sábado, 25 de dezembro de 2010

Sinais de morte de um Ministerio


Logo após assumir a presidencia do Conselho de Pastores de Rio das Ostras, fui convidado para pastorear uma congregação na zona rural da cidade, aquela seria a minha primeira experiencia pratica para a realidade na liderança pastoral, e diga-se de passagem, um pouco traumatica. O templo contava com 40 anos de contrução, porém com as paredes sem embouso. o Terreno não pussuia muros, portanto os animais tinham livre acesso, a casa de oração. Não existia nem mesmo uma placa de identificação do Ministerio o qual a congregação pertencia. A membrezia erá formada basicamente por mulheres simples e humilde, algumas viuvas pensionistas, os motivos que levaram o vice presidente da denominação a indicar meu nome foram provavelmente meu entusiasmo com a pregação cristocentrica e a independencia financeira, pois trabalhava circulamente na direção de dois jornais no municipio. Para ser empossado na direção da Igreja, foi complicado pois o pastor anterior não queria entregar as chaves. Somente o fez, depois de muita conversação e promessa de dirigir outra comunidade. Oque não havia mencionado, era o fato de que aquela congregação estava desiludida com o evangelho vivido por sucessivos obreiros e seus escandalos praticados, provocando a saida de varias pessoas para outras denominações bastaram apenas alguns meses, para que eu percebe-se que entendia muito pouco sobre pastorear pessoas com seus problemas cotidianos, e ainda por cima, algumas delas com feridas abertas, sem nunca terem recebido o oleo do amor pastoral. No inicio da compania de minha esposa , visitavamos nos fins de semana todas as ovelhas desgarradas do aprisco e para promover a auto estima da cominidade, lideremos um multirão para embousar o templo e pintar suas paredes, algo me dizia que se colocasse uma placa, sob nova direção, os crentes iriam voltar, nen que fosse pro curiosidade, para assistir um culto alegre de adoração ao Deus vivo . Como eu estava enganado. Meus professores do Seminario, não me ensinaram, que quem convence o homem do pecado é o Espirito Santo, portanto, mais uma vez, cometi o erro de achar, que com belos sermões, preparados mediculosamente e usando o poder da oratoria, as ovelhas poderiam ser curadas, foi naqueles dias de angustias que recebi um conselho de uma anciã de 80 anos que com muita sabedoria de vida me orientou a pregar o basico do evangelho; " Jesus Salva, Cura, Batiza com Espirito Santo e Leva para o Ceu". Diante daquela mulher de Deus, sem nenhum conhecimento teologico e formação academico que cresceu, casou-se criou os filhos no cabo da enxada, percebi como as pessoas estão dispostas a ouvir a voz do pastor que fala sua lingua e alcançar objetivos que não podem ser atingidos apenas com o conhecimento do intelecto, e sim pela fé. Em meu desejo de fazer a igreja crescer e adquirir consiencia evangelista e missionaria, começamos a organizar festividades de louvor com os poucos jovens, chá e palestras com as mulheres, fruto de minha auto confiança em busca do sucesso pastoral. Foi ali que aprendi que a confiança exagerada em si mesmo, aprendida nos seminarios de auto ajuda, e nos sistemas de marketing religioso para resolver tudo, faz com que os pastores, principalmente os novatos de ministerio, não enxerguem seus pontos de fraqueza e substimem os conselhos dos anciões. Muitos pastores tornan-se cegos, durante da busca insesante pelo sucesso ministerial e não ouvem mais o conselho do Espirito Santo, torna-se preocupante quando os pastores minimizam suas derrotas e se recusam a escutar aquilo que não lhes interessam, dizendo no pulpito de maneira arrogante: " Quem manda aqui sou eu ". A negação dos conselhos de Deus para sua Igreja, representa um periodo para a morte da Igreja fundamentada em preceitos humanos. A cultura neopentecostal de sucesso cobra dos novos obreiros a necessidade imperiosa de se mostrarem capazes no mundo religioso tendo como pastores de grandes rebanhos onde o tamanho do seu sucesso sera medido pelo crescimento do rebanho. Nada me foi mais valioso do que aceitar os conselhos em formações dos ancioões da Igreja, como depositarios da sabedoria dadas por Deus. Pessoas essas, que no inicio eu olhava com desdenho e soberba no coração. Porém com o tempo aprendi a valorizar os conselhos, vindo de pessoas confiaves e verdadeiros servos, que tem como unico objetivo estabelecer o Reino de Deus e sa sua justiça. Não se pode promover a salvação de vidas, atraves de publicidade com apresentação de grandes programas musicais, ou pregações mirabolantes, repletas de testemunhos bizaros. Oque da certo, desde que a igreja foi fundada a milenios, é infestir em pessoas, ensinando-as com o evangelho adorar a Deus em Espirito e em Verdade. O resto são apenas conselhos de nescios, que podem levar a morte anunciada de um ministerio pastoral. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha .

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