sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pastores de Barro


Após completarmos dois anos de fundação do Conselho de Pastores de Tamoios, realizamos o ultimo café pastoral de 2012, e fizemos um balanço geral do crescimento da Igreja na região, com novos ministros associados, desligamentos e propostas para o ano vindouro.  Foi quando percebemos depois de conversarmos com alguns obreiros mais experientes que o exercício do ministério pastoral esta cada vez mais difícil. Como professor do Curso de Historia do Cristianismo, aprendi e sempre ensinei que através da Historia Cristã, uma certa autoridade foi garantida aos pastores, onde o poder espiritual e a autoridade são inerentes ao oficio pastoral.  De uns tempos para cá,  a liderança pastoral tem sofrido abuso continuo, que parece não ter fim, os resultados são profundamente perturbadores  Alguns pastores apresentam o trauma de liderança do nosso tempo. A autoestima pastoral tem caído verticalmente enquanto o conflito e as duvidas elevam-se sempre. Muitos pastores tem sido demitidos de suas congregações, por não atingirem o alvo de arrecadação estipuladas pelas igrejas sedes, outros são colocados a disposição por não aceitarem trabalhar como cabos eleitorais, outros deixam o ministério pastoral por não receberem o sustento necessário para suas famílias, passando a trabalhar como pedreiros, carpinteiros, taxistas, etc. já outros abandonaram  o púlpito devido a relacionamentos extra conjugais, caindo no pecado do adultério, contribuindo para a desvalorização do oficio e da autoridade do pastor evangélico. Vivemos uma crise eclesiástica de falta de autoridade. Recentemente conversei com um empresário que vivia maritalmente e se negava a casar-se. Ele disse-me que não aceitava sermões de comportamento e no que devia crer como melhor para sua família. É um sinal dos tempos. A igreja moderna onde tudo é permitido deseja bênçãos mais não aceita hoje ” dez mandamentos”.  Ao  caminharmos para a metade da década do século XXI, fica cada vez mais difícil o exercício do ministério pastoral  em completa integridade. Há uma certa banalização do Ministério, aonde muitos carregam uma carteira de Ministro do Evangelho em uma sociedade onde o relativismo ético e moral se faz crescente e a honestidade e o temor de Deus escasseia. Já não há mais como fugir da obvia verdade: “ Os pastores são tão humanos e pecadores como o povo a quem servem!” Baruch Há Shem! Sergio Cunha.

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