quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Barnabé, um construtor de pontes.

Existem pessoas que conhecemos durante nossa curta caminhada, que possuem um sentimento especial dado por Deus para ajudar o próximo. São pessoas, que abrem mão do seu tempo e recursos, com a finalidade exclusiva de praticar solidariedade para com os necessitados, até mesmo com uma palavra amiga de incentivo e consolação. Durante a internação do meu filho mais velho no hospital em Cabo Frio, durante uma semana, para operar uma apendicite suturada, minha cunhada Andréia Gomes, permaneceu o tempo todo ao lado de minha esposa. Todas as vezes que alguém da família, parente, e amigos, passam por uma tribulação. Lá está Andréia, com seu ombro amigo, chorando com os que choram. Como ela é muito magrinha e esta sempre querendo agradar os vários sobrinhos, costumados dizer que ela é a nossa Madre Thereza, pois vive sempre em função de agradar os outros. no inicio da Igreja Cristã, nos tempos do apostolo Paulo, existiu um homem natural da Ilha de Chipre, que recebeu o titulo de "Filho da Consolação" pelo seu espírito de solidariedade ( Atos 4.36,37), ser cheio do Espírito Santo ( Atos 11.24), uma pessoa confiável (Atos 11.29-30), compreensivo ( Atos 9.26-27). Porem uma das características da personalidade de Barnabé alem de pregar ousadamente em nome do Senhor, estava na construção de relacionamentos baseados no amor e perdão cristão. Barnabé sabia estender as mãos, até mesmo para os antigos inimigos do evangelho, tais como: Saulo, príncipe dos fariseus, ensinado aos pés do mestre Gamalieu. Barnabé, com verdadeiro amor no coração, soube perdoar, pois a roubos da juventude de João, chamado Marcos, compartilhando com ele, sua segunda viajem missionária. Se Barnabé vivesse nos dias de hoje, poderíamos dizer que ele seria um construtor de pontes de relacionamentos. Isto me faz lembrar de uma historia contada pelo pastor Jorge Linhares (Foto) da Igreja Batista Getsemani de Belo Horizonte - MG. Dois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho. Eles eram unidos. Mesmo depois de casados, ao final de cada dia, eles percorriam uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do Rio, e o atravessavam a fim de desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mais, um dia, tudo mudou, pois eles entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhada lado a lado. O que começara com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras agressivas, seguidas por total silencio. Alguns Anos depois, em uma manhã ensolarada, o irmão mais velho, ouviu baterem a porta de sua fazenda. Era um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.
- Estou procurando um trabalho, disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa fazer.
- Sim! Respondeu o fazendeiro, quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio, naquela fazenda ali do riacho. O vizinho é meu irmão mais novo. Nós brigamos, e eu não quero mais vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Dê-me as ferramentas que farei o trabalho necessário.
Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partir. O homem trabalhou exaustivamente durante todo o dia. Já anoitecia quando terminou seu trabalho. Quando o fazendeiro chegou da cidade, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia nenhuma cerca! Em vez da cerca, havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. O Fazendeiro ficou enfurecido e falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte apos tudo que lhe contei. No entanto as surpresas não haviam terminado, ao olhar novamente para ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos, temeroso permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mais, derrepente num impulso correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
o Carpinteiro estava partindo quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado : - Espere! Fique conosco mais alguns dias. E o carpinteiro respondeu: - Eu Adoraria ficar, mais tenho muitas outras pontes para construir. Que todos nos possamos seguir o exemplo de Barnabé, como um construtor de pontes ou de um carpinteiro de alegrias perdidas. Baruch Há Shem!

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