Após completarmos dois anos de fundação do Conselho de
Pastores de Tamoios, realizamos o ultimo café pastoral de 2012, e fizemos um
balanço geral do crescimento da Igreja na região, com novos ministros
associados, desligamentos e propostas para o ano vindouro. Foi quando percebemos depois de conversarmos
com alguns obreiros mais experientes que o exercício do ministério pastoral
esta cada vez mais difícil. Como professor do Curso de Historia do Cristianismo, aprendi e sempre ensinei que através da Historia Cristã, uma
certa autoridade foi garantida aos pastores, onde o poder espiritual e a
autoridade são inerentes ao oficio pastoral.
De uns tempos para cá, a
liderança pastoral tem sofrido abuso continuo, que parece não ter fim, os
resultados são profundamente perturbadores Alguns pastores apresentam o trauma
de liderança do nosso tempo. A autoestima pastoral tem caído verticalmente
enquanto o conflito e as duvidas elevam-se sempre. Muitos pastores tem sido
demitidos de suas congregações, por não atingirem o alvo de arrecadação
estipuladas pelas igrejas sedes, outros são colocados a disposição por não aceitarem
trabalhar como cabos eleitorais, outros deixam o ministério pastoral por não receberem
o sustento necessário para suas famílias, passando a trabalhar como pedreiros,
carpinteiros, taxistas, etc. já outros abandonaram o púlpito devido a relacionamentos extra
conjugais, caindo no pecado do adultério, contribuindo para a desvalorização do
oficio e da autoridade do pastor evangélico. Vivemos uma crise eclesiástica de
falta de autoridade. Recentemente conversei com um empresário que vivia
maritalmente e se negava a casar-se. Ele disse-me que não aceitava sermões de
comportamento e no que devia crer como melhor para sua família. É um sinal dos
tempos. A igreja moderna onde tudo é permitido deseja bênçãos mais não aceita
hoje ” dez mandamentos”. Ao caminharmos para a metade da década do século XXI,
fica cada vez mais difícil o exercício do ministério pastoral em completa integridade. Há uma certa
banalização do Ministério, aonde muitos carregam uma carteira de Ministro do Evangelho em uma sociedade onde o relativismo ético e moral se faz crescente e a
honestidade e o temor de Deus escasseia. Já não há mais como fugir da obvia
verdade: “ Os pastores são tão humanos e pecadores como o povo a quem servem!”
Baruch Há Shem! Sergio Cunha.
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