segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nem tudo está perdido

Aos seis anos de idade, Roberto Carlos Ramos, um menino negro, filho de uma família muito pobre de Belo Horizonte, foi levado por sua mãe para viver na Febem, no final dos anos 70, em pleno regime militar no Brasil, achando que a instituição para menores infratores, era o meio mais seguro das crianças terem um bom futuro, longe da marginalidade das ruas dos grandes centros urbanos. Lá porem, Roberto encontra o contrario e aprende a roubar seguido de violência e usar drogas tornando-se aos 13 anos um caso perdido na Fundação do Bem Estar do Menor. Quando de suas 132 fugas, ele conhece Margeherit Duvas, uma pedagoga francesa, que estava fazendo uma pesquisa com crianças infratoras brasileiras. Apesar da insistência da diretora da Febem para que ela estudasse o caso de crianças que se recuperaram, a pedagoga acreditou que Roberto pudesse se um caso recuperável. O menino, no entanto, não parecia querer colaborar, e fez de tudo para evitar aproximação da pedagoga francesa, usando inclusive de violência. Levando-a a mudar o foco de suas pesquisas. Neste período, Roberto Carlos em uma de suas fugas, invade a casa da Margaret, completamente assustado e sem ter para onde ir, onde se refugia no único lugar que recebeu algum cuidado nos últimos anos. Cuidando dele, a pedagoga lhe oferece uma segunda chance, e vai aos poucos conquistando a confiança do garoto e descobre sua grande imaginação para contar historias. Após sua recuperação, Roberto Carlos foi adotado pela pedagoga, formou-se pedagogo, estudando na França e retornando ao Brasil, foi reconhecido com um dos 10 maiores contadores de historia do mundo, e para retribuir o amor que recebeu de alguém que acreditou nele, adotou 258 crianças, dando exemplo de que nem tudo esta perdido, quando se pratica o amor e a fé na recuperação das pessoas. Semelhantemente aconteceu outro fato envolvendo um suposto mendigo que estava caído na beira da rua durante a virada do ano. Totalmente sujo e completamente embriagado aquele homem passara o reveillon na sarjeta distante da família e de seus amigos. Ao passar pela rua, vindo da igreja Batista Getsemani, o pastor Jorge Linhares, resolveu parar o seu carro e puxar o mendigo para debaixo de uma marquize, para que não ficasse debaixo da chuva. Naquele momento, como o homem não queria acordar de sua bebedeira, colocou um folheto evangelistico no bolso de sua camisa, com o titulo: Nem tudo esta perdido. E em seguida retornou para sua casa. Passado alguns meses, no final do culto de domingo após um apelo, um homem bem trajado, barbeado e um relógio roléx no pulso, vem a frente do altar, dobrando seus joelhos para agradecer a Jesus pela sua salvação e perdão dos pecados. Diante da igreja, ele pergunta ao pastor: "O senhor sabe quem eu sou?"
- NÃO. Responde balançando a cabeça o pastor Linhares.
Eu sou aquele homem que estava caído na rua no ultimo dia do ano, quando o senhor colocou um folheto no bolso da minha camisa com o titulo: Nem tudo esta perdido.
Aquele homem que estava caído na sarjeta, se levantou, aceitou Jesus e passou a ser um rico comerciante, proprietário de uma rede de açougues em Belo Horizonte, contribuindo mensalmente com dízimos e ofertas para a obra missionária daquela igreja. Tudo porque um homem de Deus acreditou nele, e entendeu com uma visão espiritual que nem tudo estava perdido. Baruch Há Shem!

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