quinta-feira, 15 de março de 2012
O Amadurecimento Pastoral
Sou de uma geração que acreditava na importancia de aprender teologia para mudar o mundo com a pregação de um evangelho transformador, onde as pessoas vocacionadas para o ministerio da Palavra sentiam o coração arder pelas almas perdidas e abriam mão do conforto de suas casas, para alcançarem com a mensagem da cruz os povos esquecidos. Porém, quando saimos do Seminario e achamos que vamos nos tornar o Billy Graham, Moody, ou Spurgeon de nossa época, é que a duras penas aprendemos como disse Eugene Peterson: "Ninguem amadurece na vida ministerial sentando-se em uma sala de aula". Mesmo que seja com os melhores professores de Historia do Cristianismo e homiletica, ouvindo palestras em conferencias missionarias, tão pouco frequentando catedrais de marmoré com pulpitos ortodoxos, crescemos quando ouvimos os testemunhos de pessoas simples que foram resgatadas por Jesus, como a irmã Juremilda, uma viuva de idade avançada e moradora solitaria na Rua das Capivaras, que abandonou a roda de samba nas madrugadas nos fins de semana, para entrar nas Campanhas de orações e suas vigilias de clamor. que se sentia culpada por nao receber o batismo com Espirito Santo, mesmo sendo pentecostal a mais de vinte anos. Foi depois de dois anos na terra inóspita de Unamar, que amadureci um pouco ministerialmente, pois aprendi que havia muito mais na vida cristã que a pura pregação teologica, após receber em prantos e cheirando a cachaça o irmão Roberto, que ajoelhado diante do pulpito, suplicou ajuda para largar o vicio e a promiscuidade. Foi na congregação da Rua das Capivaras, que aprendi, que Seminarios nao formam profetas, e sim teoricos do amor de Deus, pois o verdadeiro cristianismo nao se constroe apenas com palavras, e interpretações teologicas de Lutero e Calvino, mais sim com ações praticas de amor cristão demonstrada no dia a dia. BAruch Há Shem!
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