segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Casa de Deus ou Covil de Salteadores?


Silva é um produtor musical gospel que não deu certo, apesar de ter produzido inúmeros cantores evangélicos da região Costa do Sol. Nenhum deles conseguiu alcançar uma vendagem expressiva no concorrido mercado fonográfico evangélico brasileiros. Após várias tentativas em profissões diferentes. Silva, tornou-se especialista na compra e vendas de igrejas evangélicas, ou seja, um corretor de templos com rebanho completo. A algumas semanas, ele esteve em meu escritório para oferecer um templo em Cabo Frio com cerca de 80 pessoas, aparelhagem de som, guitarras, bateria e cadeiras por uma bagatela de quarenta mil reais para qualquer pastor que se dispusesse à pagar.
Segundo Silva como existem muitos cantores disputando os púlpitos das igrejas, inflacionando o mercado, ele resolveu investir na compra e venda de igrejas, cujos pastores estejam cansados de apascentar as ovelhas.
A pouco tempo atrás, um jovem estava vendendo carteiras de pastor, evangelista , presbíteros e diáconos em Rio das Ostras com anúncio nos jornais.
A ex-missionária Lanna Holder declarou para a Revista Eclésia, que durante o período das vacas gordas no seu ministério de pregadora itinerante, ela conseguiu comprar um BMW somente com ofertas levantadas nas igrejas. Detalhe importante, após ser excluída de sua igreja pela prática homossexual, Lanna passou a entregar pizza.
É triste, mas é verdade: utilizar a religião para obter lucro e prestígio, vem sendo uma prática comum na Igreja Contemporânea. Quando isso acontece, há duas conseqüências: o povo é explorado e Deus se irrita.
O melhor exemplo disso foi o que aconteceu no templo. “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derrubou as mesas aos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: “Está escrito: A minha casa será chamada Casa de Oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores”. Mt 21.12-13.
Não época de Jesus, já existia os mascates da fé. Eram pessoas que comercializavam religião dentro do templo de Jerusalém. Pelo visto, os mercenários tem se multiplicado na História da Humanidade. Contudo, é sempre bom lembrar, que Deus jamais considerará inocentes aqueles que exploram o seu povo.
O ano passado fui a um banco para tentar conseguir um empréstimo. Ao preencher os formulários, o gerente descobriu que além de jornalista, nós exercíamos o ministério pastoral.
O gerente negou o empréstimo, pois ele considerava muitas Igrejas como verdadeiras agências bancárias e os pastores seus gerentes.

É chegado o tempo em que não podemos mais tolerar os mercenários da fé. Os caçadores de moedas denegriram a reputação do Evangelho. Enlamearam os púlpitos. Manipulam os neófitos da Palavra Bíblica com profecias absurdas. Não são governados por Deus, tão pouco são orientados pelo Espírito Santo; na sua maioria são governados pela ganância e vaidade. São impostores que transpiram emoção e uma falsa fé diante do povo, mas fracassam no viver uma vida de acordo com os preceitos bíblicos. Rasgam as Escrituras para conseguir dinheiro e tosquiar as ovelhas. Assim como Jesus os desmascarou também devemos fazer o mesmo, para evitar que transformem a Casa de Deus em covil de salteadores.
A principal característica que identifica o mercenário da fé do pastor verdadeiro é o amor ao seu dinheiro do que ao Senhor Deus.
Todas às vezes, que aparece um pregador em nossa igreja, querendo fazer campanha visando arrecadar dinheiro através de profecias e revelações, nós refutamos esse Evangelho. O apóstolo Paulo advertiu sobre os aproveitadores na Igreja de Creta: “É preciso faze-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras ensinando o que não devem, por torpe ganância”.

Preste atenção: existem mercenários na Casa de Deus. Não se deixe enganar pelas aparências. Não entusiasme com suas palavras com suas palavras tão pouco com suas profecias e revelações. Tome cuidado. Lembre-se de como Jesus purificou o templo de Jerusalém.

Baruch Há Shem!

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