sábado, 26 de abril de 2008

Onde estão os evangelistas desta geração?


Em 2007 assisti diversas pregações de evangelistas itinerantes. Muitos deles fora da mídia evangélica, apesar de estarem a anos percorrendo os púlpitos do Brasil. Alguns ainda arrastam multidões de admiradores, que conhecem suas pregações de cor e salteado, outras nem tanto. Aquelas mensagem apocalíptica estão fora de moda, como também arrependimento de pecados. Os pregadores que possuem um público fiel, são os da teologia da prosperidade ou da auto-ajuda. Fora disso, não arrumam nem para o cafezinho. A pouco tempo atrás, conheci um pregador do interior de São Paulo, que hoje mais parece um clone do Michael Jackson esticando o cabelo usando lentes de contacto azuis e colocando rímel, onde ele afirmava categoricamente, que o tempo de vida de um pregador itinerante entre o início da caminhada e o apogeu do ministério, seria de apenas 7 anos, tempo suficiente para adquirir um patrimônio considerável e garantir uma aposentadoria precoce. Nas últimas três décadas tivemos uma explosão de pregadores intelectuais e relevantes, principalmente segmento pentecostal, que incentivaram e motivaram inúmeras vocações sacerdotais. Porém, onde se encontram os sucessores de Bernard Johnson, Gesiel Gomes, Gilvan Rodrigues, etc. Durante a minha juventude, criava-se uma grande expectativa pelos congressos de mocidade para ouvirmos mensagens ungidas, cheias do poder do Espírito Santo, trazidas por pregadores sinceros na busca da vontade de Deus para suas vidas, dispostos a gastarem sua juventude na pregaçãodo Evangelho. A pergunta que tem sido feita é: Onde estão os evangélistas desta geração? Trocaram os púlpitos pelos palanques políticos? Trocaram as Casas de Oração pelos Palácios Governamentais?
A minha geração e a geração anterior tiveram heróis da fé, trazendo nas igrejas experiências de comunhão com Deus, exemplos e modelos de vida cristã. Eles podiam dizer: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo”. Lamentavelmente, como diria o bispo Anglicano Robinson Cavalcante; “Somos uma geração sem heróis da fé ou apenas com anões”.

Que Deus em sua grande misericórdia, possa levantar novos gigantes da fé nesta geração para que o inferno possa ser despovoado e a bandeira do evangelho genuíno, cristocêntrico possa ser tremulada apenas pelo vento do Espírito Santo e não pelo vento do mercado da fé.

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