quarta-feira, 12 de setembro de 2012

INVEJA DE PASTOR


Há um fenômeno encontrado entre pessoas que exercem a mesma profissão: a inveja profissional. Homens e mulheres que se odeiam pelo simples fato de se verem como participantes da competição do desempenho profissional. Eles não teriam problema de relacionamento se exercessem atividade diferente. 

É triste observar que esse sentimento pode ser encontrado entre cristãos. Gente que não se gosta por exercer o mesmo tipo de atividade ministerial. A derrota de um traz secreta alegria para outro. A vitória faz adoecer o que se sentiu ultrapassado na corrida por ocupar os primeiros postos no reino de Deus.

O grande problema com esse tipo de sentimento, tão presente na vida de homens e mulheres que deveriam servir de referência de amor para o mundo, é que ele impede cristãos de fazerem parceria em favor do avanço da causa de Cristo. Sempre haverá quem tenha de fazer o papel de coadjuvante. A vida funciona assim. Nem todos estarão à frente do povo na ocupação da terra da promessa, nem todos serão rei em Israel, nem todos pregarão em pentecoste. Como não conseguimos dar nossa glória a outrem -abortamos pelos motivos mais banais- ações em conjunto que poderiam salvar vidas. O que nos divide não é doutrina, mas o desejo de sermos reverenciados, estimados e nos tornarmos o centro das atenções.

Tudo isso é grande futilidade. Um dia essa presente ordem vai passar. Todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Os papéis irão se inverter. O que sonda os corações haverá de exaltar o que trabalhou tão somente para trazer felicidade ao próximo e glorificar a Deus. Em suma, este é o que imitou o Espírito Santo, cujo papel não é apontar para si mesmo, mas para Aquele que veio ao mundo para glorificar o Pai. A referência para o trabalho humilde é Deus. Antônio Carlos Costa

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