Em 2008 fui convidado para fazer uma palestra na Igreja Batista de Unamar – Cabo Frio, durante a reunião do Conselho de Pastores, onde fui apresentado com reverencia, inclusive ao prefeito de Cabo Frio, crente metodista, que estava em campanha pela sua reeleição. Havia uma aura de respeito e curiosidade sobre o vertiginoso crescimento dos evangélicos em Rio das Ostras, cidade com 16 anos de emancipação e já contando com 215 templos. Senti-me um verdadeiro Bispo com sua diocese, mesmo estando rodeado de lideranças emergentes da igreja cabofriense. Depois de fornecer copia do estatuto do Conselho de Pastores riostrense e entregar uma camiseta da Expo Gospel ao prefeito, fiquei envaidecido quando profetizaram que poderíamos enquanto povo evangélico eleger o próximo burgomestre de Rio das Ostras. Jargões como esses, levam a um verdadeiro ufanismo.
Não querendo entrar no campo do movimento pentecostal como mola propulsora do crescimento evangélico no município, ficamos emudecidos, quando nos perguntaram, quais as transformações ocorridas na sociedade com essa expansão acelerada. Foi quando a ficha caiu, sobre o perigo do crescimento dos crentes nominais, a exemplo do que aconteceu com os católicos. Naquele momento, percebi o pecado da soberba instalado em nossos corações, que tanto tem prejudicado o estabelecimento do Reino. E que a multiplicação dos evangélicos pode ser uma faca de dois gumes, quando a igreja não cumpre seu papel de agente transformados como sal da terra e luz do mundo. Quando os políticos procuram a igreja, apenas como instrumento de massa de manobra para chegar ao poder e não para ouvir sua proposta de transformação social através da mensagem cristocêntrica, algo esta errado. Qual tem sido nosso testemunho de agentes do Reino, diante de platéias semanais, ávidas por soluções para seus problemas cotidianos? Ou será, que temos corroborado com o senso comum, de que pastores são apenas manipuladores de pequenos e grandes auditórios, sem nenhum real poder de transformação de vidas, com exemplos significativos? De nada adianta o nosso crescimento numérico do campo para as cidades, das favelas para os palácios, dos seminários para as universidades, se continuarmos a ganhar em quantidade e perder-mos o testemunho, pois também chegara o dia, em que perderemos autoridade para falar com arautos de Deus, e chegaremos a posição da parábola conceitual pregada pelo teólogo dinamarquês Soren Kierkgaard (1813 – 1855), quando ele nos conta que um grande circo acampou nas cercanias de uma cidade. Na tarde que antecedeu a estréia quando mágicos e trapezistas se preparavam para o espetáculo, começou um incêndio no circo. O palhaço , já trajado e pintado para o espetáculo, correu para cidade em busca de socorro. Desesperado, ele gritava em praça publica, clamando por socorro. Porem, quanto mais gritava e corria de um lado para o outro, mais as pessoas se divertiam. Pensavam que ele usava de um argiu excelente para lotar o circo. Exausto e em completo desespero, caiu de joelhos : “ Por amor a Deus, por amor a Deus! Ajudem-nos! O circo esta pegando fogo.” As crianças gargalhavam, os mais velhos se maravilhavam, dizendo : “ que grande ator se mostra o palhaço, que sabe chorar para fazer graça” e com isso o circo foi destruído pelo fogo. Que Deus tenha misericórdia de todos nos.
Não querendo entrar no campo do movimento pentecostal como mola propulsora do crescimento evangélico no município, ficamos emudecidos, quando nos perguntaram, quais as transformações ocorridas na sociedade com essa expansão acelerada. Foi quando a ficha caiu, sobre o perigo do crescimento dos crentes nominais, a exemplo do que aconteceu com os católicos. Naquele momento, percebi o pecado da soberba instalado em nossos corações, que tanto tem prejudicado o estabelecimento do Reino. E que a multiplicação dos evangélicos pode ser uma faca de dois gumes, quando a igreja não cumpre seu papel de agente transformados como sal da terra e luz do mundo. Quando os políticos procuram a igreja, apenas como instrumento de massa de manobra para chegar ao poder e não para ouvir sua proposta de transformação social através da mensagem cristocêntrica, algo esta errado. Qual tem sido nosso testemunho de agentes do Reino, diante de platéias semanais, ávidas por soluções para seus problemas cotidianos? Ou será, que temos corroborado com o senso comum, de que pastores são apenas manipuladores de pequenos e grandes auditórios, sem nenhum real poder de transformação de vidas, com exemplos significativos? De nada adianta o nosso crescimento numérico do campo para as cidades, das favelas para os palácios, dos seminários para as universidades, se continuarmos a ganhar em quantidade e perder-mos o testemunho, pois também chegara o dia, em que perderemos autoridade para falar com arautos de Deus, e chegaremos a posição da parábola conceitual pregada pelo teólogo dinamarquês Soren Kierkgaard (1813 – 1855), quando ele nos conta que um grande circo acampou nas cercanias de uma cidade. Na tarde que antecedeu a estréia quando mágicos e trapezistas se preparavam para o espetáculo, começou um incêndio no circo. O palhaço , já trajado e pintado para o espetáculo, correu para cidade em busca de socorro. Desesperado, ele gritava em praça publica, clamando por socorro. Porem, quanto mais gritava e corria de um lado para o outro, mais as pessoas se divertiam. Pensavam que ele usava de um argiu excelente para lotar o circo. Exausto e em completo desespero, caiu de joelhos : “ Por amor a Deus, por amor a Deus! Ajudem-nos! O circo esta pegando fogo.” As crianças gargalhavam, os mais velhos se maravilhavam, dizendo : “ que grande ator se mostra o palhaço, que sabe chorar para fazer graça” e com isso o circo foi destruído pelo fogo. Que Deus tenha misericórdia de todos nos.
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