Todo aquele que o Pai me da, vira a mim, e oque vem
a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. (João 6.37)
Durante a realização da 4° Expo Gospel em Rio das Ostras, pelo Conselho de Pastores da Cidade, próximo a praia do Costa Azul, um grupo de jovens de uma igreja pentecostal de Cabo Frio, foi disciplinada por três meses e afastados da comunhão da igreja, por terem participado de uma programação musical com ritmos variados da cultura regional, ainda que com letra de adoração a Deus. O pastor , rígido em costumes, não aceitou que os membros de sua igreja, batessem palmas que as mulheres cortassem o cabelo, os rapazes praticassem futebol, como ovelhas de um rebanho separado por Deus. O resultado, dessa ação legalista, foi que muitos jovens não suportaram a disciplina imposta pela autoridade pastoral e acabaram sendo empurrados para fora da igreja e até hoje, não retornaram para Casa do Pai. Ficamos tristes em saber, que isto continua acontecendo em pleno século 21. Onde pastores sem visão do Reino e do que seja realmente santidade, estão matando muitas ovelhas. O pastor Jorge Linhares, titular a 27 anos da Igreja Batista Getsemani em Belo Horizonte e autor de mais de 100 livros entre eles clássico: “ Benção e Maldição”, quando de sua pregação na Catedral da Assembléia de Deus em Cabo Frio, em 2008, contou que quando aceitou Jesus como Senhor e Salvador no inicio de sua juventude, foi na maior igreja pentecostal da capital mineira, porem como tinha o cabelo cumprido para os padrões da igreja na época, foi lhe negado o batismo nas águas e a comunhão do Corpo de Cristo. Porem, Deus que conhece o coração dos homens, não lhe negou o batismo com o Espírito Santo, e depois de muitos anos, já calvo, tornou-se pastor de uma das maiores igrejas do Brasil como um forte ministério evangelístico. Era o ano de 1982, a Praia do Forte em Cabo Frio, no final do verão, estava lotada para uma programação que prometia superar todas as expectativas de publico. O evento que se chamou “ Verão para Cristo” , foi apresentado pelo radialista Guilherme Baldissara da Radio Boas Novas do Rio de Janeiro e os louvores trazidos pela Banda Sinal de Alerta e grupos locais, alem do cantor Martinho Lutero, com o louvor do momento: Ponte sobre as águas turvas. Porem, quando Lutero pegou seu banjo, uma replica do usado por Elvis Presley e colocou seu chapéu de caubói americano, o pastor da maior igreja pentecostal da Região dos Lagos na época, deu ordens para o povo se retirar da programação, alegando não ser uma cruzada Evangelística genuinamente pentecostal, esvaziando portanto o evento. Passado algumas décadas, o pentecostalismo corintiano, ainda não acabou, e muitas ovelhas continuam sendo empurradas para fora do aprisco. O pentecostalismo de que o Brasil precisa, é com o Espírito Santo. Na base da modéstia, do amor, da unidade do corpo de Cristo, na renuncia das obras da carne e submissão a palavra bíblica. Tanto as igrejas tradicionais como as igrejas pentecostais, precisam gentilmente do pentecostalismo com o Espírito Santo do livro de Atos em sua plenitude. Somente assim, as ovelhas deixaram de ser feridas por pastores sem os frutos do Espírito. É preciso acabar com essa tirania da mediocridade em nossas igrejas e buscar a discussão de temas mais relevantes e urgentes que nos levem ao dialogo enriquecedor e não a uniformidade de pensamento e conceitos de santidade. Sabemos, que muitos há que gostam de erigir muros em vez de derrubá-los, criando mandamentos e regulamentos escravizantes empurrando principalmente os jovens para fora da igreja. Precisamos de pastores que “abrigam e não obrigam”, que sigam o exemplo e Paulo, quando nos exorta a desenvolver o conforto em Cristo, a consolação que há no amor, a comunhão no Espírito, a ternura e a compaixão, que conduzem a alegria plena em Cristo Jesus. Baruch Há Shem.
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