" Foram todos tomados de sono e adormeceram" ( Matheus 25.5)
Após varios cultos de adoração e oração em nossa pequena e singela congregação, vizando trazer de volta o povo para o aprisco e retomar a caminhada de Fé da comunidade, parece-nos que não há entre nos falta de evidencias, de que os bons crentes estão sofrendo de algum tipo de desanimo espiritual. Nossas orações estão previzives e monotonas e os nossos sermões perderam a vitalidade do fogo apostolico. A frequencias diminuta do povo, está trazendo lentamente o desânimo. Apenas um casal de remanescente, entraram em comunhão na celebração da Ceia do Senhor, uma mulher com familia numerosa se rendeu aos pés de Jesus, um homem bebado vistindo a camiseta do flamengo em dia de jogo no maracanã, onde o time rubro negro foi campeão, pediu orações, seguido de um jovem com disturbios psicologicos, que alega que Jesus já veio buscar sua igreja, e todos nós ficamos na terra. Embora não devessemos nos importar com a falta de ouvinte da Palavra Santa, traimos nosso sentimento intimo de ver um avivamento na obra ou mesmo uma reunião da apatia espiritual, como foi nos dias do profeta Habacuque. Percebemos que diante de tantos modismos e teologias triunfalista na igreja neopentecostal que assola o Bairro, necessitamos da recuperação imediata das doutrinas biblicas cristocentricas, aliada a restauração do poder espiritual da Igreja local e sua influencia na sociedade. Ao contemplarmos as pessoas em dias de domingo procurarem as casas de baile ao inves das casas de Oração, percebemos que o mundo ignora muitas igrejas exelentes que pregam a jenuina Palavra Santa, sem entretenimento. Ao caminhar pela rua do bairro, com suas inumeras igrejas, percebemos pregadores que deveriam ser ouvidos por multidões sedentas da Palavra, porém se contentam com menos de 50 ouvintes, mesmo depos de varios anos de pregação no deserto. Existe um sentimento latente em todos os ministros da casa de Deus, de que algo está errado. Parece-nos que uma sonolencia espiritual se abateu sobre a igreja compromissada com o verdadeiro evangelho, impregnando a atmosfera de nossa região com desanimo. Nosso testemunho ativo do primeira amor, foi se tornando gradualmente silencioso nesses dias de sonolencia e desanimo. A Biblia retrata tempos em que o povo de Deus atravessou um pediodo de sonolencia coletiva . Quatrocentos anos de silencio haviam deixado Israel muito sonolento e desanimado nos dias de Moises. Na liderança dos Juizes no Antigo Testamento, tambem observamos grande sonolencia onde " Cada um fazia oque achava mais reto", Desde que alcançace resultados . Será que teremos que adotar a teoria do gato verde, para trazermos o povo de volta para Deus ? O lider chines comunista Deng Xao Ping, dentro da linha praguimatica de desenvolvimento economico implantado pelo " Capitalismo de Estado", dizia que não importava a cor do gato, desde que ele começe os ratos. Não podemos de maneira alguma aplicar essa teoria de conformismo com o mundo, desde que as igrejas estejam cheias. Exercitos de heresias ameaçam a Igreja de Cristo e o povo de Deus, quando o desanimo e a sonolencia espiritual se espalha por todos os lados. O caminho para evitarmos o sono do desanimo, quando o gas venenoso enche o salão de culto, é correr para o ar fresco do Espirito Santo e respirar profundamente buscando o oxigenio da Palavra Santa. Que o Nosso Clamor possa ser ; " Ajuda-nós a servir-te ó Deus." Baruch Há Shem! Sergio Cunha.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Pastores dignos de confiança
O ano de 2010 para a Igreja Evangelica Brasileira foi de grande crescimento numerico alcançando todos os setores da sociedade brasileira, tornando-se motivo de cobiça eleitoral dos presidenciaveis na disputa pelo palacio do Planalto. Nunca antes na historia dessa Nação, a Igreja esteve tão presente na midia, sendo motivo de debate e discussões. Porem, nem tudo foram flores. Inumeros escandalos praticados por lideranças denominacionais com alcance nacional envolvidas em corrupção, adulterio, politicagem eleitoreira, fizeram com que grande parte da população perdessem a confiança na Igreja e em seus pastores. Parece que muitas pessoas, se deram conta de que demonstração de pregações evangelisticas notaveis ou grande conhecimento teologico, ou até mesmo a liderança de gigantescas catedrais não se refletem necessariamente na confiança em determinados pastores, sejam eles auto-denominados bispos, apostolos, ou patriarcas neopentecostais. Traduzindo, se voce não pode confiar naqueles que estão a frente de megas igrejas ou pequenos salões alugados com placas denominacionais, com os nomes muita das vezes bizarros e sem nenhum fundamento biblico, mais que geram o crescimento desordenado do povo evangelico, que importancia eles podem ter ?
" Em quem voce pode confiar ? " - È a pergunta que muitos tem feito e infelismente não tem sido facil responde-la. Alguns setores da Igreja, tem frequentado a pagina policial dos jornais com bastante danos ao evangelho, cristocentrico, desde pastores locais de pequenas congregações a magestosos templos nas grandes metropoles, onde a integridade, honestidade, e o temor de Deus parecem ter se transformado em qualidade cujo suprimento vem escasseando mais e mais. Muitos pastores deixara ma Biblia de lado e nos pulpitos modernos adotaram manuais de marketing, livros de auto ajuda, alem de tecnicas de arrecadação financeira, com base na teologia do mercado da fé, e se esqueceram de buscar o exemplo do profeta Daniel, descrito no velho testamento, onde aprendemos que: " Não puderam achar nele falta alguma, pois ele era fiel; Não era desonesto nem negrigente." Tornando-se lider proeminente na Babilonia para deagrado de seus oponentes, que determinaram que a melhor maneira de minar sua autoriadade seria lançar descredito sobre suas ações. Quando as acusações foram desmascaradas, os acusadores de Daniel foram executados, e ele foi ainda mais honrado com a confiança do Rei Dario. Daniel permanceu fiel ao seu Deus, e como resultado foi plenamente recompeçado e reconhecido pelo Rei. Que possamos seguir o exemplo de Daniel com sua integridade de justo, e não a falcidade dos infieis com sua destruição. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha .
" Em quem voce pode confiar ? " - È a pergunta que muitos tem feito e infelismente não tem sido facil responde-la. Alguns setores da Igreja, tem frequentado a pagina policial dos jornais com bastante danos ao evangelho, cristocentrico, desde pastores locais de pequenas congregações a magestosos templos nas grandes metropoles, onde a integridade, honestidade, e o temor de Deus parecem ter se transformado em qualidade cujo suprimento vem escasseando mais e mais. Muitos pastores deixara ma Biblia de lado e nos pulpitos modernos adotaram manuais de marketing, livros de auto ajuda, alem de tecnicas de arrecadação financeira, com base na teologia do mercado da fé, e se esqueceram de buscar o exemplo do profeta Daniel, descrito no velho testamento, onde aprendemos que: " Não puderam achar nele falta alguma, pois ele era fiel; Não era desonesto nem negrigente." Tornando-se lider proeminente na Babilonia para deagrado de seus oponentes, que determinaram que a melhor maneira de minar sua autoriadade seria lançar descredito sobre suas ações. Quando as acusações foram desmascaradas, os acusadores de Daniel foram executados, e ele foi ainda mais honrado com a confiança do Rei Dario. Daniel permanceu fiel ao seu Deus, e como resultado foi plenamente recompeçado e reconhecido pelo Rei. Que possamos seguir o exemplo de Daniel com sua integridade de justo, e não a falcidade dos infieis com sua destruição. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha .
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Alguns missionários que trabalhavam na Índia pensaram em uma estratégia que poderia trazer um verdadeiro avivamento para o País. Eles disseram: “Se nós conseguirmos evangelizar o líder do hinduísmo Mahatma Gandhi e o ganharmos para Cristo, toda nação indiana será impactada por esse testemunho”. Convictos da sua estratégia foram ao encontro de Gandhi para persuadi-lo a ser o cristão, entretanto no meio da conversar ouviram de Gandhi: “No vosso Cristo eu creio eu só não creio é no vosso Cristianismo [sem vida]”.[1]O que aqueles missionários ouviram de Gandhi é o que constantemente ouvimos sobre o cristianismo brasileiro. São pessoas que acreditam em Cristo,[2] mas são descrentes em relação os crentes. Acreditam em Deus, todavia não acreditam na Igreja como uma instituição divina.Segundo as estatísticas sobre a religião brasileira, um dos percentuais que mais crescem é os dos “sem religião”. Em 1950, “os sem religião” eram aproximadamente 0,5% da população; em 2000 (ano do último Censo), passaram a ser 7,4%, proporção 14 vezes maior. Hoje eles já são a terceira maior “identidade religiosa” do País, estando atrás apenas dos católicos (70%) e dos evangélicos (17%). [3]Esses não são adeptos da “não religião”, por serem ateus, mas são que já freqüentaram uma Igreja e viram algumas razões para não crerem nela como uma instituição divina. Decepcionados com a Igreja, descrentes dos crentes e convictos que as demais religiões não os levariam a Deus, optaram em ser “sem religião”.Por que os “sem religião” crescem tanto? Por qual razão a sociedade brasileira não acredita na Igreja como antes? Podemos resgatar a credibilidade da Igreja? O que devemos fazer?Este artigo tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.
POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do mundo. Aqui citaremos apenas algumas.1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que, historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir mão.[4] Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e pluralismo,[5] eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira.Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de verdade absoluta.[6] Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé, das crenças (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar, desde que aja “tolerância”, o que para eles é quase um sinônimo de concordância.Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com relação a igreja. São com “óculos” relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual segundo eles “todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual”.[7] Este relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o “status” de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a “credibilidade”, na visão relativista contemporânea.1.2. Razões InternasHoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas decepções com líderes tem levado sociedade à resignação. Uma pesquisa organizada pelo instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.[8]Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo. A igreja evangélica brasileira tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros. O sal tem se tornado insípido e não tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em nosso país.[9]1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo, qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. Palavras como sacrifício, pecado, arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar, conquistar, restituir, saquear. [10]Além disso, movidas pela teologia da “prosperidade” ou “confissão positiva”, muitas Igrejas estão se tornado materialistas. Pregam sobre dinheiro e por dinheiro, prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.1.2.3. A geração “Gospel”.Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos. Anos atrás uma Monique Evans apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18 anos), foi Converteu a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o mesmo programa depois da “conversão” disse: “Eu me converte, mas não precisei mudar nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou”. Essa é a geração “gospel” é uma das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.“Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas”. Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que vivem a verdade como se fosse uma mentira. Pessoas que vivem o que não pregam e pregam o que não vivem.O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, disse que uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela: “Tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo”[11] Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo, mas nenhum conteúdo dEle.O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz: “Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado), diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia (caçadora de escândalo) e diante do povo.”[12] E acrescenta:“Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald J. Sider, recentemente publicado no Brasil. Embora o autor se refira aos maus testemunhos dos evangélicos americanos, o problema é universal (...) Sider cita Michael Horton: ‘Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo’ (...) Se já não somos o sal da terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus”. [13]1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.Vivemos na epoca do vazio. A manipulação estar substituindo o conhecimento de Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito, mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o Senhor Jesus Cristo.Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido. A cena é parecida demais com a igreja moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus. O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus com o coração e a mente Sproul lembramos que:“Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a doutrina de Cristo e tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre Deus, e você ainda será um pagão. É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3). [14]Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do evangelho.1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro. Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e sem sentido para a sociedade a nossa volta. A razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.[15]O Dr. Heber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno é o de não tornar um gueto. A Igreja cristã, diz ele “não deve se isolar, embora deva proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente como uma espécie de “contracultura,” saindo para minar os campos alheios. Se não fizer isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade”. [16]Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores. Dr. Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. [17] Segundo ele “A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser humano”.[18]Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não para se fecharem em si mesmos. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. “o reino de Cristo é também externo”,[19] dizia Zuínglio que foi ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.[20] Na verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido onde se encontram os perdidos da sociedade. Esta falta de prática das verdades as quais os cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes. Por: Jailson Santos
POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do mundo. Aqui citaremos apenas algumas.1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que, historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir mão.[4] Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e pluralismo,[5] eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira.Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de verdade absoluta.[6] Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé, das crenças (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar, desde que aja “tolerância”, o que para eles é quase um sinônimo de concordância.Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com relação a igreja. São com “óculos” relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual segundo eles “todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual”.[7] Este relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o “status” de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a “credibilidade”, na visão relativista contemporânea.1.2. Razões InternasHoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas decepções com líderes tem levado sociedade à resignação. Uma pesquisa organizada pelo instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.[8]Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo. A igreja evangélica brasileira tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros. O sal tem se tornado insípido e não tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em nosso país.[9]1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo, qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. Palavras como sacrifício, pecado, arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar, conquistar, restituir, saquear. [10]Além disso, movidas pela teologia da “prosperidade” ou “confissão positiva”, muitas Igrejas estão se tornado materialistas. Pregam sobre dinheiro e por dinheiro, prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.1.2.3. A geração “Gospel”.Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos. Anos atrás uma Monique Evans apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18 anos), foi Converteu a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o mesmo programa depois da “conversão” disse: “Eu me converte, mas não precisei mudar nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou”. Essa é a geração “gospel” é uma das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.“Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas”. Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que vivem a verdade como se fosse uma mentira. Pessoas que vivem o que não pregam e pregam o que não vivem.O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, disse que uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela: “Tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo”[11] Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo, mas nenhum conteúdo dEle.O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz: “Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado), diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia (caçadora de escândalo) e diante do povo.”[12] E acrescenta:“Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald J. Sider, recentemente publicado no Brasil. Embora o autor se refira aos maus testemunhos dos evangélicos americanos, o problema é universal (...) Sider cita Michael Horton: ‘Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo’ (...) Se já não somos o sal da terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus”. [13]1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.Vivemos na epoca do vazio. A manipulação estar substituindo o conhecimento de Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito, mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o Senhor Jesus Cristo.Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido. A cena é parecida demais com a igreja moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus. O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus com o coração e a mente Sproul lembramos que:“Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a doutrina de Cristo e tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre Deus, e você ainda será um pagão. É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3). [14]Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do evangelho.1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro. Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e sem sentido para a sociedade a nossa volta. A razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.[15]O Dr. Heber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno é o de não tornar um gueto. A Igreja cristã, diz ele “não deve se isolar, embora deva proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente como uma espécie de “contracultura,” saindo para minar os campos alheios. Se não fizer isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade”. [16]Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores. Dr. Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. [17] Segundo ele “A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser humano”.[18]Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não para se fecharem em si mesmos. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. “o reino de Cristo é também externo”,[19] dizia Zuínglio que foi ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.[20] Na verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido onde se encontram os perdidos da sociedade. Esta falta de prática das verdades as quais os cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes. Por: Jailson Santos
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Que Evangelho é esse pastor ?
" A diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa, é a diferença entre o relampago e o vagalume" Mark Twain .
Depois de ler " Eu creio na Pregação", do teologo ingles John Stott, considerado o maior teologo vivo da Igreja Cristã, e comparar a algumas pregações que tem sido feitas nos pulpitos da igreja evangelica brasileira, principalmente por aqueles que detem a midia eletronica, chegamos a conslusão obvia de que está sendo pregado um cristianismo sem Cristo e um pentecostalismo sem o Espirito Santo. Parece que alguns pregadores brasileiros importaram oque existe de pior na teologia americana e europeia que tantos danos tem causado ao evangelho cristocentrico. Como bem disse o autor de " Mente Cristã ", Harry Blamires : "Parece que a mente cristã socumbiu diante das tendencias populares com um grau de fraqueza e falta de carater que não tem seu igual na historia do cristianismo". Com o brilhantismo que lhe é peculiar em seus diversos livros teologicos e sobretudo com inquebravel fidelidade as Escrituras Sagradas, John Stott realiza um contudente diagnostico a cerca da situação vivenciada na historia do cristianismo e o completo esvaziamento do pulpito por expressivos seguimentos da igreja atual cujos pregadores mediaticos vivem de mudismos buscando agradar a massa de neofitos com mensagens de vitorias triunfalistas e prosperidade material , como tambem, nos circulos academicos a retirada da soberania de Deus sobre a historia da humanidade. Algns poucos pregadores midiaticos, mais com milhares de discipulos que desejam alcançar o sucesso financeiros e afama instantanea de evangelistas eletronicos, nos quais de ha muito se tem afastado do conteudo simples e poderoso do evangelho da Graça de Deus e das insondaveis riquezas de Cristo, fundamentadas na morte da Cruz do Calvario e sua gloriosa ressureição, tem exposto de maneira enganosa teologias expurias, interamente distanciadas da Paalvra de Deus, sustentadas apenas por novas revelações para uma nova igreja, por novos "ungidos" geralmente fundadores de novas denominações ou reinos religiosos. Mesmo que John Stott, tenha escrito esse livro em 1982, que já se tornou um classico do genero, parece-nos que os pregadores conteporaneos estão imitando os falsos profetas de Israel quando rejeitam a disciplina de se submeteram apenas a revelação de Deus e " falam de visões inventadas por eles mesmos, e que não vem da boca do Senhor". Ao que parece tambem, o povo continua o mesmo pois conforme acontecia nos tempos do profeta Jeremias em nossos dias não é diferente, " os profetas profetizam mentiras (...) e o meu povo , gosta dessas coisas" ( Jeremias 5:31). Israel preferia portanto o consolo das mentiras a pertubação da verdade, está mais do que na hora de voltarmos a pregar enquando ministros do evangelho mensagens de arrependimentos, de rejeneração, centrados na cruz do calvario, um evangelho de santificação, revelado apenas nas suficiencias das Escrituras Sagradas, antes que seja tarde de mais. Devemos rejeitar o cristianismo sem Cristo, e o pentecostalismo sem o Espirito Santo até que Ele volte para buscar sua noiva. Necessitamos urgentemente voltar-mos ao evangelho da Cruz, para como diria Loyd Jhones: " Encontrarmos o verdadeiro coração do evangelho e o segredo do significado interior da fé cristã", caso contrario com esse evangelho agua com açucar, misturado com auto ajuda, e o veneno da prosperidade a igreja brasileira esta a passos largos para o nominalismo e secularismo que tem tomado conta dos Estados Unidos e Europa. Baruch Há Shem !. Sergio Cunha.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Sinais de morte de um Ministerio
Logo após assumir a presidencia do Conselho de Pastores de Rio das Ostras, fui convidado para pastorear uma congregação na zona rural da cidade, aquela seria a minha primeira experiencia pratica para a realidade na liderança pastoral, e diga-se de passagem, um pouco traumatica. O templo contava com 40 anos de contrução, porém com as paredes sem embouso. o Terreno não pussuia muros, portanto os animais tinham livre acesso, a casa de oração. Não existia nem mesmo uma placa de identificação do Ministerio o qual a congregação pertencia. A membrezia erá formada basicamente por mulheres simples e humilde, algumas viuvas pensionistas, os motivos que levaram o vice presidente da denominação a indicar meu nome foram provavelmente meu entusiasmo com a pregação cristocentrica e a independencia financeira, pois trabalhava circulamente na direção de dois jornais no municipio. Para ser empossado na direção da Igreja, foi complicado pois o pastor anterior não queria entregar as chaves. Somente o fez, depois de muita conversação e promessa de dirigir outra comunidade. Oque não havia mencionado, era o fato de que aquela congregação estava desiludida com o evangelho vivido por sucessivos obreiros e seus escandalos praticados, provocando a saida de varias pessoas para outras denominações bastaram apenas alguns meses, para que eu percebe-se que entendia muito pouco sobre pastorear pessoas com seus problemas cotidianos, e ainda por cima, algumas delas com feridas abertas, sem nunca terem recebido o oleo do amor pastoral. No inicio da compania de minha esposa , visitavamos nos fins de semana todas as ovelhas desgarradas do aprisco e para promover a auto estima da cominidade, lideremos um multirão para embousar o templo e pintar suas paredes, algo me dizia que se colocasse uma placa, sob nova direção, os crentes iriam voltar, nen que fosse pro curiosidade, para assistir um culto alegre de adoração ao Deus vivo . Como eu estava enganado. Meus professores do Seminario, não me ensinaram, que quem convence o homem do pecado é o Espirito Santo, portanto, mais uma vez, cometi o erro de achar, que com belos sermões, preparados mediculosamente e usando o poder da oratoria, as ovelhas poderiam ser curadas, foi naqueles dias de angustias que recebi um conselho de uma anciã de 80 anos que com muita sabedoria de vida me orientou a pregar o basico do evangelho; " Jesus Salva, Cura, Batiza com Espirito Santo e Leva para o Ceu". Diante daquela mulher de Deus, sem nenhum conhecimento teologico e formação academico que cresceu, casou-se criou os filhos no cabo da enxada, percebi como as pessoas estão dispostas a ouvir a voz do pastor que fala sua lingua e alcançar objetivos que não podem ser atingidos apenas com o conhecimento do intelecto, e sim pela fé. Em meu desejo de fazer a igreja crescer e adquirir consiencia evangelista e missionaria, começamos a organizar festividades de louvor com os poucos jovens, chá e palestras com as mulheres, fruto de minha auto confiança em busca do sucesso pastoral. Foi ali que aprendi que a confiança exagerada em si mesmo, aprendida nos seminarios de auto ajuda, e nos sistemas de marketing religioso para resolver tudo, faz com que os pastores, principalmente os novatos de ministerio, não enxerguem seus pontos de fraqueza e substimem os conselhos dos anciões. Muitos pastores tornan-se cegos, durante da busca insesante pelo sucesso ministerial e não ouvem mais o conselho do Espirito Santo, torna-se preocupante quando os pastores minimizam suas derrotas e se recusam a escutar aquilo que não lhes interessam, dizendo no pulpito de maneira arrogante: " Quem manda aqui sou eu ". A negação dos conselhos de Deus para sua Igreja, representa um periodo para a morte da Igreja fundamentada em preceitos humanos. A cultura neopentecostal de sucesso cobra dos novos obreiros a necessidade imperiosa de se mostrarem capazes no mundo religioso tendo como pastores de grandes rebanhos onde o tamanho do seu sucesso sera medido pelo crescimento do rebanho. Nada me foi mais valioso do que aceitar os conselhos em formações dos ancioões da Igreja, como depositarios da sabedoria dadas por Deus. Pessoas essas, que no inicio eu olhava com desdenho e soberba no coração. Porém com o tempo aprendi a valorizar os conselhos, vindo de pessoas confiaves e verdadeiros servos, que tem como unico objetivo estabelecer o Reino de Deus e sa sua justiça. Não se pode promover a salvação de vidas, atraves de publicidade com apresentação de grandes programas musicais, ou pregações mirabolantes, repletas de testemunhos bizaros. Oque da certo, desde que a igreja foi fundada a milenios, é infestir em pessoas, ensinando-as com o evangelho adorar a Deus em Espirito e em Verdade. O resto são apenas conselhos de nescios, que podem levar a morte anunciada de um ministerio pastoral. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha .
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Está faltando pregação no pulpito
" Só quem está ao lado da Biblia, pode manter-se espiritualmente de pé" ( Pr.Antonio Gilberto)
" Michael Green em 1981, no prefacio do classico: " Eu creio na Pregação", do teologo ingles Jhon Stott, afirma que o padrão da pregação do mundo moderno é deploravel. Existem poucos grandes pregadores. Muitos pastores parecem já não acreditar na pregação como instrumento poderoso de proclamar o evangelho e de trasnformar vidas. A cerca de 30 anos, a igreja evangelica brasileira, como parte da igreja no mundo ocidental, está vivenciando uma geração de sermãozinhos que produzem cristãozinhos. Com a recente explosão neopentecostal no Brasil, com seus templos sutuosos e a utilização insesante da midia televisiva para proclamação da teologia da prosperidade, auto-ajuda, e confissão positiva, criou-se uma incerteza atual a respeito do evangelho e da missão da Igreja. Uima geração de pregadores está sendo levantada em um pulpito pobre do estudo em profundidade da Palavra Sagrada. Em muitos templos espalhados nesse pais de dimensões continentais, a gloriosa pregação da Paalvra Biblica foi abandonada e trocada pelo louvor que não adora a Deus e sim ao homem, como tambem o pulpito foi trasnformado em um circo e os novos sacerdotes em magicos ilusionistas e animadores de auditorio. Pregadores que não vivem sua mensagem e que falam apenas vitorias e bençãos de uma igreja triunfalista, tomaram de assal os pulpitos como verdadeiros mercadejadores da fé, empodrecendo a pregação. Pregadores humildes com compaixão pelas almas perdidas, que permitiam que o Espirito Santo operace através deles, para despovoar o inferno, estão em extinção. Poucos são os que ainda acreditam que a pregação da Genuina Palavra Biblica e cristocentrica, no Poder do Espirito Santo pode transformar vidas. Assim como a pregação de arrependimento de pecados é vital para o cristianismo, a atuação do Espirito Santo é indispensavel para o verdadeiro pentecostalismo na Igreja Brasileira. Mesmo com todo crescimento da Igreja no Brasil, atingindo todos os seguimentos da sociedade desd a zona rural até as grandes metropoles, urge a necessidade preemente de pregadores ancorados na Biblia que promovam o crescimento to Reino de Deus, e não de Homens, que com o poder da midia eletronica, estão contruindo imperios religiosos para satisfarem suas ambições de gloria e poder. O reformador Frances João Calvino, quando escrevia os fundamentos da Institutas na Paz de Genebra - Suiçã, enfatizou: "A primeira marca a principal de uma igreja verdadeira, éra a pregação fiel da Palavra". No dia 08 de julho de 2010, completou 30 anos , em que a voz profetica e cheia da autoridade do Espirito Santo do pregador Galles Martyn Lloyd Jonees se calou na Capela Batista de Barcombe. Ele que foi considerado um dos maiores pregadores da Palavra das decadas de 1950 e 1960 na Inglaterra, influenciando uma geração de pregadores, inclusive aqui no Brasil, com sua defesa incondicional do Batismo do Cristão com o Espirito Santo, devido a sua cresnça de que o Revestimento de poder, garante coragem para pregar Cristo ao mundo incredulo disse certa vez: " Para mim a obra da pregação é a mais elevada, a maior e mais gloriosa vocação para qual alguem pode ser convocado". Lloyd Jonnes nunca se afastou do pulpito em Londres, nem mesmo durante a Segunda grande Guerra Mundial, quando a cidade foi bombardeada pela viação alemã. Lloyd Jonnes, também nunca abandonou a Biblia, e seu compromisso inabalavel com a autoridade das Escrituras, diferentes de muitos pregadores brasileiros, que tem abandonadoo pulpito pelo palanque trocando o poder imensuravel de Deus em suas vidas pelo poder temporal finito dos palacios. Lloyd Jonnes abandonou a medicina para se tornar o pregador mais inflamado pelo Espirito Santo da Europa no periodo Pos-Guerra. A analise que John Stott, faz da pregação em maré baixa nos pulpitos pelo mundo ocidental, como sintoma do declinio da igreja nos faz refletir da necessidade imperiosa de retornar-mos aos pulpitos não para um show de entretenimento, onde o pregador fala para agradar o auditorio, mais sim, com a verdade do evangelho pregado como uma obra mais nobre da terra. O Pr.Antonio Gilberto da Silva, 80 anos, consultor teologico e doutrinario da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil ( CGADB), declarou recentemente : " Que está faltando a Paalvra em nossos pulpitos. Hoje, nos cultos evangelicos, 80% do tempo é gasto com assuntos e atividades que nada tem haver com a expisção da Palavra de Deus. Veja as musicas de hoje - Não tem nada de biblia, é so passatempo, muitas vezes quem compoe, nem salvo por Cristo é, o resultado está ai : Carencia espiritual, pobreza de Fé, crente sem vida. Nosso pastores precisam despertar para semear a Biblia, o povo está sem alimento". Segundo ainda o veterano Pastor assembleiano, devido a falta de pregação biblica neotestamentaria, infelismente, a igreja está muito mais parecida com o mundo do que deveria. O assunto pecado nos pulpitos tornou-se antipacito, e tem sido evitado por muitos pregadores que so querem saber de manifestações humanas como gritar, rolar no chão, pular, expulsar demonios e praticar exorcismo. È um inominavel erro cuidar só de manifestações e não do verdadeiro relacionamento com Deus. Segunda as Escrituras Sagradas, temos que fazer como os crentes de Bereia que foram chamados de mais nobres porque tinham o zelo de consultar nas escrituras se aquilo que lhe era passado era verdadeiro. ( Atos 17;10-11). Temos que refletir sobre o evangelho que vem sendo pregado nas igrejas, no qual os problemas de entretenimento são priorizados em detrimento das vidas. Que se baseia em textos isolados insentivam a crença na teologia da prosperidade. Que nega a cruz e lança a maldição sobre os salvos, que manipula emocional e mentalmente as pessoas. Que confunde avivamento biblico com gritaria histerica. Que faz uso de praticas ocultistas de regressão. A resposta para esse evangelho pós moderno sem Cristo, está em Galatas 01:08 - Mais ainda que nos mesmos ou um anjo do Ceu vos anuncie outro evangelho alem do que já vos anunciamos, seja anátema.
Baruch Há Shem! Sergio Cunha.
" Michael Green em 1981, no prefacio do classico: " Eu creio na Pregação", do teologo ingles Jhon Stott, afirma que o padrão da pregação do mundo moderno é deploravel. Existem poucos grandes pregadores. Muitos pastores parecem já não acreditar na pregação como instrumento poderoso de proclamar o evangelho e de trasnformar vidas. A cerca de 30 anos, a igreja evangelica brasileira, como parte da igreja no mundo ocidental, está vivenciando uma geração de sermãozinhos que produzem cristãozinhos. Com a recente explosão neopentecostal no Brasil, com seus templos sutuosos e a utilização insesante da midia televisiva para proclamação da teologia da prosperidade, auto-ajuda, e confissão positiva, criou-se uma incerteza atual a respeito do evangelho e da missão da Igreja. Uima geração de pregadores está sendo levantada em um pulpito pobre do estudo em profundidade da Palavra Sagrada. Em muitos templos espalhados nesse pais de dimensões continentais, a gloriosa pregação da Paalvra Biblica foi abandonada e trocada pelo louvor que não adora a Deus e sim ao homem, como tambem o pulpito foi trasnformado em um circo e os novos sacerdotes em magicos ilusionistas e animadores de auditorio. Pregadores que não vivem sua mensagem e que falam apenas vitorias e bençãos de uma igreja triunfalista, tomaram de assal os pulpitos como verdadeiros mercadejadores da fé, empodrecendo a pregação. Pregadores humildes com compaixão pelas almas perdidas, que permitiam que o Espirito Santo operace através deles, para despovoar o inferno, estão em extinção. Poucos são os que ainda acreditam que a pregação da Genuina Palavra Biblica e cristocentrica, no Poder do Espirito Santo pode transformar vidas. Assim como a pregação de arrependimento de pecados é vital para o cristianismo, a atuação do Espirito Santo é indispensavel para o verdadeiro pentecostalismo na Igreja Brasileira. Mesmo com todo crescimento da Igreja no Brasil, atingindo todos os seguimentos da sociedade desd a zona rural até as grandes metropoles, urge a necessidade preemente de pregadores ancorados na Biblia que promovam o crescimento to Reino de Deus, e não de Homens, que com o poder da midia eletronica, estão contruindo imperios religiosos para satisfarem suas ambições de gloria e poder. O reformador Frances João Calvino, quando escrevia os fundamentos da Institutas na Paz de Genebra - Suiçã, enfatizou: "A primeira marca a principal de uma igreja verdadeira, éra a pregação fiel da Palavra". No dia 08 de julho de 2010, completou 30 anos , em que a voz profetica e cheia da autoridade do Espirito Santo do pregador Galles Martyn Lloyd Jonees se calou na Capela Batista de Barcombe. Ele que foi considerado um dos maiores pregadores da Palavra das decadas de 1950 e 1960 na Inglaterra, influenciando uma geração de pregadores, inclusive aqui no Brasil, com sua defesa incondicional do Batismo do Cristão com o Espirito Santo, devido a sua cresnça de que o Revestimento de poder, garante coragem para pregar Cristo ao mundo incredulo disse certa vez: " Para mim a obra da pregação é a mais elevada, a maior e mais gloriosa vocação para qual alguem pode ser convocado". Lloyd Jonnes nunca se afastou do pulpito em Londres, nem mesmo durante a Segunda grande Guerra Mundial, quando a cidade foi bombardeada pela viação alemã. Lloyd Jonnes, também nunca abandonou a Biblia, e seu compromisso inabalavel com a autoridade das Escrituras, diferentes de muitos pregadores brasileiros, que tem abandonadoo pulpito pelo palanque trocando o poder imensuravel de Deus em suas vidas pelo poder temporal finito dos palacios. Lloyd Jonnes abandonou a medicina para se tornar o pregador mais inflamado pelo Espirito Santo da Europa no periodo Pos-Guerra. A analise que John Stott, faz da pregação em maré baixa nos pulpitos pelo mundo ocidental, como sintoma do declinio da igreja nos faz refletir da necessidade imperiosa de retornar-mos aos pulpitos não para um show de entretenimento, onde o pregador fala para agradar o auditorio, mais sim, com a verdade do evangelho pregado como uma obra mais nobre da terra. O Pr.Antonio Gilberto da Silva, 80 anos, consultor teologico e doutrinario da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil ( CGADB), declarou recentemente : " Que está faltando a Paalvra em nossos pulpitos. Hoje, nos cultos evangelicos, 80% do tempo é gasto com assuntos e atividades que nada tem haver com a expisção da Palavra de Deus. Veja as musicas de hoje - Não tem nada de biblia, é so passatempo, muitas vezes quem compoe, nem salvo por Cristo é, o resultado está ai : Carencia espiritual, pobreza de Fé, crente sem vida. Nosso pastores precisam despertar para semear a Biblia, o povo está sem alimento". Segundo ainda o veterano Pastor assembleiano, devido a falta de pregação biblica neotestamentaria, infelismente, a igreja está muito mais parecida com o mundo do que deveria. O assunto pecado nos pulpitos tornou-se antipacito, e tem sido evitado por muitos pregadores que so querem saber de manifestações humanas como gritar, rolar no chão, pular, expulsar demonios e praticar exorcismo. È um inominavel erro cuidar só de manifestações e não do verdadeiro relacionamento com Deus. Segunda as Escrituras Sagradas, temos que fazer como os crentes de Bereia que foram chamados de mais nobres porque tinham o zelo de consultar nas escrituras se aquilo que lhe era passado era verdadeiro. ( Atos 17;10-11). Temos que refletir sobre o evangelho que vem sendo pregado nas igrejas, no qual os problemas de entretenimento são priorizados em detrimento das vidas. Que se baseia em textos isolados insentivam a crença na teologia da prosperidade. Que nega a cruz e lança a maldição sobre os salvos, que manipula emocional e mentalmente as pessoas. Que confunde avivamento biblico com gritaria histerica. Que faz uso de praticas ocultistas de regressão. A resposta para esse evangelho pós moderno sem Cristo, está em Galatas 01:08 - Mais ainda que nos mesmos ou um anjo do Ceu vos anuncie outro evangelho alem do que já vos anunciamos, seja anátema.
Baruch Há Shem! Sergio Cunha.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A Igreja do Poder e o poder da Igreja
Assim como acontece com a crise da pedofilia no seio da Igreja romanista pelo mundo a fora com escandalos sexuais denunciados pela midia internacional, tambem acontece a crise de integridade em alguns seguimentos da Igreja Evangelica Brasileira, em sua busca incesssante pelo poder temporal onde algumas denominações tem se tornado um misto de igreja e partido politico, onde muitos lideres evangelicos abandonaram o pulpito pelo palanque em busca do poder nos palacios, na logica descrita por Hobbes em seu "Leviatã": "O poder que sempre quer sempre mais poder, porque não se pode garantir o poder se não buscando mais e mais poder ".
Aquilo que outrora em um passado não muito distante, criticava-mos no clero romanista, aprendemos de maneira erronea a imitar o seu estilo imperial da monarquia absolutista e em alguns seguimentos denominacionais com formas cada vez mais totalitarias e até tiranicas, onde lideres com titulos auto-nomeados detém o poder ordinario supremo, pleno, imediato e universal, atributos so cabiveis a Deus. Quando a Igreja, enquanto instituição atraves de seus lideres buscam poder absoluto, ela fecha as portas ao Amor de Cristo para o homem perdido, perde o rosto humano e se faz insensivel aos problemas espirituais que o mundo corrompido enfrenta. Se continuar-mos nessa caminhada em busca do poder secular, chegará o dia em que alguns sacerdotes de Mamom, se auto-proclamarão infaliveis. Sou de uma geração, que aprendeu a respeitar a vivencia pastoral dos pioneiros pentecostais que desbravaram esse imenso pais continental, que com imenso amor pelas almas perdidas, gastaram suas vidas pregando o evangelho simples e buscando o poder que vem dos Ceus. Homens da estatura espiritual de Enock Alberto Silva, Paulo Leivas Macalão, Cicero Canuto de Lima, Moises Soares da Fonseca entre outros , que ajudaram a contruir a saga das Assembleias de Deus no Brasil. Homens com verdadeiro chamado pastoral e de imenso carater, com vida de intensa oração e de piedade exemplar, com modestia e simplicidade como convem aos legitimos discipulos de Jesus. Esses homens , não amavam e tão pouco buscavam o poder temporal politico, para construirem imperios pessoais de exaltação a gloria humana. Quando lemos suas historias de vida, dedicadas a causa do Reino de Deus, é impossivel não nos sentirmos desafiados a seguirmos seus exemplos, contudo a tonica de algumas lideranças da atualidade está centrada no que se pode denominar de teologia de mercado em parceria pelos poderes politicos que regem a nação brasileira. Não importam os meios utilizados para alcançarem o poder dominador sobre as massas de neofitos na fé biblica. O que é fundamental é o numero de ovelhas a serem tosquiadas. È por está razão que ser evangelico já não causa mais impacto na sociedade; onde pastores em busca do poder que perece, passaram a negociar valores morais, o carisma no pulpito suplantou a obediencia aos valores biblicos; já não se avalia um pastor pela sua integridade moral, e sim pelo numero de fieis, o tamanho do templo, a capacidade de arrecadação de dizimos e ofertas e sua visão megalomaniacas. O Conselho do Apostolo Paulo de "Pregar a Palavra", foi trocado pelo " Pregar e arrecadar", por lideranças personalistas e autoritarias repletas de um triunfalismo ufanista e alienante, onde a Igreja não tem sido sal da terra, e tão pouco a luz de Cristo em nossa sociedade. Que Deus tenha misericordia de nós. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha
Aquilo que outrora em um passado não muito distante, criticava-mos no clero romanista, aprendemos de maneira erronea a imitar o seu estilo imperial da monarquia absolutista e em alguns seguimentos denominacionais com formas cada vez mais totalitarias e até tiranicas, onde lideres com titulos auto-nomeados detém o poder ordinario supremo, pleno, imediato e universal, atributos so cabiveis a Deus. Quando a Igreja, enquanto instituição atraves de seus lideres buscam poder absoluto, ela fecha as portas ao Amor de Cristo para o homem perdido, perde o rosto humano e se faz insensivel aos problemas espirituais que o mundo corrompido enfrenta. Se continuar-mos nessa caminhada em busca do poder secular, chegará o dia em que alguns sacerdotes de Mamom, se auto-proclamarão infaliveis. Sou de uma geração, que aprendeu a respeitar a vivencia pastoral dos pioneiros pentecostais que desbravaram esse imenso pais continental, que com imenso amor pelas almas perdidas, gastaram suas vidas pregando o evangelho simples e buscando o poder que vem dos Ceus. Homens da estatura espiritual de Enock Alberto Silva, Paulo Leivas Macalão, Cicero Canuto de Lima, Moises Soares da Fonseca entre outros , que ajudaram a contruir a saga das Assembleias de Deus no Brasil. Homens com verdadeiro chamado pastoral e de imenso carater, com vida de intensa oração e de piedade exemplar, com modestia e simplicidade como convem aos legitimos discipulos de Jesus. Esses homens , não amavam e tão pouco buscavam o poder temporal politico, para construirem imperios pessoais de exaltação a gloria humana. Quando lemos suas historias de vida, dedicadas a causa do Reino de Deus, é impossivel não nos sentirmos desafiados a seguirmos seus exemplos, contudo a tonica de algumas lideranças da atualidade está centrada no que se pode denominar de teologia de mercado em parceria pelos poderes politicos que regem a nação brasileira. Não importam os meios utilizados para alcançarem o poder dominador sobre as massas de neofitos na fé biblica. O que é fundamental é o numero de ovelhas a serem tosquiadas. È por está razão que ser evangelico já não causa mais impacto na sociedade; onde pastores em busca do poder que perece, passaram a negociar valores morais, o carisma no pulpito suplantou a obediencia aos valores biblicos; já não se avalia um pastor pela sua integridade moral, e sim pelo numero de fieis, o tamanho do templo, a capacidade de arrecadação de dizimos e ofertas e sua visão megalomaniacas. O Conselho do Apostolo Paulo de "Pregar a Palavra", foi trocado pelo " Pregar e arrecadar", por lideranças personalistas e autoritarias repletas de um triunfalismo ufanista e alienante, onde a Igreja não tem sido sal da terra, e tão pouco a luz de Cristo em nossa sociedade. Que Deus tenha misericordia de nós. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Pastores Ficha Limpa
Depois de grande pressão da sociedade civil organizada no Brasil, foi aprovado no Congresso Nacional, o projeto Ficha Limpa, para as eleições de 2010, representando um avanço para a democracia e maior transparencia na vida dos homens publicos. Ao que parece, o exemplo dos politicos, passou a ser imitado por algumas denominações evangelicas, com exigencias para ordenações ministeriais, oque representa uma medida salutar para a igreja evangelica brasileira, após o seu crescimento meteorico e a perda da qualidada moral e etica de centenas de pastores que não vivem oque pregam neste pais de dimensões continentais. No incio da Igreja, debaixo da perseguição romana imperial, os patriarcas buscavam a orientação do Espirito Santo para a separação dos novos pastores, vide oque aconteceu com Paulo e Barnabé, mais depois com a corrupção do clero e a massificação da fé no seculo vingente, como artigo de consumo, as exigencias de carater limpo para um ministro do evangelho tornou-se desnecessaria, mediante uma generosa contribuição para os cofres da igreja mercenaria, contrariando os preceitos biblicos neotestamentarios, oque diga-se de passagem voltou a se repetir após alguns seculos depois da Reforma Protestante, trazendo profunda vergonha ao evangelho atual. Quando observamos as consagrações ministeriais em massa de algumas denominações evangelicas, visando atender não a seara do Mestre, mais ao mercado religioso, ficamos a nos perguntar: Será que todos estes obreiros possuem um carater integro para produzir um ministerio limpo, cheio da graça de Jesus Cristo e da unção do Espirito Santo. O Saudoso pastor Enock Alberto Silva, patriarca das Assembleias de Deus na Região dos Lagos, que durante cerca de 40 anos, ajudou a construir 105 templos e apascentou um rebanho de 17 mil ovelhas, custumava dizer que um pastor sem carater, invariavelmente haveria de produzir um ministerio sujo, ainda que fosse aclamado pelos homnes, mais certamente reprovado por Deus, e citava o texto de Matheus 7:21:23, que diz " Nem todo oque me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Ceus, mais aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos ceus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu Nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres ? Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticam a iniquidade."
Pastor Enock Silva, quando da sua designação para o interior de São Paulo pelo Pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministerio de Madureira, contava-nos que comprava no armazém de secos e molhados a credito, para pagar apenas no final do mes, em uma epoca, em que os pastores não tinham grande conhecimento teologico, mais tinham a palavra de um homem de Deus. O Pastor para ser um obreiro fiel, precisa ter um ministerio limpo, com integridade e um testemunho pessoal aprovado, o salmista Davi Escreve: " Quem subira ao monte do Senhor ? Quem há de permanecer no seu santo lugar ? Oque é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a falcidade nem jura dolosamente" ( Salmo 24;03-04). Que Deus nos Ajude a manter-mos um ministerio limpo e agradavel a Deus para não cairmos na condenação dos homens e sermos apartados do Senhor da Igreja. Baruch Há Shem - Sergio Cunha.
Pastor Enock Silva, quando da sua designação para o interior de São Paulo pelo Pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministerio de Madureira, contava-nos que comprava no armazém de secos e molhados a credito, para pagar apenas no final do mes, em uma epoca, em que os pastores não tinham grande conhecimento teologico, mais tinham a palavra de um homem de Deus. O Pastor para ser um obreiro fiel, precisa ter um ministerio limpo, com integridade e um testemunho pessoal aprovado, o salmista Davi Escreve: " Quem subira ao monte do Senhor ? Quem há de permanecer no seu santo lugar ? Oque é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a falcidade nem jura dolosamente" ( Salmo 24;03-04). Que Deus nos Ajude a manter-mos um ministerio limpo e agradavel a Deus para não cairmos na condenação dos homens e sermos apartados do Senhor da Igreja. Baruch Há Shem - Sergio Cunha.
sábado, 18 de dezembro de 2010
O Deus que Queria ser Homem
Há homens que querem ser Rei; sobrepujar-se, engrandecer-se, ter poder e riquezas. Eles possuem esse desejo incontido de chegar ao topo, de ir além das fronteiras, acima do último limite. Desejam ser servidos, reconhecidos, ser, inclusive, reverenciados. Um Rei pode fazer qualquer coisa! Ele não precisa perguntar nada a ninguém. É ele quem manda e, no final das contas, quem decide. Um Rei senta-se no trono, coloca sobre a cabeça sua coroa, na mão um cetro de ouro e no dedo o anel de majestade.
Há homens que querem ser Deus. Para estes, ser Rei não é o bastante, é preciso ir além, na direção do inalcançável, quem sabe, transcender! Isto foi muito comum na história dos povos, onde a deificação de homens comuns os transformou em deuses. Assim foi entre os egípcios, com seus Faraós, entre os gregos, com seus deuses do Olimpo e também entre os romanos, com seus Césars. Entre os Hebreus, conforme o relato da Torre de Babel, vemos homens comuns que alimentaram o desejo de chegar aos céus, ultrapassar a última fronteira, ser como Deus.
A verdade é que há no espírito humano este desejo de tornar-se divindade, de não ser contido por qualquer limite, de inventar, moldar coisas novas. Criamos a imprensa, o telefone, a energia, máquinas das mais diversas, carros, navios e, por fim, quisemos voar. Em pouco tempo, o globo tornou-se pequeno, com aviões indo e vindo de um lado para o outro. Aí pensamos: “por que não sair dele?”. Então, fomos à Lua! Hoje, nossos foguetes vão ainda mais longe. Um dia, quem sabe, poderemos viajar por todo o universo.
Mas não ficamos por aí. Manipulando a natureza criamos combustíveis, aproveitamos o ar, o sol e o curso dos rios para produzir energia, extraímos das plantas medicamentos e desenvolvemos a tal nível a medicina que já podemos curar doenças e transplantar órgãos. Desenvolvemos os computadores, inventamos o celular, criamos satélites, estamos desvendando os segredos do DNA e avançamos no mapeamento do Genoma. Fosse tudo isto pouco, agora queremos clonar a nós mesmos! O homem criando o homem e dando-lhe vida. Chegamos a ser como Deus?
"Todo homem quer ser rei; todo rei quer ser deus; mas só Deus quis ser homem”. Galilleu Gallilei. Frase intrigante... Mas Deus não quis só ser homem, quis ser homem comum, sem beleza, sem realeza, homem de carne e osso, com sangue e suor. Questiono-me: por que Ele fez isto? Para que? Se já era Deus, por que tornar-se homem? Já não tinha tudo! Faltava-lhe algo? Onipotente, onipresente, onisciente! Por que Deus quis ser homem?
Eu lhes digo, utilizando Isaías capítulo 9 que, em primeiro lugar, Deus quis ser homem para poder identificar-se comigo e com você. “povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”. v.2.
O Deus que encarna é o Filho. Ele veio para mostrar-nos como é o Pai. Havia entre nós profunda separação, enorme abismo, mas Ele, por Sua morte e ressurreição, pacificou nossos corações e nos abriu um caminho para nos reconciliar com o Criador.
Deus quis ser homem para experimentar nossas dores, limitações, medos, contradições, angústias e dilemas. Esvaziou-se a Si mesmo, perdeu Sua divindade, sofreu como homem, morreu como Deus! Era desprezado e dEle fizeram caso. Foi ultrajado, amaldiçoado, caluniado, incompreendido. Sua existência foi dedicada a compadecer-se dos caídos, salvar os oprimidos, libertar os cativos, “apregoar o ano aceitável do Senhor”. Não sei você, mas eu jamais poderia acreditar num Deus que não sangra... O meu, sangrou até a morte, e morte de cruz.
Em segundo lugar, Deus quis ser homem para que fosse possível realizar-se o Plano da Salvação. “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deus; o governo está sob os seus ombros e o seu nome será: maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz”. v.6.
Há algo extraordinário no Plano da Salvação: “o Cordeiro foi sacrificado antes da criação do mundo”. A salvação não é um remendo que Deus fez para recuperar as rédeas do jogo, para colocar o homem de volta no trilho original. Não! O Plano de Salvação não foi uma estratégia corretiva traçada por um ser absorto que, despercebido de sua criação, foi surpreendido pela sua queda. Nunca! O Filho sacrificou-se na “eternidade anterior’, antes de haver mundo e homens sobre a Terra e, só depois disto, Deus o criou, homem livre, leve, solto. Deu-Lhe ainda o poder de fazer suas próprias escolhas, mesmo que elas fossem às piores possíveis.
Mas, no “tempo oportuno”, no momento em que houve a convergência do propósito eterno, Deus encarnou e materializou-se historicamente na figura de Jesus de Nazaré para cumprir o que, antes de todas as coisas já havia sido feito, o sacrifício pelo pecado. A cruz não foi apenas fincada em Jerusalém, na Palestina, mas continua fincada na eternidade, no cosmos, e, por meio dela, reconcilia-se com Deus toda criatura vivente em todos os universos possíveis. “O castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos sarados”. O grito que ecoou na crucificação, ainda ecoa hoje, em todo o coração que se rende a graça de Deus: “Tetelestai” – Está pago! Está consumado!
Em terceiro e último lugar, Deus quis ser homem para que o homem acreditasse que Ele é Deus. “... o zêlo do Senhor dos exércitos fará isto”. v.7. Disse Jesus: “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. Tudo começou com amor, e tudo terminará com o amor. Deus é amor! Aquele que ama discerne a Deus, é nascido de Deus, Deus está nele e ele está em Deus.
Reconheço que na humanidade tivemos muitos homens sábios, que se sobrepujaram em sua espiritualidade, que se doaram em prol da humanidade, que fizeram sacrifícios extremos e foram exemplo de vida e de perseverança. Mas, tenho também de admitir, ainda que devotando-lhes respeito e admiração, que nenhum deles é o Filho unigênito de Deus! Nenhum deles veio dos Céus a Terra! Nenhum deles encarnou, sendo antes de todas as coisas, Deus! Nenhum disse que era um com o Pai, nem afirmou ser o caminho, a verdade e a vida! Nenhum deles ressuscitou dentre os mortos, e sentou-se a destra de Deus, donde há de vir a julgar vivos e mortos! Nenhum tem poder para perdoar pecados e salvar o pecador. Estou convencido, só mesmo Deus para querer ser homem...
Eu quero lhe desejar um Feliz Natal! Um Natal que te projete para além do Papai Noel, da árvore enfeitada, dos presentes e do peru. Um Natal com consciência, com entendimento e que, sobretudo, produza desdobramentos em sua vida e na vida de todos que te cercam. Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque Jesus quis estar entre nós, identificar-se conosco. Quero lhe desejar Feliz Natal porque o nosso Senhor nasceu em Belém, não como Rei, mas como servo, não no palácio, mas na manjedoura. Ele não tinha anel no dedo, mas tinha autoridade nas mãos, não tinha um cetro de ouro, mas um cajado para nos trazer paz, saúde e bem.
Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque tenho a convicção de que você, mais do que nunca, compreende que toda festa só faz sentido porque houve cruz, que toda alegria só tem significado porque houve morte, que a vida de todos nós está compreendida entre a manjedoura e o Gólgota, pois todo presente recebido é nada junto do que o Pai nos enviou, e, porque Ele vive, podemos crer no amanhã. Carlos Moreira
Há homens que querem ser Deus. Para estes, ser Rei não é o bastante, é preciso ir além, na direção do inalcançável, quem sabe, transcender! Isto foi muito comum na história dos povos, onde a deificação de homens comuns os transformou em deuses. Assim foi entre os egípcios, com seus Faraós, entre os gregos, com seus deuses do Olimpo e também entre os romanos, com seus Césars. Entre os Hebreus, conforme o relato da Torre de Babel, vemos homens comuns que alimentaram o desejo de chegar aos céus, ultrapassar a última fronteira, ser como Deus.
A verdade é que há no espírito humano este desejo de tornar-se divindade, de não ser contido por qualquer limite, de inventar, moldar coisas novas. Criamos a imprensa, o telefone, a energia, máquinas das mais diversas, carros, navios e, por fim, quisemos voar. Em pouco tempo, o globo tornou-se pequeno, com aviões indo e vindo de um lado para o outro. Aí pensamos: “por que não sair dele?”. Então, fomos à Lua! Hoje, nossos foguetes vão ainda mais longe. Um dia, quem sabe, poderemos viajar por todo o universo.
Mas não ficamos por aí. Manipulando a natureza criamos combustíveis, aproveitamos o ar, o sol e o curso dos rios para produzir energia, extraímos das plantas medicamentos e desenvolvemos a tal nível a medicina que já podemos curar doenças e transplantar órgãos. Desenvolvemos os computadores, inventamos o celular, criamos satélites, estamos desvendando os segredos do DNA e avançamos no mapeamento do Genoma. Fosse tudo isto pouco, agora queremos clonar a nós mesmos! O homem criando o homem e dando-lhe vida. Chegamos a ser como Deus?
"Todo homem quer ser rei; todo rei quer ser deus; mas só Deus quis ser homem”. Galilleu Gallilei. Frase intrigante... Mas Deus não quis só ser homem, quis ser homem comum, sem beleza, sem realeza, homem de carne e osso, com sangue e suor. Questiono-me: por que Ele fez isto? Para que? Se já era Deus, por que tornar-se homem? Já não tinha tudo! Faltava-lhe algo? Onipotente, onipresente, onisciente! Por que Deus quis ser homem?
Eu lhes digo, utilizando Isaías capítulo 9 que, em primeiro lugar, Deus quis ser homem para poder identificar-se comigo e com você. “povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”. v.2.
O Deus que encarna é o Filho. Ele veio para mostrar-nos como é o Pai. Havia entre nós profunda separação, enorme abismo, mas Ele, por Sua morte e ressurreição, pacificou nossos corações e nos abriu um caminho para nos reconciliar com o Criador.
Deus quis ser homem para experimentar nossas dores, limitações, medos, contradições, angústias e dilemas. Esvaziou-se a Si mesmo, perdeu Sua divindade, sofreu como homem, morreu como Deus! Era desprezado e dEle fizeram caso. Foi ultrajado, amaldiçoado, caluniado, incompreendido. Sua existência foi dedicada a compadecer-se dos caídos, salvar os oprimidos, libertar os cativos, “apregoar o ano aceitável do Senhor”. Não sei você, mas eu jamais poderia acreditar num Deus que não sangra... O meu, sangrou até a morte, e morte de cruz.
Em segundo lugar, Deus quis ser homem para que fosse possível realizar-se o Plano da Salvação. “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deus; o governo está sob os seus ombros e o seu nome será: maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz”. v.6.
Há algo extraordinário no Plano da Salvação: “o Cordeiro foi sacrificado antes da criação do mundo”. A salvação não é um remendo que Deus fez para recuperar as rédeas do jogo, para colocar o homem de volta no trilho original. Não! O Plano de Salvação não foi uma estratégia corretiva traçada por um ser absorto que, despercebido de sua criação, foi surpreendido pela sua queda. Nunca! O Filho sacrificou-se na “eternidade anterior’, antes de haver mundo e homens sobre a Terra e, só depois disto, Deus o criou, homem livre, leve, solto. Deu-Lhe ainda o poder de fazer suas próprias escolhas, mesmo que elas fossem às piores possíveis.
Mas, no “tempo oportuno”, no momento em que houve a convergência do propósito eterno, Deus encarnou e materializou-se historicamente na figura de Jesus de Nazaré para cumprir o que, antes de todas as coisas já havia sido feito, o sacrifício pelo pecado. A cruz não foi apenas fincada em Jerusalém, na Palestina, mas continua fincada na eternidade, no cosmos, e, por meio dela, reconcilia-se com Deus toda criatura vivente em todos os universos possíveis. “O castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos sarados”. O grito que ecoou na crucificação, ainda ecoa hoje, em todo o coração que se rende a graça de Deus: “Tetelestai” – Está pago! Está consumado!
Em terceiro e último lugar, Deus quis ser homem para que o homem acreditasse que Ele é Deus. “... o zêlo do Senhor dos exércitos fará isto”. v.7. Disse Jesus: “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. Tudo começou com amor, e tudo terminará com o amor. Deus é amor! Aquele que ama discerne a Deus, é nascido de Deus, Deus está nele e ele está em Deus.
Reconheço que na humanidade tivemos muitos homens sábios, que se sobrepujaram em sua espiritualidade, que se doaram em prol da humanidade, que fizeram sacrifícios extremos e foram exemplo de vida e de perseverança. Mas, tenho também de admitir, ainda que devotando-lhes respeito e admiração, que nenhum deles é o Filho unigênito de Deus! Nenhum deles veio dos Céus a Terra! Nenhum deles encarnou, sendo antes de todas as coisas, Deus! Nenhum disse que era um com o Pai, nem afirmou ser o caminho, a verdade e a vida! Nenhum deles ressuscitou dentre os mortos, e sentou-se a destra de Deus, donde há de vir a julgar vivos e mortos! Nenhum tem poder para perdoar pecados e salvar o pecador. Estou convencido, só mesmo Deus para querer ser homem...
Eu quero lhe desejar um Feliz Natal! Um Natal que te projete para além do Papai Noel, da árvore enfeitada, dos presentes e do peru. Um Natal com consciência, com entendimento e que, sobretudo, produza desdobramentos em sua vida e na vida de todos que te cercam. Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque Jesus quis estar entre nós, identificar-se conosco. Quero lhe desejar Feliz Natal porque o nosso Senhor nasceu em Belém, não como Rei, mas como servo, não no palácio, mas na manjedoura. Ele não tinha anel no dedo, mas tinha autoridade nas mãos, não tinha um cetro de ouro, mas um cajado para nos trazer paz, saúde e bem.
Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque tenho a convicção de que você, mais do que nunca, compreende que toda festa só faz sentido porque houve cruz, que toda alegria só tem significado porque houve morte, que a vida de todos nós está compreendida entre a manjedoura e o Gólgota, pois todo presente recebido é nada junto do que o Pai nos enviou, e, porque Ele vive, podemos crer no amanhã. Carlos Moreira
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Uma parabola moderna
O grupo estava cantando animadamente, a bateria estava soando, os guitarristas estavam tocando animados com a audiência que cooperava batendo as palmas e os pés - mas o Espírito não estava ali. Eles cantaram por mais de uma hora, levando a uma emoção crescente, depois se sentaram com um sentimento de bem estar - mas o Espírito não estava ali. O pregador apresentou sua mensagem, contou suas estórias, fez todos rirem e chorarem - mas o Espírito não estava ali. Ele começou seu apelo, explicou apelando para que as pessoas viessem à frente para serem salvas, outras para que re-dedicassem suas vidas, outros para receberem cura interior, outros para compartilharem com os conselheiros a respeito dos seus problemas. Uma multidão veio à frente. Um homem disse a si mesmo, "Eu quero ser feliz como estas pessoas", e foi à frente - mas o Espírito não estava ali. Depois do culto, quando as pessoas estavam conversando umas com as outras sobre suas atividades e planos, ninguém percebeu que o Espírito Santo não estava no seu meio.Mais abaixo, na mesma rua, em outra igreja, o pastor anunciou os hinos que iriam cantar. Leram um salmo em uníssono, a congregação cantou - mas o Espírito não estava ali. A nova versão internacional da Bíblia foi lida - mas o Espírito não estava ali. O pregador orou pela congregação, pela comunidade; agradeceu a Deus pelo Evangelho - mas o Espírito não estava ali. Depois do culto a congregação em silêncio foi para casa, tão consciente quanto o seu pastor de que as coisas ali não estavam como deveriam estar, nem como poderiam estar, já que eram de uma igreja que representava o Deus verdadeiro.Quando a bênção de Deus é removida de uma igreja evangélica que está adorando no sistema tradicional, os resultados são imediatos e patéticos. Se o Espírito de Deus não está presente no louvor das pessoas e na proclamação do pregador nada mais resta do que uma igreja vazia e ôca. No entanto, quando o Espírito sai de uma igreja que tem muitas palmas, muitos cânticos, uma banda que toca, sermões em ritmo acelerado, muito riso, muita alegria e muitas chamadas à frente, pode-se passar até um milênio ou dois antes que alguém perceba que o Espírito Santo se foi -- porque mesmo quando Ele não está presente, as pessoas agem como se Ele estivesse, e a atmosfera ali é uma atmosfera "religiosa".Um dia o pastor se prostrou diante de Deus e clamou, "Senhor, eu não posso continuar sem a tua bênção. Davi nos diz que podes restaurar a minha alma. A minha alma fica aqui prostrada diante de Ti precisando ser restaurada. Eu pareço fazer tudo como um robô religioso sem sequer pensar em Ti Senhor, ou invocar a Tua ajuda" - Então o Espírito começou a se mover.O pastor começou a buscar na Bíblia as marcas da presença do Espírito Santo. Ele aprendeu que aquele pecado persistente na vida de uma pessoa ou aquele pecado escandaloso que todos na congregação conhecem, que é tolerado e aceito, apaga o Espírito Santo. Se Ele como pregador representasse mal a Palavra de Deus, omitisse o caminho da salvação, ou tivesse comunhão com os descrentes, entristeceria o Espírito Santo de Deus. Ele descobriu que se orasse com ousadia a respeito do pecado, da justiça e do juízo, o próprio Espírito Santo viria e faria parte da sua pregação para testificar a respeito destas realidades. O mais importante de tudo, se ele glorificasse o Senhor Jesus Cristo e voltasse a falar mais dEle como o Filho de Deus e o salvador de todo aquele que nEle crer, então o trabalho que o Espírito faria com a maior alegria seria assisti-lo e abençoá-lo. Ele aprendeu esta grande lição, como se pela primeira vez tivesse aprendido que o Espírito Santo é dado a todo aquele que obedece a Palavra de Deus. Ele passou a buscar com toda dedicação a mudança de sua vida, disciplinado, mais dedicado ao estudo da Palavra de Deus, passando muito tempo na presença do Salvador, evitando aqueles padrões de vida que o deixavam preguiçoso diante da televisão negligenciando sua família. Ele saiu a buscar as pessoas que ele há muito tempo via nos arredores da igreja mas nunca participando realmente e falar-lhes da necessidade de se entregarem realmente a Cristo. Ele começou a passar muito mais tempo no preparo dos seus sermões, pensando nas pessoas para as quais estaria ministrando a Palavra e pensando no Deus que estaria representando, quando estivesse lendo a Sua Palavra. Ele passou a continuamente pedir e clamar pela sua necessidade de ser guiado pelo Espírito "sem Ti não posso fazer nada!".No domingo pela manhã ele ficou diante da sua congregação de pé e orou, "Senhor, nós tememos passar por todo este período do culto ouvindo a voz de homens, ouvindo os nossos hinos, ouvindo a palavra que sai da boca do pastor falando a respeito da Tua palavra; nós tememos o simples pensamento de que poderemos sair deste templo, daqui a uma hora, sem ter tido comunhão com aquele testemunho secreto e soberano que o Teu Espírito coloca dentro dos nossos corações. Confessamos a Ti os nossos pecados; clamamos e choramos nossa incapacidade por continuarmos sem a Tua presença; precisamos de Ti. Vem Senhor, tem misericórdia de nós. Nós podemos erigir o altar, mas só Tu, Senhor, podes mandar o fogo".Então o Espírito de perdão, há tanto tempo entristecido, modestamente voltou silencioso e soprou sobre todos eles. " ... Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo... Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à igreja" (Ap.3:20). Por: Geoffrey Thomas
domingo, 12 de dezembro de 2010
Ludmila e o Padre
Não assisto o Faustão, mas, quando anunciaram que a cantora Ludmila estaria presente ao lado do Padre Fábio de Melo, interessei-me sobremaneira. Conclusão: O padre se saiu muito bem, enquanto a cantora e pastora não respondeu com contundência as perguntas do auditório. Pra quem vai o dinheiro dos shows arrecadados? Padre Fábio respondeu que paga sua equipe de artistas profissionais e o restante emprega em assistência social. E Ludmila? Respondeu evasivamente que também paga seus músicos! Ora, a gente sabe que nos shows patrocinados por prefeituras o cachê não baixa de dez mil reais por apresentação. Então, os dois mentiram, porque devem estar ricos!
A desculpa de que seu esposo é criador rural não convenceu o auditório de que Ludmila não fica com o dinheiro. Mas, até aí tudo bem! Os dois. Bem como a maioria dos cantores gospels que estão na TV vivem nababescamente à custa dos fieis. No entanto, percebi o espírito da pós-modernidade na entrevista, porque a cantora e pastora não foi contundente em suas respostas; não defendeu a integridade do evangelho na questão do divórcio e das práticas sexuais.
Neste sentido, devo elogiar o Otoni de Paula Junior, filho de meu amigo Otoni de Paula. Os Pais de Otoni, Antônio de Paula e Dorocy eram íntegros (pais de Obadias, Otoniel, Oziel, Oséias e de Otoni de Paula). Porque quando assisto o Otoni nas entrevistas na Rede TV vejo-o sempre forte e firme na defesa da palavra de Deus. Mas, ao assistir a Ludmila percebi a sutileza do espírito da pós-modernidade que hoje faz parte dos relacionamentos “gospels”. Isto é, abre-se mão de pressupostos doutrinários para não ferir as pessoas. Por isso, quando Ludmila falou do divórcio, do batismo e da sexualidade ficou aquém do que deveria responder; não foi contundente. Aliás, até na vestimenta a jovem senhora quis parecer moderninha, quanto mais nas respostas.
Em outras palavras, os evangélicos foram equiparados aos católicos romanos! Nós que antes éramos antagônicos, opostos doutrinariamente, agora cedemos nos pontos-de-vista para não parecermos atrasados ou mal-educados.
Agora, sim, os evangélicos antes perseguidos pelos católicos podem andar juntos! Basta que cantem as mesmas músicas e os mesmos cânticos. Não se deve esquecer que os padres Marcelo Rossi e Fábio são produtos de laboratório do catolicismo romano criados para fazerem frente ao crescimento dos evangélicos. Como frear o crescimento dos evangélicos? Basta ter nas fileiras católicas a imitação do que os evangélicos gostam. Assim, mais uma pessoa – pastora cai no conto do vigário, porque enquanto Ludmila cantava as seminuas dançarinas do Faustão faziam sua coreografia de palco!
Uma péssima imagem!
Mas, não se deve esquecer que existe este tipo de entrevistas na Globo por pressão da gravadora, afinal, quem fatura na fama dos evangélicos, precisa vender cada vez mais!
O compromisso com Jesus Cristo fica relegado a terceiro plano. Sim, porque em primeiro plano está a denominação da Ludmila – que se apresentou como pastora da Igreja Celular – o que pode confundir a mente das pessoas de que se trata de uma igreja onde todos têm celulares! Ou é uma igreja em que se prega fazendo-se uso do celular. Em segundo plano veio ela mesma, como cantora, e em terceiro plano, renegado e pouco mencionado, a Pessoa de Jesus Cristo, e a questão da salvação pela fé! Por Pr. João de Souza
A desculpa de que seu esposo é criador rural não convenceu o auditório de que Ludmila não fica com o dinheiro. Mas, até aí tudo bem! Os dois. Bem como a maioria dos cantores gospels que estão na TV vivem nababescamente à custa dos fieis. No entanto, percebi o espírito da pós-modernidade na entrevista, porque a cantora e pastora não foi contundente em suas respostas; não defendeu a integridade do evangelho na questão do divórcio e das práticas sexuais.
Neste sentido, devo elogiar o Otoni de Paula Junior, filho de meu amigo Otoni de Paula. Os Pais de Otoni, Antônio de Paula e Dorocy eram íntegros (pais de Obadias, Otoniel, Oziel, Oséias e de Otoni de Paula). Porque quando assisto o Otoni nas entrevistas na Rede TV vejo-o sempre forte e firme na defesa da palavra de Deus. Mas, ao assistir a Ludmila percebi a sutileza do espírito da pós-modernidade que hoje faz parte dos relacionamentos “gospels”. Isto é, abre-se mão de pressupostos doutrinários para não ferir as pessoas. Por isso, quando Ludmila falou do divórcio, do batismo e da sexualidade ficou aquém do que deveria responder; não foi contundente. Aliás, até na vestimenta a jovem senhora quis parecer moderninha, quanto mais nas respostas.
Em outras palavras, os evangélicos foram equiparados aos católicos romanos! Nós que antes éramos antagônicos, opostos doutrinariamente, agora cedemos nos pontos-de-vista para não parecermos atrasados ou mal-educados.
Agora, sim, os evangélicos antes perseguidos pelos católicos podem andar juntos! Basta que cantem as mesmas músicas e os mesmos cânticos. Não se deve esquecer que os padres Marcelo Rossi e Fábio são produtos de laboratório do catolicismo romano criados para fazerem frente ao crescimento dos evangélicos. Como frear o crescimento dos evangélicos? Basta ter nas fileiras católicas a imitação do que os evangélicos gostam. Assim, mais uma pessoa – pastora cai no conto do vigário, porque enquanto Ludmila cantava as seminuas dançarinas do Faustão faziam sua coreografia de palco!
Uma péssima imagem!
Mas, não se deve esquecer que existe este tipo de entrevistas na Globo por pressão da gravadora, afinal, quem fatura na fama dos evangélicos, precisa vender cada vez mais!
O compromisso com Jesus Cristo fica relegado a terceiro plano. Sim, porque em primeiro plano está a denominação da Ludmila – que se apresentou como pastora da Igreja Celular – o que pode confundir a mente das pessoas de que se trata de uma igreja onde todos têm celulares! Ou é uma igreja em que se prega fazendo-se uso do celular. Em segundo plano veio ela mesma, como cantora, e em terceiro plano, renegado e pouco mencionado, a Pessoa de Jesus Cristo, e a questão da salvação pela fé! Por Pr. João de Souza
sábado, 20 de novembro de 2010
Há vagas para apologistas!
Foram abertas novas vagas para a função de apologista na Igreja brasileira. É desejável conhecimento bíblico mínimo, uma vez que a causa será combater aqueles que nunca leram a Bíblia uma só vez. Aprecia-se conhecimento teológico básico, pelos mesmos motivos.Parece piada, mas a situação é tal. Cada vez menos a Igreja “evangélica” conhece o evangelho, e como diz o adágio, “em terra de cego, quem tem olho é rei”.Uma pesquisa recente realizada pela Sociedade Bíblica Ibero-americana no Brasil revelou que 50,68% dos pastores brasileiros nunca leram a Bíblia. Pergunto: o que estão ensinando, então? Respondo: – Nada, quando não o pior: ensinos antibíblicos e, portanto, anticristãos.Ouvi, pessoalmente, um pastor esbravejando no púlpito que naquela noite ele “ensinaria o segredo para retirar os tesouros do céu para desfrutarmos aqui na terra”. Erro crasso, uma vez que Jesus ensinou exatamente o oposto: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (Mt 6.19,20).Outro pastor disse para a igreja que “naquele ano [2009] eles escreveriam Atos 29”, dando a entender que a Igreja faria evangelismo e missões. Em seguida disse para os irmãos abrirem suas Bíblias em Atos 29. Prontamente os membros e alguns pastores no púlpito puseram-se a procurar tal capítulo. O pastor perguntou: “Quem encontrou Atos 29 diga ‘Glória a Deus’”. O coro se fez ouvir. Achando estranho, ele insistiu: “Quem encontrou Atos 29 levante a mão”. Até alguns pastores levantaram suas mãos.Na floresta amazônica, ao contrário do original bíblico em Gênesis 12, “deus [com “d” minúsculo mesmo] levantou um patriarca”. Cansado de ser simplesmente progenitor de apóstolos, o aero-profeta autodenominou-se patriarca, em pé de igualdade a Abraão. Será preciso atualizar a canção infantil que diz “Pai Abraão, tem muitos filhos, muitos filhos ele tem...” para “Pai Abraão, tem concorrente, um concorrente ele tem...”.Aqui em São Paulo, o “pastor zero-cal” cobra R$ 160,00 a inscrição para ordenação ao ministério, mais a taxa de R$ 255 para a credencial (R$ 415,00). Só para a sede foram ordenados mais de 1500 obreiros (faturamento de mais de R$ 622.500,00). Quem ganha salário mínimo não pode mais servir ao Senhor como obreiro. E mais: agora, pastor presidente de campo que não inscrever sua esposa para a arrecadação – digo ordenação – ao pastorado, perde o campo. Não adianta ter 50 anos de bons serviços ao Reino: se a esposa negar-se a consagração, está tudo acabado – e por “justa” causa.Socorro, alguém defenda a doutrina e o bom senso na instituição, já que a defesa da Igreja é atribuição de Jesus.Fonte: [ Blog do autor ]Via: [ Púlpito Cristão ]
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Alcançando um alvo muito além de nós mesmos
Quantos cânticos que entoamos referem-se a Cristo como o "Leão da Tribo de Judá"? Porém, poucos conhecem a razão pela qual Ele recebe esta designação. É em Apocalipse 5:5 que Jesus é apresentado como "o Leão da Tribo de Judá, a raiz de Davi". A maneira mais fácil de se explicar isso é relacioná-lo ao fato de que Jesus teria sido proveniente desta tribo de Israel. Entretanto, gostaria de propor um aprofundamento desta questão.
Judá foi o quarto filho de Jacó com sua primeira mulher, Lia, a desprezada. Ora, Jacó teve doze filhos, que mais tarde originariam as doze tribos de Israel. Apenas dois deles nasceram de Raquel, a sua amada. Seu último parto provocou sua morte. Jesus bem que poderia ter descendido de um dos filhos de Raquel, fosse José ou Benjamim. Porém, Deus tinha outros planos. Jesus viria da descendência de um dos filhos da desprezada.
Mas por que Judá e não Rúben, o primogênito? Ou ainda: por que não Levi, de quem descenderiam os sacerdotes? Não era de se esperar que o Sumo-sacerdote da Nova Aliança viesse de uma linhagem de sacerdotes?
Quando Lia concebeu seu primeiro filho, deu-lhe o nome de Rúben alegando que o Senhor atendera à sua aflição e que finalmente ela seria amada pelo seu marido (Gn.29:32). Mas pelo jeito, seu marido continuou a amar sua irmã, e não ela. Quando concebeu a segunda vez, chamou seu filho de Simeão, e declarou: "Porque o Senhor ouviu que eu era desprezada, deu-me também este" (Gn.29:33). Neste ponto, parece que Lia já estava desistindo do amor de Jacó. Bastava-lhe o prazer de gerar filhos, o que sua irmã até então jamais tivera. Quando teve seu terceiro filho, chamou-o de Levi, e demonstrou que sua esperança havia renascido: "Agora esta vez se unirá meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado" (Gn.29:34). Fosse com a itenção de conquistar o amor de seu marido, ou simplesmente para recompensar a falta do seu amor, o fato é que Lia encarava tudo aquilo como uma questão particular. Porém, quando deu à luz seu quarto filho, chamou-o de Judá, e declarou: "Esta vez louvarei ao Senhor" (v.35). Finalmente, Lia tirou os olhos de si mesma, e elevou-os a Deus. O que ela não podia supor era que aquele menino seria o canal de onde Deus suscitaria o Descendente prometido a Abraão, o Redentor da Humanidade.
Se a Bíblia compara nossos filhos à flechas ( Sl.127:3-5), podemos dizer que a aljava de Jacó tinha doze flechas. O alvo era Cristo, que viria ao mundo muitos séculos depois. Se dependesse da escolha de Jacó, a flecha escolhida seria José. Mas Jacó sabia, por experiência própria, que geralmente Deus contraria a predileção humana. Ele sempre opta pelo desprezado. Por isso, a flecha escolhida por Deus para ser remetida em direção ao alvo era Judá.
Já em seu leito de morte, Jacó reuniu seus filhos para abençoá-los, e quando chegou a vez de Judá, ele profetizou:
"Judá é um leãozinho. Subiste da presa, filho meu. Encurva-se, e deita-se como leão, e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade de entre seus pés, até que venha Siló, e a ele obedecerão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa em sangue de uvas. Os seus olhos serão mais escuros do que o vinho, e seus dentes mais brancos do que o leite" (Gn.49:9-12).
Não precisamos de um exercício de exegese para percebermos o quanto tais palavras apontavam para Jesus. De maneira poética e profética, Jacó se refere à morte, ressurreição e reino de Cristo.
Ora, se o Messias viria por Judá, averiguemos nas Escrituras o início de sua própria estirpe.
Depois de ter impedido que seus irmãos matassem a José, o caçula, sugerindo que o mesmo fosse vendido como escravo para uma caravana ismaelita, Judá os deixou de lado, e foi visitar um homem de Adulão que se chamava Hira. O texto diz que "ali Judá viu a filha de um homem cananeu, chamado Sua. Ele a tomou por mulher, e se deitou com ela. Ela concebeu e teve um filho, e o pai lhe chamou Er. Tornou ela a conceber e teve um filho, a quem chamou Onã. Continou ainda e deu à luz outro filho, cujo nome foi Selá" (Gn.38:2-5a). Qual deles seria a flecha escolhida por Deus para dar continuidade à saga que culminaria com a vinda de Jesus ao Mundo?
A Escritura diz que "Judá tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o nome dela era Tamar. Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, pelo que o Senhor o matou" (Gn.38:6-7).
E agora? Quanta expectativa Judá tinha posto em seu primogênito! Porém, não seria pelo seu primogênito que Deus enviaria ao Mundo o “Primogênito da Criação”. E quanto à viúva, que destino teria?
Er morreu sem deixar descendente. A tradição da época dizia que nesses casos, um irmão mais novo deveria tomar a viúva por esposa para suscitar descendência para seu falecido irmão. Respeitando rigorosamente à tradição, "disse Judá a Onã: Deita com a mulher do teu irmão, e, cumprindo-lhe o dever de cunhado, suscita descendência a teu irmão. Onã, porém, sabia que a descendência não seria dele; de modo que sempre que deitava com a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra para não dar descendência a seu irmão. O que ele fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou" (vv.9-10).
O que levou Onã a agir daquela maneira? O fato de que o filho que nascesse daquela relação seria creditado a seu falecido irmão e não a ele. Onã não achava justo que o direito de primogenitura fosse transferida à criança e não a ele. O filho seria dele de fato, mas de seu irmão por direito. Logo, a maior parte da herança que seu pai deixasse se destinaria ao menino e não a ele que tomara o lugar de seu irmão morto. A questão gierava em torno de três "p": prazer, posse e poder. Por isso, toda vez que tinha relação com Tamar, Onã interrompia o coito para que a semente fosse lançada ao chão. Desta maneira, ele se aproveitava dela como mulher, mas não lhe proporcionava a concretização do propósito que a levava a deitar-se com ele.
Como Onã, há muitos em nossos dias que elegeram o prazer, a posse e o poder como os alvos de suas vidas. O prazer é um alvo que pode ser atingido a curto prazo. Basta ter oportunidade, como a que Onã teve com Tamar. Nunca foi tão fácil alcançar prazer como em nossos dias. Não é necessário nem um parceiro. Pode-se conseguir sozinho. Basta um clique, e você pode agora mesmo sair desta página para um site pornô. Aliás, até hoje o nome técnico para a masturbação é onanismo, uma vez que a interrupção do coito é a prática mais próxima que há da masturbação nos textos bíblicos. Quem elege o prazer como o supremo alvo de sua existência, vive irresponsavelmente, sem se importar com o resultado de seus atos a médio e longo prazo. Acha que é o prazer que faz a vida valer a pena. Já a posse e o poder costuma ser alvos de médio prazo. E para alcançá-los, há quem se disponha a usar e explorar a outros, esquecendo-se que vida é uma semeadura; o que aqui se planta, mais cedo ou mais tarde acaba se colhendo.A sociedade humana tem se estabelecido sobre este tripé. Porém, a proposta do Reino de Deus vai na contramão de tudo isso. Troca-se os três "p" por um só: PROPÓSITO.Em vez de alvos que sejam centrados em nós mesmos, em nosso bem-estar, em nossa satisfação, estabelecemos alvos altruístas, que vão além do alcance de nossas próprias existências.Onã não era movido por propósito, mas por interesses próprios. Em seu pensar, não era justo engravidar sua cunhada, sendo o filho seria creditado ao seu irmão primogênito. Era como “colocar azeitona na empada dos outros”. Por que se esforçar para que outro receba o crédito? Se Tamar não concebesse, o direito de primogenitura seria transferido a Onã, proporcionando-lhe herdar a maior parte dos bens de seu pai. Mas se concebesse, seu filho é que herdaria a primogenitura de Er. Então, por que aceitou deitar-se com ela? No pensar de Onã, ele abateria dois coelhos com um só cajadada. De uma só vez, ele supriria sua luxúria e sua avareza. Provavelmente, Tamar não era de se jogar fora. Vendo isso, a ira do Senhor veio sobre ele e o matou.
Judá teria que tomar alguma providência. O que estava em jogo não era apenas a manutenção da família e a distribuição da herança, mas a vinda do Messias muito tempo depois. Por isso, sua visão teria que ter longo alcance. Não bastava resolver um problema imediato, tinha-se que garantir a execução dos propósitos divinos para o futuro.
Restava a Judá um único filho ainda na adolescência. Seria dele a missão de perpetuar a sua estirpe?
Vejamos:
"Então disse Judá a Tamar, sua nora: Permanece viúva em casa de teu pai, até que Selá, meu filho, venha a ser homem. Pois pensava: Para que não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e morou em casa de seu pai" (Gn.38:11).
Talvez Judá até pudesse liberar seu caçula para a nobre missão, porém, seu receio era que ele tivesse o mesmo fim que seus irmãos mais velhos. Afinal, Selá era a última flecha que restara em sua aljava. Talvez o problema estivesse em Tamar. E se ela fosse uma espécie de “viúva negra”! Não duvido que isso tenha passado pela cabeça de Judá,. que por sua vez, resolveu empurrar com a barriga e tirar seu último filho daquela aparente enrascada. – Vamos esperar que o menino alcance a maturidade. Volte pra casa de seus pais e espere que eu lhe chame de volta.
Sem alternativa, Tamar retornou à casa de seus pais.
"Depois de muito tempo, morreu a filha de Sua, mulher de Judá. Depois de consoloado, Judá subiu aos tosquiadores de suas ovelhas, em Timna, ele e Hira seu amigo, o adulamita. E avisaram a Tamar, dizendo: O teu sogro sobe a Timna para tosquiar as suas ovelhas" (vv.12-13). Agora Judá e Tamar tinham algo em comum: a viuvez. Ambos haviam perdido as pessoas a quem amavam. Avisada da presença do sogro, Tamar resolve tomar uma atitude inusitada.
"Então ela se despiu dos vestidos da sua viuvez e se cobriu com o véu para se disfarçar, e assentou-se à entrada de Enaim, no caminho de Timna. Pois via que Selá já era homem, e ela não lhe fora dada por mulher. Vendo-a Judá, teve-a por prostituta, pois ela havia coberto o rosto. Não percebendo que era a sua nora, ele se dirigiu a ela no caminho, e lhe disse: Vem, deixa-me dormir contigo. E ela lhe perguntou: Que darás para dormires comigo? Disse ele: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. Perguntou ela: Dar-me-ás penhor até que o envie?" (vv,14-17).
Tamar estava desesperada. Naquela sociedade, uma jovem viúva, sem filhos, não teria opção, senão entregar-se à prostituição. Era a única maneira de sobreviver. Era vergonhoso voltar para casa dos pais, como Tamar fizera. Sua única esperança era que Judá cumprisse sua promessa, permitindo que seu filho caçula lhe tomasse por mulher. Porém, esta promessa jamais foi cumprida. A cobrança social era enorme. Ela, então, resolve correr todos os riscos. Disfarsa-se de prostituta e fica à espreita, esperando por seu sogro. Aquela era sua única chance.
Judá caiu como um pato. Triste e carente por haver perdido sua esposa, deixou-se encantar por aquela jovem cujo rosto estava escondido por trás do véu. Menina esperta, perguntou a Judá o que lhe daria como recompensa por aquela noite. Este prometeu-lhe enviar um cabrito. Insatisfeita, Tamar pediu que lhe desse alguma garantia. Como penhor, Judá lhe deixou o selo (anel usado para autenticar documentos), o cordão, e o cajado. Por não tê-la reconhecido, aceitou o trato, deitou-se com ela e... a engravidou!
Dias depois, Judá enviou por mãos de seu amigo adulamita o prometido presente, para que se resgatasse o penhor. Mas o seu amigo não a encontrou. Ninguém na localidade havia ouvido falar de que ali houvesse uma prostituta. Sem tem mais o que fazer, Judá acabou desistindo de resgatar seu penhor.
Três meses se passaram, até que alguém viesse ao seu encontro para avisar que sua nora aparecera grávida. Sem titubear, Judá ordenou que se lhe aplicasse a pena capital, uma vez que isso comprovava que ela adulterara. Para todos os efeitos, ela estava prometida ao seu filho caçula. Portanto, aquela gravidez desonrava sua família. A ordem era queimá-la. Mas enquanto era tirada para fora, Tamar mandou dizer a seu sogro: "Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E disse mais: Reconhece de quem é este selo com o cordão e este cajado? Reconheceu-os Judá, e disse: Mais justa é ela do que eu eu, porque não a dei a meu filho Selá. E nunca mais a conheceu" (Gn.38:25-26).
Assim, sua vida foi poupada, e não apenas isso, a estirpe que traria Jesus ao Mundo foi preservada. Nenhum dos três filhos que Judá havia tido com a mulher cananéia entrou na árvore genealógica de Jesus. Deus tinha outros planos. Por mais que nos pareça incompreensível do ponto de vista moral e ético, o fato é que o propósito de Deus prevaleceu. E não pára aí.
O texto prossegue com um desfecho surpreendente:
"Estando ela para dar à luz, havia gêmeos em seu ventre. Dando ela à luz, um pôs fora a mão, e a parteira tomou um fio escarlate e o atou em sua mão, dizendo: Este saiu primeiro (era assim que se garantia o direito de primogenitura no caso de gêmeos). Mas, recolhendo ele a mão, e saindo o outro, ela disse: Como tens tu rompido! E lhe chamara Perez. Depois saiu o seu irmão, em cuja mão estava o fio escarlate, e foi chamado Zerá" (vv.27-30). Perez significa “o que rompe”, enquanto Zerá significa “o que se eleva”. Pois foi justamente Perez, o último que se tornou o primeiro, que deu prosseguimento à estirpe que traria ao Mundo o Filho de Deus. Por isso lemos na genealogia de Jesus de acordo com Mateus:
"Abraão gerou a Isaque, Isaque gerou a Jacó, Jacó gerou a Judá e seus irmãos, Judá gerou DE TAMAR a PEREZ (...)" (Mt.1:2-3a).
A sociedade humana gosta de etiquetar seus componentes. As pessoas são avaliadas por sua posição social, pelo berço em que nasceram, pela educação que receberam, por terem chegado em primeiro lugar em algum concurso, por se destacarem em suas atividades. Porém, Deus contraria todas as expectativas humanas, subvertendo a ordem estabelecida.
Em toda a genealogia de Jesus, somente quatro mulheres aparecem e dentre elas, Tamar. As outras três são Raabe, a prostituta que acolheu os espias enviados por Josué a Jericó, Rute a moabita viúva que casou-se com Boaz, e Bate-Seba, cujo nome não aparece, porém se faz menção dela como a que fora mulher de Urias, e que gerou de Davi a Salomão.
Por que não se faz referência a Sara, mulher de Abraão? Por que não se menciona Rebeca, mulher de Isaque? Ambas cheias de virtudes. Deus não precisa Se explicar pra ninguém. São os Seus propósitos que prevalecem, a despeito da opinião que tenhamos. E nisso se destaca a graça, e não os méritos humanos. Por Hermes C. Fernandes
Judá foi o quarto filho de Jacó com sua primeira mulher, Lia, a desprezada. Ora, Jacó teve doze filhos, que mais tarde originariam as doze tribos de Israel. Apenas dois deles nasceram de Raquel, a sua amada. Seu último parto provocou sua morte. Jesus bem que poderia ter descendido de um dos filhos de Raquel, fosse José ou Benjamim. Porém, Deus tinha outros planos. Jesus viria da descendência de um dos filhos da desprezada.
Mas por que Judá e não Rúben, o primogênito? Ou ainda: por que não Levi, de quem descenderiam os sacerdotes? Não era de se esperar que o Sumo-sacerdote da Nova Aliança viesse de uma linhagem de sacerdotes?
Quando Lia concebeu seu primeiro filho, deu-lhe o nome de Rúben alegando que o Senhor atendera à sua aflição e que finalmente ela seria amada pelo seu marido (Gn.29:32). Mas pelo jeito, seu marido continuou a amar sua irmã, e não ela. Quando concebeu a segunda vez, chamou seu filho de Simeão, e declarou: "Porque o Senhor ouviu que eu era desprezada, deu-me também este" (Gn.29:33). Neste ponto, parece que Lia já estava desistindo do amor de Jacó. Bastava-lhe o prazer de gerar filhos, o que sua irmã até então jamais tivera. Quando teve seu terceiro filho, chamou-o de Levi, e demonstrou que sua esperança havia renascido: "Agora esta vez se unirá meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado" (Gn.29:34). Fosse com a itenção de conquistar o amor de seu marido, ou simplesmente para recompensar a falta do seu amor, o fato é que Lia encarava tudo aquilo como uma questão particular. Porém, quando deu à luz seu quarto filho, chamou-o de Judá, e declarou: "Esta vez louvarei ao Senhor" (v.35). Finalmente, Lia tirou os olhos de si mesma, e elevou-os a Deus. O que ela não podia supor era que aquele menino seria o canal de onde Deus suscitaria o Descendente prometido a Abraão, o Redentor da Humanidade.
Se a Bíblia compara nossos filhos à flechas ( Sl.127:3-5), podemos dizer que a aljava de Jacó tinha doze flechas. O alvo era Cristo, que viria ao mundo muitos séculos depois. Se dependesse da escolha de Jacó, a flecha escolhida seria José. Mas Jacó sabia, por experiência própria, que geralmente Deus contraria a predileção humana. Ele sempre opta pelo desprezado. Por isso, a flecha escolhida por Deus para ser remetida em direção ao alvo era Judá.
Já em seu leito de morte, Jacó reuniu seus filhos para abençoá-los, e quando chegou a vez de Judá, ele profetizou:
"Judá é um leãozinho. Subiste da presa, filho meu. Encurva-se, e deita-se como leão, e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade de entre seus pés, até que venha Siló, e a ele obedecerão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa em sangue de uvas. Os seus olhos serão mais escuros do que o vinho, e seus dentes mais brancos do que o leite" (Gn.49:9-12).
Não precisamos de um exercício de exegese para percebermos o quanto tais palavras apontavam para Jesus. De maneira poética e profética, Jacó se refere à morte, ressurreição e reino de Cristo.
Ora, se o Messias viria por Judá, averiguemos nas Escrituras o início de sua própria estirpe.
Depois de ter impedido que seus irmãos matassem a José, o caçula, sugerindo que o mesmo fosse vendido como escravo para uma caravana ismaelita, Judá os deixou de lado, e foi visitar um homem de Adulão que se chamava Hira. O texto diz que "ali Judá viu a filha de um homem cananeu, chamado Sua. Ele a tomou por mulher, e se deitou com ela. Ela concebeu e teve um filho, e o pai lhe chamou Er. Tornou ela a conceber e teve um filho, a quem chamou Onã. Continou ainda e deu à luz outro filho, cujo nome foi Selá" (Gn.38:2-5a). Qual deles seria a flecha escolhida por Deus para dar continuidade à saga que culminaria com a vinda de Jesus ao Mundo?
A Escritura diz que "Judá tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o nome dela era Tamar. Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, pelo que o Senhor o matou" (Gn.38:6-7).
E agora? Quanta expectativa Judá tinha posto em seu primogênito! Porém, não seria pelo seu primogênito que Deus enviaria ao Mundo o “Primogênito da Criação”. E quanto à viúva, que destino teria?
Er morreu sem deixar descendente. A tradição da época dizia que nesses casos, um irmão mais novo deveria tomar a viúva por esposa para suscitar descendência para seu falecido irmão. Respeitando rigorosamente à tradição, "disse Judá a Onã: Deita com a mulher do teu irmão, e, cumprindo-lhe o dever de cunhado, suscita descendência a teu irmão. Onã, porém, sabia que a descendência não seria dele; de modo que sempre que deitava com a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra para não dar descendência a seu irmão. O que ele fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou" (vv.9-10).
O que levou Onã a agir daquela maneira? O fato de que o filho que nascesse daquela relação seria creditado a seu falecido irmão e não a ele. Onã não achava justo que o direito de primogenitura fosse transferida à criança e não a ele. O filho seria dele de fato, mas de seu irmão por direito. Logo, a maior parte da herança que seu pai deixasse se destinaria ao menino e não a ele que tomara o lugar de seu irmão morto. A questão gierava em torno de três "p": prazer, posse e poder. Por isso, toda vez que tinha relação com Tamar, Onã interrompia o coito para que a semente fosse lançada ao chão. Desta maneira, ele se aproveitava dela como mulher, mas não lhe proporcionava a concretização do propósito que a levava a deitar-se com ele.
Como Onã, há muitos em nossos dias que elegeram o prazer, a posse e o poder como os alvos de suas vidas. O prazer é um alvo que pode ser atingido a curto prazo. Basta ter oportunidade, como a que Onã teve com Tamar. Nunca foi tão fácil alcançar prazer como em nossos dias. Não é necessário nem um parceiro. Pode-se conseguir sozinho. Basta um clique, e você pode agora mesmo sair desta página para um site pornô. Aliás, até hoje o nome técnico para a masturbação é onanismo, uma vez que a interrupção do coito é a prática mais próxima que há da masturbação nos textos bíblicos. Quem elege o prazer como o supremo alvo de sua existência, vive irresponsavelmente, sem se importar com o resultado de seus atos a médio e longo prazo. Acha que é o prazer que faz a vida valer a pena. Já a posse e o poder costuma ser alvos de médio prazo. E para alcançá-los, há quem se disponha a usar e explorar a outros, esquecendo-se que vida é uma semeadura; o que aqui se planta, mais cedo ou mais tarde acaba se colhendo.A sociedade humana tem se estabelecido sobre este tripé. Porém, a proposta do Reino de Deus vai na contramão de tudo isso. Troca-se os três "p" por um só: PROPÓSITO.Em vez de alvos que sejam centrados em nós mesmos, em nosso bem-estar, em nossa satisfação, estabelecemos alvos altruístas, que vão além do alcance de nossas próprias existências.Onã não era movido por propósito, mas por interesses próprios. Em seu pensar, não era justo engravidar sua cunhada, sendo o filho seria creditado ao seu irmão primogênito. Era como “colocar azeitona na empada dos outros”. Por que se esforçar para que outro receba o crédito? Se Tamar não concebesse, o direito de primogenitura seria transferido a Onã, proporcionando-lhe herdar a maior parte dos bens de seu pai. Mas se concebesse, seu filho é que herdaria a primogenitura de Er. Então, por que aceitou deitar-se com ela? No pensar de Onã, ele abateria dois coelhos com um só cajadada. De uma só vez, ele supriria sua luxúria e sua avareza. Provavelmente, Tamar não era de se jogar fora. Vendo isso, a ira do Senhor veio sobre ele e o matou.
Judá teria que tomar alguma providência. O que estava em jogo não era apenas a manutenção da família e a distribuição da herança, mas a vinda do Messias muito tempo depois. Por isso, sua visão teria que ter longo alcance. Não bastava resolver um problema imediato, tinha-se que garantir a execução dos propósitos divinos para o futuro.
Restava a Judá um único filho ainda na adolescência. Seria dele a missão de perpetuar a sua estirpe?
Vejamos:
"Então disse Judá a Tamar, sua nora: Permanece viúva em casa de teu pai, até que Selá, meu filho, venha a ser homem. Pois pensava: Para que não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e morou em casa de seu pai" (Gn.38:11).
Talvez Judá até pudesse liberar seu caçula para a nobre missão, porém, seu receio era que ele tivesse o mesmo fim que seus irmãos mais velhos. Afinal, Selá era a última flecha que restara em sua aljava. Talvez o problema estivesse em Tamar. E se ela fosse uma espécie de “viúva negra”! Não duvido que isso tenha passado pela cabeça de Judá,. que por sua vez, resolveu empurrar com a barriga e tirar seu último filho daquela aparente enrascada. – Vamos esperar que o menino alcance a maturidade. Volte pra casa de seus pais e espere que eu lhe chame de volta.
Sem alternativa, Tamar retornou à casa de seus pais.
"Depois de muito tempo, morreu a filha de Sua, mulher de Judá. Depois de consoloado, Judá subiu aos tosquiadores de suas ovelhas, em Timna, ele e Hira seu amigo, o adulamita. E avisaram a Tamar, dizendo: O teu sogro sobe a Timna para tosquiar as suas ovelhas" (vv.12-13). Agora Judá e Tamar tinham algo em comum: a viuvez. Ambos haviam perdido as pessoas a quem amavam. Avisada da presença do sogro, Tamar resolve tomar uma atitude inusitada.
"Então ela se despiu dos vestidos da sua viuvez e se cobriu com o véu para se disfarçar, e assentou-se à entrada de Enaim, no caminho de Timna. Pois via que Selá já era homem, e ela não lhe fora dada por mulher. Vendo-a Judá, teve-a por prostituta, pois ela havia coberto o rosto. Não percebendo que era a sua nora, ele se dirigiu a ela no caminho, e lhe disse: Vem, deixa-me dormir contigo. E ela lhe perguntou: Que darás para dormires comigo? Disse ele: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. Perguntou ela: Dar-me-ás penhor até que o envie?" (vv,14-17).
Tamar estava desesperada. Naquela sociedade, uma jovem viúva, sem filhos, não teria opção, senão entregar-se à prostituição. Era a única maneira de sobreviver. Era vergonhoso voltar para casa dos pais, como Tamar fizera. Sua única esperança era que Judá cumprisse sua promessa, permitindo que seu filho caçula lhe tomasse por mulher. Porém, esta promessa jamais foi cumprida. A cobrança social era enorme. Ela, então, resolve correr todos os riscos. Disfarsa-se de prostituta e fica à espreita, esperando por seu sogro. Aquela era sua única chance.
Judá caiu como um pato. Triste e carente por haver perdido sua esposa, deixou-se encantar por aquela jovem cujo rosto estava escondido por trás do véu. Menina esperta, perguntou a Judá o que lhe daria como recompensa por aquela noite. Este prometeu-lhe enviar um cabrito. Insatisfeita, Tamar pediu que lhe desse alguma garantia. Como penhor, Judá lhe deixou o selo (anel usado para autenticar documentos), o cordão, e o cajado. Por não tê-la reconhecido, aceitou o trato, deitou-se com ela e... a engravidou!
Dias depois, Judá enviou por mãos de seu amigo adulamita o prometido presente, para que se resgatasse o penhor. Mas o seu amigo não a encontrou. Ninguém na localidade havia ouvido falar de que ali houvesse uma prostituta. Sem tem mais o que fazer, Judá acabou desistindo de resgatar seu penhor.
Três meses se passaram, até que alguém viesse ao seu encontro para avisar que sua nora aparecera grávida. Sem titubear, Judá ordenou que se lhe aplicasse a pena capital, uma vez que isso comprovava que ela adulterara. Para todos os efeitos, ela estava prometida ao seu filho caçula. Portanto, aquela gravidez desonrava sua família. A ordem era queimá-la. Mas enquanto era tirada para fora, Tamar mandou dizer a seu sogro: "Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E disse mais: Reconhece de quem é este selo com o cordão e este cajado? Reconheceu-os Judá, e disse: Mais justa é ela do que eu eu, porque não a dei a meu filho Selá. E nunca mais a conheceu" (Gn.38:25-26).
Assim, sua vida foi poupada, e não apenas isso, a estirpe que traria Jesus ao Mundo foi preservada. Nenhum dos três filhos que Judá havia tido com a mulher cananéia entrou na árvore genealógica de Jesus. Deus tinha outros planos. Por mais que nos pareça incompreensível do ponto de vista moral e ético, o fato é que o propósito de Deus prevaleceu. E não pára aí.
O texto prossegue com um desfecho surpreendente:
"Estando ela para dar à luz, havia gêmeos em seu ventre. Dando ela à luz, um pôs fora a mão, e a parteira tomou um fio escarlate e o atou em sua mão, dizendo: Este saiu primeiro (era assim que se garantia o direito de primogenitura no caso de gêmeos). Mas, recolhendo ele a mão, e saindo o outro, ela disse: Como tens tu rompido! E lhe chamara Perez. Depois saiu o seu irmão, em cuja mão estava o fio escarlate, e foi chamado Zerá" (vv.27-30). Perez significa “o que rompe”, enquanto Zerá significa “o que se eleva”. Pois foi justamente Perez, o último que se tornou o primeiro, que deu prosseguimento à estirpe que traria ao Mundo o Filho de Deus. Por isso lemos na genealogia de Jesus de acordo com Mateus:
"Abraão gerou a Isaque, Isaque gerou a Jacó, Jacó gerou a Judá e seus irmãos, Judá gerou DE TAMAR a PEREZ (...)" (Mt.1:2-3a).
A sociedade humana gosta de etiquetar seus componentes. As pessoas são avaliadas por sua posição social, pelo berço em que nasceram, pela educação que receberam, por terem chegado em primeiro lugar em algum concurso, por se destacarem em suas atividades. Porém, Deus contraria todas as expectativas humanas, subvertendo a ordem estabelecida.
Em toda a genealogia de Jesus, somente quatro mulheres aparecem e dentre elas, Tamar. As outras três são Raabe, a prostituta que acolheu os espias enviados por Josué a Jericó, Rute a moabita viúva que casou-se com Boaz, e Bate-Seba, cujo nome não aparece, porém se faz menção dela como a que fora mulher de Urias, e que gerou de Davi a Salomão.
Por que não se faz referência a Sara, mulher de Abraão? Por que não se menciona Rebeca, mulher de Isaque? Ambas cheias de virtudes. Deus não precisa Se explicar pra ninguém. São os Seus propósitos que prevalecem, a despeito da opinião que tenhamos. E nisso se destaca a graça, e não os méritos humanos. Por Hermes C. Fernandes
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
A Igreja que não existe mais
Há estudos muito bem pesquisados que mostram que dentro das fileiras da maior denominação pentecostal do mundo, fundada por Missionarios suecos em Belem do Pará, no coração da Amazonia brasileira, e que esta caminhando para completar seu primeiro centenario em 2011, que já se observam os primeiros sinais, do " pentecostalismo popular", aliado ao analfabetismo biblico com consequencias da separação entre a fé e a etica, com uma igreja massificada, porém, irrelevante em seu impacto social e cultural. Quando morava em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e frequentava a Igreja Batista Central, na decadá de 70, ao descer a rua Anhanguera passsava em frente a casa de uma familia assembleiana, de origem nordestina, muito humilde, que realizavam cultos fervorosos, e falavam linguas que na minha ignorancia, pensava ser um idioma estrangeiro. Os demais moradores da rua ao ouvirem os fortes "aleluia" e "Gloria Deus", os consideravam com um julgamento critico um bando de loucos, e eu dizia para mim mesmo: " Como alguem pode frequentar uma igreja com tamanha rigidez moral e de costumes antiquados e com barulho extremo ? Aquela igreja de templos humildes, formada de pessoas simples, sem formação academica, porém, com grande amor e paixão pelas almas perdidas, cujos os pastores não trocavam os pulpitos pelos palanques, e pregavam apenas o arrependimento de pecados com ousadia e temor de Deus, não existe mais. Hoje, inumeros templos, outrora casas de oração, tornaram-se gigantescas apinhadas de pessoas que buscam o entretenimento, como se estivessem em um club social, onde vai se apresentar o artista do momento, onde a Palavra pregada não confronta suas mentes carnais. Onde os programas exibidos parecem mais pacotes de TV a cabo no final de semana. Onde versiculos de prosperidade e vitoria triunfalista são tirados e distorcidos do seu contexto. Onde o arrependimento tem prazo de validade vencida. Onde as musicas e louvores exaltam ao homem, massageando seu ego. Onde procura-se agradar ao homem com mensagens de vitoria financeira e invencibilidade permanente. Onde o visitante incredulo, sai satisfeito do culto, porém, sem compromisso nenhum com Deus, onde ele retorna para sua casa e dorme tranquilo, achando que Deus deseja apenas seu coração e ofertas generosas de barganha. Para onde foi aquela igreja que começou em uma casa de familia, onde Celina de Alburqueque recebeu a cura da infermidade e o batismo com Espirito Santo ? Para onde foi aquela igreja onde seus pastores que viviam pela fé e com joelhos calejados de oração, eram apedrejados em praça publica e presos pelas autoridades policiais por pregarem um evangelho de confrontação com o pecado, assim como aconteçeu com o Pastor Moises Soares da Fonseca, entre outros pioneiros da fé pentecostal ? Para onde foi aquela igreja onde a mensagem, vida e testemunho pregado era para gloria e engrandecimento do nome de Cristo ? Para onde foi aquela igreja que não aceitava misturar o pulpito com a politica partidaria de maneira altamente perigosa, onde os lideres eclesiasticos não resistem as tentações de poder e do dinheiro que são claramente evidente no periodo eleitoral ? Onde alguns "ungidos" trocam poder de Deus pelo poder temporal se candidatando a cargos politicos, quando muitos deles nem se quer possuem chamada para politica, muito menos pastoral ? Para onde foi aquela igreja, onde não se pregava a graça barata com perdão sem arrependimento, batismo sem disciplina comunitaria, Ceia do Senhor sem confissão de pecados ? Onde os crentes em nada se gloriavam se não na cruz, limiar de sua separação do mundo ( Galatas 6.14) ? Para onde foi aquela igreja biblica, onde a pregação da Palavra era clara, minuciosa, essencial, simples, porem profunda, onde os corações eram perscrutados e as mentes iluminadas pelo Espirito Santo. Onde não existia pregadores famosos, mais homens e mulheres com joelhos calejados de orações e lagrimas nos olhos pelas almas perdidas? Onde somente Jesus era Senhor da Igreja, e os homens seus servos. Onde não havia shows para lotar auditorios, mais o poder de Deus era derramado de maneira inconfudivel? Baruch Há Shem! Sergio Cunha
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Quando Lampião ganhou uma Bíblia
Os missionários Virgil Smith e Orlando Boyer eram companheiros e trabalhavam viajando a cavalo, evangelizando e vendendo Bíblias de casa em casa no sertão de Pernambuco e Alagoas. Naquele sertão conturbado pelo cangaço, em 1930, Virgil e sua esposa Ramona foram feitos reféns de Lampião e seu bando. Orlando Boyer foi comunicado que, para obter a libertação do amigo, teria de pagar uma elevada quantia.
Em razão das dificuldades econômicas da época, Orlando Boyer conseguiu reunir apenas uma fração mínima da quantia exigida. Mesmo assim, ele foi ao encontro de Lampião, embora soubesse que corria perigo de morte.
Cara a cara com o temido rei do cangaço, explicou a situação, para profunda decepção deste e de seu bando. Orlando Boyer se ajoelhou humildemente e sugeriu uma proposta ousada. Ele implorou para ficar no lugar do amigo, para morrer em seu lugar, uma vez que Virgil e Ramona tinham filhos pequenos demandando cuidados.
Diante do consentimento de Lampião, Virgil Smith perguntou se poderia oferecer-lhe um presente. E estendendo-lhe uma Bíblia de letras grandes, recebida imediatamente por Lampião, explicou-lhe:
“Este livro conta a história de Jesus, que por amor ofereceu a sua própria vida para que fôssemos salvos. Ele era Deus e se fez homem, morrendo em nosso lugar para que pudéssemos ter vida. O que o meu amigo está fazendo por mim agora, Jesus já o fez por todas as pessoas, inclusive pelo senhor Virgulino. Ele morreu para que sejamos perdoados e salvos do pecado e da morte”.
Lampião ficou visivelmente emocionado com aquele exemplo de abnegação e amor, voltou-se para o lado e passou a manga da camisa nos olhos, para enxugar disfarçadamente as lágrimas. Virou-se e disse bruscamente: “Podem ir embora, depressa, vão embora!” E, retirando-se com seu bando, levou consigo a Bíblia.
Dias depois, perseguido pela polícia, Lampião deixou a Bíblia num tronco oco de uma árvore, para poder fugiu mais depressa. Quando voltou ao lugar, não encontrando a Bíblia, dirigiu-se ao fazendeiro dono daquelas terras e exigiu que este a devolvesse. Embora o fazendeiro tivesse dito que nada sabia daquilo, Lampião marcou o prazo de uma semana para tê-la de volta. O fazendeiro teve de dirigir-se à cidade e comprar uma Bíblia nova para Lampião.
Não sabemos se Lampião leu a Bíblia. Pelo menos, até a sua morte, ele teve oito anos para fazê-lo. Assim, se ele a tivesse lido, saberia que a Bíblia é a maravilhosa “biblioteca” inspirada por Deus, e descobriria o que Jesus afirmou: “A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
Lampião saberia que a Bíblia tinha as respostas às suas necessidades. Saberia que, para o fatigado viajante, ela é um mapa eficaz e uma bússola confiável; aos que vivem na região das trevas, é uma luz gloriosa a iluminar o caminho; aos que estão sobrecarregados e oprimidos pelos fardos da vida, é um suave descanso.
Como Lampião tinha a alma ferida, ele saberia que, aos feridos pelos delitos e pecados, a Bíblia é um bálsamo consolador que cura as feridas interiores. Para os famintos, é o pão que alimenta a alma; aos sedentos, é a água que sacia a sede espiritual; aos que estão em conflito, é a espada para a luta contra o mal; aos amargurados, é o mel que os faz enfrentar o mundo sem perder a doçura.
Lampião era um homem aflito e desesperado. Se tivesse lido a Bíblia, saberia que ela lhe oferecia uma mensagem de esperança e conforto; pois aos desamparados e arrastados pelas tormentas da vida, ela é uma âncora segura e firme; para os que sofrem na solidão de um espírito conturbado, é a mão repousante que acalma e tranquiliza.
Lampião, tido como “homem de palavra”, sabia que a importância de qualquer palavra dependia de quem falava. Se tivesse lido a Bíblia, poderia confiar nela, pois o Deus que inspirou “a Palavra” nunca mente e jamais muda, e todas as suas promessas têm o sim em Jesus Cristo (2 Co 1.20). Ele saberia que a Palavra de Deus é “lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho”, e poderia viver em paz (Sl 119.105).
Neste segundo domingo de Dezembro, quando comemora-se o Dia da Bíblia em mais de cem países do mundo, os cristãos celebrarão a inquestionável importância da Bíblia e do amor de Deus para suas vidas.
A Bíblia é uma “carta de amor”, do imenso amor de Deus que inclui a todos: tanto o cangaceiro Lampião como eu e você. Pense nisso! Leia a Bíblia! Pr.Samuel Camara.
Em razão das dificuldades econômicas da época, Orlando Boyer conseguiu reunir apenas uma fração mínima da quantia exigida. Mesmo assim, ele foi ao encontro de Lampião, embora soubesse que corria perigo de morte.
Cara a cara com o temido rei do cangaço, explicou a situação, para profunda decepção deste e de seu bando. Orlando Boyer se ajoelhou humildemente e sugeriu uma proposta ousada. Ele implorou para ficar no lugar do amigo, para morrer em seu lugar, uma vez que Virgil e Ramona tinham filhos pequenos demandando cuidados.
Diante do consentimento de Lampião, Virgil Smith perguntou se poderia oferecer-lhe um presente. E estendendo-lhe uma Bíblia de letras grandes, recebida imediatamente por Lampião, explicou-lhe:
“Este livro conta a história de Jesus, que por amor ofereceu a sua própria vida para que fôssemos salvos. Ele era Deus e se fez homem, morrendo em nosso lugar para que pudéssemos ter vida. O que o meu amigo está fazendo por mim agora, Jesus já o fez por todas as pessoas, inclusive pelo senhor Virgulino. Ele morreu para que sejamos perdoados e salvos do pecado e da morte”.
Lampião ficou visivelmente emocionado com aquele exemplo de abnegação e amor, voltou-se para o lado e passou a manga da camisa nos olhos, para enxugar disfarçadamente as lágrimas. Virou-se e disse bruscamente: “Podem ir embora, depressa, vão embora!” E, retirando-se com seu bando, levou consigo a Bíblia.
Dias depois, perseguido pela polícia, Lampião deixou a Bíblia num tronco oco de uma árvore, para poder fugiu mais depressa. Quando voltou ao lugar, não encontrando a Bíblia, dirigiu-se ao fazendeiro dono daquelas terras e exigiu que este a devolvesse. Embora o fazendeiro tivesse dito que nada sabia daquilo, Lampião marcou o prazo de uma semana para tê-la de volta. O fazendeiro teve de dirigir-se à cidade e comprar uma Bíblia nova para Lampião.
Não sabemos se Lampião leu a Bíblia. Pelo menos, até a sua morte, ele teve oito anos para fazê-lo. Assim, se ele a tivesse lido, saberia que a Bíblia é a maravilhosa “biblioteca” inspirada por Deus, e descobriria o que Jesus afirmou: “A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
Lampião saberia que a Bíblia tinha as respostas às suas necessidades. Saberia que, para o fatigado viajante, ela é um mapa eficaz e uma bússola confiável; aos que vivem na região das trevas, é uma luz gloriosa a iluminar o caminho; aos que estão sobrecarregados e oprimidos pelos fardos da vida, é um suave descanso.
Como Lampião tinha a alma ferida, ele saberia que, aos feridos pelos delitos e pecados, a Bíblia é um bálsamo consolador que cura as feridas interiores. Para os famintos, é o pão que alimenta a alma; aos sedentos, é a água que sacia a sede espiritual; aos que estão em conflito, é a espada para a luta contra o mal; aos amargurados, é o mel que os faz enfrentar o mundo sem perder a doçura.
Lampião era um homem aflito e desesperado. Se tivesse lido a Bíblia, saberia que ela lhe oferecia uma mensagem de esperança e conforto; pois aos desamparados e arrastados pelas tormentas da vida, ela é uma âncora segura e firme; para os que sofrem na solidão de um espírito conturbado, é a mão repousante que acalma e tranquiliza.
Lampião, tido como “homem de palavra”, sabia que a importância de qualquer palavra dependia de quem falava. Se tivesse lido a Bíblia, poderia confiar nela, pois o Deus que inspirou “a Palavra” nunca mente e jamais muda, e todas as suas promessas têm o sim em Jesus Cristo (2 Co 1.20). Ele saberia que a Palavra de Deus é “lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho”, e poderia viver em paz (Sl 119.105).
Neste segundo domingo de Dezembro, quando comemora-se o Dia da Bíblia em mais de cem países do mundo, os cristãos celebrarão a inquestionável importância da Bíblia e do amor de Deus para suas vidas.
A Bíblia é uma “carta de amor”, do imenso amor de Deus que inclui a todos: tanto o cangaceiro Lampião como eu e você. Pense nisso! Leia a Bíblia! Pr.Samuel Camara.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Crente "Lady Kate": "Tô Pagano!"
A Revolução Francesa foi sem dúvida um dos eventos mais significativos do mundo ocidental e da sociedade moderna. A França do século XVIII era um país marcado por profundas injustiças sociais. O arcabouço histórico da revolta se construiu em meio a um regime político absolutista, onde a camada inferior da população, formada por trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial, era obrigada a pagar pesados impostos para manter o luxo das classes privilegiadas.
No topo daquela pirâmide estava o clero que, dentre outras prerrogativas, não pagava impostos. Abaixo dele estava à nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres. O rei era absoluto; controlava a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Qualquer tipo de oposição era punida duramente, pois o "contraventor", além de ser enviado a prisão da Bastilha, era, em seguida, guilhotinado.
A insatisfação com aquela situação chegou ao limite em 1789. Vivendo em extrema miséria, a população saiu às ruas com o objetivo de tomar o poder. Avançaram primeiramente para derrubar a Bastilha e, em seguida, invadiram os palácios e as terras da nobreza em busca de tomar o controle do país. Muitos conseguiram escapar, mas a família real foi capturada, e o rei Luis XVI, juntamente com sua esposa Maria Antonieta, foi julgado e guilhotinado em 1793. Nem o clero foi poupado, pois os bens da igreja foram todos confiscados.
Os contornos estruturais que marcaram o desencadeamento da Revolução Francesa são muito parecidos com a situação da Igreja em nossos dias. Como bem disse o sábio do Eclesiastes, as gerações mudam, mas o “espírito” humano permanece o mesmo. Olho para o que está aí e surpreendo-me com tamanha semelhança. Os fatos são arquetípicos além de fenomenológicos.
Se não, vejamos: o que temos em nossos dias que não uma elite espiritual privilegiada, supostamente dotada de pedigree sacerdotal, vivendo no luxo e na benesse, com seus “líderes” – não seria melhor dizer gestores? – e seus cantores – não seria melhor dizer atores? – refestelados em mansões, andando com carros de grife importada, voando em jatinhos e helicópteros, vestindo ternos italianos e comendo das “iguarias da corte”, enquanto a grande massa da população vive na pobreza ou na miséria?
O que temos hoje senão o tráfico de influência religiosa, o conluio político para a concessão de rádios e canais de TV que, supostamente, divulgam o “reino” de Deus, mas que, na prática, apenas aumentam o poder e a riqueza do “reino dos homens”? O que temos hoje senão a prática de se efetuar barganhas com o sagrado operacionalizadas através da cobrança perversa de “impostos celestes” que têm como único alvo o espólio desmedido de gente incauta e desesperada?
Posso continuar? O que temos hoje senão a pregação fraudulenta de doutrinas bíblicas aberrantemente distorcidas, aplicadas de forma maliciosa, com vistas a estimular a crença em promessas absurdas que, supostamente, trarão a solução para problemas financeiros, conjugais, físicos, espirituais e de toda e qualquer outra sorte? O que temos hoje senão a alienação da consciência, o esvaziamento dos valores éticos, o anestesiamento dos “sentidos” do coração e tudo em favor da catarse cultual, da serialização da “vida” e da commoditização da doutrina?
Vou lhe dizer o que penso. O que temos hoje é a anatomia de uma tragédia anunciada se desenhando silenciosamente debaixo de nossos olhos! O que temos hoje é uma multidão de milhões de pessoas sendo pressionadas, roubadas e enganadas por uma gangue de feiticeiros do sagrado. É gente que, iludida, está em busca de um “Deus performático”, uma divindade que está obrigada a satisfazer as demandas de seus “clientes” a qualquer custo.
Eis o maior dos absurdos: Deus colocado contra a parede tendo que cumprir o que, supostamente, está dito em Sua palavra! O Todo-Poderoso sendo vítima de extorsão para realizar milagres de prateleira: é o problema da falta de emprego, da restauração do casamento falido, do pagamento da dívida do aluguel, da eliminação da ação de despejo, do destravamento do processo judicial, da limpeza do nome no SPC, da libertação do encosto encomendado na macumba, e por aí vai... É tanta bizarrice que eu poderia encher um livro com estas loucuras.
Olho para a cristandade e vejo uma multidão de “crentes Lady Kate”. Você sabe de quem estou falando? Trata-se de uma personagem interpretada pela atriz Katiuscia Canoro no programa humorístico Zorra Total da Rede Globo. Lady Kate é uma aspirante a socialite que vive a todo custo tentando entrar para o High Society. Apesar da origem humilde, Kate herdou a fortuna deixada pelo marido, um senador rico, que, desgraçadamente, "bateu a caçuleta". Enfeitiçada com as novas possibilidades que o dinheiro lhe proporciona, Lady Kate vai em busca do "gramour, causo de que grana ela já tem".
O “crente Lady Kate” é aquele ser que quer por que quer que a vida se transforme num passe de mágica e, para tal, está disposto a pagar o “pedágio religioso” para que “seu milagre” se materialize. Minha questão é bem simples: até onde isso vai? Até quando as pessoas que estão sendo iludidas continuarão pagando esta conta? Sim, porque assim como Lady Kate, que usa o bordão “que que é? Tô pagano”, essa “moçada” também vai querer receber o seu bocado, pois, sem dúvida alguma, eles estão pagando, e pagando muito caro!
Quer saber no que eu acredito: acredito que em muito pouco tempo toda esta farsa vai cair! Acredito que esta multidão de gente espoliada e enganada vai se revoltar, assim como aconteceu na Revolução Francesa, pois eles estarão exaustos de pagar tanto “imposto” travestido de dízimo, e não ver nada acontecer. Estarão fartos de ver “pastores”, “bispos”, “apóstolos”, e outras “divindades” enriquecendo a custa de sua inocência, de seu desespero e, não raro, de suas excentricidades.
Espero firmemente que a farsa termine e que a farra acabe! No que depender de mim, como profeta do Senhor, continuarei a denunciar este estelionato, este anti-Evangelho, esta deformação de fé em Jesus Cristo. Estarei incansavelmente pregando, escrevendo, e fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para que este engodo seja, em fim, revelado aos olhos de todos.
Minhas orações estão centradas para que Deus, no zelo que tem por Sua palavra e pelo Seu povo, interfira com justiça e juízo sob tudo o que está sendo feito. Meu desejo é que Ele haja logo, antes que venhamos a experimentar o que hoje acontece na Europa, onde as catedrais viraram boates e o povo nada quer saber sobre Jesus.
Na Revolução Francesa, o destino da família real não poderia ser pior: a guilhotina. Fico pensando que destino espera aqueles que estão profanando a Palavra do Senhor e enganando o povo que foi comprado pelo Sangue do Cordeiro? Não desejo nenhum mal a ninguém, mas se esta moçada for parar no inferno, poderá, usando outro bordão da Lady Kate, fazer a seguinte barganha com o capeta: “que que é ô seu diabo! Descola aí um lugarzinho meior pra nós, causo de que grana nós tem; o que só nos falta-nos é o gramour”. Pois é, se isso acontecesse, sabe o que eu acho que o “tinhoso” responderia: “tá amarrado!”. Carlos Moreira
No topo daquela pirâmide estava o clero que, dentre outras prerrogativas, não pagava impostos. Abaixo dele estava à nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres. O rei era absoluto; controlava a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Qualquer tipo de oposição era punida duramente, pois o "contraventor", além de ser enviado a prisão da Bastilha, era, em seguida, guilhotinado.
A insatisfação com aquela situação chegou ao limite em 1789. Vivendo em extrema miséria, a população saiu às ruas com o objetivo de tomar o poder. Avançaram primeiramente para derrubar a Bastilha e, em seguida, invadiram os palácios e as terras da nobreza em busca de tomar o controle do país. Muitos conseguiram escapar, mas a família real foi capturada, e o rei Luis XVI, juntamente com sua esposa Maria Antonieta, foi julgado e guilhotinado em 1793. Nem o clero foi poupado, pois os bens da igreja foram todos confiscados.
Os contornos estruturais que marcaram o desencadeamento da Revolução Francesa são muito parecidos com a situação da Igreja em nossos dias. Como bem disse o sábio do Eclesiastes, as gerações mudam, mas o “espírito” humano permanece o mesmo. Olho para o que está aí e surpreendo-me com tamanha semelhança. Os fatos são arquetípicos além de fenomenológicos.
Se não, vejamos: o que temos em nossos dias que não uma elite espiritual privilegiada, supostamente dotada de pedigree sacerdotal, vivendo no luxo e na benesse, com seus “líderes” – não seria melhor dizer gestores? – e seus cantores – não seria melhor dizer atores? – refestelados em mansões, andando com carros de grife importada, voando em jatinhos e helicópteros, vestindo ternos italianos e comendo das “iguarias da corte”, enquanto a grande massa da população vive na pobreza ou na miséria?
O que temos hoje senão o tráfico de influência religiosa, o conluio político para a concessão de rádios e canais de TV que, supostamente, divulgam o “reino” de Deus, mas que, na prática, apenas aumentam o poder e a riqueza do “reino dos homens”? O que temos hoje senão a prática de se efetuar barganhas com o sagrado operacionalizadas através da cobrança perversa de “impostos celestes” que têm como único alvo o espólio desmedido de gente incauta e desesperada?
Posso continuar? O que temos hoje senão a pregação fraudulenta de doutrinas bíblicas aberrantemente distorcidas, aplicadas de forma maliciosa, com vistas a estimular a crença em promessas absurdas que, supostamente, trarão a solução para problemas financeiros, conjugais, físicos, espirituais e de toda e qualquer outra sorte? O que temos hoje senão a alienação da consciência, o esvaziamento dos valores éticos, o anestesiamento dos “sentidos” do coração e tudo em favor da catarse cultual, da serialização da “vida” e da commoditização da doutrina?
Vou lhe dizer o que penso. O que temos hoje é a anatomia de uma tragédia anunciada se desenhando silenciosamente debaixo de nossos olhos! O que temos hoje é uma multidão de milhões de pessoas sendo pressionadas, roubadas e enganadas por uma gangue de feiticeiros do sagrado. É gente que, iludida, está em busca de um “Deus performático”, uma divindade que está obrigada a satisfazer as demandas de seus “clientes” a qualquer custo.
Eis o maior dos absurdos: Deus colocado contra a parede tendo que cumprir o que, supostamente, está dito em Sua palavra! O Todo-Poderoso sendo vítima de extorsão para realizar milagres de prateleira: é o problema da falta de emprego, da restauração do casamento falido, do pagamento da dívida do aluguel, da eliminação da ação de despejo, do destravamento do processo judicial, da limpeza do nome no SPC, da libertação do encosto encomendado na macumba, e por aí vai... É tanta bizarrice que eu poderia encher um livro com estas loucuras.
Olho para a cristandade e vejo uma multidão de “crentes Lady Kate”. Você sabe de quem estou falando? Trata-se de uma personagem interpretada pela atriz Katiuscia Canoro no programa humorístico Zorra Total da Rede Globo. Lady Kate é uma aspirante a socialite que vive a todo custo tentando entrar para o High Society. Apesar da origem humilde, Kate herdou a fortuna deixada pelo marido, um senador rico, que, desgraçadamente, "bateu a caçuleta". Enfeitiçada com as novas possibilidades que o dinheiro lhe proporciona, Lady Kate vai em busca do "gramour, causo de que grana ela já tem".
O “crente Lady Kate” é aquele ser que quer por que quer que a vida se transforme num passe de mágica e, para tal, está disposto a pagar o “pedágio religioso” para que “seu milagre” se materialize. Minha questão é bem simples: até onde isso vai? Até quando as pessoas que estão sendo iludidas continuarão pagando esta conta? Sim, porque assim como Lady Kate, que usa o bordão “que que é? Tô pagano”, essa “moçada” também vai querer receber o seu bocado, pois, sem dúvida alguma, eles estão pagando, e pagando muito caro!
Quer saber no que eu acredito: acredito que em muito pouco tempo toda esta farsa vai cair! Acredito que esta multidão de gente espoliada e enganada vai se revoltar, assim como aconteceu na Revolução Francesa, pois eles estarão exaustos de pagar tanto “imposto” travestido de dízimo, e não ver nada acontecer. Estarão fartos de ver “pastores”, “bispos”, “apóstolos”, e outras “divindades” enriquecendo a custa de sua inocência, de seu desespero e, não raro, de suas excentricidades.
Espero firmemente que a farsa termine e que a farra acabe! No que depender de mim, como profeta do Senhor, continuarei a denunciar este estelionato, este anti-Evangelho, esta deformação de fé em Jesus Cristo. Estarei incansavelmente pregando, escrevendo, e fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para que este engodo seja, em fim, revelado aos olhos de todos.
Minhas orações estão centradas para que Deus, no zelo que tem por Sua palavra e pelo Seu povo, interfira com justiça e juízo sob tudo o que está sendo feito. Meu desejo é que Ele haja logo, antes que venhamos a experimentar o que hoje acontece na Europa, onde as catedrais viraram boates e o povo nada quer saber sobre Jesus.
Na Revolução Francesa, o destino da família real não poderia ser pior: a guilhotina. Fico pensando que destino espera aqueles que estão profanando a Palavra do Senhor e enganando o povo que foi comprado pelo Sangue do Cordeiro? Não desejo nenhum mal a ninguém, mas se esta moçada for parar no inferno, poderá, usando outro bordão da Lady Kate, fazer a seguinte barganha com o capeta: “que que é ô seu diabo! Descola aí um lugarzinho meior pra nós, causo de que grana nós tem; o que só nos falta-nos é o gramour”. Pois é, se isso acontecesse, sabe o que eu acho que o “tinhoso” responderia: “tá amarrado!”. Carlos Moreira
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