quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fogo Amigo na Igreja


Quando entramos no seminário teológico, visando uma formação e um bom preparo para servir a Igreja como pastores, chamados por Deus para uma grande batalha, não percebemos, que tamanha batalha haveremos de enfrentar com o inimigo da igreja e a oposição dentro da própria igreja, o chamado fogo amigo. Infelizmente nos cursos teológicos, não ensinam como lhe dar com a oposição, as críticas destrutivas e a resistência aos novos obreiros. Caso esse curso fosse criado, certamente o numero de matriculados excederia o de vagas, e pensando bem, eu voltaria para o seminário, para aprender a formula bíblica de enfrentar com muito amor e paciência os conflitos causados, principalmente pelos irmãos na fé e geralmente pelas nossas ovelhas. Depois de muitos anos no ministério, aprendi que a oposição é uma realidade inevitável na vida pastoral, e ate mesmo nas igrejas, onde funciona o sistema de quartel militar e o pastor representa uma mistura de mini tirano, teimoso, e egocêntrico que se considera dono do rebanho e não aceita a recusa pelo cumprimento de suas ordens.
No inicio de nossa caminhada pastoral em uma pequena congregação em um bairro no subúrbio da cidade, entendi que a nossa oposição espiritual seria do tipo “nossa luta não é contra a carne ou sangue”, foi quando recebi de quem não esperava, a oposição do fogo amigo pelos sermões trazidos no púlpito aos domingos, pela falta de visitas aos crentes desanimados, mesmo que tivessem décadas de vida cristã, a pratica de aconselhamento no gabinete pastoral aos casais que vivem brigando e a cada crise conjugal ameaçam o divorcio, pela ausência do louvor congregacional com a harpa cristã e ate mesmo pelo numero de conversões, como se fosse você, quem convence o homem de seus pecados. Dentro da igreja, existe todo tipo de oposição, desde os enrustidos, que falam pelas costas, ate mesmo os declarados que não poupam criticas veladas ate mesmo na Santa Ceia. A maneira como você vai lidar com a oposição, e que vai fazer a diferença no seu ministério, evitando com que venha enfartar no púlpito ou contrair uma ulcera nervosa. Alguns pastores não se sentem intimidados diante da oposição ministerial ; eles, na verdade, se fortalecem por causa dela. Ela os desperta a mobilizar seus pensamentos e forças. Por outro lado, exige aos pastores, creio que na sua maioria, que fazem parte dos apaziguadores e procuram a conciliação com o corpo diaconal evitando discussões acaloradas ou verdadeiros rachas na igreja, e ate mesmo sua possível demissão ou remoção, dependendo do sistema de governo eclesiástico da denominação. na minha opinião, todas as vezes que surgiram oposição ao meu ministeiro, quem saiu ganhando, foi eu mesmo, pois tive oportunidade de alem de testar minha chamada pastoral, conhecer com muita humildade minhas falhas e mediante a graça do Senhor, elas possam ser saradas para eficácia do ministério.

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