segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pastores como vaso de Barro


Para muitos a queda do Tele Evangelista Norte Americano Jimmy Swaggart (foto), que influenciou toda uma geração de pregadores pelo mundo a fora nos anos de 1980, e no Brasil, que tinha seu programa levado ao ar todos os sábados pela manha pela Rede Bandeirante de Televisão e que lotou os estádios do Maracanã e Morumbi  com milhares de pessoas que o amavam e contribuíam com seu ministério global atingindo cerca de 156 países, aconteceu quando foi revelado seu adultério  em 1988 com prostitutas em um motel no Texas . Já para outros pastores que acompanhavam seu ministério internacional , a queda aconteceu durante uma cruzada evangelística na Argentina, quando ao contemplar o estádio lotado o orgulho e a soberba encheu seu coração declarando: Deus precisa de mim para salvar esse povo.  Crer em nossa própria capacidade é muito fácil para nos, vasos de Barro, quando passamos a acreditar mais em nos mesmos em vez de confiar em Deus nossa queda está a caminho. Quando centenas de pessoas passam a participar do culto de domingo para nos ouvir, seguir nossa liderança espiritual, passam a contribuir para nossos programas de Radio e Televisão e confiam suas almas aos nossos convidados, a nossa tendência natural é incharmos de vaidade. O sucesso pastoral é intoxicaste, ficamos cheios de nos mesmo como verdadeiros pavões. Vivemos em uma época de pastores que são excelentes evangelistas, que possuem o Don da Palavra e uma visão empresarial. Temo que as pretensas grandes igrejas do nosso Brasil continental sejam demasiadamente dependente dos grandes pastores que as dirigem. Pastores com o poder de oratória e carisma geram grandes multidões de expectadores. Quer aceitamos quer não, as igrejas tornam-se muito dependentes dos bons ou grandes lideres. Inevitavelmente nos os pastores esquecemos que todos somos apenas vasos de barro, e que o verdadeiro sucesso Ministerial depende de Deus. A também Bíblia nos adverte  sobre as poderosas ações do pecado e do orgulho. O rei Uzias era bom e piedoso e reinou durante 52 anos. Levantou a nação, construiu grandes prédios, derrotou os inimigos de Judá e estabeleceu o culto a Deus. Apesar disso; “Voou a sua fama até muito longe, pois foi maravilhosamente ajudado ate que se tornou poderoso. Mais, havendo-se fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper “. ( II Crônicas 26:16-16). Para não esquecermos a lição, alguns capítulos depois o cronista conta a respeito de um dos maiores de todos os Reis, o grande Ezequias; “ Deus foi bondoso com Ezequias, mais ele não lhe agradeceu, pois era orgulhoso. Por isso Deus ficou irado com ele, com o povo de Judá e com os moradores de Jerusalém. II Crônicas 32.25.  Em uma época de celebridades, a igreja clama por servos na total dependência de Deus e completa consciência de que são vasos de barro. “ Temos, porem, este tesouro em vasos de Barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nos” II Coríntios 4.7. O chamado príncipe dos pregadores Charles Spurgeon disse: “ Se não temos cuidado em conservar-nos em nossa devido lugar, o Mestre não deixara de admoestarmos e de humilhar nosso orgulho. Quantas aflições ,fracassos , e depressões procedem de que nos sentimos demasiadamente orgulhosos! Estou convicto de que nenhum dos que tem sido honrados por Deus publicamente desconhecem os castigos administrados em secreto , os quais impedem que a carne soberba se exalte indevidamente”. Outro fator que nos chama a atenção em Jimmy Swaggart  diante da outrora exposição midiática mundial, foi sua monstruosa vulnerabilidade gerando sua queda monumental.  Quase todo pastor que parte para uma super exposição midiática afim de anunciar o evangelho e deseja alcançar o monopólio da fé e se auto considera eleitos por Deus para tomar conta da cidade, estado ou nação, acabam se perdendo, indo longe de mais e se esquecem do caminho de volta. Com a queda de Swaggart  ficou também provado que a igreja eletrônica gera mais antipatia do que conversões; enche mais bolsos de pastores midiáticos do que almas para o Reino de Deus, constrói mais celebridades arrogantes do que servos humildes; Reúne mais multidões de expectadores do que um rebanho de verdadeiros adoradores. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Onde está a Felicidade do Homem ?


                            O jornalista esportivo Fernando Calazans em sua coluna no jornal O Globo, com muita inteligência publicou um texto sobre o jogador de futebol  Adriano Imperador que tem por titulo uma pergunta que na historia da humanidade,muitos homens não conseguem  responder : “Onde esta a Felicidade ? “ . Para Adriano em busca da sua felicidade,quando estava na Itália ,somente pensando encontra-la  no Rio de Janeiro,jogando no Flamengo ,junto de sua família ,junto dos amigos na favela de sua infância. A mansão luxuosa não lhe trouxe felicidade, os carrões importados no valor de 700 mil reais, não lhe trouxeram felicidade. A bebida e as mulheres nas festas pelas madrugadas, não lhe trouxeram felicidade. Durante os séculos, homens tem buscado a felicidade, sem  jamais encontra-la de maneira completa e permanente.  Alguns até mesmo discutem se ela realmente existe. O sábio Salomão escreveu em Provérbios que: Feliz e o homem que continuamente teme ao Senhor. Já o Salmista Davi, declara que :Feliz e o povo cujo o Deus e o Senhor.  O conceito de felicidade varia de pessoa para outra pessoa , de um povo para outro povo.Porem e um sentimento ou estado de espírito que todos almejam independente  de sua posição social, intelecto  ou nacionalidade.Para alguns pais,uma pequena felicidade esta na entrada dos filhos na faculdade, no casamento da filha , no nascimento do primeiro neto, e por tudo isso extravasam.Para o Filosofo Aristóteles,a felicidade e a atividade conforme a virtude . Já para um pastor, a felicidade esta em cuidar das almas eternas, ainda que seja desgastante em um mundo e uma Igreja em que os sacerdotes estão sobe suspeitos e a religião institucional sobe diversos ataques . No inicio o meu ministério, ganhei um amigo e conselheiro na pessoa do saudoso Pr. Gentil  Medeiros na Assembleia de Deus em armação dos Búzios ,que amava  a obra missionária no interior do sertão Cearense e com muita seriedade liderava o rebanho Buziano. Alegrava o coração do velho Marinheiro e ex-combatente da II Grande Guerra Mundial, a construção de pequenos templos no alto do sertão Nordestino para abrigar o povo sofrido da região de Ipaporanga . Um dia , quando conversamos , entendi o seu coração. Estava profundamente preocupado com suas ovelhas, depois que fosse jubilado. Suas vidas , sua fé , e suas lutas pesavam muito sobre a alma dele.Afadigava-se em beneficio delas e lutava em oração por elas. Porém, quando recebia noticias das inúmeras conversões de um povo idolatra a felicidade ficava estampada na sua face de almirante. Ainda que bilhões de pessoas não consigam responder a esta pergunta , que não consegue calar do coração do homem, vou continuar crendo nas palavras do filho de Davi, pois já encontrei minha felicidade. E ela não esta em carros e tão pouco em cavalos.  
 Baruck Há Shem!  Pr. Sergio Cunha

sábado, 29 de dezembro de 2012

A Historia de João Feliz


(Regozijai-vos sempre... Em tudo daí Graças.-
1 Tessalonicenses 5:16,18)

Irmão João era o porteiro de uma grande Igreja de uma cidade metropolitana  a muito anos.O pastor da Igreja , homem de grande conhecimento teológico ,possuía vários títulos universitários e honrarias concedidas  pelo poder público. Já o Irmão João, não havia completado nem mesmo o primário ,e lia a Bíblia com muita dificuldade. O pastor da Igreja estava no ápice de sua carreira eclesiástica, se preparando para ser nomeado Bispo de sua denominação. Já o Irmão João  com seu dízimo minguado e pouca instrução somente conseguira chegar ao cargo de Auxiliar de Trabalho. O pastor da Igreja mais rica da cidade, morava em uma mansão na beira da praia, de onde sempre saia a bordo de um carro importado,ultimo modelo. Já o Irmão João ,morava em uma casa de dois cômodos com a mulher e sete filhos, que ele considerava herança do Senhor, e todos os dias,saia para  trabalhar debaixo de um sol escaldante como lixeiro ,pedalando na sua bicicleta velha e enferrujada com pneus remendados.O pastor da Igreja ,quando tirava  férias, sempre nos meses de Janeiro, viajava com a mulher e o único filho,sempre para Jerusalém, a Cidade do Rei Davi, e de la esticava para a Europa. Já o Irmão João , em suas curtas férias de verão, pegava os filhos pequenos e trabalhava na praia vendendo picolés  para aumentar a renda da família , e a cada domingo  na Igreja , entregava  seu dizimo no altar do Senhor. Após cada sermão semanal com um português de Coimbra  e citações dos mestres da Teologia, o pastor despedia do povo do púlpito com um feliz inicio de semana e um sonoro : ‘A Paz do Senhor’. Já o Irmão João Feliz na porta do templo, apertava a mão de todos com um sorriso no rosto e olhando nos olhos das pessoas, declarava: ’ O Senhor te abençoe meu Irmão! ’. O pastor da grande Igreja, não sabia o nome da maioria das ovelhas, e tão pouco onde morava e o que fazia para sobreviver. Já o Irmão João Feliz, orava por todos nominalmente com seu caderninho surrado de oração que ele carregava  no seu bolso do seu velho paletó do Casamento, que ele ganhara de presente de um irmão mas pobre que ele. O pastor da Igreja quando a receita dos dízimos e ofertas baixavam, ficava com cara de delegado no púlpito e tratava os obreiros auxiliares  asperamente. Já o Irmão João Feliz, mesmo quando seu salário acabara antes do fim do mês, como acontece com a maioria dos Brasileiros, João dobrava seus joelhos, agradecia a Deus e pedia o milagre da viúva de Sarepta, e durante anos nunca passou fome, e jamais deixou de pagar suas dividas. Nada tirava a alegria da face do Irmão João Feliz, nem mesmo quando caia uma tempestade de granizo na cidade e o telhado da sua humilde casa foi destruída, e ele teve que se mudar temporariamente para uma escola publica com sua família numerosa. Quando lhe perguntavam o motivo de sua felicidade permanente, o Irmão João Feliz respondia de maneira simples e objetiva: ‘Tenho meu nome escrito no Livro da Vida’. Alguns estudantes universitários da Igreja  , procuravam explicar a felicidade de João Feliz ,onde foi divulgado uma pesquisa que revela que o Brasil é o campeão  mundial de felicidade. O Brasileiro para os pesquisadores é feliz por nada, são felizes pelo gol do Neymar , o primeiro desenho que o filho fez na escola. O churrasco de final de semana, o Ipad recém-lançado, a floreira embaixo da sua janela, o pão na manteiga no café da manhã com a Família. Mas com o Irmão João Feliz existia uma grande diferença entre prazer e felicidade. Pois o prazer e causado pelo que acontece ao nosso  redor e as circunstancia  adversas podem diminuí-lo. Já a felicidade e derramada quando estamos com problemas, nos momentos de escuridão, na perseguição, e na contrariedade. Como disse o famoso Evangelista do século 19 D.L.Moody : ‘Felicidade e uma fonte incessante que jorra em vossos corações ,uma fonte secreta que o mundo não pode ver  e não sabe nada sobre ela. O Senhor nosso Deus, da ao seu povo uma dose de alegria quando ele anda em obediência aos seus mandamentos’. Irmão João Feliz, nunca teve oportunidade de pregar no grande púlpito de sua Igreja, tão pouco no programa radiofônico, mas isto não o deixava triste, pois a cada semana, na porta do majestoso Templo de mármore, havia uma reunião de oração frequentada por um pequeno grupo de Fies, formado por sua maioria de mulheres idosas, algumas viúvas que clamavam a Deus com lagrimas na face. Ali, debaixo do púlpito , sem nenhum holofote ou câmera de televisão, Irmão João Feliz dobrava seus joelhos , colocava a face no pó e clamava ao Deus que salva , cura,batiza com o Espírito Santo.. Ali, derramando lagrimas, João Feliz saciava sua sede e enchia o coração de alegria.(Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. João 7:37). Outra característica surpreendente do Irmão João Feliz , além de esta sempre sorrindo , não um sorriso forçado,sem  graça, meio amarelado,típico de pastores profissionais , mas totalmente seguro, Estava em sua gratidão.Toda vez que ele levantava uma oração na porta do templo, um sorriso de criança se formava em sua face enrugada e assim é uma leve graça passava por toda congregação.Ele sempre começava sua oração como carpinteiro da Igreja de Moody :’ Bendito e o Senhor !’ . Para ele não tinha tempo ruim ou cinzento. Sempre estava disposto em agradecer a Deus.Há pessoas que tem uma nuvem preta pairando sobre suas cabeças. São criaturas Carregadas, pesadas -a gente percebe só de olhar.Uma tempestade esta sempre prestes a desabar sobre elas.Parecem até , que não são servos do Deus do Impossível.Com o Irmão João Feliz, parecia que a nuvem que acompanhavam o povo de Deus no deserto, estava sobre sua cabeça, lhe protegendo da insolação.Há em toda Igreja , um grupo grande de pessoas , que esta sempre olhando o lado negativo das coisas,como fez os espias de Canaã, e com isso esta sempre desanimado e desencorajado. Uma vez encontrei-me nesta posição durante o pastoreio de uma pequena congregação, onde a meses não se convertia ninguém. Quando cheguei no templo-Sede o Irmão João Feliz , perguntou-me o por que do desanimo, e lhe expliquei  a situação. Então este irmão me disse : ‘ Estude a historia de Noé, e isto lhe dará a resposta.’Assim que cheguei em casa, no silencio do quarto , segui o conselho do Irmão João Feliz , e estudei  atentamente a vida de Noé, e descobri que ele pregou durante cento e vinte anos sem conseguir convencer uma única alma para o Reino de Deus. A leitura fez-me sentir certo alivio. Orei a Deus, e no culto a noite um pobre pecador apareceu e nos pediu que orássemos por ele. E então um pensamento surgiu em minha cabeça : ‘ O velho porteiro da Igreja, alem de ser um homem Feliz, também era um homem  sábio .’ 
“Por isso , não desfalecemos ;mas ,ainda que o nosso homem exterior se corrompam , o interior contudo se renova de dia em dia. “2 Coríntios 4:16
Baruck Há Shem! Pr.Sergio Cunha

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pastores de Barro


Após completarmos dois anos de fundação do Conselho de Pastores de Tamoios, realizamos o ultimo café pastoral de 2012, e fizemos um balanço geral do crescimento da Igreja na região, com novos ministros associados, desligamentos e propostas para o ano vindouro.  Foi quando percebemos depois de conversarmos com alguns obreiros mais experientes que o exercício do ministério pastoral esta cada vez mais difícil. Como professor do Curso de Historia do Cristianismo, aprendi e sempre ensinei que através da Historia Cristã, uma certa autoridade foi garantida aos pastores, onde o poder espiritual e a autoridade são inerentes ao oficio pastoral.  De uns tempos para cá,  a liderança pastoral tem sofrido abuso continuo, que parece não ter fim, os resultados são profundamente perturbadores  Alguns pastores apresentam o trauma de liderança do nosso tempo. A autoestima pastoral tem caído verticalmente enquanto o conflito e as duvidas elevam-se sempre. Muitos pastores tem sido demitidos de suas congregações, por não atingirem o alvo de arrecadação estipuladas pelas igrejas sedes, outros são colocados a disposição por não aceitarem trabalhar como cabos eleitorais, outros deixam o ministério pastoral por não receberem o sustento necessário para suas famílias, passando a trabalhar como pedreiros, carpinteiros, taxistas, etc. já outros abandonaram  o púlpito devido a relacionamentos extra conjugais, caindo no pecado do adultério, contribuindo para a desvalorização do oficio e da autoridade do pastor evangélico. Vivemos uma crise eclesiástica de falta de autoridade. Recentemente conversei com um empresário que vivia maritalmente e se negava a casar-se. Ele disse-me que não aceitava sermões de comportamento e no que devia crer como melhor para sua família. É um sinal dos tempos. A igreja moderna onde tudo é permitido deseja bênçãos mais não aceita hoje ” dez mandamentos”.  Ao  caminharmos para a metade da década do século XXI, fica cada vez mais difícil o exercício do ministério pastoral  em completa integridade. Há uma certa banalização do Ministério, aonde muitos carregam uma carteira de Ministro do Evangelho em uma sociedade onde o relativismo ético e moral se faz crescente e a honestidade e o temor de Deus escasseia. Já não há mais como fugir da obvia verdade: “ Os pastores são tão humanos e pecadores como o povo a quem servem!” Baruch Há Shem! Sergio Cunha.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Chamados e ordenados


No final da década de 90, quando iniciamos os preparativos para a fundação da Associação de Pastores de Rio das Ostras, tendo como sede provisória o templo da Segunda Igreja Batista do Bairro Liberdade, instaurou-se uma discussão acalorada, entre quem poderia fazer parte da novel entidade, que se propunha em representar diante da sociedade e autoridades públicas o clero evangélico riostrense. Por uma questão consensual foi incluso no estatuto o adjetivo de lideres evangélicos devidamente reconhecidos pela Igreja dando margem para aceitação nos quadros de filiados aos diáconos e presbíteros, na sua maioria oficiais das denominações pentecostais que se expandiam  na cidade por todos os bairros, principalmente na periferia e zona rural enquanto que no centro , estavam erguidas as catedrais de origem reformada.  Naquela época, o pastor Francisco Gomes de Castro, líder respeitado da Associação Batista Serra Litoral e fundador de inúmeras igrejas da Região, não aceitavam a titulação pastoral de vários dirigentes de congregações das Assembleias de Deus, por não possuírem formação teológica, o que quase inviabilizou a eleição do Evangelista Luis Bento dos Santos na presidência da Associação. Pastor Castro, defensor ferrenho  da necessidade de formação teológica, alegava que no segmento pentecostal qualquer pessoa poderia ser consagrada ao ministério pastoral, sem vocação e sem preparação teológica. E, para piorar as coisas na cidade, estava sendo comercializado falsos diplomas de ordenação por um pastor estelionatário, que inclusive foi denunciado na Delegacia de Policia. Porem a discussão recorrente era: Qual a diferença entre um pastor vocacionado e um pastor ordenado? Qual a diferença entre um pastor de fato e outro de direito? A escritora Clarisse Lispector disse que: “ Vocação é diferente de Talento.  Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode ser chamado e não saber como ir”.  Você pode ter o talento da pregação o dom da oratória, porem, isto não faz de você um pastor. Você pode ser um teólogo e ler os livros originais no Hebraico, grego e aramaico, porem isto, não o torna um pastor. Alguém já disse que a diferença entre pastor chamado e ordenado está na unção. A unção vem de Deus, Ele da a quem deseja, e a quem busca. Dois pastores podem pregar o mesmo texto bíblico, mais apenas o que detém a unção do Espírito Santo, faz o homem receber e entender a graça e a misericórdia de Deus. Se você possui o chamado para o Ministério Pastoral e busca incessantemente  a unção de Deus na sua vida, prepara-se para o confronto, pois a mediocridade como enfermidade da alma vai trazer inveja sobre o Ministério que Deus lhe concedeu. Em muitas denominações ainda não se aprendeu que não se pode banalizar o ministério ou ordenação em massa de pastores, pois Deus é quem chama, escolhe, elege e determina o  verdadeiro sacerdote. O Ser humano apenas pede sinais e obedece ao chamado do Senhor. Para os estudiosos da Historia da Igreja, o principal fator de desestabilização do ministério pastoral começou com o movimento neopentecostal onde a missão do pastor teve acrescida  os adjetivos de “ Animador de auditório  relações publicas, pastor-cantor, Especialista em Marketing Religioso, pregador de Cura em troca de Dinheiro sem qualquer pudor”,  a cada dia que passa percebemos que a fronteira entre a genuína chamada Ministerial com dedicação ao Reino de Deus estão em turbulência com a secularização do Ministério da Palavra contribuindo para o desgaste e quase descrédito do Ministério, pois neste seguimento pastores são fabricados da noite para o dia, aonde neófitos na fé se auto denominam ministros do evangelho, se auto ordenam  pastores, ou se promovem “bispos”, sem nenhum preparo ou formação, trazendo divisões e rachas denominacionais e causando escândalos por falta de escrúpulos . Baruch Há Shem!  Sergio Cunha.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um pequeno conselho aos jovens pastores



Um fato interessante tem me chamado a atenção no Conselho de Pastores de Tamoios e na redação do Folha Evangélica. Está na quantidade de Jovens pregadores itinerantes, alguns ordenados pelas suas igrejas, outros não, e na sua quase maioria de origem neopentecostal, que se acham a ultima Coca-Cola do deserto ou a versão melhorada dos profetas Elias, Jeremias e João Batista. O Numero de meninos com menos de 25 anos tem inundado os púlpitos da Região com mensagens reveladoras, onde se consideram os sucessores do Apostolo Paulo, o que tem sido assustador.  Dia desses veio me procurar na minha residência um pretenso Jovem profeta, sem paradeiro, com disposição para insubmissão pastoral, típica de ovelha rebelde e com varias acusações em relação aos seus antigos pastores, que segundo ele, estariam matando seu ministério profético. É inegável o fato de que o Senhor tem levantado vários pregadores e os tem usado com poder e graça e através dos púlpitos tem abençoado muitas pessoas com o Evangelho da Salvação. No entanto, como bem declarou o pastor Renato Vargens em seu blog, muitos desses movidos por uma arrogância peculiar a juventude age muitas vezes de forma inconsequente, trazendo graves prejuízos ao Reino. Muitos desses jovens pregadores tem como ídolos evangélicos os pastores midiáticos que viajam por todo Brasil a bordo dos seus próprios jatinhos, que circulam nos seus carrões importados e são convidados dos politios mercenários. Porem esses jovens nunca dirigiram nem um ponto de pregação, jamais visitaram hospitais e presídios, nunca estiveram no campo Missionário, nunca lideraram um Grupo de Oração em casa de família, e querem ser mestres da teologia e doutores da igreja. Tratando os velhos pastores com desdem e arrogância. Confesso que me assusta perceber que vários desses jovens que se julgam possuir o Dom da oratória, não chegarão ao fim da caminhada, se continuarem arrogantes e pretensiosos. O meu desejo é que a próxima geração calce as sandálias da humildade, onde ganharão o direito de serem respeitados e ouvidos como verdadeiros pastores, ainda que jovens pois assim foi com Timóteo, o filho na Fé de Paulo. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha

domingo, 23 de dezembro de 2012

Esse cara sou eu?

Fim de ano e muitas listas dos melhores do ano começam a pipocar na mídia. Mas isso não acontece apenas na grande mídia, mas nas coisas menores como – melhor blog, mais acessado, melhor canal do youtube, mais visualização, Twitter com mais seguidores, Facebook mais curtido, compartilhado...


As listas humanas tem como objetivo nosso orgulho. Queremos ser maiores. Queremos ser melhores. Queremos poder olhar para o lado e julgarmossegundo a nossa lista...

O nosso mundo é assim, cheio de listas. Já olhou o último jornal? Livro... ? Listas por toda parte. A página de esportes está cheia delas. O melhor jogador de futebol, tênis,...

Todo ano olhamos a lista dos vencedores do Oscar. Ah! lista dos concursos de beleza. Prêmio Esso para a imprensa no Brasil, Pulitzer nos Estados Unidos...

O mundo editorial tem sua relação de livros em suas categorias - best-sellers. As listas do mundo da música com seus discos de platina, ouro, Grammy... várias premiações no Brasil e no mundo. As listas do mundo financeiro, sua lista de maiores empresas... A lista da Forbes - as pessoas mais ricas... As listas e prêmios do teatro..,

Pôxa! isso não te cansa?

O mundo religioso agora tem sua lista de superigrejas, as mais confortáveis, maiores centros de adoração, as que mais crescem, as que tem mais membros, as que tem mais artistas, as que tem mais deputados, as mais ricas...

As listas do "não olhes, não toques,..." - O objetivo de todas essas listas é o mesmos. A glória humana. Infelizmente na igreja e no mundo.

Depois de examinar cuidadosamente todas essas listas, me pergunto: Quem realmente se importa? Duvido que Deus alguma vez tenha se impressionado com o tamanho de qualquer coisa.

Seu Livro certamente coloca a qualidade acima da quantidade.

Seu Livro também subverte a idéia do que é grande: "Quem quiser tomar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva " - Estranho né? (ver Mt 20.20-28).

O contexto indica, nesse ensino de Cristo que nada há de errado no "desejo" de ser grande, desde que

(1) busquemos o tipo certo de grandeza;
(2) deixemos que Deus decida o que è grandeza;
(3) estejamos prontos a pagar o preço total que a grandeza segundo Deus exige, e (isso é fundamental!)
(4) nos contentemos em esperar pelo juízo de Deus para resolver toda a questão de quem é grande afinal.


Contudo, é vitalmente importante saber o que Cristo quis dizer quando empregou a palavra grande com relação aos homens, e o que Ele tinha em mente não se pode achar no léxico ou dicionário.

Só é bem compreendido quando visto em seu amplo cenário teológico. Ninguém cujo coração teve uma visão de Deus; por mais curta e imperfeita que essa visão possa ter sido, jamais se permitirá pensar de si ou de outrem como sendo grande. Ver Deus, quando Ele se manifesta em temível majestade aos espantados olhos da alma, fará o adorador cair de joelhos com temor e júbilo, e o encherá de tão dominante senso de grandeza divina, que só terá de clamar espontaneamente: "Só Deus é grande!"

Então vemos que obviamente há duas espécies de grandezas reconhecidas nas Escrituras - a grandeza incriada e absoluta pertencente só a Deus, e a grandeza finita e relativa conseguida ou recebida por certos amigos de Deus, que pela obediência e renúncia própria, procuraram tornar-se tão semelhante a Deus quanto possível. É essa última espécie de grandeza que devíamos estar buscando.

A essência do ensino de Cristo é que a verdadeira grandeza está no caráter, caráter esse que deve ser uma expressão da beleza infinita de Cristo,  não na capacidade ou posição. Em sua cegueira, os homens (no mundo e na "igreja ") - sempre pensaram que os talentos superiores tornam grande um homem, e é isto que a vasta maioria acredita hoje. Cristo ensinou, e por sua vida demonstrou, que a grandeza está em maiores profundidades.

Depois de Cristo ter servido (e Seu serviço incluiu a morte) "Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome". Cristo achou fácil servir porque não tinha pecado. Nada nEle se rebelava contra as mais modestas ministrações.

Todo ensino de Deus vai contra tudo que Adão é em nós. É necessário um genuíno amor a Deus para vencer essa realidade em nós. Cristo sabia onde estava a verdadeira grandeza, e nós não o sabemos.

Tentamos galgar alta posição quando Deus ordenou que fôssemos para baixo: "Quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo".
Parece, de fato, que Deus se alegra em nos fazer lembrar que coisas grandes não o impressionam. Que Sua maior glória está em alcançar a vitória apesar das dificuldades, como no caso de Davi com Golias, dos hebreus contra os egípcios no mar Vermelho, dos poucos de Gideão e do pequeno grupo de discípulos de Jesus. Mas quando estou pronto a sugerir que ignoremos as listas, encontro uma nas Escrituras; na verdade, uma porção delas!

Deus, por exemplo, não apenas faz a lista dos Dez Mandamentos, que descrevem seu caráter santo, como lista também das coisas que detesta encontrar em suas criaturas. Lembra algumas? "Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que planeja projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre ' irmãos" (Pv 6.16-19).

Paulo nos ajuda fazendo uma lista do "fruto do Espírito" (Gl 5 22,23) –
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.”

Pedro relaciona as qualidades do cristão a caminho do amadurecimento (2Pe 1.5-8),

“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.”

e João, um rol das igrejas do primeiro século que eram exemplos dignos de atenção (Ap 2:1-3.22). Há listas de qualificações para o presbítero e também para o diácono... Listas, listas e mais listas! Desde que sejam de autoria do Deus vivo, faríamos bem em ler e obedecer cada uma delas.

Apesar de Mahatma Gandhi não ter tido uma vida centrada em Cristo, nosso Senhor, sua lista, na forma de contrastes, sobre os "sete pecados capitais" merece atenção: “Riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moral ciência sem humanidade, adoração sem sacrificio, política sem princípios” Muito bom! Mas essa é uma lista apenas para ser lida! Se fixe nas listas do teu Deus!

Lembrei de uma essencial - Leia com atenção e devagar (Miquéias 6.8) - Notem o aprofundamento dos conceitos. Andar com Deus. Andar humildemente com Deus. Andar humildemente com teu Deus. Miquéias explicita os princípios absolutos ''exigidos" pelo Senhor. Sopre a poeira sobre a lista de Miquéias: "Praticar a justiça, amar a misericórdia, andar humildemente com teu Deus".
 

E aí, esse cara sou eu? Esse cara é você?      JOSEMAR  BESSA

sábado, 22 de dezembro de 2012

Alair Correa: Escrevendo sua historia.


No inicio de minha carreira jornalística tive o privilegio de entrevistar Leonel Brizola, após seu regresso do Uruguai, durante uma palestra no colégio das irmãs no bairro da Posse  em Nova Iguaçu, e depois muitos anos, já como Governador do Rio de Janeiro no auditório da UENF, em Campos dos Goytacazes , onde com suas tiradas históricas arrancou aplausos da juventude universitária com sua coragem e determinação ajudando a construir a historia política do Brasil em busca da democracia. Ao longo da minha vida profissional, tive oportunidade de conhecer grandes personalidades da nossa historia política. O que torna grande um personagem histórico é a combinação das suas qualidades com os desafios que a política e a vida colocam em seu caminho.  É a virtude articulada as circunstancias, como afirmava Maquiavel no século XV.  E a coincidência aliada a conversa. A tenacidade de Brizola contra tudo e contra todos na defesa da bandeira trabalhista, foi comovente.  Suas grandes pelejas e sem temor de enfrentar desafios, manteve uma briga com parte da mídia, que acabou por distorcer muito da sua imagem. Porém, nada disso impediu dele escrever sua historia de vitorias. 
    Já Ulisses Guimarães, o “ Senhor das Diretas”, o Pai da Constituinte, garantiu sua imortalidade e entrou para historia, quando da sua anticandidatura a presidência da Republica em 1974. Com uma decisão corajosa, que mudou os rumos do processo político de abertura democrática. Ao proporcionar a vitoria do PMDB, para o Senado em 22 Estados da Federação. No plano regional, no interior fluminense quero citar com reverencia o nome do maior político vivo da cidade polo da Região dos Lagos, que conheci pessoalmente em abril de 2012, onde fui fazer uma entrevista para os  jornais Agora e Folha Evangélica. Alair Correa a despeito de todas as dificuldades criadas pelos governos municipal, estadual e federal, além do poder econômico avassalador, com muita convicção estampada nos seus olhos azuis e no alto dos seus 69 anos na época, declarava: “ Vou ganhar meu oitavo mandato publico, e o quarto de Prefeito de Cabo Frio, pois o coração do povo continua batendo forte para mim”. Alair Correa soube compreender o momento e fez a historia acontecer ganhando com a uma vitoria acachapante do mau discípulo pedetista, e ganhando também em Brasília por 6x0, confirmando sua historia de político destemido e vitorioso. Alair Correa teve a capacidade de vislumbrar o futuro com clareza e visão de águia, A paciência para esperar a hora de agir e a competência para projetar os caminhos que o conduziria ao objetivo da Vitoria. E assim alterar os destinos de uma cidade e uma região, garantindo seu lugar na historia. A dimensão humana de Alair e a sua consequente estatura histórica são medidas pelo perdão dado ao seus detratores e aos amigos do poder,  que lhe perseguiram e tentaram macular sua biografia política, porem não conseguiram fazê-lo renunciar as promessas de Deus para sua vida. Quantos teriam sido capazes de tal atitude? Alair Correa garantiu seu lugar nos livros, entretanto ainda não terminou de escrever sua participação efetiva no coração do povo. Vamos aguardar os próximos passos do Velho menino do Vila Nova, com sua historia de lutas e vitorias, já que como ele mesmo afirma: “ Deus permitiu que o velhinho voltasse”, para trabalhar por cabo Frio nos braços do povo para continuar fazendo Historia.  Sergio Cunha.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Quase impossível arte de pedir desculpas


Como jornalista atuando na editoria de jornais por mais de 20 anos, inúmeras vezes cometi erros vergonhosos com noticias e informações errôneas. Porem,  na edição seguinte enquanto redator sempre procurei corrigir o erro com pedido de desculpas aos leitores.  Já na vida pastoral, poucas vezes subi ao púlpito para pedir desculpas as ovelhas que Jesus mandou que eu apascentasse. Os pastores de um modo geral encontram grande dificuldade de reconhecerem seus erros ministeriais com humildade necessária. Creio que isto, tem acontecido na historia da Igreja Crista através dos Séculos, a difícil arte de pedir desculpas, principalmente quando um líder religioso ocupa uma posição de destaque no cenário nacional ou estadual. Em junho de 1633, o Santo Oficio da Igreja Católica Romana, condenou o astrônomo italiano Galileu, por apoiar a teoria Heliocêntrica de Nicolau Copérnico . Depois de Três Séculos o Papa João Paulo II pediu desculpas e declarou que: “ Galileu é um exemplo para todos nos, inclusive para a Igreja”. Em outubro de 1553, o pequeno Conselho de Genebra na Suíça com o parecer favorável das igrejas Reformadas, condenou a fogueira o medico espanhol Miguel Servetus , por heresias. Quem redigiu as 39 acusações contra Servetus foi o reformador Frances João Calvino.  Entretanto no dia do terceiro centenário da morte de Servetus, os calvinistas pediram desculpas por terem agido assim e ergueram uma pedra no lugar da morte de Servetus, com a seguinte inscrição: “Como filhos reverentes e agradecidos de Calvino, nosso grande reformador, repudiamos seu erro, que foi o erro de sua época, e, de acordo com os verdadeiros princípios da Reforma e do evangelho apegando-nos a liberdade de consciência erigimos este monumento de reconciliação neste 27° dia de outubro de 1903.” Há cerca de 2 milênios as autoridades de Filipos, uma cidade da antiga Macedônia , Atual Grécia, mandaram açoitar e prender Paulo e Silas, sem qualquer processo formal. Mais no dia seguinte, ao saber que eles eram cidadões Romanos os pretores da cidade foram ao encontro dos apóstolos e lhes pediram desculpas, relachando-lhes a prisão. ( Atos 16.39). Para muitos pastores o pedido de desculpas é um sinal de fraqueza, devido a sua posição religiosa e orgulho. Porem, segundo o ensinamento Bíblico é uma virtude, infelizmente, muito rara nos dias da Igreja Atual. O pedido de desculpas é uma necessidade, uma obrigação para quem é servo, pois Senhor somente existe um, Jesus.  Na historia do Cristianismo há muitos crimes não confessados. A muitos pecados ocultos, que haverão  de ser revelados. Há muitos lideres ainda atormentado pelo erro praticado, que não sabem e não querem pedir desculpas. Caim morreu sem pedir desculpas por ter assassinado Abel. Hitler matou-se sem pedir desculpas pela morte de quase 50 milhões de pessoas durante a II Grande Guerra Mundial.  Muitos outros estão morrendo sem pedir desculpas. Quando é que alguns pastores que se acham dono de rebanho e perseguem aqueles que são contrários a sua visão de reino, vão pedir desculpas? Quando é que pastores que trocam o púlpito pelo palanque, que trocam a visita da ovelha doente pelo jantar no palácio do Rei, vão pedir desculpas ao rebanho de Cristo? Quando é que pastores que adoram a Mamon, enganam as viúvas e os órfãos pregando a falsa teologia da prosperidade como mandamento de Deus, vão pedir desculpas a Noiva do Cordeiro? Quando é que os pastores adúlteros vão pedir desculpas? Quando é que os responsáveis pela moral solta, relativização  do pecado, e negação do inferno vão pedir desculpas? O que Sera deles ? não se pode esperar muito, desde que há um Deus vivo e justo, que visita a maldade dos homens, especialmente daqueles seus crimes e nunca pedem desculpas. O pedido de desculpas abre as portas da reconciliação, do perdão, da salvação. Não havendo em vida pedido de desculpas e fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvario, também não há salvação. O que se segue para quem não consegue pedir perdão, não é outra coisa senão o inferno descrito na Palavra de Deus. Baruch Há Shem!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Porque eu não creio em apóstolos contemporâneos.




Há quem defenda que nos dias de hoje Deus tem levantado uma geração apostólica, restaurando “ministérios perdidos” durante séculos através de novos apóstolos, supostamente com os mesmos poderes (e até maiores) que os escolhidos por Jesus na igreja primitiva. Muitos deles chegam a declarar novas revelações extrabíblicas, curas e milagres extraordinários, liberando palavras proféticas e unções especiais, vindas diretamente do “trono de Deus” para a Igreja. Seus seguidores constantemente ouvem o termo “decretos apostólicos”, dos quais afirmam que uma vez proclamados por um apóstolo, há de se cumprir fielmente a palavra profética, pois o apóstolo é a autoridade máxima da igreja, constituído diretamente por Deus com uma unção especial diferenciada dos demais membros.

No site de uma "conferência apostólica" ocorrida há alguns anos, narraram à seguinte declaração de um apóstolo contemporâneo: “A segunda noite de mover apostólico invadiu os milhares de corações presentes nesta segunda noite de Conferência Apostólica 2006. Com a ministração especial do Apóstolo Cesar Augusto a respeito do “Ser Apostólico”, todos ficaram impactados com mais esta revelação vinda direto do altar do Senhor para seus corações. Ser Apostólico é valorizar a presença de Deus, é ser fiel, é crer que Deus pode transformar, é ter uma unção especial para conquistar o melhor da terra e, por fim, é crer que Deus age hoje em nossas vidas. [...] Todos saíram do Ginásio impactados por esta revelação, saíram todos apostólicos prontos para conquistar o Brasil e o mundo para Jesus.” [1]

Peter Wagner, um defensor do apostolado contemporâneo, define o dom de apóstolo nos dias de hoje da seguinte forma: "O dom de apóstolo é uma habilidade especial que Deus concede a certos membros do corpo de Cristo, para assumirem e exercerem liderança sobre um certo número de igrejas com uma autoridade extraordinária em assuntos espirituais que é espontaneamente reconhecida e apreciada por estas igrejas. A palavra chave nesta definição é AUTORIDADE, pois isto nos ajuda a evitar um erro muito comum que as pessoas fazem ao confundirem o dom do apóstolo com o dom de missionário." [2]

Com estas declarações, podemos deduzir logicamente duas coisas: Ou o ministério apostólico contemporâneo é uma realidade na Igreja nos últimos dias, ou estamos diante de uma grande distorção bíblica, na qual precisa ser rejeitada e combatida urgentemente. Se a primeira hipótese estiver correta, então obviamente não devemos questioná-los, além de aceitar como verdade de Deus tudo o que vier dos mesmos. Caso contrário, resta-nos rejeitar totalmente as palavras e as reivindicações proféticas destes apóstolos contemporâneos por serem antibíblicas.

Para ter plena certeza do que se trata, não existe alternativa a não ser partir para a análise bíblica, pois a Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e conduta, base normativa absoluta para toda e qualquer doutrina. Portanto, da mesma forma que os bereianos de Atos 17:11 fizeram quando receberam as palavras do Apóstolo Paulo, devemos também analisar esta questão sob à luz das escrituras.

A primeira pergunta que devemos fazer é: existem apóstolos nos dias de hoje? Para chegar à resposta, primeiramente precisamos entender quem foi os apóstolos na igreja primitiva. Para tanto, é necessário verificar o fator etimológico da palavra Apóstolo. Biblicamente, esta palavra significa “enviado, mensageiro, alguém enviado com ordens” (grego = apostolos), é utilizada no Novo Testamento em dois sentidos: 1º - Majoritariamente de forma técnica e restrita aos apóstolos escolhidos diretamente por Cristo; 2ª - Em sentido amplo, para casos de pessoas que foram enviadas para uma obra especial. Neste último, a palavra utilizada provém da correlação verbal do substantivo “apóstolo” e o verbo em grego “enviar” (grego = apostello).[3] Das 81 vezes que a palavraapóstolo e suas derivações aparecem no texto grego do Novo Testamento, 73 vezes é utilizada no sentido restrito ao grupo seleto dos 12 apóstolos de Cristo, apenas 7 vezes no sentido amplo (Jo 13:16, 2Co 8:23, Gl 1:19, Fl 2:25, At 14:4 e 14, Rm 16:7) e uma vez para Jesus Cristo em Hb 3:1. [4]

Podemos perceber que, em tese, qualquer pessoa que é “enviada” para um trabalho missionário é um apóstolo. Porém, os problemas aparecem quando alguém propõe para si a utilização do termo no sentido restrito ao ofício de apóstolo.

Biblicamente, havia duas qualificações específicas para o apostolado no sentido restrito: 1ª – Ser testemunha ocular de Jesus ressurreto (Atos 1:2-3, 1:21-22, 4:33 e 9:1-6; 1Co 9:1 e 15:7-9); 2º - Ter recebido sua comissão apostólica diretamente de Jesus (Mt 10:1-7, Mc. 3:14, Lc 6:13-16, At 1:21-26, Gl 1:1 e  1:11-12 ). Este fato leva-nos a questionar: quem comissionou os apóstolos contemporâneos?

Depois da ressurreição, Jesus apareceu para os apóstolos comissionados por ele próprio e também para várias pessoas, sendo Paulo o último a vê-lo: “Depois foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. Porque eu sou o menor dos apóstolos...” (1Co 15:7-9). No grego, as palavras “depois de todos” éeschaton de pantwn, que significa literalmente “por último de todos”. [5]

Paulo foi o último apóstolo comissionado por Jesus (At 9:1-6). Posteriormente, não encontramos base bíblica para afirmar que exista uma sucessão ou restauração ministerial de apóstolos. Todas as tentativas para justificar uma suposta restauração do ofício apostólico nos dias de hoje, partiram de interpretações alegóricas, isoladas e equivocadas de textos bíblicos.[6] Na história da igreja, não temos nenhum grande líder utilizando para si o título de apóstolo. Papias e Policarpo, que eram discípulos dos apóstolos e viveram logo após o ministério apostólico, não utilizaram esse título. Nem mesmo grandes teólogos e pregadores da história como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Whitefield, Spurgeon - entre tantos outros, utilizaram para si o título de apóstolo.

Os apóstolos tiveram um papel fundamental para o estabelecimento da Igreja. Nesta construção, Jesus foi a pedra angular e o fundamento foi posto pelos apóstolos e profetas, conforme descrito em Efésios 2:19-20: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. Esta passagem é o contexto direto de Efésios 4:11“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”. Ora, se já temos o alicerce pronto, qual a necessidade de construí-lo novamente? Na verdade não há possibilidade, pois tudo o que vier posteriormente deverá ser estabelecido sobre esta base, conforme alertado pelo apóstolo Paulo: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1Co 3:10-11)

Como fundamento da Igreja, os apóstolos possuíam plena autoridade dada pelo próprio Jesus Cristo para designar suas palavras como Palavra de Deus para a igreja em matéria de fé e prática. Através desta autoridade apostólica mediante o Espírito Santo é que temos hoje o que conhecemos como cânon do Novo Testamento, escritos pelos apóstolos. Além disso, faziam parte das credenciais dos apóstolos: operar milagres e sinais extraordinários como curas de surdos, aleijados, cegos, paralíticos, deformidades físicas, ressurreições de mortos etc. (2Co 12:12). Eu creio que Deus opera curas em resposta à orações conforme a vontade soberana d’Ele, porém não creio que as mesmas aconteçam através do comando verbal de novos apóstolos, da mesma forma que era feito pelos apóstolos na igreja primitiva de forma extraordinária.

Outro grande problema que encontramos no título de apóstolo nos dias de hoje é que, automaticamente as pessoas associam o termo aos 12 apóstolos de Jesus. Quem lê o Novo Testamento, identifica a grande autoridade atribuída ao ofício de apóstolo e consequentemente esta autoridade será ligada aos contemporâneos. Quem reivindica o título de apóstolo, biblicamente está tomando para si os mesmos ofícios dos apóstolos comissionados por Jesus, colocando as próprias palavras proferidas ou escritas em pé de igualdade e autoridade dos autores do Novo Testamento. Afinal, os apóstolos tinham autoridade para receber revelações diretas de Deus e escrevê-las para o uso da Igreja. Se admitirmos que existam “novos apóstolos”, devemos assumir que a Bíblia é insuficiente e que as palavras dos contemporâneos são canônicas, o que é absolutamente impossível e antibíblico!

Não podemos deixar de citar o festival de misticismo antibíblico praticado por muitos apóstolos contemporâneos, tais como: atos proféticos, novas unções, revelações extrabíblicas, maniqueísmo, manipulação e coronelização da fé através do conceito "não toqueis nos ungidos", judaização do evangelho etc. Além disso, o próprio modo de vida deles mostra o oposto dos originais, os apóstolos de Cristo tiveram vida humilde, foram presos, açoitados, humilhados e todos (com exceção de Judas Iscariotes que suicidou-se e João que teve morte natural) morreram martirizados por pregarem o evangelho. Ao contrário disso, os contemporâneos vivem uma vida com patrimônios milionários, conforto e prosperidade financeira. Quando sofrem algum tipo de "perseguição", as mesmas são decorrentes à contravenções penais com a justiça.

Após esta breve análise, concluo que não há apóstolos hoje! O apostolado contemporâneo é uma distorção bíblica gravíssima que reivindica autoridade extrabíblica, da mesma forma que a sucessão apostólica da Igreja católica romana e os Mórmons. Por isso, devemos rejeitar a “restauração” do ofício apostólico, pois os apóstolos contemporâneos não se encaixam nos padrões bíblicos que validam o apostolado, bem como não existe base bíblica que autorize tal restauração.
Por Ruy Marinho

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Valor precioso da humildade


Um dos pecados que mais tem destruído a vida ministerial de inúmeros pastores, o qual a bíblia condena e a igreja não aceita, está no adultério, e em segundo lugar a corrupção com desvio dos dízimos e ofertas.  Porém, existe um sentimento que tem assolado o coração de muitos pastores, que os tem levado a todos os demais pecados; Trata-se do: Orgulho,  um estado mental totalmente anti Deus. Certa vez, ouvi de um pastor pentecostal, presidente de uma grande igreja na região, seu orgulho em pertencer a nata pastoral, como um verdadeiro príncipe da igreja, depois de muitos anos servindo como diácono. C.S.Lewis , um dos gigantes intelectuais cristão do século XX declarou que: “ è a comparação que nos torna orgulhosos: O prazer de estar acima das pessoas. Onde a pessoa orgulhosa esta sempre olhando os outros de cima par abaixo e não consegue enxergar o que se encontra acima de você”. Podemos observar que todo pastor orgulhoso, mesmo quando conquistou mais do que poderia desejar, tentará conseguir sempre mais só para garantir o seu poder. O orgulho pastoral tem se tornado um câncer espiritual, corroendo a possibilidade de amor e contentamento das ovelhas em relação ao pastor. Uma das funções mais humildes na escala social de Israel estava no pastoreio de ovelhas. Moises abriu mão de ser príncipe do Egito para tornar-se pastor das ovelhas de Jetro, seu sogro, aprendendo a ser humilde e manso. Davi, foi ungido Rei para suceder Saul, quando estava apascentando as ovelhas de seu pai Jessé, o belemita. Está provado que o orgulho não vem da nossa natureza animal, mais diretamente do inferno, ele é puramente espiritual, e , por isso, e o mais sutil e mortal. Todo pastor orgulhoso gosta de ostentar poder, gloria e riqueza e costuma esmagar as formigas que atravessam seu caminho, porem, se esquecem, que na roda da vida, um dia essas formigas estarão comendo sua carne, quando ele retornar ao pó.  O verdadeiro homem de Deus é humilde e simples de coração. “ Bem aventurados os humildes de Espírito, porque deles é o Reino dos Céus” ( Mateus 5.3). Uzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá no oitavo Século antes de Cristo, como esta escrito no livro de II Cronicas 26. Uzias começou bem, ele respeitava o Senhor e sua Palavra, e Deus o abençoou grandemente. O Reino se expandiu e Uzias conseguiu derrotar todos os seus inimigos, sua reputação se espalhou, ficou famoso e poderoso. Foi então, que tudo mudou: “ Mais, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso”. ( II Crônicas 26.16). Esse papel estava reservado apenas para o sacerdote, porem Uzias resolveu assumir uma função extra. O Senhor puniu Uzias com a lepra pela sua arrogância, seu filho assumiu os negócios do Estado e o leproso Uzias ficou isolado em sua casa pelo resto de sua vida.  Que possamos fugir da lepra da arrogância de Uzias e possamos ter a simplicidade de coração necessário a um homem de Deus. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Qual é o teu Herói ?



No meu tempo de infância, em Belford Roxo na Baixada Fluminense, o passa tempo preferido no Morro das Palmeiras das crianças do sexo masculino, superando de longe o futebol em números de adeptos, era brincar de mocinho e bandido. Tratava-se de uma reprodução dos filmes enlatados americanos, cujo resultado final o mocinho sempre vencia e o bandido acabava preso para a nossa alegria infantil. No âmbito na Igreja Batista Central na rua Lucia, após o rápido intervalo entre a escola dominical e o sermão de domingo pela manhã, tínhamos também nossos heróis bíblicos, onde o campeão era sem duvida, o pequeno pastor de ovelhas ruivos e canhoto Davi, derrotando o gigante filisteu Golias. Em segundo lugar no Ranking da garotada pelo menos na minha época estava o profeta Elias no monte Carmelo derrotando os profetas bandidos de baal. Com o tempo, as crianças se tornaram adolescentes e passamos a ter como heróis de carne e osso nossos pastores e missionários aos povos não alcançados. As noticias das ultimas semanas sobre a prisão de alguns pastores por corrupção e gestão fraudulenta no estado do Espírito Santo, me fez pensar naqueles folguedos infantis. Onde foram parar nossos heróis que enfrentavam o inferno para a Gloria de Jesus? O Brasil esta perguntando: - Pode-se confiar na igreja ? – e como respondemos e tão importante como o quê respondemos. Durante cinco séculos pastores e profetas vem dizendo ao Brasil que reconheçam seus pecados arrependam-se e creia no evangelho. Hoje, o Brasil diz a Igreja que enfrente seus pecados, arrependa-se e comece a ser a verdadeira igreja desse evangelho. Desde que me tornei adulto e fui separada ao ministério da Palavra, troquei do herói bíblico Davi , mesmo com todo seu glamour para Jeremias, o profeta chorão com suas palavras contemporâneas: “ Mais nos profetas de Jerusalém vejo coisa horrenda; cometem adultério, andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam cada um da sua maldade; todos eles se tornaram para mim como Sodoma, e os moradores de Jerusalém como Gomorra... Porque dois profetas de Jerusalém se derramou a impiedade sobre toda a terra” ( Jeremias 23.14-15). Um fato que me chama atenção na vida de Elias Jeremias e João Batista está na integridade de caráter, qualidade essencial para ser um herói da fé. Mais afinal de contas, qual é o teu herói ? Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pastores Inconformados


 Nos primórdios da Igreja Evangélica brasileira, a confrontação ao pecado era pratica comum dos sacerdotes e profetas levantados por Deus, e o evangelho crescia transformando vidas com amor e a graça redentora de Jesus. A igreja de Cristo neste período ganhou credibilidade e o respeito ate mesmo dos seus inimigos. Porem com a banalização do pastorado em alguns seguimentos denominacionais estou vendo diante das ultimas noticiais na mídia, de que muito da decadência moral e ética que nossa geração enfrenta se deve ao fato de que a um certo tempo atrás, vários ministros outrora protestantes, optaram pelo conformismo ao contratrio da confrontação. Escolhemos a zona de conforto, no consenso no lugar da convicção. Em muitos lugares temos seguido as leis das corporações eclesiásticas, em vez de obedecermos a Deus e as suas leis. Como bem declarou o escritor egípcio Michel Youssef : “ A Igreja está se tornando um simples reflexo da sociedade, com cada vez menos pessoas amando e obedecendo a Deus, servindo-o e tornando-o conhecido.  O culto de domingo pela noite se transformou num show, onde as pessoas aparecem na igreja para serem entretidas pelos músicos e pelo pastor animador. A maioria da congregação não quer participar ou assumir qualquer tipo de compromisso. Estamos vivendo dias, em que nossas igrejas precisam de pastores inconformado como Jeremias e João batista, servos do Senhor que defendiam a verdade com coragem e não se deixavam intimidar pela multidão. Precisamos do tipo e pregadores descritos pelo fundador do Metodismo João Wesley: “Dê-ME CEM PREGADORES QUE NADA TEMAM A NÃO SER O PECADO E QUE NADA DESEJEM A NÃO SER DEUS, SEJAM ELES PASTORES OU LEIGOS; ELES SOZINHOS, ABALARAM AS PORTAS DO INFERNO E ESTABELECERÃO O REINO DE DEUS NA TERRA”. Precisamos cavar de novo os velhos poços e chama-los pelos mesmos  antigos nomes. Gêneses 26.18. Deus deseja usar os inconformado que tenham a disposição de se entregar ao serviço do Reino. Uma maravilhosa ilustração desse principio vem da vida de Olliver  Cromwell, que foi o 1Ministro da Inglaterra no Século XVII  durante a Guerra Civil, e o tesouro nacional britânico teve falta de prata para cunhagem de moedas para o reino Inglês, Cromwell enviou alguns de seus homens para viajar por todo reino afim de trazer prata para ser usado pelo governo. A delegação relatou a Cromwell que a única prata que encontraram estava nas estatuas dos santos nas igrejas da Inglaterra. – O que devemos fazer? – perguntaram eles ao seu líder.  a resposta foi: Vamos derreter os santos e coloca-los em circulação entre o povo.  Da mesma maneira Deus, deseja colocar pastores inconformados em circulação, porem antes ele vai derretê-los . Baruch Há Shem! Pr. Sergio Cunha.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A PROFUNDA SUPERFICIALIDADE DE NOSSOS DIAS


Uma das características que melhor definem a época da História em que vivemos é a superficialidade. Somos pensadores superficiais. Somos cristãos superficiais. Aliás, eu diria até que somos profundamente superficiais. Claro que ser “profundamente superficial” é o que chamamos de um oximoro – uma expressão que se contradiz e, ao fazê-lo, afirma uma contradição. Assim como “água seca”, ou uma “verdadeira mentira”, “profunda superficialidade” soa como um absurdo. Mas é isso mesmo o que somos. Pois somos superficiais até as mais profundas profundezas da nossa alma. Não importa quão profundamente cavemos na nossa alma contemporânea, nunca chegamos a algo que seja substancial. Tudo é superficial. Nossos sentimentos mais profundos são superficiais. Nossas paixões mais arrebatadoras são superficiais, efêmeras, passageiras. Somos pessoas cuja alma se assemelha a uma floresta inteiramente composta por árvores sem raízes. Por mais que você consiga adentrar os recônditos mais escondidos da floresta, não achará uma árvore que tenha firmeza. Pois, sem raízes, qualquer uma delas é facilmente arrancada pelo vento e substituída.
Essa constatação não significa que não tenhamos sentimentos fortes. Temos. Não quer dizer que nossas atitudes não sejam profundamente sentidas. São. Mas todas as profundezas do nosso ser, de nossos sentimentos e das nossas atitudes são, em última análise, superficiais.
Tomemos como exemplo a postura atual da maioria da sociedade brasileira contra a homofobia. “Todos” se dizem profundamente inconformados com os “tão intolerantes” cristãos. Afinal, “todos sabem” que qualquer opção de vida que um indivíduo faça é seu direito e é algo “absolutamente normal”. Esse é o discurso feito em público. Só que o bloco político que fez da sua campanha a defesa dos homoafetivos foi derrotado nas urnas de uma maneira tão absoluta e humilhante que ninguém quer falar a respeito do assunto. Na hora do “vamos ver”, da defesa política da opção dessas pessoas, ninguém compareceu. Multidões aparecem para fazer uma parada festiva. Mas, na hora de transformar esse discurso em ação… nada. E, quando não há um gay por perto, a grande maioria dos que os defendem não hesita em fazer piadas sobre os seus trejeitos.
Mas não sejamos duros com os que não compartilham da nossa fé. Afinal, vivemos numa casa cujo telhado também é de vidro. Se começarmos a jogar pedras, estilhaços vão voar para todos os lados.
Vejo pessoas demonstrarem uma enorme paixão ao defender o culto “gospel”, com todas as suas manifestações emotivas e bombásticas, e que afirmam ter um profundo “amor” para com Deus e seu Filho, Jesus Cristo, para não mencionar também o Espírito Santo. Derramam lágrimas. Fiéis se prostram e até se arrastam pelo chão, rugindo como leões. Muitos abanam os seus braços numa comoção em massa, enquanto alguém grita ao microfone algo sobre render honra, glória e louvor ao Deus Altíssimo, criador dos céus e da terra.
Pouco tempo depois, muitos (sim, muitos) estão tomando umas e outras no barzinho e contando piadas sujas. Não são poucos os jovens que até terminam no motel uma noitada após um “cultaço”. Sua paixão profunda no culto não passa de uma profunda superficialidade. Sim, porque não há ligação entre uma paixão e a outra. Arrebatados pelo culto, são, em seguida, igualmente arrebatados pelos seus instintos mais baixos, traindo tudo o que o culto deveria representar.
Leio a lista dos interesses que pessoas escrevem em seu perfil do Facebook e me espanto. Enquanto dizem “curtir” o reverendo Paul Washer, “curtem” programas de televisão que promovem sexo ilícito e toda sorte de perversão, justo aquilo que o reverendo Washer combate tão claramente: True Blood, Sexo sem compromisso, Friends, Vampire Diaries, Crepúsculo e uma infinidade de filmes e seriados que vomitam sua imundície sobre o mundo todo. Qualquer um que fizesse um estudo do perfil da maioria dos jovens que povoam a nação virtual teria que chegar à conclusão de que são insanos, hipócritas, e ímpios disfarçados de crentes. E é exatamente o que são. Iludem-se ao pensar que podem ser amigos do mundo e também de Deus.
Seus corações não estão alicerçados em Jesus. Sua paixão por Cristo é tão profundamente superficial como sua paixão pelas inúmeras cores de esmalte (que é a moda atual entre as mocinhas de Cristo) ou por sapatos – sim, sapatos. De cabeças ocas e corações esfacelados, vivem sendo arrebatados pela última novela (sim, porque isso é normal e achar que não é torna-se legalismo), moda, filme ou música. Põem Jesus Cristo ao lado de Lady Gaga nas suas páginas de “curtir”.
É insano. Uma geração sem moral, sem raízes e sem um norte.
Mas… será que são todos assim? Claro que não. Alguns estão começando a pensar. Alguns estão começando a se questionar. Nem tudo está perdido. Mas a maioria, lamento dizer, está.Walter McAlister

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Como misturar “tudo posso” com “naquele que me fortalece”?

A posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal, na última semana, contou com uma contribuição, digamos, teológica. Em meio aos cumprimentos, a mãe do novo presidente foi incisiva: “O que eu dei foi oração, ele lutou por conta própria". A frase faz sentido. Tanto por conta da conhecida história de superação do filho célebre, como pela ênfase na vida de oração da mãe piedosa.

Não posso imaginar a ginástica teológica – e menos ainda a emoção – da mãe do primeiro negro a comandar a mais alta corte do país. Mas é preciso confessar: nem sempre oramos “como se tudo dependesse de Deus”. E nem sempre “trabalhamos, como se tudo dependesse de nós”.
Numa época em que a busca pelo sucesso é quase uma obsessão, a receita apresentada por dona Benedita Barbosa foi: oração e esforço próprio. O equilíbrio não é fácil. Quase sempre dizemos “tudo posso” e raramente falamos “naquele que me fortalece”, especialmente se pensamos que podemos alguma coisa.
Lembrar Neemias, modelo decantado de liderança cristã, pode nos ajudar. Logo nos primeiros capítulos é possível perceber que ação e oração não são opções excludentes. E, depois de ter portas abertas e a manifestação clara de Deus sobre os seus planos, ele continua: “Nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos” (Ne 4.9).
Enfim, não é possível esgotar o assunto. Mas, no livro dos Salmos, Davi nos conta algumas histórias exatamente como as ouviu dos seus pais, e ele sabia para que lado pendia a balança: “Não foi pela espada que conquistaram a terra, nem pela força do braço que alcançaram a vitória; foi pela tua mão direita, pelo teu braço, e pela luz do teu rosto, por causa do teu amor para com eles” (Sl 44.3). E, por falar em balança, o próprio Deus faz uma pergunta constrangedora a ninguém menos do que Jó: “Você ainda compara a sua força com a de Deus?” (Jó 40.9).Marcos Bontempo

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Opção pela Comunhão


 O desejo de união na igreja é quase tão antigo quanto a própria pregação do evangelho. Em Tamoios no Segundo Distrito de Cabo Frio, onde sua falta é um grande obstáculo para o testemunho de cerca de 144 igrejas das mais diferentes denominações, alcança-las é quase uma utopia, mais, como tudo é possível ao que crê, os evangélicos tamoienses deram um passo decisivo pela luta desse ideal no dia 30 de outubro de 2010, em uma Assembleia realizada no templo da Segunda Igreja Batista de Aquarius. Os desafios nestes dois anos foram imensos, especialmente o de atrair pentecostais e tradicionais com visão de Reino de Deus. Uma das principais preocupações da atual diretoria está em não repetir os erros do passado, quando lideranças carismáticas usaram o conselho para buscar a ocupação de cargos políticos em beneficio particular. Para tanto, foi acordado que qualquer membro do colegiado que desejar alçar uma candidatura política, devera se desligar da diretoria. O Conselho não é uma corporação pastoral com excesso de personalismo, mais sim, fruto de um processo histórico e da consulta dos lideres evangélicos de Tamoios visando a unidade do Corpo de Cristo, explica o Pr.Sergio Cunha, editor do primeiro jornal evangélico da região.