Em 2006 o líder de um grande ministério pentecostal esteve
em Rio das Ostras para se reunir com os pastores da cidade e região, e após
saborear uma peixada no restaurante na Praia das Tartarugas em um momento de
desabafo, ele declarou: “ Não saber para onde iria indicar um pastor
considerado sepultador de Igrejas”. Jamais me esquecerei daquela cena, onde
balançava a cabeça e pedia orientação do Espírito Santo. Creio que este problema
existe em todas as denominações evangélicas, sejam históricas, pentecostais ou
neopentecostais. Existem os pastores abençoados por Deus como “ plantadores de
Igrejas”, mesmo com todos obstáculos e adversidades , conseguem encontrar água potável
no deserto. Porém, também existem os pastores com o ministério do “esvaziamento
e sepultamento de igrejas”, com problemas em praticamente todas as igrejas por
onde passaram, com fortes evidencias de não possuírem a vocação ministerial e
de terem errado na escolha do sacerdócio como sua missão no mundo. Entre os
sepultadores, existem aqueles que viram o pastorado como meio de vida e igreja
como cabide de emprego, ou que ficaram fascinados pelo prestigio que o púlpito e
o titulo de pastor lhe conferem como forma de ascensão social. Existem aqueles
que possuem uma chamada especial de Deus para visitar os enfermos, os necessitados,
com uma palavra bíblica de encorajamento e fé. Porém quando assumem o pastoreio
de um rebanho, revelam-se um péssimo apascentador. Existem também aqueles, que são excelente
dirigentes de cultos animados, e que sabem fazer a sociabilidade da
igreja, o chamado animador de auditório,
porém quando são empossados na direção de uma igreja com seus problemas diários,
acabam perdendo o sorriso fácil e ganhando cara de delegado. Poucos são os
corajosos que compreendem que não possuem chamada pastoral e pedem para sair do
Ministério sem fazer muito barulho. Na maioria dos casos no surgimento dos
sepultadores de igrejas, deve-se de maneira lamentável a falta de cuidado de
algumas igrejas que funcionam como verdadeiras fabricas de pastores,
desencadeando uma visão distorcida de que é ser pastor conforme as Sagradas
Escrituras. Que possamos ouvir a exortação do apostolo Paulo e realizar fiel e
cabalmente o ministério que o próprio Deus vocacionol e nos capacitou para
cumprirmos. Baruch Há Shew! Sergio Cunha.
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