quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sinto Falta


Após congregar em inúmeras igrejas passando por históricas ate chegar finalmente as pentecostais, desde os pequenos templos ate as catedrais. Depois de participar de cultos na zona rural e nos grandes centros urbanos. Depois de assistir varias palestras de diversos preletores renomados da Igreja evangélica Brasileira, considerados verdadeiros ícones da espiritualidade, quando indagado, sobre o que sinto falta no crescente movimento evangélico, faço uma viagem no túnel do tempo e percebo que sinto falta de uma maior ênfase na justificação pela fé em Cristo, pela graça, sem as obras ou méritos humanos. Sinto falta de uma espiritualidade que viva o quebrantamento, despojamento, mortificação, humildade e amor ao próximo, não apenas como conceitos bíblicos, mais como verdades absolutas de um cristianismo transformador. Sinto falta na mídia eletrônica e nos púlpitos do Brasil de uma mensagem de arrependimento de pecados e regeneração pelo Espírito Santo de Deus, para uma vida de comunhão intima com o Senhor. Sinto falta de mensagens simples sem uma linguagem teológica rebuscada trazida por homens e mulheres com humildade de coração, mais cheios da unção e do poder de Deus, onde os pecadores em lagrimas. Dobravam seus joelhos diante da cruz do Cristo vivo. Sinto falta do tempo em que os despenseiros de Deus não cobravam para pregar uma mensagem que falava aos nosso corações. Sinto falta dos louvores maviosos, aonde Deus era adorado na beleza da sua santidade, por verdadeiros adoradores, sem a necessidade de parafernália musical e do vil metal. Sinto falta de pastores com cheiro de ovelha, com ternos de pelos de camelo, pregando no deserto e dizendo, arrependei-vos, pois esta próximo o Reino dos Céus. Sinto falta de lideres denominacionais de serem da cadeira de Moises e com a face na terra, chorarem com os que choram e reconhecerem verdadeiramente: “ Miserável homem que sou” . Sinto falta da igreja imitar a Cristo, quando o Novo Testamento fala se sua disposição de renunciar a si mesmo para fazer a vontade de Deus, sofrendo mançamente as contradições ( Fp 2.5 e IPedro 2.21) .Sinto falta de um verdadeiro avivamento espiritual como agentes de transformação de vidas, e regeneração da nação brasileira, e não os pseudo-avivamentos fabricados pelos sacerdotes mercenários. Sinto falta de uma espiritualidade evangélica tradicional, centrada na justificação pela fé, que enfatiza a Graça de Deus recebida mediante a Palavra. Sinto falta de uma fé que não se deixa manipular por lideranças inescrupulosas que se declaram donas do rebanho. Sinto falta de uma confiança autentica e sincera em Deus, sendo gradualmente substituída pela submissão acrítica aos desmandos de lideres neófitos. Sinto falta de crentes bereanos com leitura obrigatória das Escrituras Sagradas com anseio por um cristianismo saudável e libertador. Senti falta de uma igreja empenhada em formar o caráter de seus filhos, ensinando a pratica da ética cristã genuína. Sinto falta de uma igreja para participar, lutar, desenvolver dons e talentos, para crescimento do corpo. Sinto falta de uma igreja mais domesticas com crescente reflexão Bíblica, e comunhão dos santos e menos self-service em prédios imponentes com excessivos decibéis. Sinto falta da redescoberta do trabalho pastoral de curar almas, mesmo soando como frase antiga, porem não obsoleta, sinto falta na igreja do combate incessante contra o pecado que assola a humanidade e corroi a alma. Sinto falta das rotinas pastorais de visitação aos infernos nos hospitais encarcerados nas prisões e viúvas e órfãs abandonados, como marcas do amor cristão e antiga identidade da igreja. Sinto falta do descobrimento do significado das Escrituras e do desenvolvimento de uma vida de oração para o crescimento em direção a maturidade espiritual. Enfim, Sinto falta de ouvir a voz de Deus em alguns mega-templos que funcionam como verdadeiras casas de espetáculos e nos seus púlpitos aparecem constantemente, o discurso dos defensores da Teologia da Prosperidade como patrões de Deus.

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