Enock Alberto
Silva, designado para pastorear a Assembleia de Deus em Cabo Frio, na Região
dos Lagos pelo saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério de
Madureira, talvez não entre para a galeria dos grandes lideres da Igreja Evangélica Brasileira no Século XX. Durante toda a sua vida ministerial, ele nunca se
esqueceu de sua origem de simples barbeiro que trocou a navalha pela lámina
afiada da Bíblia, sempre vendendo a imagem de pastor “normal”, mais semelhante
as poucas ovelhas que Jesus lhe entregara para pastorear. Durante cerca de 40
anos sobre sua liderança foram construídos 105 templos em toda região para
abrigar 17 mil ovelhas. Enock sempre demonstrou ter um atributo que honrou sua
biografia eclesiástica: Humildade, sem medo da sua verdade. Em sua vida se
cumpriu Provérbios 22.4 : “ O Galardão da humildade e do temor do Senhor são riquezas,
honra e vida”. Enock nunca foi um pregador eloquente, tão pouco um teólogo formado
em um Seminário renomado com vários livros publicados. Nunca chegou a ter um
programa de televisão, porem buscava a Deus em oração em favor de seus filhos
necessitados. Para Enock Alberto, a oração era vital para o crescimento da Igreja, não somente porque Deus a
ordenou, mais também porque Ele estabeleceu que através dela seu povo deve
crescer em fé e dependência afim de que somente Ele receba a gloria. Os
verdadeiros pastores servos de Deus dependem da oração e não se envergonham de
admiti-lo, mais os pastores celebridades falam de oração na mídia eletrônica somente
para impressionar os seus seguidores. Seguindo o exemplo de Moises e como
intercessor eficiente, Enock Alberto enfrentava os fatos com honestidade e não era
indulgente com o pecado. Moises repreendeu a Arão e ao povo, e os humilhou
perante o Senhor. Enock Alberto quando alguns dos pastores auxiliares cometiam alguns
deslizes os afastava imediatamente da congregação. Porem, logo em seguida orava
a Deus pedindo perdão. O pastor intercessor conhece a gravidade do pecado e
esta pronto a pagar o preço de ajudar os outros e glorificar a Deus. Pastor Enock como um legitimo alagoano,
nascido na fé em uma Igreja Batista, não era dado a muitos sorrisos e
formalidades, e tão pouco fazia concessões a quem quer que fosse. Como o profeta Jeremias,
ele era um muro de bronze e uma coluna de Ferro, ele não permitia que os
ataques dos homens o pertubassem nem que seus aplausos e rasgação de seda o influenciasse
. Enock Alberto era respeitado, porem sem popularidade. Não era uma celebridade
religiosa desfrutando de ternos italianos, sapato cromo alemão ou divertindo-se
em jantares com os prefeitos da Região dos Lagos. Uma das fraquezas da Igreja
nos últimos anos tem sido a abundância de celebridades a ausência de servos.
Enock Alberto não fazia concessões, não era uma celebridade, nem procurava
agradar a multidão, porem Deus se agradou dele. Ele era muito pessoal, não procurava
a cobertura da imprensa nem o resultado do Ibope, sua única preocupação era: “Convém
que Ele ( Cristo) cresça, e que eu diminua”. João 3.30. Esse foi o legado do
barbeiro franzino, que se tornou o verdadeiro Apóstolo da Fé pentecostal na
Região dos Lagos no século XX. Baruch Há Shem! Pr.Sergio Cunha
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