequeno sabiá soubesse o quanto lhe custariam aquelas “apetitosas” minhocas! Ah, se os nossos jovens soubessem o quanto pode ser perdido por uma troca irresponsável! Ah, se os nossos governantes soubessem o custo de tantas vidas destruídas com sua “bênção” oficial!
Eu estarei orando, assim como milhares de crentes em Jesus, para que muitos sejam poupados dessas desgraças e alcancem a verdadeira alegria, mas sem as futilidades ilusórias do Carnaval. Quando a máscara cair, quando os “sabiazinhos” carnavalescos ficarem frente a frente com sua própria realidade, saberão que as minhocas não valem a perda das penas nem da liberdade.
Oro pelos que têm sede de alegria e liberdade, para que se lembrem do que disse Jesus, aqui parafraseado: “Quem beber das águas salobras do Carnaval tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.13).
Volte-se para Jesus! Só Jesus pode dar alegria e liberdade verdadeiras!
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe