terça-feira, 24 de abril de 2012

Pecado sem Castigo

As ultimas semanas tem sido dificil para todos que amam o Evangelho, escrever sobre escandalos e pecados cometidos dentro da igreja evangelica brasileira, e que muita das vezes sao jogados para debaixo do tapete por lideranças comprometidas e que estao tambem em crise de integridade, custuma doer na alma. Fui presidente de dois conselhos de pastores em Armação dos Buzios e Rio das Ostras, e agora acabamos de fundar o Conselho de Tamoios, no segundo distrito de Cabo Frio. fui pastor de duas igrejas e dói-me ter de salientar os pontos em que a igreja tem falhado. A igreja evangelica atual, esta se parecendo com a arca de Noe e os dejetos de sua liderança criou um cheiro desagradavel e impossivel de suportar. Durante 21 seculos a Igreja vem dizendo ao mundo que reconheça os seus pecados. Hoje, inverteu-se as posições, é o mundo que diz a Igreja que enfrente seus pecados. A poucos dias, ao assistir uma sessão legislativa, para fazer uma materia jornalistica em Cabo Frio, fui obrigado a ouvir as denuncias de um vereador sobre a invasão dos pulpitos de algumas igrejas na cidade por politicos em busca de votos, transformando o lugar de pregação do evangelho em palanque. Outro fato que chamou minha atenção e despertou a curiosidade jornalistica, foi a distribuição de adesivos para carros com mensagens biblicas a favor do casamento, e contra o adulterio. O que deveria ser feito pelos pastores, passou para os politicos como plataforma de campanha em favor da familia. Defrontamo-nos com uma crise de valores morais. nao somente a conduta da igreja esta em debate, mais tambem o seu propio caráter. A sociedade está perguntando: - Pode-se confiar na Igreja e nos seus pastores? - E como respondemos e tão importante quanto oquê respondemos. Os leitores mais ceticos vão questionar a falta de dados numericos e a ausencia de nomes e sobre nomes nos escandalos praticados que provem a crise de integridade. Confesso que nao conheço as estatisticas, a nao ser as informações publicadas nos jornais e fornecidas pelas ovelhas insatisfeitas com os pecados encobertos a luz do dia. Mais esse artigo, nao é uma tese de mestrado sobre o pecado de corrupção e adulterio que se abateu na vida de alguns lideres evangelicos, e nao tem a obrigação metodologica nenhuma, a nao ser a de nao falsear intencionalmente os fatos a que aludo e que vêm das informações e impressões a que praticamente todos nos estamos expostos. Claro, choveram explicações para os pecados que vemos, principalmente nos tempos que atravessamos em que a impressao que se tem é de que ninguem é mais culpado ou responsavel por nada. No plano politico houve um tempo em que se dizia que o Brasil acabava com a saúva ou a saúva acabaria com o Brasil. As saúvas andam por ae, nao acabaram, e nem o Brasil acabou. Contextualizando em relação a Igreja e suas lideranças denominacionais, será a mesma coisa com o pecado? Que ele anda vivinho por ae, nao restam dúvidas, que acabe com a igreja, é pouco provavel, tão pouco. Mais que causa danos enormes é indiscutivel. Haverá quem diga que sempre houve o pecado de corrupção e adulterio na igreja brasileira e pelo mundo a fora, oque provavelmente é certo, mais apartir de certo nivel de sua existencia e, pior da aceitação tácita de suas praticas como: " Fatos da vida religiosa, se ela nao acaba com a igreja, deforma-a de modo inaceitavel. Estamos nos aproximando desse limiar. A crise enfrentada pela igreja nos dias de hoje é semelhante aquela que Jeremias e o seu povo enfrentaram nos dias anteriores ao cativeira da Babilonia.É tambem semelhante a enfrentada por Neemias quando ele arriscou a sua vida para reconstruir oque o inimigo tinha destruido. Jeremias levou quarenta anos tentando evitar a crise. E nos, levaremos quantos anos ? A despeito do desânimo causado pela multiplicação de praticas corruptas e diversos pecados nos bastidores da igreja e pela impunidade vigente, há sinais alvissareiros de alguns remanescentes que nao se dobraram a Baal e Mamon. Não nos esquecamos porem de que existe uma cultura de tolerancia com o pecado por parte de algumas lideranças religiosas, que precisam ser alterada. Não falta sacerdote conhecidos a serem elogiados em cultos solenes e ter quem os ouça como se impolutos fossem. As mudanças na cultura religiosa de algumas denominações são lentas e dependem de pregação de profetas no melhos estilo Jeremias, Elias, Natan e João Batista. Será pedir muito? E nao nos devemos esquecer de que a responsabilidade nao é so dos que transgridem as leis de Deus e as verdades do evangelho e da pouca repressão ao pecado, mais da propria membrezia da Igreja, isto é, de todos nos, por aceitar o inaceitavel e reagir em conformismo diante dos escandalos. Precisamos entender, que a crise de integridade envolve mais do que alguns pastores acusados de impropriedades morais. A crise de integridade envolve toda a Igreja. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha.

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