Com a exibição do filme de 6 minutos na Catedral das Assembléias de Deus em Cabo Frio, relatando parte da história do movimento pentecostal com seus 68 anos de fundação na Região dos Lagos, e o início repleto de lutas e dificuldades superadas pelos pioneiros, dentre os quais, podemos destacar, aquele que foi considerado, o apóstolo da Região dos Lagos, o saudoso pastor Enock Alberto Silva, meus olhos começaram a lacrimejar e o coração se encheu de alegria pelo resgate ‘histórico de homens e mulheres que devotaram suas vidas a causa do mestre Jesus e o pleno derramar do Espírito Santo na região da Costa do Sol.
Lembro-me que quando cheguei à Cabo Frio nos idos da década de 80, acompanhando o pastor Manoel Francisco de Freitas, líder da Assembléia de Deus no Galeão – Ilha do Governador/RJ e presidente da UMADER – União de Mocidade das Assembléias de Deus do Estado do Rio de Janeiro para uma visita ao pastor Enock em sua residência no bairro São Cristóvão, para pedir-lhe apoio para a realização de um Congresso Regional, pensávamos que fôssemos encontrar um missionário sueco, grandalhão do tipo de Daniel Berg, morando em uma mansão na beira da praia do Forte, e fomos recebidos por um homem franzino, de rosto sulcado pelos sofrimentos na pregação do Evangelho, porém, forte e resistente como convém a todo sertanejo alagoano, morando em uma casa simples sem nenhum luxo e ostentação, apesar de na época, ele liderar um rebanho de 17 mil ovelhas e ter aberto 105 igrejas desde Rio Douro na grande São Gonçalo até Santa Maria Madalena na região serrana do Norte do Estado. Pastor Enock, que aceitou Jesus como Salvador em uma Igreja Batista, tinha como profissão secular, o ofício de barbeiro e foi o quarto pastor a ser ordenado ao ministério da Palavra, pelo pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério de Madureira, e durante mais de 40 anos construiu um legado de fé com milhares de filhos gerados pelo Espírito Santo.
O seu casamento com a irmã Ilka, não teve filhos biológicos, porém, devido ao seu amor pela obra do Senhor Jesus, resultou em milhares de filhos na fé.
Pastor Enock, abandonou a navalha do barbeiro para utilizar a Palavra de Deus, fiel e digna de toda aceitação. Ele trocou a navalha pela espada do Espírito para anunciar as Boas Novas do Evangelho em Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Bauru e finalmente se radicando em Cabo Frio, trazendo o pentecoste para toda a região, como um verdadeiro apóstolo.
Os pastores ordenados pelo pastor Enock, tais como Benone Valadares, Gentil Medeiros, Gessildo Mendes, todos de saudosa memória, revelaram em vida, que o saudoso patriarca, valorizava muito o caráter bem como a firmeza de personalidade do obreiro e investiu em recém-nascidos espirituais que necessitavam ser “amamentados” e cobertos pelo seu cajado pastoral. Eu mesmo, fui um deles. Após uma reprimenda pública, diante de toda a Igreja, fiquei durante muito tempo com mágoas em relação às duras palavras trazidas pelo anjo da Igreja cabofriense. Contudo, quando do meu casamento com minha esposa Ruth, filha do então presbítero Enéas Gomes da Silva, um dos fundadores da Assembléia de Deus em Barra de São João, Igreja vinculada à Cabo Frio, fui procurar o pastor Ebock para pedir-lhe perdão e receber sua benção e permissão para o casamento.
Para minha surpresa, após ficar na fila de obreiros, que mensalmente levava os problemas do povo para ele julgar, como se ele fosse o nosso Moisés, fui recebido com um abraço caloroso e um sorriso largo, o que não era da natureza do pastor Enock, pois sempre fora taciturno, desde sua infância em Alagoas.
Lembro-me ainda hoje, na firmeza de suas palavras:
- Há meses que estava lhe aguardando, para lhe dizer que o pai que ama seus filhos, procura corrigi-los para que eles possam se tornar obreiros aprovados.
Naquela época, estava servindo à Jesus como presbítero e secretário executivo da mocidade estadual. Foi quando ouvi de seus lábios, palavras proféticas.
- Meu filho, no tempo certo de Deus, mesmo com o seu temperamento nordestino, você ainda vai ser um pastor. Basta apenas permanecer debaixo do cajado.
Diante do filme exibido no telão da Catedral, veio a mente uma pergunta: “O que anda acontecendo a nossa geração de obreiros?” Porque será que poucos conseguem permanecer debaixo do cajado? Ministérios estão sendo “abortados” por causa da incapacidade de esperar o momento de Deus. Poucos estão dispostos a oferecer o “lombo” para as pancadas inerentes ao ministério e a honra que ele requer.
Com o saudoso pastor Enock Alberto Silva, aprendi que “No tempo de Deus, você nunca está atrasado!” E que precisamos em meio a nossa imaturidade espiritual aprender a andar “no passo do gado, como fez Jacó depois do Vau de Jaboque, e a respirar o ar dos pastos verdejantes do pastoreio de Deus.
Escreveu o salmista Davi com muita propriedade e conhecimento de causa: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo: A tua vara e o teu cajado me consolam”. Sl 23:4
Que possamos ter como exemplo de vida ministerial, homens de Deus na estatura de gigantes da fé, como o pastor Enock Alberto Silva, que não possuía uma pregação inteligente, uma admirável eloqüência e polida oratória, mas tinha a autoridade do Espírito Santo e as marcas do caráter de Cristo e o comprometimento com o Reino de Deus e a Igreja que lhe representa. Que toda honra e glória sejam dadas ao Senhor.
Sérgio Cunha é jornalista, articulistas, conferencista e presidente do Conselho de Pastores de Rio das Ostras.
Lembro-me que quando cheguei à Cabo Frio nos idos da década de 80, acompanhando o pastor Manoel Francisco de Freitas, líder da Assembléia de Deus no Galeão – Ilha do Governador/RJ e presidente da UMADER – União de Mocidade das Assembléias de Deus do Estado do Rio de Janeiro para uma visita ao pastor Enock em sua residência no bairro São Cristóvão, para pedir-lhe apoio para a realização de um Congresso Regional, pensávamos que fôssemos encontrar um missionário sueco, grandalhão do tipo de Daniel Berg, morando em uma mansão na beira da praia do Forte, e fomos recebidos por um homem franzino, de rosto sulcado pelos sofrimentos na pregação do Evangelho, porém, forte e resistente como convém a todo sertanejo alagoano, morando em uma casa simples sem nenhum luxo e ostentação, apesar de na época, ele liderar um rebanho de 17 mil ovelhas e ter aberto 105 igrejas desde Rio Douro na grande São Gonçalo até Santa Maria Madalena na região serrana do Norte do Estado. Pastor Enock, que aceitou Jesus como Salvador em uma Igreja Batista, tinha como profissão secular, o ofício de barbeiro e foi o quarto pastor a ser ordenado ao ministério da Palavra, pelo pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério de Madureira, e durante mais de 40 anos construiu um legado de fé com milhares de filhos gerados pelo Espírito Santo.
O seu casamento com a irmã Ilka, não teve filhos biológicos, porém, devido ao seu amor pela obra do Senhor Jesus, resultou em milhares de filhos na fé.
Pastor Enock, abandonou a navalha do barbeiro para utilizar a Palavra de Deus, fiel e digna de toda aceitação. Ele trocou a navalha pela espada do Espírito para anunciar as Boas Novas do Evangelho em Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Bauru e finalmente se radicando em Cabo Frio, trazendo o pentecoste para toda a região, como um verdadeiro apóstolo.
Os pastores ordenados pelo pastor Enock, tais como Benone Valadares, Gentil Medeiros, Gessildo Mendes, todos de saudosa memória, revelaram em vida, que o saudoso patriarca, valorizava muito o caráter bem como a firmeza de personalidade do obreiro e investiu em recém-nascidos espirituais que necessitavam ser “amamentados” e cobertos pelo seu cajado pastoral. Eu mesmo, fui um deles. Após uma reprimenda pública, diante de toda a Igreja, fiquei durante muito tempo com mágoas em relação às duras palavras trazidas pelo anjo da Igreja cabofriense. Contudo, quando do meu casamento com minha esposa Ruth, filha do então presbítero Enéas Gomes da Silva, um dos fundadores da Assembléia de Deus em Barra de São João, Igreja vinculada à Cabo Frio, fui procurar o pastor Ebock para pedir-lhe perdão e receber sua benção e permissão para o casamento.
Para minha surpresa, após ficar na fila de obreiros, que mensalmente levava os problemas do povo para ele julgar, como se ele fosse o nosso Moisés, fui recebido com um abraço caloroso e um sorriso largo, o que não era da natureza do pastor Enock, pois sempre fora taciturno, desde sua infância em Alagoas.
Lembro-me ainda hoje, na firmeza de suas palavras:
- Há meses que estava lhe aguardando, para lhe dizer que o pai que ama seus filhos, procura corrigi-los para que eles possam se tornar obreiros aprovados.
Naquela época, estava servindo à Jesus como presbítero e secretário executivo da mocidade estadual. Foi quando ouvi de seus lábios, palavras proféticas.
- Meu filho, no tempo certo de Deus, mesmo com o seu temperamento nordestino, você ainda vai ser um pastor. Basta apenas permanecer debaixo do cajado.
Diante do filme exibido no telão da Catedral, veio a mente uma pergunta: “O que anda acontecendo a nossa geração de obreiros?” Porque será que poucos conseguem permanecer debaixo do cajado? Ministérios estão sendo “abortados” por causa da incapacidade de esperar o momento de Deus. Poucos estão dispostos a oferecer o “lombo” para as pancadas inerentes ao ministério e a honra que ele requer.
Com o saudoso pastor Enock Alberto Silva, aprendi que “No tempo de Deus, você nunca está atrasado!” E que precisamos em meio a nossa imaturidade espiritual aprender a andar “no passo do gado, como fez Jacó depois do Vau de Jaboque, e a respirar o ar dos pastos verdejantes do pastoreio de Deus.
Escreveu o salmista Davi com muita propriedade e conhecimento de causa: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo: A tua vara e o teu cajado me consolam”. Sl 23:4
Que possamos ter como exemplo de vida ministerial, homens de Deus na estatura de gigantes da fé, como o pastor Enock Alberto Silva, que não possuía uma pregação inteligente, uma admirável eloqüência e polida oratória, mas tinha a autoridade do Espírito Santo e as marcas do caráter de Cristo e o comprometimento com o Reino de Deus e a Igreja que lhe representa. Que toda honra e glória sejam dadas ao Senhor.
Sérgio Cunha é jornalista, articulistas, conferencista e presidente do Conselho de Pastores de Rio das Ostras.
2 comentários:
Amado Pastor Sérgio.
Gostaria de entrar em contato com o senhor. Conheci pessoalmente esses homens de Deus. Hoje vivo em Manaus-AM, e muitas reviravoltas aconteceram na minha vida, mas não posso esquecer nunca aquela igreja pequena, na beira da pista, lá em São Pedro da Aldeia. Isso pelos idos de 1975.
O Pr.Gessildo foi o meu sogro.
Parabéns pelo blog, e que Deus lhe abençoe muito em seu Ministério.
José Raimundo da Rosa
ss101un@yahoo.com
Amado Pastor Sérgio.
Gostaria de entrar em contato com o senhor. Conheci pessoalmente esses homens de Deus. Hoje vivo em Manaus-AM, e muitas reviravoltas aconteceram na minha vida, mas não posso esquecer nunca aquela igreja pequena, na beira da pista, lá em São Pedro da Aldeia. Isso pelos idos de 1975.
O Pr.Gessildo foi o meu sogro.
Parabéns pelo blog, e que Deus lhe abençoe muito em seu Ministério.
José Raimundo da Rosa
ss101un@yahoo.com
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