sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
A Arinda Costa Silva - uma mulher de gabarito
Sabe aquela dedicatória da primeira página de um livro que você pretende escrever, onde se encontra o nome de uma pessoa especial na sua vida. Pois já me decidi, quando publicar meu primeiro livro, será para uma pessoa que tem deixado melhor o mundo, mesmo que com uma vida simples. Muitos desconhecem Arinda Costa Silva e quem vir a conhecê-la, pensará tratar-se de parente distante do Ex presidente da República que deu nome a ponte Rio Niteroi. Mais não tem nada ha ver. Desde que a vi a primeira vez, simpatizei com a jovem senhora e seu jeito de viver a vida. Digo jovem, mesmo sabendo, que ela já passou da idade da razão feminina. como bem disse Martha Medeiros:" Só as pessoas de alma jovem e sadia é que entendem que a gente não vem ao mundo para súga-lo, para retirar dele o suco possivel e deixar para traz o nosso lixo. È uma questão de honra que ele esteja melhor ao partirmos". Minha cunhada Andreia, pediu-me que escrevesse algo a respeito de sua mãe em forma de homenagem em vida. Arinda não possui nenhum doutorado em sociologia, psicologia ou coisa parecida. Contudo é doutora em fazer o bem, a quem quer que seja, e está sempre de bem com a vida, mesmo tendo uma filha doente a cerca de 15 anos e sua casa ter pegado fogo e a diabete não abandoná-la. Arinda com sua sabedoria, nunca perdeu a compostura e sempre se mostrou, com bem disse sua filha Raquel, uma mulher de gabarito. Mais não é tarefa fácil em um mundo de pessoas grosseiras, sem Cristo no coração. Por falar em questões espirituais, há quem diga, que Arinda vai pro céu de elevador, como ela é evangelica, não pode ser canonizada. Arinda, tem um certo brilho nos olhos de mulher sunamita, pois todas as vezes quando perguntada, fala categoricamente com um sorriso suave: " Está tudo Bem! ", o culto na pequena igreja, pode ter diminuido a assistencia, porém para Arinda, foi alegrezinho e Deus falou ao seu coração. Nos dias em que vivemos, ninguem acredita mais em ninguém, a maioria das pessoas vivem com a faca entre os dentes, temendo passar por ingênuos. Arinda não. Sempre alimentou, aqueles que seu marido Eneas encontrou mendingando nas ruas e trouxe para sua mesa. Arinda acredita em Deus e na recuperação do homem a sua imagem e semelhança. Outro detalhe importante em sua vida, é que quem visita sua casa e não bebe de seu café feito na hora, não conheceu Arinda, uma mulher que escolheu sorrir com gabarito, para deixar o mundo melhor. Dedico esta crônica a minha sogra, que me ensinou, que o calado vence quando tem Jesus como advogado. Baruch Há Shem!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Deus Cuida de mim
"O Pardal encontrou casa"
Após fazer um exame de sangue, estava aguardando o resultado no Hospital de Tamoios em Cabo Frio, quando deparei-me com uma cena poetica, onde dois pardais bicavam um pedaço de pão duro. As ambulâncias com suas sirenes ligadas , chegavam na emergência trazendo pacientes a beira da morte. No entanto, os pardais continuavam comendo suas migalhas, como se nada tivesse acontecendo. Outros carros, chegavam trazendo pacientes para atendimento ambulatorial, com diagnósticos médicos nada agradaveis. Contudo, os pardais continuavam se alimentando com bastante tranquilidade, alheios a tudo que se passava ao redor. Foi onde , o Espirito Santo falou ao meu coração de maneira suave: " Está vendo como eu cuido desses passarinhos, agora imagine como tenho cuidado de você". Mesmo depois de receber o resultado do inicio de uma diabete, me alegrei no Senhor, porque descobri que Deus cuida de mim. Mesmo que eu passe pelo vale da sombra da morte, Ele cuida de mim, ainda que eu esteja em um leito de hospital, Ele cuida de mim. Se chegar a crise econômica mundial e eu ficar desempregado, ainda sim Ele cuida de mim. Se meus pais me abandonarem por causa de minha fé, acima de tudo, Ele cuida de mim. Se os amigos me abandonarem, como fizeram com Jó e o Apóstolo Paulo, tambem Ele cuida de mim. Se meus irmãos me venderem como fizeram com José, mesmo assim, Ele Cuida de mim . Baruch Há Shem!
Após fazer um exame de sangue, estava aguardando o resultado no Hospital de Tamoios em Cabo Frio, quando deparei-me com uma cena poetica, onde dois pardais bicavam um pedaço de pão duro. As ambulâncias com suas sirenes ligadas , chegavam na emergência trazendo pacientes a beira da morte. No entanto, os pardais continuavam comendo suas migalhas, como se nada tivesse acontecendo. Outros carros, chegavam trazendo pacientes para atendimento ambulatorial, com diagnósticos médicos nada agradaveis. Contudo, os pardais continuavam se alimentando com bastante tranquilidade, alheios a tudo que se passava ao redor. Foi onde , o Espirito Santo falou ao meu coração de maneira suave: " Está vendo como eu cuido desses passarinhos, agora imagine como tenho cuidado de você". Mesmo depois de receber o resultado do inicio de uma diabete, me alegrei no Senhor, porque descobri que Deus cuida de mim. Mesmo que eu passe pelo vale da sombra da morte, Ele cuida de mim, ainda que eu esteja em um leito de hospital, Ele cuida de mim. Se chegar a crise econômica mundial e eu ficar desempregado, ainda sim Ele cuida de mim. Se meus pais me abandonarem por causa de minha fé, acima de tudo, Ele cuida de mim. Se os amigos me abandonarem, como fizeram com Jó e o Apóstolo Paulo, tambem Ele cuida de mim. Se meus irmãos me venderem como fizeram com José, mesmo assim, Ele Cuida de mim . Baruch Há Shem!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Nem tudo está perdido
Aos seis anos de idade, Roberto Carlos Ramos, um menino negro, filho de uma família muito pobre de Belo Horizonte, foi levado por sua mãe para viver na Febem, no final dos anos 70, em pleno regime militar no Brasil, achando que a instituição para menores infratores, era o meio mais seguro das crianças terem um bom futuro, longe da marginalidade das ruas dos grandes centros urbanos. Lá porem, Roberto encontra o contrario e aprende a roubar seguido de violência e usar drogas tornando-se aos 13 anos um caso perdido na Fundação do Bem Estar do Menor. Quando de suas 132 fugas, ele conhece Margeherit Duvas, uma pedagoga francesa, que estava fazendo uma pesquisa com crianças infratoras brasileiras. Apesar da insistência da diretora da Febem para que ela estudasse o caso de crianças que se recuperaram, a pedagoga acreditou que Roberto pudesse se um caso recuperável. O menino, no entanto, não parecia querer colaborar, e fez de tudo para evitar aproximação da pedagoga francesa, usando inclusive de violência. Levando-a a mudar o foco de suas pesquisas. Neste período, Roberto Carlos em uma de suas fugas, invade a casa da Margaret, completamente assustado e sem ter para onde ir, onde se refugia no único lugar que recebeu algum cuidado nos últimos anos. Cuidando dele, a pedagoga lhe oferece uma segunda chance, e vai aos poucos conquistando a confiança do garoto e descobre sua grande imaginação para contar historias. Após sua recuperação, Roberto Carlos foi adotado pela pedagoga, formou-se pedagogo, estudando na França e retornando ao Brasil, foi reconhecido com um dos 10 maiores contadores de historia do mundo, e para retribuir o amor que recebeu de alguém que acreditou nele, adotou 258 crianças, dando exemplo de que nem tudo esta perdido, quando se pratica o amor e a fé na recuperação das pessoas. Semelhantemente aconteceu outro fato envolvendo um suposto mendigo que estava caído na beira da rua durante a virada do ano. Totalmente sujo e completamente embriagado aquele homem passara o reveillon na sarjeta distante da família e de seus amigos. Ao passar pela rua, vindo da igreja Batista Getsemani, o pastor Jorge Linhares, resolveu parar o seu carro e puxar o mendigo para debaixo de uma marquize, para que não ficasse debaixo da chuva. Naquele momento, como o homem não queria acordar de sua bebedeira, colocou um folheto evangelistico no bolso de sua camisa, com o titulo: Nem tudo esta perdido. E em seguida retornou para sua casa. Passado alguns meses, no final do culto de domingo após um apelo, um homem bem trajado, barbeado e um relógio roléx no pulso, vem a frente do altar, dobrando seus joelhos para agradecer a Jesus pela sua salvação e perdão dos pecados. Diante da igreja, ele pergunta ao pastor: "O senhor sabe quem eu sou?"
- NÃO. Responde balançando a cabeça o pastor Linhares.
Eu sou aquele homem que estava caído na rua no ultimo dia do ano, quando o senhor colocou um folheto no bolso da minha camisa com o titulo: Nem tudo esta perdido.
Aquele homem que estava caído na sarjeta, se levantou, aceitou Jesus e passou a ser um rico comerciante, proprietário de uma rede de açougues em Belo Horizonte, contribuindo mensalmente com dízimos e ofertas para a obra missionária daquela igreja. Tudo porque um homem de Deus acreditou nele, e entendeu com uma visão espiritual que nem tudo estava perdido. Baruch Há Shem!
- NÃO. Responde balançando a cabeça o pastor Linhares.
Eu sou aquele homem que estava caído na rua no ultimo dia do ano, quando o senhor colocou um folheto no bolso da minha camisa com o titulo: Nem tudo esta perdido.
Aquele homem que estava caído na sarjeta, se levantou, aceitou Jesus e passou a ser um rico comerciante, proprietário de uma rede de açougues em Belo Horizonte, contribuindo mensalmente com dízimos e ofertas para a obra missionária daquela igreja. Tudo porque um homem de Deus acreditou nele, e entendeu com uma visão espiritual que nem tudo estava perdido. Baruch Há Shem!
sábado, 16 de janeiro de 2010
O Povo do Livro
O Verdadeiro conhecimento de Deus esta na Bíblia. ( João Calvino)
O pastor Enock Alberto Silva, de saudosa memória, durante seu ministério pastoral, que durou cerca de 40 anos na região dos lagos, e como um pioneiro do Movimento Pentecostal em uma de suas poucas conversas informais com jovens obreiros, contava-nos que na sua infância em Alagoas, antes de receber pejorativamente o nome de "Pentecoste", foi denominado " Bíblia", quando de sua conversão na Igreja Batista, onde centena de pessoas carregavam o Livro Preto debaixo do braço, para participarem da Escola Dominical e meditar nas Escrituras Sagradas. Naqueles tempos, no interior do Nordeste, onde predominava a religião católica e o padre, era segunda autoridade mais importante de algumas cidades, os protestantes não podiam ser sepultados nos cemitérios locais, e tão pouco estudarem, em colégio de confissão católica. O povo da Bíblia tinha acesso direto a Palavra Sagrada, sem a necessidade de consultar o vigário para interpreta-la segundo a tradição romana, o que muito revoltava os sacerdotes católicos. De maneira ousada, o evangelho foi pregado por todos os rincões do Brasil, sem jamais abandonarem a autoridade das Escrituras e a busca do verdadeiro conhecimento. Hoje, apesar de ser evangélico, estar na moda e conceder status, a situação piorou, pois o antigo da Bíblia, tem abandonado o Livro Sagrado por conta de revelações extra bíblicas ditadas por auto denominados apóstolos, falsos bispos e pastores mercenários. Muitos são aqueles, que possuem uma Bíblia empoeirada e amarelada, mais não meditam nela dia após dia, para buscar o conselho do Senhor, enveredando por caminhos que levam ao abismo. Quando o famoso novelista e poeta britânico Walter Scott em seu leito de morte, pediu ao seu secretario: " Traga-me o livro". O empregado pensou qual seria dentre os milhares de livros de sua biblioteca? . Meio que confuso o empregado pergunto: "Qual livro Dr.Scott ?" . "O livro", respondeu Scott. Somente pode ser a Bíblia, o único livro para um homem moribundo!. Que possamos voltar a sermos chamados de o povo da bíblia, assim como os pioneiros. Mais também, que possamos guardá-la em nossos corações e vive-la e maneira correta, antes que seja tarde de mais. Baruch Há Shem!
O pastor Enock Alberto Silva, de saudosa memória, durante seu ministério pastoral, que durou cerca de 40 anos na região dos lagos, e como um pioneiro do Movimento Pentecostal em uma de suas poucas conversas informais com jovens obreiros, contava-nos que na sua infância em Alagoas, antes de receber pejorativamente o nome de "Pentecoste", foi denominado " Bíblia", quando de sua conversão na Igreja Batista, onde centena de pessoas carregavam o Livro Preto debaixo do braço, para participarem da Escola Dominical e meditar nas Escrituras Sagradas. Naqueles tempos, no interior do Nordeste, onde predominava a religião católica e o padre, era segunda autoridade mais importante de algumas cidades, os protestantes não podiam ser sepultados nos cemitérios locais, e tão pouco estudarem, em colégio de confissão católica. O povo da Bíblia tinha acesso direto a Palavra Sagrada, sem a necessidade de consultar o vigário para interpreta-la segundo a tradição romana, o que muito revoltava os sacerdotes católicos. De maneira ousada, o evangelho foi pregado por todos os rincões do Brasil, sem jamais abandonarem a autoridade das Escrituras e a busca do verdadeiro conhecimento. Hoje, apesar de ser evangélico, estar na moda e conceder status, a situação piorou, pois o antigo da Bíblia, tem abandonado o Livro Sagrado por conta de revelações extra bíblicas ditadas por auto denominados apóstolos, falsos bispos e pastores mercenários. Muitos são aqueles, que possuem uma Bíblia empoeirada e amarelada, mais não meditam nela dia após dia, para buscar o conselho do Senhor, enveredando por caminhos que levam ao abismo. Quando o famoso novelista e poeta britânico Walter Scott em seu leito de morte, pediu ao seu secretario: " Traga-me o livro". O empregado pensou qual seria dentre os milhares de livros de sua biblioteca? . Meio que confuso o empregado pergunto: "Qual livro Dr.Scott ?" . "O livro", respondeu Scott. Somente pode ser a Bíblia, o único livro para um homem moribundo!. Que possamos voltar a sermos chamados de o povo da bíblia, assim como os pioneiros. Mais também, que possamos guardá-la em nossos corações e vive-la e maneira correta, antes que seja tarde de mais. Baruch Há Shem!
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Barnabé, um construtor de pontes.
Existem pessoas que conhecemos durante nossa curta caminhada, que possuem um sentimento especial dado por Deus para ajudar o próximo. São pessoas, que abrem mão do seu tempo e recursos, com a finalidade exclusiva de praticar solidariedade para com os necessitados, até mesmo com uma palavra amiga de incentivo e consolação. Durante a internação do meu filho mais velho no hospital em Cabo Frio, durante uma semana, para operar uma apendicite suturada, minha cunhada Andréia Gomes, permaneceu o tempo todo ao lado de minha esposa. Todas as vezes que alguém da família, parente, e amigos, passam por uma tribulação. Lá está Andréia, com seu ombro amigo, chorando com os que choram. Como ela é muito magrinha e esta sempre querendo agradar os vários sobrinhos, costumados dizer que ela é a nossa Madre Thereza, pois vive sempre em função de agradar os outros. no inicio da Igreja Cristã, nos tempos do apostolo Paulo, existiu um homem natural da Ilha de Chipre, que recebeu o titulo de "Filho da Consolação" pelo seu espírito de solidariedade ( Atos 4.36,37), ser cheio do Espírito Santo ( Atos 11.24), uma pessoa confiável (Atos 11.29-30), compreensivo ( Atos 9.26-27). Porem uma das características da personalidade de Barnabé alem de pregar ousadamente em nome do Senhor, estava na construção de relacionamentos baseados no amor e perdão cristão. Barnabé sabia estender as mãos, até mesmo para os antigos inimigos do evangelho, tais como: Saulo, príncipe dos fariseus, ensinado aos pés do mestre Gamalieu. Barnabé, com verdadeiro amor no coração, soube perdoar, pois a roubos da juventude de João, chamado Marcos, compartilhando com ele, sua segunda viajem missionária. Se Barnabé vivesse nos dias de hoje, poderíamos dizer que ele seria um construtor de pontes de relacionamentos. Isto me faz lembrar de uma historia contada pelo pastor Jorge Linhares (Foto) da Igreja Batista Getsemani de Belo Horizonte - MG. Dois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho. Eles eram unidos. Mesmo depois de casados, ao final de cada dia, eles percorriam uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do Rio, e o atravessavam a fim de desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mais, um dia, tudo mudou, pois eles entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhada lado a lado. O que começara com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras agressivas, seguidas por total silencio. Alguns Anos depois, em uma manhã ensolarada, o irmão mais velho, ouviu baterem a porta de sua fazenda. Era um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.
- Estou procurando um trabalho, disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa fazer.
- Sim! Respondeu o fazendeiro, quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio, naquela fazenda ali do riacho. O vizinho é meu irmão mais novo. Nós brigamos, e eu não quero mais vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Dê-me as ferramentas que farei o trabalho necessário.
Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partir. O homem trabalhou exaustivamente durante todo o dia. Já anoitecia quando terminou seu trabalho. Quando o fazendeiro chegou da cidade, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia nenhuma cerca! Em vez da cerca, havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. O Fazendeiro ficou enfurecido e falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte apos tudo que lhe contei. No entanto as surpresas não haviam terminado, ao olhar novamente para ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos, temeroso permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mais, derrepente num impulso correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
o Carpinteiro estava partindo quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado : - Espere! Fique conosco mais alguns dias. E o carpinteiro respondeu: - Eu Adoraria ficar, mais tenho muitas outras pontes para construir. Que todos nos possamos seguir o exemplo de Barnabé, como um construtor de pontes ou de um carpinteiro de alegrias perdidas. Baruch Há Shem!
- Estou procurando um trabalho, disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa fazer.
- Sim! Respondeu o fazendeiro, quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio, naquela fazenda ali do riacho. O vizinho é meu irmão mais novo. Nós brigamos, e eu não quero mais vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Dê-me as ferramentas que farei o trabalho necessário.
Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partir. O homem trabalhou exaustivamente durante todo o dia. Já anoitecia quando terminou seu trabalho. Quando o fazendeiro chegou da cidade, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia nenhuma cerca! Em vez da cerca, havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. O Fazendeiro ficou enfurecido e falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte apos tudo que lhe contei. No entanto as surpresas não haviam terminado, ao olhar novamente para ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos, temeroso permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mais, derrepente num impulso correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
o Carpinteiro estava partindo quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado : - Espere! Fique conosco mais alguns dias. E o carpinteiro respondeu: - Eu Adoraria ficar, mais tenho muitas outras pontes para construir. Que todos nos possamos seguir o exemplo de Barnabé, como um construtor de pontes ou de um carpinteiro de alegrias perdidas. Baruch Há Shem!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Quando a morte gera vida
No inicio do meu pastorado na Congregação da Assembléia de Deus no Palmital em Rio das Ostras, a primeira cerimônia a ser oficiada, foi o funeral de uma criança, neto de um presbítero da Igreja, que não aceito fechar seu comercio para velar o corpo do filho de seu filho, desviado da Igreja. Naqueles momentos, passados no necrotério, tendo ao lado somente os pais e a avó da criança, percebi o quanto amamos a vida, e detestamos a morte pela dor que ela causa no ser humano. Mesmo sabendo que um dia, ela nos alcançara, estamos sempre correndo dela. Sendo que alguns, por não aceitar o bom conselho de Deus, corre para seus braços gélidos e sem vida. Para aqueles que encontram o refugio no aprisco verdadeiro, a morte representa vida eterna com o Senhor da Vida. Descanso nas mansões Celestiais, glorificando aquele que venceu a morte. O Rei Felipe da Macedônia, pai de Alexandre O Grande, apos vencer varias batalhas e conquistar inúmeros reinos, ordenou ao seu escravo, que lhe disse se todos os dias, quando acorda se : " Felipe, lembra-te que vais morrer". O Sábio Salomão foi muito feliz, em um dos seus grandes conselhos: "Lembra-te do teu criador nos dias ta tua mocidade..." (Eclesiastes 12.1). Pois é principalmente na juventude que nos esquecemos que um dia haveremos de partir. Portanto pense nisso, e dedique a sua juventude a servir o Deus Vivo. BAruch Há Shem!
domingo, 10 de janeiro de 2010
Perdão que não acaba
Quando do nascimento do meu primeiro filho, resolvi colocar o nome de Caio Fabio, uma espécie de homenagem ao pregador de multidões, que influenciou minha geração com mensagens impactantes. Porem veio sua queda e desisti de homenageá-lo, como também de ler seus livros e assistir suas pregações eletrônicas. Assim como muitos, eu o julguei. Fiquei decepcionado com o ídolo evangélico, pois descobri que ele era humano. Falível e pecador como todos nos. Descobri a nossa tendência de gloriarmos em homens (I Corintios 3.21). Ao assistir o vídeo gravado na Catedral Episcopal de Recife-PE, a cerca de cinco anos passados, quando Caio se despe e ressuscita a dor que hoje é cicatriz no corpo da igreja. Faz-me refletir, que o serviço do ministério leva-nos a pregar todos os dias o amor de Deus e o perdão pelos nossos pecados. Mais também a profissionalização do púlpito, que pode nos levar para longe da comunhão com Deus e entrarmos em um processo de desumanização como servos. A confissão de Caio, serve de alerta para todos nos, membros do corpo de Cristo, para que entendamos que o caminho do verdadeiro "sucesso" não é subir as escadas da gloria passageira do Ministério Pastoral, mais descer em humildade, quebrantamento e serviço ao próximo. Muita das vezes, nos, enquanto ministros do evangelho, diante de multidões acabam engasgando com a nossa própria saliva, e tropeçamos em nossas próprias pernas, achando que somos tudo aquilo que o povo aplaude e consegue enxergar com nossas mascaras. Ainda bem que "O Senhor não vê, como vê o homem, pois o homem vê o que esta diante dos olhos, porem o Senhor olha o coração". (I Samuel 16.7). Que Deus tenha misericórdia de todos nos. Baruch Há Shem!
sábado, 9 de janeiro de 2010
Enock Alberto e a autoridade pastoral
Todos tiveram respeito profundo ao Rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça. I Rs 3:28.
Enock Alberto Silva, foi um pastor pentecostal que teve grande importância na História das Assembléias de Deus na Região dos Lagos Fluminense e para minha geração. Não deixou livros publicados, tão pouco sermões em DVD. Nunca gravou um único vinil. Não foi convidado para fazer parte de nenhuma Associação de Teólogos ou da Academia Brasileira de Letras Evangélicas.
Nas paredes de seu gabinete simples e pequeno existia diversos diplomas de cidadania outorgado pelas autoridade legislativas de todos os municípios da Região. Porém, o diploma que ele mais apreciava, era o de “Ministro do Evangelho do Ministério de Madureira”, recebido das mãos do saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, como o 4º pastor ordenado no Brasil da Igreja construida na Rua Carolina Machado no subúrbio do Rio de Janeiro e que se espalhou pelo mundo afora.
Enock Alberto, como a maioria dos pastores assembleianos tinha origem nordestina, nascido em Alagoas, aprendeu o oficio de barbeiro e depois de casado, emigrou para o Sudeste, buscando melhores condições de vida. Mas foi em Cabo Frio, onde ele exerceu sua vocação e chamado de pastor, pioneiro do Movimento Pentecostal na Região dos Lagos, antes porém pastoreou em Campos dos Goytacazes, Volta Redonda e Bauru/SP. De semblante fechado, quase sempre taciturno, poucas vezes, o rosto sulcado pelo tempo abria um sorriso largo, a não ser, quando um pecador se rendia aos pés de Cristo.
Uma das características marcantes na vida pastoral de Enock Alberto Silva, foi sua autoridade ministerial durante os quarenta anos em que construiu cerca de 105 templos e apascentou um rebanho de 17 mil ovelhas. Todas as vezes que Enock Alberto, visitava uma congregação em um de seus cultos semanais, o povo se colocava de pé, para recebê-lo com carinho e respeito. Quando havia necessidade de transferência de um pastor para outra igreja, ele orava primeiro em consulta à Deus, e depois com sua autoridade apostólica, determinava a mudança. Detalhe importante: nunca foi questionado. Tão diferente dos dias, que a Igreja está vivendo onde alguns obreiros se enraizavam no templo local e se julgam donos da Obra, não aceitando remanejamento e muita das vezes, causando divisões e prejuízos do Reino de Deus.
Pastor Enock, certa vez me disse que: autoridade espiritual vem de Deus e não se aprende no seminário teológico e nada neste mundo é dado de presente, as lições mais importantes no exercício pastoral são sempre aprendidas com muito esforço e dificuldade. Porém, Deus com seu imenso amor, sempre concede graça e sabedoria, aliado ao espírito de renúncia para aqueles que almejam o pastorado com o desejo verdadeiro de servir à Jesus. Com o pastor Enock em um curto espaço de tempo, aprendi que autoridade pastoral, não vem com os diplomas universitários, os ternos de corte italiano, o vocabulário refinado,o domínio de outros idiomas. A verdadeira autoridade pastoral, não é algo imposto pelo cargo de presidente da Igreja ou fabricado por líderes denominacionais. O segredo da verdadeira autoridade pastoral, além da comunhão com Deus e seu Espírito Santo, está nos acertos, um atrás do outro, pois eles revelam a presença e atuação de Deus, na vida da pessoa. Tem autoridade pastoral, aquele que não chama a atenção para si, mas apenas para Deus.
O pastor Enock Alberto Silva, aprendeu com o pastor Paulo Macalão, de quem se dizia discípulo, e nos ensinou em raras conversas, enquanto membro do presbitério que: “Um dos principais segredos da autoridade pastoral, está na completa e integral dependência de Deus, na oração sem cessar, na obediência a voz do Espírito Santo, na coerência da Palavra Sagrada para obtenção de decisões acertadas”.
O pastor Silas Malafaia, quando do falecimento de seu sogro, pastor José Santos, presidente da Assembléia de Deus na Penha – Rio de Janeiro, depois de mais de 40 anos de pastorado, declarou: “que certos homens de Deus com essa autoridade espiritual, estão em extinção”. Nós, concordamos plenamente com ele.
Homens de Deus da estatura espiritual de Enock Alberto Silva, Paulo Leivas Macalão, Moisés Soares da Fonseca, Cícero Canuto Lima entre outros, parece-nos que a forma em que foram feitos, Deus jogou fora. Baruck Há Shem!
Enock Alberto Silva, foi um pastor pentecostal que teve grande importância na História das Assembléias de Deus na Região dos Lagos Fluminense e para minha geração. Não deixou livros publicados, tão pouco sermões em DVD. Nunca gravou um único vinil. Não foi convidado para fazer parte de nenhuma Associação de Teólogos ou da Academia Brasileira de Letras Evangélicas.
Nas paredes de seu gabinete simples e pequeno existia diversos diplomas de cidadania outorgado pelas autoridade legislativas de todos os municípios da Região. Porém, o diploma que ele mais apreciava, era o de “Ministro do Evangelho do Ministério de Madureira”, recebido das mãos do saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, como o 4º pastor ordenado no Brasil da Igreja construida na Rua Carolina Machado no subúrbio do Rio de Janeiro e que se espalhou pelo mundo afora.
Enock Alberto, como a maioria dos pastores assembleianos tinha origem nordestina, nascido em Alagoas, aprendeu o oficio de barbeiro e depois de casado, emigrou para o Sudeste, buscando melhores condições de vida. Mas foi em Cabo Frio, onde ele exerceu sua vocação e chamado de pastor, pioneiro do Movimento Pentecostal na Região dos Lagos, antes porém pastoreou em Campos dos Goytacazes, Volta Redonda e Bauru/SP. De semblante fechado, quase sempre taciturno, poucas vezes, o rosto sulcado pelo tempo abria um sorriso largo, a não ser, quando um pecador se rendia aos pés de Cristo.
Uma das características marcantes na vida pastoral de Enock Alberto Silva, foi sua autoridade ministerial durante os quarenta anos em que construiu cerca de 105 templos e apascentou um rebanho de 17 mil ovelhas. Todas as vezes que Enock Alberto, visitava uma congregação em um de seus cultos semanais, o povo se colocava de pé, para recebê-lo com carinho e respeito. Quando havia necessidade de transferência de um pastor para outra igreja, ele orava primeiro em consulta à Deus, e depois com sua autoridade apostólica, determinava a mudança. Detalhe importante: nunca foi questionado. Tão diferente dos dias, que a Igreja está vivendo onde alguns obreiros se enraizavam no templo local e se julgam donos da Obra, não aceitando remanejamento e muita das vezes, causando divisões e prejuízos do Reino de Deus.
Pastor Enock, certa vez me disse que: autoridade espiritual vem de Deus e não se aprende no seminário teológico e nada neste mundo é dado de presente, as lições mais importantes no exercício pastoral são sempre aprendidas com muito esforço e dificuldade. Porém, Deus com seu imenso amor, sempre concede graça e sabedoria, aliado ao espírito de renúncia para aqueles que almejam o pastorado com o desejo verdadeiro de servir à Jesus. Com o pastor Enock em um curto espaço de tempo, aprendi que autoridade pastoral, não vem com os diplomas universitários, os ternos de corte italiano, o vocabulário refinado,o domínio de outros idiomas. A verdadeira autoridade pastoral, não é algo imposto pelo cargo de presidente da Igreja ou fabricado por líderes denominacionais. O segredo da verdadeira autoridade pastoral, além da comunhão com Deus e seu Espírito Santo, está nos acertos, um atrás do outro, pois eles revelam a presença e atuação de Deus, na vida da pessoa. Tem autoridade pastoral, aquele que não chama a atenção para si, mas apenas para Deus.
O pastor Enock Alberto Silva, aprendeu com o pastor Paulo Macalão, de quem se dizia discípulo, e nos ensinou em raras conversas, enquanto membro do presbitério que: “Um dos principais segredos da autoridade pastoral, está na completa e integral dependência de Deus, na oração sem cessar, na obediência a voz do Espírito Santo, na coerência da Palavra Sagrada para obtenção de decisões acertadas”.
O pastor Silas Malafaia, quando do falecimento de seu sogro, pastor José Santos, presidente da Assembléia de Deus na Penha – Rio de Janeiro, depois de mais de 40 anos de pastorado, declarou: “que certos homens de Deus com essa autoridade espiritual, estão em extinção”. Nós, concordamos plenamente com ele.
Homens de Deus da estatura espiritual de Enock Alberto Silva, Paulo Leivas Macalão, Moisés Soares da Fonseca, Cícero Canuto Lima entre outros, parece-nos que a forma em que foram feitos, Deus jogou fora. Baruck Há Shem!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
A Silenciosa
Ainda que a figueira não floresça e não haja fruto uva na videira, mesmo folhando a safra de azeitona, não havendo produção de alimento na lavoura, nem ovelhas no curral, nem bois no estábulo, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. Hb 3:17
Ela entrou em minha vida de maneira silenciosa e sorrateira, e quando me dei conta, tinha tomado meu corpo, causando danos naquilo que mais gosto de fazer: ler as Escrituras Sagradas. No início com a boca sempre seca e o cansaço nas pernas, pensei que fosse por conta do clima escaldante do verão e a fadiga da vida. Em uma semana emagreci 5 kg rapidamente e depois a visão foi ficando turva. Após consultas e exames, saiu o diagnóstico: diabete.
Reconheço que é uma doença séria e desagradável: porém quando tratada a tempo, permite tomar as medidas das necessárias para neutralizar seus efeitos – caso contrário, arrasa e complica com cegueira, impotência e amputação. Ela é silente e gritante como o pecado na alma, e ignora-los equivale a assistir a um incêndio sem esforçar movimento para apagá-lo.
Quando me lembro que Paulo tinha um espinho na carne, o jovem Temóteo, problemas de estomago e o grande teólogo da reforma, João Calvino, cálculos nos rins, suportando dores lancinantes e nem mesmo assim, deixaram de pregar a salvídica Palavra de Deus, despovoando o inferno, isto me anima a continuar a batalha. Não podemos esmorecer. Beethoven, mesmo surdo e com varíola, não desistiu da música clássica, compondo sinfonias maviosas que se eternizaram entre as Nações. O Deus Vivo, que nós servimos possui um propósito, para nossas vidas, que muitas vezes, não conseguimos entender com nosso pensamento limitado e pequena fé. Na minha juventude, conheci uma mulher de Deus, esposa de um pastor batista em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Heloísa Colares era seu nome, mas poderíamos chamá-la de Débora, pois como uma profetisa e guerreira, liderava o povo de Deus naquela Casa de Oração. Heloísa, no auge de seu ministério como líder das Senhoras e mulher de muita oração, além de pregadora incessante do Evangelho, descobriu um câncer em estado avançado. A notícia desagradável, mexeu com o coração da Igreja, que estava crescendo espiritualmente com suas mensagens inspiradas pelo Espírito Santo. As pessoas não conseguiam entender, o porquê dessa maldita doença em uma mulher usada por Deus para Glória de Seu Nome. Com o tratamento químio e rádio terápico, os cabelos caíram e o corpo começou a definhar, porém, mesmo com sua debilidade física, causada pela doença, Heloísa não se cansava de falar do amor de Deus e do plano de salvação para a humanidade. Antes dela falecer, recebeu uma notícia que trouxe profunda alegria ao seu coração, pois o último membro de sua família, havia entregue a vida para Jesus. Diante de seu testemunho, em meio ao sofrimento causado pelas dores insuportáveis, a mãe de Heloísa após anos de zombaria pela fé da filha, dobrou seus joelhos e recebeu em seu coração o Deus de Abraão, Isaque e Jacó e de Heloísa Colares também. Foi então, que antes de ser recolhido aos céus, Heloísa entendeu o propósito de Deus para sua vida. Muitos se esqueceram de Heloísa, de suas mensagens fervorosas, dos joelhos dobrados diante do altar, do testemunho de fé, da leitura do Livro de Habacuque. Porém, com certeza, o Deus que ela servia, jamais se esqueceu.
Baruck Há Shem!
Ela entrou em minha vida de maneira silenciosa e sorrateira, e quando me dei conta, tinha tomado meu corpo, causando danos naquilo que mais gosto de fazer: ler as Escrituras Sagradas. No início com a boca sempre seca e o cansaço nas pernas, pensei que fosse por conta do clima escaldante do verão e a fadiga da vida. Em uma semana emagreci 5 kg rapidamente e depois a visão foi ficando turva. Após consultas e exames, saiu o diagnóstico: diabete.
Reconheço que é uma doença séria e desagradável: porém quando tratada a tempo, permite tomar as medidas das necessárias para neutralizar seus efeitos – caso contrário, arrasa e complica com cegueira, impotência e amputação. Ela é silente e gritante como o pecado na alma, e ignora-los equivale a assistir a um incêndio sem esforçar movimento para apagá-lo.
Quando me lembro que Paulo tinha um espinho na carne, o jovem Temóteo, problemas de estomago e o grande teólogo da reforma, João Calvino, cálculos nos rins, suportando dores lancinantes e nem mesmo assim, deixaram de pregar a salvídica Palavra de Deus, despovoando o inferno, isto me anima a continuar a batalha. Não podemos esmorecer. Beethoven, mesmo surdo e com varíola, não desistiu da música clássica, compondo sinfonias maviosas que se eternizaram entre as Nações. O Deus Vivo, que nós servimos possui um propósito, para nossas vidas, que muitas vezes, não conseguimos entender com nosso pensamento limitado e pequena fé. Na minha juventude, conheci uma mulher de Deus, esposa de um pastor batista em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Heloísa Colares era seu nome, mas poderíamos chamá-la de Débora, pois como uma profetisa e guerreira, liderava o povo de Deus naquela Casa de Oração. Heloísa, no auge de seu ministério como líder das Senhoras e mulher de muita oração, além de pregadora incessante do Evangelho, descobriu um câncer em estado avançado. A notícia desagradável, mexeu com o coração da Igreja, que estava crescendo espiritualmente com suas mensagens inspiradas pelo Espírito Santo. As pessoas não conseguiam entender, o porquê dessa maldita doença em uma mulher usada por Deus para Glória de Seu Nome. Com o tratamento químio e rádio terápico, os cabelos caíram e o corpo começou a definhar, porém, mesmo com sua debilidade física, causada pela doença, Heloísa não se cansava de falar do amor de Deus e do plano de salvação para a humanidade. Antes dela falecer, recebeu uma notícia que trouxe profunda alegria ao seu coração, pois o último membro de sua família, havia entregue a vida para Jesus. Diante de seu testemunho, em meio ao sofrimento causado pelas dores insuportáveis, a mãe de Heloísa após anos de zombaria pela fé da filha, dobrou seus joelhos e recebeu em seu coração o Deus de Abraão, Isaque e Jacó e de Heloísa Colares também. Foi então, que antes de ser recolhido aos céus, Heloísa entendeu o propósito de Deus para sua vida. Muitos se esqueceram de Heloísa, de suas mensagens fervorosas, dos joelhos dobrados diante do altar, do testemunho de fé, da leitura do Livro de Habacuque. Porém, com certeza, o Deus que ela servia, jamais se esqueceu.
Baruck Há Shem!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Qual o seu cartão de visitas ?
Durante 4 anos trabalhei em uma gráfica em Barra de São João, na terra do Poeta Casimiro de Abreu, escrevendo para o único jornal da cidade, como também vendendo serviços gráficos e a noite, fazíamos um programa religioso na emissora do município , a antiga Radio Litoral AM. Mais foi vendendo cartões de visitas, onde consegui ganhar dinheiro suficiente para comprar um terreno e construir a casa da família, em nosso mostruário, existia diversos modelos de cartões. Desde do mais simples e barato , ate o sofisticado com alto relevo, que impressionava os clientes mais exigentes. Algumas pessoas vinham de lugares distantes, somente para adquirir nossos cartões de visita com a qualidade da Gráfica Poema, cujo proprietário era um jornalista perfeccionista. Os clientes mais abastados, buscavam quase sempre um cartão que revela-se sua personalidade de maneira especial, fosse ele um profissional liberal, rico comerciante ou candidato a político do interior. Para alguns mais excêntricos, o cartão de visitas revelava sua alma, com seus títulos conquistados e historias de vida. Na minha juventude, nunca dei importância ao uso de cartão de visitas, até ler um texto, que afirmava categoricamente que abraão, Moises e Davi também usaram cartão de visitas. No cartão de Abraão, estava escrito em letras douradas. Abraão, Amigo de Deus. Já no de Moises, estava escrito: Moises, Servo de Deus, E no de Davi; Homem segundo o Coração de Deus. Ambos entraram para a historia da humanidade com suas qualidades e defeitos. Abraão como “Pai de uma grande nação”, Moises como “ Legislador e libertador de um povo cativo” e Davi, como “ Melhor rei da historia de Israel” alem de ser um grande musico. Um detalhe importante no cartão de visita destes três personagens Bíblicos nos chama a devida atenção: Foram heróis da fé do Deus vivo. Depois de alguns anos de reflexão e busca do caminho que leva a paz a nossa alma, também resolvi imprimir um cartão de visita, não tão bonito e extraordinário como de Abraão , Moises e Davi, mais com certeza, com a logomarca de uma ovelha perdida que encontrou o Sumo Pastor. E você, qual é o seu cartão de visita ?
Baruch Há Shem.
Baruch Há Shem.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
O Pastor da Reconciliação
Alguns dias atraz, encontrei um antigo pastor de Barra de São João, já jubilado na casa dos 70 anos e com cerca de 40 anos de ministério pastoral. Após liderar diversas igrejas na Região dos Lagos, durante anos seguidos, ele se encontrava trabalhando na reconciliação e aconselhamento de casais, mais principalmente na reconciliação de homens com Deus. Depois de uma conversa amiga, que não durou 20 minutos, ele se confessa cansado e decepcionado com o pastorado, e revela para meu espanto, que caso fosse mais jovem, abandonaria o ministério para o qual foi chamado por Deus. Em suas considerações, não existe mais espaço para os pastores da reconciliação , desde que o significado da vocação pastoral foi completamente perdido e abandonado pelos pastores-executivos da igreja moderna, que se tornou um supermercado da fé com suas prateleira repletas de alimentos industrializados ao gosto do freguês. Para o pastor da reconciliação, que conhece suas ovelhas pelo nome, as mudanças ocorridas na igreja, que esta prestes a completar 100 anos de fundação, são tão profundas e rápidas que o ministério pastoral perdeu suas características bíblicas, bastando apenas observar os novos executivos eclesiásticos, com seus laptops no púlpito ao invés da Bíblia, suas agendas eletrônicas , o telefone celular de ultima geração, alem de um batalhão de assessores para atender uma agenda de pregações em cruzadas congressos e conferencias , que não lhe permitem visitar suas simples ovelhas. O pastor da reconciliação, não possui fôlego suficiente para competir com os pastores executivos, sempre com suas agendas repletas de compromissos profissionais, onde não encontra tempo suficiente para orar pelos doentes, para construir amizades verdadeiras e profundas, para cuidar das ovelhas feridas. Por outro lado, nosso pastor da reconciliação, com sua experiência de vida e comunhão com o Sumo Pastor, revela-nos com alegria na alma, a ausência da necessidade de ser reconhecido, admirado e aclamado pelas ovelhas, pois entende, que toda gloria seja apenas para o Senhor, e que Jesus tinha discípulos e não um fã clube.
O pastor da Reconciliação, diferente dos pastores-executivos, entendem que quando assume o púlpito aos domingos, não precisa vestir a fantasia de “Messias” intocável e papa infalível, antes chora com muita humildade, pedindo misericórdia e graça ao Senhor da Igreja. Depois da curta conversa com o Ancião que orou pelo meu noivado em uma garagem de automóvel a quase duas décadas atraz, fiquei feliz por sentir um frio na barriga, todas as vezes que subo ao púlpito para pregar a reconciliação dos homens com Deus. Pois isto, revela que não fui alcançado pela profissionalização da fé.
Baruck Há Shem!
O pastor da Reconciliação, diferente dos pastores-executivos, entendem que quando assume o púlpito aos domingos, não precisa vestir a fantasia de “Messias” intocável e papa infalível, antes chora com muita humildade, pedindo misericórdia e graça ao Senhor da Igreja. Depois da curta conversa com o Ancião que orou pelo meu noivado em uma garagem de automóvel a quase duas décadas atraz, fiquei feliz por sentir um frio na barriga, todas as vezes que subo ao púlpito para pregar a reconciliação dos homens com Deus. Pois isto, revela que não fui alcançado pela profissionalização da fé.
Baruck Há Shem!
sábado, 2 de janeiro de 2010
Carta no Bolso
Quando criança, morando na Pavuna, ultimo bairro do Rio de Janeiro, na divisa com São João de Meriti, nunca consegui entender o porque de meu tio Augusto Vasconcelos, um evangelista batista carregar no bolso do palito uma carta de mudança para outra igreja. Logo ele, que ajudara a construir o templo que fora ordenado ao diaconato pelo pastor Feliciano Amaral, o primeiro pastor Batista a gravar um disco de vinil com seu vozeirão de barítono, estava sempre triste e cabisbaixo na sua condição de sem igreja. Aos domingos, quando dava a hora do culto, ele vestia seu terno e começava a entoar cânticos e orava por todos os familiares, que ainda não tinham se decidido por Jesus, e como um grande evangelista do tipo de Billy Granhan , fazia sermões simples, porem objetivos. Em meu pequeno entendimento, percebia que ele amava sua antiga congregação mais que a própria família. Ao ser questionado sobre sua nova igreja, se defendia dizendo estar procurando uma casa de oração, onde Deus fosse soberano, e o povo obedece-se sua Palavra. Para Tio Augusto, a Igreja de Cristo tinha que ser santa e pura, sem nenhuma mancha de pecado. Quando lembrava do inicio dos trabalhos evangelisticos e as dificuldades enfrentadas na pequena igreja, seus olhos se enchiam de lagrimas e o coração transbordava de alegria. Durante anos , carregou sua carta de mudança no bolso, que ele preferiu entregar ao Sumo Pastor na Nova Jerusalém. Passado algumas décadas, já casado e com 3 filhos, e servindo Deus no Ministério Pastoral, depois de procurar uma igreja perfeita, repetir o mesmo gesto do velho augusto, carregando uma carta no bolso. Foi quando descobri através de Kierkegaard que: “A vida só pode ser compreendida quando olhamos para traz, mais deve ser vivida olhando-se para frente”. Infelizmente Tio Augusto não conheceu Kierkegaard.
Baruch Há Sshem!
Baruch Há Sshem!
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
GESTOR OU PASTOR?
Gestor cuida de coisas, pastor cuida de ovelhas.
Gestor visita obras, pastor visita ovelhas.
Gestor administra os negócios, pastor alimenta as ovelhas.
Gestor comanda de sua mesa, pastor se envolve com as ovelhas.
Gestor cheira a gabinete, pastor cheira a ovelha;
Gestor manda nos comandados, pastor serve as ovelhas.
Gestor possui seguranças, pastor protege as ovelhas.
Gestor consulta o número do cadastro, pastor conhece as ovelhas pelo nome.
Gestor espera o resultado, pastor vai em busca da ovelha e a carrega nos ombros.
Gestor pune, pastor corrige as ovelhas.
Gestor demite, pastor restaura as ovelhas.
Gestor da treinamento para os liderados, pastor guia as ovelhas.
Gestor tem metas, pastor tem propósitos.
Gestor busca o topo, pastor caminha nos vales.
Gestor usa apenas a técnica acadêmica, pastor usa a experiência dos desertos e dos vales.
Gestor é formado, pastor é chamado.
Gestor assina papéis, pastor cumpre o seu papel.
Gestor gasta tempo e recursos com a manutenção do posto, pastor investe na oração.
Gestor constrói prédios, pastor edifica vidas.
Gestor paga contas, pastor paga o preço.
Gestor é temido, pastor é amado.
Gestor possui igreja, pastor é dado a igreja.
Gestor é chefe, pastor é amigo.
Gestor é bajulado, pastor é honrado.
Gestor passa, pastor fica na memória.
Gestor vive regaladamente, pastor dá a vida pelas ovelhas.
* Pastor Altair Germano.
Gestor visita obras, pastor visita ovelhas.
Gestor administra os negócios, pastor alimenta as ovelhas.
Gestor comanda de sua mesa, pastor se envolve com as ovelhas.
Gestor cheira a gabinete, pastor cheira a ovelha;
Gestor manda nos comandados, pastor serve as ovelhas.
Gestor possui seguranças, pastor protege as ovelhas.
Gestor consulta o número do cadastro, pastor conhece as ovelhas pelo nome.
Gestor espera o resultado, pastor vai em busca da ovelha e a carrega nos ombros.
Gestor pune, pastor corrige as ovelhas.
Gestor demite, pastor restaura as ovelhas.
Gestor da treinamento para os liderados, pastor guia as ovelhas.
Gestor tem metas, pastor tem propósitos.
Gestor busca o topo, pastor caminha nos vales.
Gestor usa apenas a técnica acadêmica, pastor usa a experiência dos desertos e dos vales.
Gestor é formado, pastor é chamado.
Gestor assina papéis, pastor cumpre o seu papel.
Gestor gasta tempo e recursos com a manutenção do posto, pastor investe na oração.
Gestor constrói prédios, pastor edifica vidas.
Gestor paga contas, pastor paga o preço.
Gestor é temido, pastor é amado.
Gestor possui igreja, pastor é dado a igreja.
Gestor é chefe, pastor é amigo.
Gestor é bajulado, pastor é honrado.
Gestor passa, pastor fica na memória.
Gestor vive regaladamente, pastor dá a vida pelas ovelhas.
* Pastor Altair Germano.
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