terça-feira, 30 de outubro de 2012

É PRECISO REFORMAR A REFORMA

Sabe-se que no início do Século XVI, a Igreja precisava de muito dinheiro para a conclusão da Basílica de São Pedro. O então Papa Leão X assinou um documento que prescrevia a venda de Indulgências, que seriam a suprema “garantia” da absolvição dos pecados passados, presentes e futuros e dariam “segurança” eterna àqueles que queriam alcançar o céu. Até mesmo aqueles que já haviam morrido podiam receber a absolvição de seus pecados, através das indulgências compradas pelos seus parentes ainda vivos.
A ideia era simples: ao mesmo tempo em que as Indulgências garantiam o perdão dos pecados e um lote no céu a quem as adquirisse, ajudariam a encher os cofres da Igreja. Os clérigos bradavam dos altares das igrejas: “Ao tilintarem as moedas no fundo da sacola, automaticamente os vossos pecados e ofensas serão perdoados, e até mesmo as almas dos vossos parentes que estão no purgatório serão levadas ao paraíso!”.
Tudo parecia ir muito bem, até que um obscuro monge chamado Martinho Lutero se insurgiu contra essa prática e conclamou a Igreja a voltar à obediência da Palavra de Deus e retornar às doutrinas e práticas cristãs primitivas, afixando as 95 Teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Esse evento desencadeou a Reforma Protestante. Aqueles que se juntaram a Lutero e se opuseram aos dogmas da Igreja foram historicamente reconhecidos como “Protestantes”.
Não pretendo aqui polemizar com os cristãos católicos, a quem respeito e amo no amor de Jesus. Mas gostaria de considerar, com a ênfase que o caso requer, que a Reforma só aconteceu porque a Igreja estava moralmente em decadência, pois distanciara-se muito do evangelho. A Igreja preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com os assuntos espirituais; ao buscar aumentar ainda mais suas riquezas, vendia indulgências, cargos eclesiásticos e relíquias, tudo como forma dos fiéis adquirirem bênçãos. E isso estava errado, e os próprios católicos reconhecem.
Passados quase quinhentos anos da Reforma Protestante, penso que não seria precipitado afirmar que, em muitos aspectos, precisamos reformar a Reforma, como filhos e herdeiros da mesma. Basta olhar a situação de não poucas igrejas ditas evangélicas. Em muitos aspectos, não estamos muito longe da decadência moral que pode preceder uma verdadeira reforma. É bom lembrar que algoprecisa de reforma quando se deteriorou, ou tomou curso errado, ou se deformou. Assim, reformar é formar de novo, reconstruir, corrigir, retificar, restaurar. Em suma, reformar é fazer um “movimento para trás”, é levar algo à sua situação original. Então, meditemos sobre isto.
Os evangélicos não vendem Indulgências, mas muitos continuam proliferando ensinamentos que enganam os crentes com a promessa da salvação em troca de dinheiro e bens materiais. Não temos um papa, temos vários papas; cada denominação tem o seu. Muitos pastores vivem como se fossem “papazinhos” nos seus tronos de “infalibilidade”, ou melhor, há sempre um “reizinho” para cada feudo eclesial.
Também não temos santos e imagens, mas muitos tratam a Bíblia (ou partes dela) como “amuleto”. Não temos catecismo, mas temos uma “cartilha” de usos e costumes. Não há missa, mas temos cultos liturgicamente engessados. Não há paramentos sacerdotais, mas temos paletó e gravata. Não há reza, mas temos orações repetitivas. Não pagamos promessa, mas damos culto de ações de graça como se fosse. Não há penitência, mas temos algumas “simpatias” e “campanhas”, que muitos usam como forma de barganhar com Deus. Muitos evangélicos, como os católicos, pensam que a salvação só é conseguida na “sua” igreja.
Desse modo, não são essas mesmas coisas que indicam a nossa real necessidade de reforma? Pensemos, portanto, em quatro princípios fundamentais adotados pelos líderes da Reforma. Primeiro: a religião deve ser baseada nas Escrituras Sagradas, pois nada substitui a autoridade da Bíblia como nossa regra de fé e prática. Nem costume, nem tradição, nem cultura. Sola Scriptura! Segundo: a religião deve ser racional e inteligente, significando que, embora a razão esteja subordinada à revelação, a natureza racional do homem não pode ser violada por dogmas e doutrinas irracionais.
Terceiro: a religião é pessoal, ou seja, cada crente deve confessar o seu pecado diretamente a Deus, sem a necessidade de um sacerdote humano para perdoar-lhe. A adoração também é pessoal, de modo que os crentes podem ter comunhão com Deus, individualmente. Quarto: a religião deve ser espiritual, não formalista. Isso pressupõe a volta aos princípios evangélicos de simplicidade e pureza, indicando que o crente era santificado pela presença do Espírito Santo em sua vida interior, não pela observância de formalidades e cerimônias externas.
Todos os cristãos devem ter isto sempre em mente: ao estarmos constantemente nos reformando, manteremos sempre aberto o canal para que a “multiforme graça de Deus” continue a operar na igreja e em nossas vidas “sem impedimento algum” (1 Pe 4.10; At 28.31). Soli Deo Gloria! SAMUEL CAMARA

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Educação Teológica na U.T.I.


Tenho percorrido o Brasil em comissões de avaliação de cursos de teologia. Nessas andanças, chamou minha atenção o fenômeno da Endogenia, como o definiu meu colega de trabalho, que muito a propósito lembrou-me ainda de seu equivalente no alemão: Inzucht. Essa palavra significa a cultura de um ser, a partir de dentro, do cruzamento de indivíduos daquela comunidade entre si, sem possibilidade de “oxigenação”.
 
Explico. Muitos dos professores, antes de exercerem a profissão, eram alunos de professores daquela instituição, que por sua vez foram alunos e assim vai, por gerações a fio. Sim, as instituições teleológicas são centenárias no Brasil.
 
A novidade é que desde 2009 a área foi oficialmente reconhecida pelo governo como um campo da ciência e, portanto, algo sobre o qual pode legislar. Mas, às instituições teológicas foi garantido o direito de, se assim desejarem, permanecerem “livres”, ou seja, independentes de qualquer legislação governamental, mas também, sem reconhecimento oficial como cursos de bacharel ou mestrado e doutorado.
 
Mas o que acontece na “endogenia” dos seminários e o que não pode haver em cursos reconhecidos: produção própria de profissionais que, sendo formados pela própria instituição, cantam conforme o hinário da mesma e tendem a ousar pouco, no sentido da mudança, de modo que o curso se torne “em-si-mesmado”.
 
Uma das consequências mais nefastas disso está na metodologia. Os cursos de teologia, à semelhança dos de filosofia, tendem a reproduzir os seus modelos metodológicos, basicamente “verborreicos” (aula expositiva, que não deixa de ser expositiva pelo uso de tecnologias, como o data-show).
 
Por que é tão difícil prender a atenção do aluno? Uma das reclamações mais frequentes entre eles mesmos. É simples. Não há sangue novo e, uma das consequências disso, é o sufocamento da dinamicidade própria de qualquer curso, tanto os universitários, quanto os teológicos.
 
As aulas seguem aquele modelo pronto, previsível, monológico (e não dialógico, como deveria ser), em que o professor está preocupado apenas com o conteúdo, com o saber e não o ser e com o fazer. Teoria e prática andam há quilômetros de distância e professores e alunos estão desmotivados, sem a vida que se espera de um cristão autêntico.
 
As aulas são enfadonhas e rotineiras e o aluno fica se perguntando se não era melhor aprender tudo aquilo sozinho, diante de um computador e uma internet potente.
A Drª Sherron K. George comenta em seu artigo, que recomendo a todos aqueles preocupados com a educação teológica, que quando nos referimos à natureza criada do ser humano, toda educação integral deve ser mantida em vista:

[...] pode-se dizer que Deus incentiva a criatividade com parâmetros, com que o ensino deve promover espaço para a criatividade. Deus concede ao ser humano o poder generativo da vida, fertilidade, produtividade, criatividade, estética e imaginação artística. As implicações dessas verdades, para os seminários, são claras. É que o aluno tem o privilégio e a responsabilidade de explorar e pesquisar com liberdade, arte e imaginação e, ao mesmo tempo, tem que respeitar certos limites e técnicas. (FEORGE, SK, “Fundamentos Bíblicos e Pedagógicos da Educação Teológica”, Reflexão Teológica, nº2 (2010) São Paulo: Betel Brasileiro, 2010, p. 114).

Também a criatividade do professor é muitas vezes sufocada pelo excesso de formalismo e pela mencionada Endogenia e Inzucht. E assim, sua dinamicidade e carisma jazem na penumbra e às margens de currículos mumificados e inchados. Haverá esperança de se quebrar o ciclo vicioso? Deus salve a Educação Teológica!Gabriele Greggersen

71º ANIVERSARIO DO PR.GEDEIR RICARDO

O Pr. Sergio Cunha, presidente do Conselho de Pastores e Lideres Evangélicos de Tamoios - Segundo Distrito de Cabo Frio, e dirigente da Assembleia de Deus em Unamar, esteve participando no ultimo dia 27 de outubro do culto de ação de Graças pelo 71° Aniversario do Pr. Gedeir Ricardo Silva na Assembleia de Deus em Jardim Dalia - Itaboraí - Ministério de Madureira, onde trouxe uma palavra de gratidão a Deus pela vida e o Ministério do servo do Senhor. O Pr.Sergio Cunha estava acompanhado de sua esposa Missionaria Ruth Cunha, filho Dc. Sergio Junior e Daniella Cunha e Melissa Gabriele que louvou a Deus representando a Igreja de Unamar.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Pr.Sergio Cunha Participa do 16° ENCON - em Rio das Ostras


O 16° ENCON - Encontro de Profissionais da Contabilidade do Litoral Fluminense, foi realizado no ultimo dia 26 de outubro em Rio das Ostras com a participação do cerca de 150 contabilistas do interior fluminense. A Reunião presidida conselheiro do CRC RJ, Flavio Poggian, contou com os seguintes palestrantes: Pr.Sergio Cunha ( Presidente do Conselho de pastores de Tamoios - Cabo Frio e Jornalista editor do Jornal Agora) que falou sobre gratidão, Diva Gesualdi ( Presidente do CRC RJ), Carlos de La Roque ( Presidente da JUCERJA, Vitoria Maria ( vice presidente do CRCRJ),  Rafael Thuim ( Campeão mundial de natação), e Marcos Almerão ( Motivaciinal do Sebrae). O Vereador Macaense Maxwel Vaz entregou uma moção de Congratulações e Aplausos da Camara Municipal de Macaé a presidente Diva Gesoaldi. Estiveram presentes : Sergio Azevedo ( sub Secretario de Turismo) , Mario Luis ( futuro Secretario de Desenvolvimento Economico do prefeito eleito, Sabino ) e Francisco Borges Espindola ( Presidente da ACIMRO ( Associação dos Corretores de Imoveis de Rio das Ostras). 








sábado, 20 de outubro de 2012

Capitão Nascimento, o senhor conhece a milícia religiosa?


Quem já assistiu o filme tropa de elite 2 vai entender melhor. Quem não assistiu, assista! O filme é espetacular, todo brasileiro deve assistir. Como o próprio slogan diz, o inimigo agora é outro. A milícia. Ela é um grupo criminoso formado principalmente por policias para controlar as favelas através de contribuições da população. Alegam que estão defendendo a população do tráfico, mas fazem o mesmo que os traficantes. Extorquem, matam e manipulam o povo. Existem sempre alguns políticos por trás das milícias. Eles fazem dos morros seus currais eleitorais, comprando votos e ameaçando os eleitores. Aqueles que deveriam livrar o povo da opressão do tráfico são os que mais oprimem a população. Foi ai que eu percebi uma mera coincidência com a igreja que se diz cristã, mas de cristã não tem nada.
Existem milícias fantasiadas de igrejas. Descobriram que a extorsão pela fé é mais fácil e limpa. Não precisa de violência e com certeza ninguém corre o risco de ser preso. Viram no cristianismo uma forma de manipular e enriquecer pregando a oferta, a cura e a prosperidade. Principalmente a última. De novo, aqueles que deveriam levar o perdão de Cristo, paz, amor, conforto e esperança são aqueles que oprimem e cobram pela graça. Já parou para pensar nisso? Se sua igreja cobra por algo que é de graça, ela está lhe roubando! E é isso que as milícias fazem. Cobram por aquilo que deveria ser de graça. Analise seu pastor e sua igreja. Leia a palavra. Saiba tudo que Deus oferece pela graça. E se algumas dessas coisas estiverem sendo “vendidas” saia correndo, pois ali não está um pastor de ovelhas, mas um lobo tentando devorá-las.
Cobram pela sua salvação. Cobram pela sua cura. Cobram pela sua felicidade. Cobram pela sua prosperidade. Cobram por aquilo que Jesus já pagou. Estão extorquindo os fiéis como os traficantes e policiais corruptos. Clique aqui para ver alguns vídeos já postados sobre isso. É uma verdadeira sujeira feita em nome de Deus. O assunto é repetitivo, mas enquanto houver milícias dentro da Igreja temos que lutar contra ela. O sistema, como diz o capitão nascimento, é grande e antigo. Vem desde a época da legalização do cristianismo no império romano. Vários homens já se levantaram contra ele e nós não podemos ficar parados sendo coniventes. Falsos ensinamentos precisam ser combatidos com a verdade e os falsos mestres identificados, julgados e condenados pelo que fizeram com a população. E mesmo que eles saiam impunes dessa vida, não passaram na eternidade.
Nessas eleições outro aspecto da milícia eclesiástica é muito percebido. Usam da influência, da mídia e do nome de Deus para apoiar políticos. E na maioria das vezes políticos que nada tem com os valores cristãos. São pastores se posicionando aqui e ali, buscando aqueles que melhor atendem seus interesses. Uma vergonha que precisa ser duramente combatida! Então, se você já assistiu ou ainda vai assistir o filme, analise as semelhanças com o que acontece hoje nas igrejas. E lembrem-se sempre, para escapar da milícia e dos opressores só precisamos de uma coisa. Da palavra de Deus. Conheçam a verdade e ela vos libertará! (João 8:32).
Quem compraria algo que poderia ter de graça? Quem freqüentaria um lugar assim? Existem muitas igrejas honestas e santas. Leia a palavra e procure essas igrejas. Não fique em nenhum lugar onde vendem coisas que são de graça.
Fiquem atentos. Autor: Pedro Pamplona

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O que pode fazer Deus sorrir?

O que pode fazer Deus sorrir? Vendo a feiosidade do mundo de hoje, teria Deus motivos para tal? Evocando-se também as centenas de anos de teologias que mostram um Deus irado e carrancudo, poderíamos minimamente pensar que Deus seja dado a sorrisos? E, decerto, talvez Deus tenha tantos motivos quanto na época de Noé, quando se arrependeu de ter criado o homem e pensou em destruir a raça humana que se havia irremediavelmente corrompido (Gn 5.6).  De qualquer modo, foi nesse meio tempo que Deus descobriu, entre tanta podridão comportamental, um homem chamado Noé, que lhe dava prazer e certamente o fazia abrir um largo sorriso. Foi exatamente quando Deus decidiu começar tudo de novo com a família dele.  A razão de estarmos vivos hoje é que Noé agradou a Deus. O modo de Noé agradar a Deus se baseava numa legítima adoração, a qual perpassava a sua vida inteira e fazia dele alguém especial e possuidor de uma vida com propósito, o que o tornava, inclusive, diferente do resto das pessoas de sua geração. Deus verdadeiramente tinha nele motivos para sorrir. Ele cria que tinha sido criado por Deus e para Deus; e foi em Deus que Noé descobriu a sua origem, identidade, significado e propósito.  A ideia de fazer Deus sorrir pode parecer absolutamente estranha para muitas pessoas, principalmente àquelas que se acostumaram à imagem de Deus como um velhinho carrancudo e irado, com raios nas mãos para atirar no primeiro pecador que sair da linha.  Rick Warren, em seu livro “Uma Vida com Propósitos”, ainda hoje um best-seller, aborda a intrigante questão do propósito para o qual fomos criados, trazendo como exemplos da observação da vida de Noé, os cinco atos de adoração que faziam Deus sorrir. Isso, no fim das contas, serve como contraponto de que alguém pode conseguir poder, dinheiro, sucesso e alcançar os pícaros da glória humana, mas, mesmo assim, vir a sentir o imenso e inominável vazio de ter corrido a vida toda atrás do vento. O que, porventura, pode fazer Deus sorrir? Deus sorri quando o amamos acima de qualquer coisa. Isso ocorreu com Noé, que amava a Deus mais do que tudo, mesmo quando ninguém mais o amava. A sua vida era pautada por seguir a Deus ininterruptamente e isso o fazia desfrutar de um íntimo relacionamento com Ele. Deus sorri quando confiamos Nele completamente. Noé confiou em Deus mesmo quando isso não fazia nenhum sentido. Deus o mandara construir um gigantesco barco para salvar a sua família e os animais, pois iria alagar o mundo. Ora, Noé jamais vira uma chuva, pois naquela época apenas o orvalho irrigava a terra. Também não sabia o que era um barco e morava a centenas de quilômetros do oceano. Mesmo assim, Noé levou 120 anos para construir a Arca, a despeito das críticas de ser louco varrido; tudo porque confiava completamente em Deus. Deus sorri quando o obedecemos incondicionalmente. Deus dera a Noé instruções detalhadas (tamanho, forma, matéria-prima) a respeito da construção da Arca e sobre que tipos de animais deveria recolher. A Bíblia diz que “Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado”, pois ele sabia que esse era o modo certo. Obediência parcial é uma completa desobediência. A obediência a Deus é um ato de adoração, pois nela dizemos o quanto o amamos. Obedecer a Deus incondicionalmente é um tipo de devoção que o faz sorrir. Deus sorri quando o louvamos e damos graças. Quem não gosta de receber um agradecimento? Deus também gosta. E Noé sabia disso, tanto que a sua primeira atitude após o dilúvio foi expressar a sua gratidão a Deus oferecendo-lhe um sacrifício “tomando alguns animais e aves”. Hoje, diferentemente daquele tempo, podemos oferecer a Deus sacrifícios de louvor e gratidão (Hb 13.15; Sl 116.17). Deus sorri quando usamos nossas habilidades. Alguém pode pensar que Deus só se agrada de nós quando estamos em atividades “espirituais” — ler a Bíblia, ir ao culto, orar, testemunhar etc. — e que Ele é indiferente às outras áreas de nossa vida. Deus disse a Noé e sua família que eles deveriam ser férteis, se multiplicar, encher a terra; que eles podiam trabalhar e comer animais e vegetais. É como se Deus dissesse: “Siga a sua vida, eu vou estar por perto. Eu me importo com você”. A Bíblia diz: “Os passos dos justos são dirigidos pelo Senhor. Ele se agrada de cada detalhe da vida deles” (Sl 37.23). Assim, todas as atividades humanas, com exceção do pecado, podem ser feitas para agradar a Deus. Sendo assim, permita-se um momento de reflexão, se você está ou não agradando a Deus, se sua vida tem sentido ou é um mero correr atrás do vento. E, finalmente, responda: será que Deus tem algum motivo para sorrir pela sua vida? Samuel Camara

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Falta de Vergonha


Durante um dialogo com a esposa de um pastor muito amigo, o qual conheço a décadas em um desabafo sincero, relatou-me sentir  vergonha de se declarar “crente” quando se aproxima o período político eleitoral, onde os candidatos a cargos eletivos procuram inúmeros pastores para em troca de ofertas polpudas granjearem  apoio dos membros da congregação, transformando a igreja em curral eleitoral.  É com tristeza segundo revelou-me observar muitos políticos ímpios assumirem o púlpito das igrejas para fazerem promessas mentirosas que nunca haverão de cumprir, pois os seus princípios destoam dos interesses públicos e dos fundamentos da palavra e aliados a pastores mercenários trazerem opróbrio para a igreja. Nos os cristãos de maneira ufanista  contamos vantagens de sermos quase a maioria da população brasileira e de não nos envergonharmos do evangelho de Cristo, mais talvez esse evangelho sem vergonha de nos. Por alguma razão, em algumas igrejas o púlpito não combina com a mensagem cristocentrica. As eleições municipais de 2012 com o envolvimento direto de lideranças denominacionais com grande apelo na mídia trouxe a baila que uma parcela considerável da igreja evangélica brasileira esta corrompida por hipócritas que fazem alianças espúrias nos bastidores na calada da noite, enquanto a luz do dia pregam santidade com mascaras de lideres messiânicos. Mais a questão e muito mais profunda do que a grande maioria de nos queremos admitir, pois a integridade envolve a própria essência da igreja no mundo. A população paulista rejeitou nas urnas um candidato ligado a um partido cuja a sua executiva e formada de bispos de uma igreja neopentecosstal midiática comprometida com a teologia da prosperidade e o reino dos homens, em uma declaração clara e inequívoca de respeito ao laicidade ou seja, a igreja não deve estar atrelada ao estado em busca de suas benesses.  Os pastores não devem trocar o púlpito pelo palanque, correndo risco de perderem sua autoridade profética. A cada eleição, a sociedade brasileira tem descoberto causando grande constrangimento, que existem muitos pecadores nos púlpitos das igrejas, onde o mundo esta perguntando: Pode-se confiar na igreja? E nos seus sacerdotes? – E quando respondemos e tão importante quanto o que respondemos. Baruch Há Shem! Sergio Cunha

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Lobo que queria ser Ovelha


No alvorecer de um dia, no vale chamado esperança, um lobo observava um rebanho de ovelhas, que descansavam sobre a relva umedecida. Cansado dos assaltos noturnos e das barbáries do bando, o lobo descobriu que o rebanho desfrutava de uma vida abundante, com noites bem dormidas, boa alimentação e cuidados especiais.
A descoberta gerou uma dinâmica de motivação e esperança na alma exausta do velho lobo. Mas como poderia ser uma ovelha? Como adquirir as vísceras existenciais de uma ovelha? A solução imediata foi se vestir de ovelha. Pensava que no convívio diário com o rebanho se tornaria uma ovelha autêntica.
No primeiro dia, descobriu que a vida prática de uma ovelha era apaixonante. Fez amizades incríveis, conquistou o carisma do rebanho, inclusive do pastor. Alegrava-se quando, no alvorecer do dia, o pastor despertava e conduzia o rebanho para um breve passeio nas colinas.
Era comum, após a refeição diária, o rebanho permanecer às margens do rio de águas cristalinas que cortava o vale. Deitadas na relva, as ovelhas admiravam o esplendor do horizonte colorido. Ficavam anestesiadas diante do céu azul que desaguava no horizonte. A brisa suave que soprava do sul coadunava com o cochichai das águas, que numa sinfonia angelical ninava o rebanho no sono da inocência.
Tudo transcorria perfeitamente bem quando o inusitado aconteceu! Sem pedir licença, a natureza adormecida do lobo vestido de ovelha despertou-se.
Em uma noite fria de inverno, enquanto o rebanho dormia, não suportando mais a tortura de sua natureza, retirou a roupagem de ovelha e caiu no mundo dos lobos. Naquela noite viveu, correu e extravasou como um autêntico lobo. Estava exausto, quando a lembrança do aprisco alvoreceu com o sol. Confuso, o lobo começou a correr enquanto colocava a roupagem de ovelha.
Entrou no aprisco sorrateiramente, ocupando seu espaço. Em seguida o pastor com a mesma leveza de sempre começou a despertar as ovelhas. Pensou consigo, “esta foi por pouco!”
Durante o dia militou bravamente contra a fúria de sua natureza que robustecia a cada instante. Quando a escuridão noturna vestiu o céu, novamente não suportou e outra vez caiu no mundo dos lobos.
Caminhava cansado em um vale, quando o sol novamente alvoreceu no horizonte. Instintivamente, começou correr em direção ao redil. Entrou e novamente acomodou-se em seu lugar. O enigmático fato repetiu-se durante uma semana.
Em uma dessas noites, enquanto voltava para o redil, seu coração dilatou. Não suportou mais a realidade repugnante, e desabou no chão umedecido. Uma oração singela e espontânea brotou do seu coração: “Deus! Confesso que sou um lobo, mas desejo ser uma ovelha. Imploro que me transforme em uma verdadeira ovelha!”.
Sabe o que aconteceu? Deus ouviu a oração daquele lobo, realizando o que nenhuma religião ou técnica de aprimoramento moral pode realizar, transformou aquele lobo em uma autêntica ovelha, com isto, o prazer de alimentar-se nos campos verdejantes, de repousar taciturno em uma noite fria e obedecer prontamente à voz do pastor brotou em suas entranhas.
Deus conhece a essência de cada homem, mas espera sua resposta positiva ao seu convite de amor. Quando o homem diz sim a Deus, o lampejo do milagre rasga o horizonte.
Infelizmente a proposta em muitos redutos cristãos é a pregação de um evangelho adaptador. O resultado é o aumento de pessoas que ainda não foram transformadas, mas estão apenas motivadas pelo processo da religiosidade, sendo que, uma das máximas do genuíno Evangelho é – “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Jo 8.36. Samuel Torralbo

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Que Jesus é Esse ?


Quando olho para a cristandade, especificamente as denominações evangélicas, faço a mesma pergunta feita no título desta postagem: “Que Jesus é este?”. Faço esta pergunta questionando se o Jesus que vem sendo pregado é o Jesus das Escrituras.
Vejo um “Jesus” mordomo dos homens, um garçom que serve apenas para servir a todos e no fim levar os 10% de gorjeta, um “Jesus” que é um meio para alcançar nossos sonhos mesquinhos, um bonequinho que serve para satisfazer as vontades de nossa meninice.
São muitos “Jesuses”: “Jesus” Roqueiro com seus shows, “Jesus” Caipira com suas “genuínas” festinhas, “Jesus” Forrozeiro, promovendo o rala-coxa gospel, e muitos outros.
Isto é o homem tentando tornar Jesus mais atrativo, tentando dar uma mãozinha a Deus, a mesma mãozinha que Sara tentou dar a Deus quando disse para Abraão ter um filho com sua escrava, dizendo com isso ser a Palavra de Deus insuficiente quando esta havia lhe prometido um filho.
Enfim, este “Jesus” não é o Jesus Deus encontrado nas Escrituras, o Jesus Senhor Soberano, para o qual, e por meio do qual são feitas todas as coisas. O Jesus das Escrituras, a Palavra que se fez carne, o Evangelho de Deus é suficientemente poderoso para salvar o homem, a Sua Igreja não precisa de aparatos mundanos, nem mesmo de cristianizar o paganismo.
Igreja Evangélica Apóstata Romana, errais por não conhecerdes as Escrituras!
O Jesus das Escrituras, este sim é o verdadeiro Deus e a vida eterna, este que foi deixado do lado de fora (Apocalipse 3.20) por uma Igreja que pensa ter tudo e não precisar de nada. Ele está a porta e bate, as Suas ovelhas reconhecem a Sua voz, ouvem e seguem. A quem temos escutado, a quem ou ao que estamos seguindo?
Jesus é suficiente para a Sua Igreja!
Graça, paz e arrependimento sejam convosco.
Em Cristo,Por Thiago Fonseca.

O Barro Continua Criticando o Trabalho do Oleiro


Em nossa geração nada é mas comum do que o barro criticar o Oleiro, o barro fazer debates sobre o Oleiro, o barro querer definir Oleiro…
Quando as pessoas (muitas vezes também no meio cristão), por exemplo, dizem que se Deus é Todo-poderoso e é amor o mal não devia existir ou operar como opera…
A idéia do “barro” é que Deus deve executar e dirigir o universo de acordo com o nosso conjunto de regras. “Se eu fosse Deus”, dizem, “eu não permitiria…” Esta é uma visão antropocêntrica do universo. Esta visão enche o mundo, nossa cultura, e também, infelizmente, grande parte dos que se dizem cristãos. A visão antropocêntrica do universo vê e acha que tudo que nos faz sofrer é necessariamente mau.
Todo o problema que temos com o que é mau neste mundo, flui do completo afastamento da nossa mente da cruz.
A queda de Adão não apenas mergulhou a humanidade no pecado, ela rompeu a harmonia inerente à ordem criada: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” - Romanos 8:20-22
Toda dor e sofrimento existente está alicerçada no fato de que essa harmonia inerente na criação ficou desestruturada pelo pecado. Mesmo quando os seres humanos não tem uma ligação direta por seus atos específicos na causa do sofrimento, terremotos, furacões, enchentes, tsunamis… é, no entanto devido a essa desestruturação, por causa do pecado, na ordem criada, que tosas essas coisas fluem.
Então o que é que Deus faz? Uma coisa que sabemos que Ele não faz, pelo menos numa base regular, é intervir como nós, o “barro” sábio, achávamos que ele deveria fazer. Ele não bloqueia balas perdidas, carros desgovernados, vírus fatais, furacões… em vez disso, Ele restabelece a ordem no cosmos, reconciliando ele a si mesmo na morte do seu Filho Jesus (2 Co 5.18,19). Como Paulo expressa tão claramente em Efésios 1.10 – “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;” - Efésios 1:10
Em Cristo, Deus sofre o “mal”, dor… e finalmente tudo isso é empregado para o bem, superando a morte e reconciliando tudo que foi alienado pelo pecado em Jesus, para expressão infinita da glória de um Deus santo contra quem todo pecado é cometido.
Todo o problema que temos com a questão do mal e do sofrimento acontece quando tentamos abordá-los além da cruz de Cristo, centrado no homem e não na glória de Deus. Deixamos assim o terreno da verdade e a discussão torna-se uma abstração filosófica onde colocamos a misericórdia de Deus, e o amor de Deus contra a sua onisciência e poder infinito.
A cruz deve silenciar todas as especulações. Aqui, e só aqui, o Inocente sofre por outros que de fato são culpados e merecem não só sofrer agora, mas como para sempre. Aqui, e só aqui, o próprio Deus tem a mais extrema injustiça jogada sobre Ele mesmo, e nesse ato hediondo que é sua crucificação, ele faz a reconciliação pela qual toda criação geme.
Jesus Cristo, o segundo Adão, o Cabeça de uma nova criação, redefine o universo desordenado em sua própria morte e ressurreição, restaurando tudo em sua morte.
Em Cristo não há o “Problema do Mal” e do sofrimento, pois nEle “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito” (Rm 12.32).
A história não acabou! Assim como este mundo foi uma vez livre do mal e da dor inicialmente, assim será novamente no Retorno do Rei! O Paraíso perdido será então o paraíso restaurado e infinitamente maior. Este universo será ressuscitado para revelar toda a glória do Cordeiro que foi morto.
Uma nova e infinita era onde Deus prometeu morar com o seu povo e para sempre mantê-los longe de todo mal e sofrimento para que gozem para sempre de Sua glória infinita e nela regozijem. Como lemos nos capítulos finais da Bíblia: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” - Apocalipse 21:3-4. Josemar Bessa

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O QUE NÃO É EVANGELHO


“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” – esta foi a ordem deixada pelo Senhor Jesus no momento de sua partida. Desde então, muitos discípulos de Cristo tem saído pelo mundo afora e falado a toda criatura. Mas será que todos estão, de fato, pregando corretamente o evangelho?
Não basta ir e falar qualquer coisa em nome de Jesus – é preciso dizer a mensagem correta. Falhar nesse ponto é mais do que prestar um desserviço ao reino de Deus – é trazer um prejuízo de conseqüências eternas, tanto para o mensageiro, quanto para os que recebem a mensagem.
Esse é um assunto tão grave, que Paulo, em sua carta aos Gálatas, considera anátema (amaldiçoado) aquele que perverter a mensagem do evangelho (Gl 1:6-9). Logo em seguida, o apóstolo questiona: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” Com isso, subentende-se que alguns estavam pregando um evangelho agradável aos homens, ou centrado no próprio homem e não em Cristo.
Apesar de evangelho significar “boas novas”, ou “alegres notícias”, isso não quer dizer que pregar o evangelho seja alegrar os pecadores. A finalidade do evangelho não é, de forma alguma, massagear o ego das pessoas. Antes, pelo contrário, a verdadeira mensagem do evangelho faz oposição ao sistema deste mundo e “acaba com a festa” daqueles que vivem como se Deus não existisse.
No entanto, muitos pregadores da atualidade pregam justamente aquilo que as pessoas querem ouvir, a fim de agradá-las, e não o que precisam ouvir para salvá-las. A triste realidade é que Cristo tem sido anunciado mais como a “solução” de problemas do que como o Salvador de nossas vidas. Com isso, reduzem nosso amado Jesus a um “garoto propaganda” e o evangelho a um produto de mercado, que serve para mil e uma utilidades.
“E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar.” (1 João 2:25-26)
Promessas de saúde, riqueza, fama e poder tem sido anunciadas como se isso fosse o evangelho. “Aceite Jesus e você terá direito a essas bênçãos” – esse é o falso evangelho que tem sido anunciado para se atrair um número cada vez maior de pessoas egoístas, materialistas e interesseiras. Como não faltam pessoas assim no mundo, as igrejas que prometem essas coisas enchem mais rapidamente, atraindo um público que não está nem um pouco disposto a renúncias, mas muito interessado em conquistas.
E é justamente a pregação desse falso evangelho, que não converte vidas, a razão pela qual a igreja não tem mais incomodado o mundo. Exemplo disso é o número cada vez maior de cantores evangélicos convidados para cantar em programas mundanos, ou o fato de cruzadas evangelísticas ganharem cobertura em canais de TV que anteriormente perseguiam os cristãos. E a maioria dos crentes está tão cega que considera esse aplauso do mundo uma conquista, quando na verdade é o sintoma de que algo não vai nada bem com a igreja.
“Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.” (Lucas 6:26)
Portanto, o verdadeiro evangelho não trás alegria para o perdido e nem recebe os aplausos do mundo, mas trás o perdido para a verdadeira alegria e o liberta das paixões desse mundo.
O falso evangelho pode até alegrar as pessoas por um tempo, com suas expectativas temporais, mas não lhes concede a verdadeira e eterna felicidade, que está em desfrutarmos da plena comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo, no qual há verdadeira e eterna vida.
Mas, se o próprio Deus é o bem maior do evangelho, o que é o evangelho? Que mensagem devemos pregar? Minha tentativa de responder biblicamente a essa pergunta encontra-se no próximo artigo, intitulado “O que é o evangelho”.Por Alan Capriles

O VOTO E O CAJADO: REPENSANDO A ATUAL RELAÇÃO ENTRE A LIDERANÇA DA IGREJA E A POLÍTICA



Durante todo o período que antecedeu as eleições 2012, em minhas viagens para atender as diversas agendas, e agora, após a apuração dos votos, pude testemunhar em nosso país um fato que precisa ser considerado: O chamado “voto de cajado”, assim denominado em razão da participação direta de pastores nos pleitos eleitorais indicando e apoiando candidatos, ou militando fervorosamente, não funciona mais.Não se trata de uma questão de desobediência das “ovelhas”, mas do exercício da liberdade no pleno exercício de sua cidadania como eleitor.

A influência dos pastores no voto das ovelhas, na maioria esmagadora dos casos é mínima (ainda há raras exceções). O que tem acontecido, é que quando um candidato indicado ou apoiado por um pastor ganha, é porque esse candidato já tinha o apoio popular, de grandes lideranças locais, estaduais ou nacionais.

A prova do que eu estou falando se dá, quando analisamos o resultado das eleições em dois municípios onde o pastor se posicionou politicamente. Num deles o candidato apoiado pelo pastor perde com uma margem de votos expressiva, enquanto no outro município  o candidato apoiado pelo pastor ganha da mesma maneira, ou seja, com uma diferença de votos considerável.

Pastores e políticos experientes concordam que a atual relação entre “voto e cajado” não tem sido interessante para a igreja, nem para a política. Como tenho sustentado, a igreja deve apoiar com oração e cooperação as ações dos governantes, mas sem nenhuma relação de barganha ou promiscuidade. A politização dos membros da igreja (formação de uma consciência política), seguida quando necessário do alerta em relação a candidatos maus intencionados, que com seus projetos e princípios destoam dos interesses públicos e dos fundamentos da palavra, sempre será essencial. Tudo isso feito com ética e responsabilidade.

A demonstração de força de um líder evangélico, ou de uma igreja local não está em eleger ou não eleger alguém, mas em buscar e fazer a vontade de Deus, e em tudo glorificá-lo. A força da Igreja de Jesus não é política, mas sim espiritual. 

Como observador do fenômeno “voto e cajado”, e com a intenção de alertar pastores e companheiros de ministério, afirmo que  precisamos urgentemente rever nossa relação com a política, antes que as coisas se agravem mais ainda, antes que percamos por completo o foco da nossa verdadeira vocação de cuidadores do rebanho do Senhor, e da prioritária missão de pregar o evangelho a toda a criatura.

É tempo de rever e restabelecer os limites entre “o voto e o cajado”!

Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares. Então Jesus, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt 4.8-10)

Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.” (Jo 18.36). Altair Germano

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Mal da corrupção religiosa


Temos sempre que ter cuidado com as generalizações  do pecado da corrupção política religiosa, que está se firmando na região com acentuado crescimento, para não atingir os clérigos que não se enquadram nelas. Porém que existe uma corrupção fugidia, clandestina e sombria  com apoios políticos para candidatos a cargos eletivos que não possuem nenhum compromisso com a ética cristã, isto está evidente. È dinheiro que escapa pelos dedos de sacerdotes que se escondem e se camuflam atrás de uma falsa “unção” em muitas denominações evangélicas, onde não existem transparência e o líder possui poder absoluto sobre a vida do rebanho, instaurando-se a corrupção política religiosa com o voto de cabresto , onde a igreja de Cristo é transformada em curral eleitoral. A Corrupção religiosa é um problema objetivo. Não é subjetivo. Não é apenas um problema moral. A corrupção não acontece porque existe sacerdotes desonestos na Igrejas, mais porque pastores desonestos debaixo de uma falsa blindagem que eles chamam de “ ungidos do Senhor” agem desonestamente.  A FIESP calculou entre R$ 50 bilhões as perdas anuais no Brasil por conta da corrupção. Já no tocante ao mundo religioso, com o famoso caixa 2 e vultosas contribuições políticas para as megas corporações empresariais da fé travestidas de Igrejas, é difícil e quase impossível quantificar porem se faz necessário combater esse mal que assola muitas igrejas, principalmente no período eleitoral. Dinheiro e Ministério tem estado em conflito na Igreja desde quando Ananias e Zafira mentiram quanto a venda de sua propriedade (Atos 5), e Simão tentou comprar de Pedro o poder de conceder a dádiva do Espírito Santo ( Atos 8 – 14 a 24). Os apóstolos Pedro e Judas denunciaram de maneira enérgica os mercenários que usavam a Religião para interesses próprios : “ Movidos por avareza farão comercio de voz, com palavras fictícias ... Tendo coração exercitado na avareza filhos malditos” (2 Pedro 2.3-14). Que os pastores que vendem o rebanho de Cristo para Políticos inescrupulosos , ouçam o profeta Samuel: “Eis me Aqui, Testificai contra mim perante o Senhor e perante o seu ungido; de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem oprimi? E das mãos de quem recebi suborno para encobrir com ele os meus olhos?  I Samuel 12.13. Baruch Há Shem ! Sergio Cunha.

domingo, 7 de outubro de 2012

Pastores com Síndrome de Cezar



Na Escola Dominical ou nos Seminários Teológicos , aprendemos que devemos ser imitadores de Cristo e somente a Ele adorarmos como nosso Salvador. Porém na cabeça de algumas lideranças religiosas personalistas, que dominam o rebanho de Cristo com mão de ferro e sem nenhuma misericórdia, sujeitando-as aos seus interesses particulares na construção de reinos humanos, aonde a fé torna-se moeda de barganha e manipulação, onde muitos pastores se distanciaram de Cristo e passaram a imitarem os imperadores Romanos na conquista de poder e gloria temporal. Vejamos por quê ?  Na Antiguidade Romana o culto a Cezar algo imposto aos povos conquistados, onde os novos súditos poderiam até ter seus deuses, mais “ a divindade imperial” deveria tomar lugar na rotina cultual de cada povo conquistado. Somente Cezar deveria ser o centro do culto em cada povoado longínquo do império. Com advento do cristianismo, os verdadeiros cristãos não adoravam ao imperador. Nas questões que envolviam o estado Romano com seus tributos para pagamentos de suas legiões, o principio estabelecido pelo próprio Cristo foi: “ Daí a Cezar,  o que é de Cezar”. Estamos vivendo dias na igreja evangélica brasileira com suas diversas lideranças personalistas, em que muitos estão se auto proclamando verdadeiros “ Cezares” , onde deixaram a visão de reino de Deus e fizeram alianças com fariseus e herodianos e passaram a exigir das ovelhas doentes e desnutridas a obediência canina aos seus projetos megalomaníacos que estão totalmente distantes do Reino de Deus. Para muitos lideres religiosos travestidos de pastores, tentar ser um Cezar não é difícil, basta que eles continuem confiando somente no poder da cadeira papal , fazendo de suas vidas, um trono sem Jesus, bastando apenas que o próprio ego seja alimentado e que as prioridades Bíblicas sejam aplicadas apenas quando for “ conveniente” para a sua imagem “ ungida” e messiânica.  Para você que verdadeiramente é ovelha do rebanho de Cristo não caia nas palavras dos sacerdotes da serpente. Não permita que Cezar reine sobre você! A sua confiança enquanto discípulo de Cristo está depositada nas promessas cumpridas no Senhor Jesus como Paulo escreveu a seu discípulo Timóteo  o Cristão fortifica-se na Graça que está em Cristo Jesus.(  II Timóteo 2.1 ). Apenas Jesus é o Senhor da Igreja, e não os imitadores dos Cezares. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha.

sábado, 6 de outubro de 2012

Falácia: A igreja precisa de representação política!

Já ouvi muitos argumentos que tentam convencer os crentes a votarem no candidato apontado pelo líder. Um dos mais usados é o que usa o exemplo de José de Arimatéia, membro do Sinédrio, que intercedeu junto a Pilatos para que liberasse o corpo de Jesus para ser sepultado. Não fosse sua intervenção, o corpo de Jesus teria tido destino semelhante aos dos outros crucificados: apodreceria na cruz e seria comido por urubus.

De igual modo, a igreja, Corpo Místico de Cristo, necessitaria de gente que representasse seus interesses nas esferas de poder.

Primeiro, não somos um corpo inanimado, um cadáver, como era então o corpo de Jesus. Não precisamos de quem nos carregue, nem mesmo de quem nos proteja. Estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo, muito acima de qualquer autoridade, seja terrena ou espiritual. A posição de Advogado da igreja já está devidamente ocupada. Quem defende nossa causa é Cristo!

Ademais, a igreja não carece de quem a enterre, lançando uma pá de cal sobre a sua credibilidade e relevância.

Segundo, precisamos de quem defenda o direito do pobre, dos excluídos, dos desfavorecidos deste sistema iníquo, e não de quem faça lobby em favor dos interesses eclesiásticos.

Leia atentamente:
"Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados.Abre a tua boca; julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados." Provérbios 31:8-9
O sucesso da igreja no cumprimento de sua missão não depende da intervenção ou ajuda do Estado. Pelo contrário, ela geralmente prospera mais onde o Estado lhe faz oposição. Veja o exemplo da China, onde a igreja mantém-se na clandestinidade, reunindo-se em salas subterrâneas.

Quando Paulo se viu perante as autoridades do seu tempo, ele não fez lobby pela igreja, mas deu testemunho da verdade do Evangelho.

Que Deus levante em nossos dias líderes e cristãos comprometidos com o Reino e com a causa dos necessitados, mesmo quando isso representar qualquer prejuízo às instituições a que chamamos de igrejas.

Nestas eleições, vote com consciência. Exerça a sua cidadania terrena com a mesma seriedade que deve exercer a sua cidadania celestial. Por Hermes C. Fernande

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Que saudades da outra Assembleia de Deus!"


Em homenagem ao centenário do movimento que culminou com a denominação Assembléia de Deus, transcrevo na íntegra artigo instigante do Pastor Joanyr de Oliveira publicado no Mensageiro da paz nº 1285, de abril de 1994. Ele pastoreou a Igreja Assembléia de Deus em Sobradinho-DF, Quadra 12 - Área Especial, nos anos 1985 a 1987. Em 2006 fundou uma Assembleia de Deus no coração do Plano Piloto. Além disso, foi o criador das revistas "A Seara" e "Jovem Cristão" (extintas) e "Manual do Obreiro Cristão" e editor do livro "História ilustrada das Assembléias de Deus no Brasil". Ele partiu para o Senhor um dia antes de completar 76 anos de idade, em 5 de dezembro de 1999.



"E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissenssões e escândalos contra a doutrina que aprendestes...". Rm. 16:17.

"Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com manjares, que de nada aproveitam aos que a eles se entregaram". Hb. 13:9.

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e s ehá algum louvor, nisso pensai". Fp. 4:8.

"Amados, não creais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". I Jo 4:1.

Sinto saudades da Assembléia de Deus em que os cultos se realizavam com toda a simplicidade, sem as "técnicas" que tanto impressionam nos dias de hoje.

Os pregadores não tinham cultura. Eram agricultores, pedreiros, sapateiros, ferroviários, balconistas, homens de pouca ou nenhuma escolaridade, oradores sem homilética - mas como o Espírito Santo operava! E me pergunto: por que é que agora, tantas e tantas vezes predomina a frieza, ou tudo se torna artificial, falso, inautêntico? Agora, quando tantos entre nós são bem preparados, intelectualmente; quando dispomos de tantos (e de alguns ótimos) institutos bíblicos, é que o progresso da obra deveria estar acelerado. Mas as igrejas, em sua maioria, seguem com lentidão, e os milagres até desapareceram de muitas delas.

Seria então a cultura um fator negativo, como - a escandalizar-nos - declaravam espíritos obscurantistas, notórios na apologia da ignorância? Claro que não! O nosso Deus é Sábio dentre os sábios. A Bíblia, "o livro de meu Deus" conforme diz o hino, é a maior obra da literatura universal. As páginas inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas, aos evangelistas, aos apóstolos são muito mais lidas e amadas, pela sua beleza e profundidade, do que Platão, Sócrates, Aristóteles, Cícero, Dante, Milton, Shakespeare, Dostoievski, Cervantes, Camões... e tantos outros.

Que, então, estará acontecendo?

Se a sabedoria não afastou Salomão ou Paulo de uma vida de perfeita comunhão com Deus, antes contribuiu para que se colocassem mais junto dele, mais a ele submissos, não seria agora que a cultura haveria de trazer incompatibilidade entre os crentes e o seu Senhor.

O que falta, provavelmente, são joelhos humildemente dobrados na presença do Altíssimo, mais acatamento das autênticas doutrinas bíblicas, mais simplicidade, mais autenticidade. (E, a esta altura, é oportuno lembrar aqueles de que falou Jesus, segundo Mateus 6:16: "E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram os seus rostos para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão".)

O conforto material, o dinheiro (muitas igrejas são ricas) têm colcocado as orações em segundo plano, porque agora parece que não nos consideramos tão dependentes do socorro de Deus. Implantaram-se novos "valores", desaprendeu-se a busca "primeiramente o reino de Deus e a sua justiça..." Agora, o que se sequer é status, são glórias humanas, são bens materiais.

Há os que compram apoio, há os que se vendem para obter mordomias, títulos e espaço ministerial. Há "consagrações" de neófitos, de meros "aliados", simples bajuladores, de pessoas sem a menor dignidade, sem nenhuma chamada do Senhor. Há os que jogam para o interior da igreja verdadeiros "entulhos" doutrinários, os quais estavam longe de ser admitidos na Assembléia de Deus dos nossos antepassados.

Há os profissionais do púlpito, para os quais inexistem princípios, não há ética, mas apenas interesses, "tronos" a serem preservados a qualquer preço. (E ai dos que discordarem desses intocáveis "ungidos" que tanto envergonham a igreja com suas manobras, falsidades, usurpações e inovações danosas ao corpo de Cristo...) Há os que transformam os púlpitos em balcões de negócios e palanques, e vendem os crentes como se fossem gado, humilhando a igreja perante o mundo, conspurcando a sua santidade emanada na Cruz. (E os que se angustiam com isso são estigmatizados com a pecha de rebeldes e de "esquerdistas"...).

Sinto saudades da Assembléia de Deus que os políticos desprezavam. Somente éramos lembrados pela ira dos vizinhos, os quais nos ofendiam, apedrejavam e ameaçavam com ações na Justiça. Truculentos delegados de polícia atormentavam os nossos obreiros, perseguindo-os pela "prática de curandeirismo" e pela "perturbação à ordem pública".

Nenhum candidato a cargo eletivo batia à porta do pastor ou do templo - graças a Deus por isso! - para oferecer o dinheiro vil, o emprego público imerecido e indigno, que jorram hoje, como lama, para o nosso meio. Nós éramos tão pouquinhos, a Casa de Oração funcionava em uma humilde residência, em um casebre na rua mais pobre do subúrbio. Os poderosos se riam dos "bíblias" e inventavam as mais sórdidas histórias sobre a nossa moral, levando pais de famílias a nos abominarem, a espancar os filhos a abondonar esposas que decidiam pagar qualquer preço pela fidelidade ao Senhor.

Os eminentes não tomavam café à nossa mesa, porque desprezavam a "gentinha"; mas como o Espírito Santo nos visitava! Como Deus nos falava - e eram tão raros os falsos profetas!... Como as curas aconteciam! - e não era necessário que ninguém induzisse, com gritaria e lavagens cerebrais, para que o sobrenatural acontecesse. Como era comum o batismo no Espírito Santo! (Hoje, muitas vezes, Deus opera apenas por amor à sinceridade e pureza dos crentes, e só por isso...)

Sinto saudades da Assembléia de Deus que os pioneiros nos legaram. Os hinos eram mal cantados, e no entanto nossos corações jubilavam. Sonhávamos com um singelo trombone ou clarinete... Órgão, nem em sonho... Piano? Nem pensar... Tê-los era privilégio dos irmãos batistas e prebiterianos... Mas hoje, tudo mudou. Corais belíssimos, conjuntos e orquestras arrebatadores. Louvamos a Deus porque eles chegaram.
                                                                                                                         
Contudo, nos entristecemos quando pensamos naquelas "estrelas" e nos "astros" que também chegaram aos templos para exibir-se, para mostrar os seus dotes artísticos. (Quem disse que "toda honra e toda glória pertencem ao Senhor?" talvez algum antiquado, algum dromedário, alguém que se perdeu nos labirintos da Idade Média, que - pobrezinho - se esqueceu de ficar moderno...) O profissionalismo, no que há de pior na expressão, fala muito mais alto.                                        

Muitos dos cantores de hoje jamais experimentaram o "novo nascimento" em Cristo Jesus. Muitos dos hinos são compostos ou orquestrados por ateus, agnósticos, espíritas; muitos músicos participam das gravações apenas pelo dinheiro, nem sabem onde fica a Casa de Deus. E quando aqueles cantam, quando se exibem, há auditórios que explodem em aplausos, tudo como nos mais ruidosos espetáculos mundanos...                                                                                                                

Muitas igrejas vulgarizam, o folclore tomou o lugar da unção verdadeira e da santidade requerida pelo Espírito do Senhor. A Casa de Oração transformou-se em teatro, o povo passou a exigir atores e artistas da palavra a e da música. (Que estes estipulem seus cachês, que digam o quanto de prata e de ouro deve ser trocado pelo brilho de seu talento, porque o povo paga com alegria. Não é assim entre os ímpios e seus ídolos? "Por que não há de ser também assim na igreja do fim deste tremendo século?")

Sinto saudades da Assembléia de Deus - da única Assembléia de Deus que outrora existia, em todos os rincões do Brasil. "Um só Senhor, uma só fé...", Ef. 4.5. Agora muita coisa mudou; quase sempre porque - em vez de se conservar o modelo - passou-se a imitar exatamente os que deviam seguir o exemplo da igreja que, impulsionada pelo Espírito, se tornou a maior comunidade pentecostal de toda a História e de todo o mundo. Isto porque nela todos amavam a Palavra de Deus e a seguiam.

Felizmente, aquela Assembléia de Deus não acabou de todo. Ainda há muitos obreiros e milhões de crentes que não mudaram. Sem ser legalistas, sem aplaudir obscurantismos, sem admitir farisaímos que também desfiguram a Igreja do Senhor, mantêm-se fiéis ao modelo deixado pelos pioneiros. Graças a Deus, porque eles estão firmes e resistem aos "ventos de doutrinas" e à avassaladora onda de corrupção de nosso tempo. Porque eles existem, e porque em toda a Terra existem crentes como ele, Jesus pode vir buscar a sua Igreja - pode vir, e não voltará aos céus de mãos vazias. (Louvado seja o Santo Nome!)

PROCURA-SE UMA "BOA IGREJA"


Tornou-se comum nos círculos pastorais se falar em uma “boa igreja”. Mas, o que tal expressão envolve? Qual o conceito de uma “boa igreja” em alguns círculos evangélicos na atualidade?

Ouvindo e analisando o discurso sobre uma “boa igreja”, cheguei a conclusão de que para se enquadrar nesse perfil, é necessário que uma igreja local ou congregação preencha os seguintes requisitos:

- Ter um bom número de membros e congregados ativos;

- Esse bom número de membros e congregados ativos devem proporcionar uma boa oferta, capaz de promover o crescimento institucional desta igreja, e de proporcionar tranquilidade e segurança financeira ao seu pastor;

- O templo onde os cultos são realizados deve estar situado num lugar de boa visibilidade, bom acesso e bom estacionamento;

- Uma boa arquitetura exterior e interior, associada a um bom conforto são indispensáveis;

- A vida comunitária deve ser de boas relações, onde os conflitos internos são os mínimos possíveis;

- A “boa igreja” não precisa exercer influência na vida espiritual e moral dos moradores do bairro ou da cidade onde está inserida, desde que exerça uma forte influência política e social entre os mesmos;

- A “boa igreja” é caracterizada pela presença de membros e visitantes ilustres da classe média alta, dos ricos e de personalidades notáveis de grande destaque social.

Como se percebe, a ideia contemporânea sobre uma “boa igreja” em nada se alinha com aquilo que as Escrituras dizem acerca da Igreja de Jesus. A visão acima apresentada, de caráter mercadológico e empresarial, acaba promovendo competição entre aqueles que anseiam um dia pastorear uma “boa igreja”, ou frustração na vida daqueles que são removidos de uma “boa igreja”.

Uma igreja local “boa” é aquela que está inserida no contexto maior da Igreja Universal, edificada por Jesus (Mt 16.18), único e inabalável fundamento (1 Co 3.11).

Uma igreja local “boa” possui tal qualidade pelo fato de ser criação de um Deus essencialmente e plenamente bom (Ef 3.6-9).

Uma igreja local “boa” é aquela que manifesta a multiforme sabedoria de Deus entre principados e potestades nos lugares celestiais (Ef 3.10).

Uma igreja local “boa” trabalha na evangelização e na prática do discipulado entre os povos (Mc 16.15; Mt 28.19-20), na perseverança na doutrina, na oração, na comunhão, na adoração (At 2.42-47) e no socorro aos necessitados (At 4.32-35).

Uma igreja local "boa" é rica em Cristo, em toda palavra e conhecimento (1 Co 1.5).

Uma igreja local "boa" é plena dos dons do Espírito (1 Co 1.7).

Uma igreja local “boa” é caracterizada por ser coluna e baluarte da verdade (1 Tm 3.15).

Uma igreja local “boa” não está isenta de problemas espirituais, morais, sociais, doutrinários ou de outra ordem, mas está sendo aperfeiçoada através do trabalho dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres que compreenderam a natureza do ministério cristão, e que se dispuseram a pagar o preço do sofrimento em todas as suas múltiplas faces e formas (At 9.16; 2 Co 1.4; 12.15).

Não importa o tamanho da igreja local, sua renda, sua influência social, sua localização geográfica, sua arquitetura ou qualquer outro fator. Se tivermos a convicção de que foi o Senhor quem nos chamou para cuidar de sua Igreja, nos alegraremos na graça de Jesus, sabendo que esta é a “boa igreja”, o rebanho que está entre nós, e que nos foi confiado pelo Supremo Pastor (1 Pe 5.1-4). Pr.Altair Germano