quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Retrospectiva de fim de ano


A cada fim de ano é comum a retrospectiva dos fatos que ocuparam a grande mídia de maneira abominável ou louvável, como diria o Pr. Ricardo Gondim da Betesda de São Paulo. Quando adolescente, era um momento de grande expectativa, com toda a família reunida na sala de estar, diante da caixa mágica com imagens em preto e branco da retrospectiva dos principais acontecimentos. Depois de assisti-los em um mixto de alegria e tristeza, corria para a Banca de Jornais para comprar uma revista que tivesse: os melhores do ano. Na Igreja, também não era diferente, principalmente na Rua Lúcia em Belford Roxo, quando o pastor Batista anunciava a nova diretoria e agradecia a velha pela sua colaboração no crescimento do Reino. Neste fim de 2009, também não será diferente dos anos anteriores, antes que os fogos estourem na Praia de Copacabana com cerca de 3 milhões de visitantes do maior Reveillon do mundo, sendo contemplado pelo Cristo Redentor de pedra de braços abertos, porém mudo, surdo e cego, para atender as orações, rezas e todas as petições do povo carioca e brasileiro, faremos nossa retrospectiva mental em um abrir e fechar de olhos.
Tenho certeza, de que nessa contagem regressiva, vai estar o “milagre no Hudson” com o piloto Chelsey Suhnerberg pousando o Airbus A320 nas águas geladas do rio Hudson em Mahatan em janeiro.
Em contrapartida, haverá o desabamento do teto da Igreja Renascer em Cristo no Cambuci em São Paulo, com 9 pessoas mortas e 100 feridas. A eleição do primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, um fato histórico aplaudido por milhões de pessoas no mundo, também vai estar na contagem. Os atos secretos abomináveis de Brasília, foram a crise do senado, liderado pelo ex-presidente José Sarney e o escândalo do Panetone com o governador de Brasília, José Arruda, com o auxílio dos pastores-deputados corruptos e sua oração da propina. Revendo o ano, que está terminando, eu também consigo lembrar de coisas abomináveis do televangelista prometendo a benção do unção financeira para quem mandar dinheiro para o seu programa, do suicídio da pornô atriz Leila Lopes e sua carta dizendo que foi ao encontro de Jesus e que não se arrependia de nada em sua triste vida, o casamento de “pastores gays” no Rio de Janeiro, afrontando a Igreja de Cristo, a solicitação do trizimo pelo apóstolo mundial, a defesa do aborto pelo pastor universal, o brilho dos Hernandes ao serem recebidos pelo presidente Lula, após cumprirem pena em Miami-EUA e o sancionar da Marcha para Jesus, a mentira da advogada brasileira Paula Oliveira, residente na Suíça quando disse ter sido atacada e torturada por três neonazistas, o terremoto de 5,8 graus na escala Richter que atingiu a cidade de Áquila na Itália, matando 300 pessoas e deixando 60 mil pessoas desabrigados. A briga pela audiência entre a Rede Record e a Globo, a gripe suína também chamada de H1N1, que surgiu no México e matou 10 mil pessoas em 208 países, a queda do avião do Air France vôo 447 que caiu no oceano atlântico a cerca de 1.500 Kms de Recife-PE, matando 228 pessoas de 32 nacionalidades, o enterro em um caixão foleado a ouro no Cemitério Forrest Lawn em Los Angeles – EUA de Michael Jackson causando o uso abusivo de remédios, o blecaute que deixou 18 estados e mais de 90 milhões de brasileiros a escuras com o governo colocando a culpa em Deus, o crescimento da industria de tristemunhos de artistas em final de carreira, apologia gay pela aprovação da PL 122/06, visando prender pastores que não aceitam este descalabro, o descrédito de lideres para tratar do clima em Copenhague, o ritual macabro de Roberto Carlos Magalhães de Ibotirama-BA em inserir 42 agulhas em seu enteado de 2 anos, perfurando o pulmão e o fígado da criança, por ordem da feiticeira Ancelina, a oração da benção por R$ 7, a teologia do “dá ou desce”, a contribuição apostólica para a compra de avião em Manaus, a oração do TE-TE-TE TSS nos presídios cariocas para o desemcapetamento dos encarcerados, o contencioso no Estado do Espírito Santo entre homens de Deus, pastor da maior igreja pentecostal do mundo, a disputa televisiva entre os papas neo-pentecostais, as palavras inenarráveis e irrepreensíveis dos oráculos de algumas denominações da igreja brasileira, o legalismo farisaico que mata milhares de ovelhas e cria uma geração de desviados nas igrejas, pseudo-pastores que em busca de fama e dinheiro exploram a fé de pessoas incautas, o vale-tudo nos rins dos templos apostólicos, as cristotecas com suas baladas e funk gospe, unção de metralhadora e fuzis nas favelas do Rio de Janeiro em cultos pentecostais por obreiros neófitos, separação de cadeiras para os anjos sentados atrás do púlpitos, concurso de coreografia gospel tendo como madrinha a dançarina Gretchen cantando Piri-piri-piri para Jesus, pastor cabixaba prometendo o milagre da conta bancaria recheada mediante a contribuição para a conta dele, decretos de pastores que se julgam patrões de Deus, lista de assinaturas na porta da igreja para conseguir a emancipação e colocar o pastor na justiça, pastores que trocam de esposas como quem troca de roupa, profetadas do tipo: “Deus me revelou que Ele tem uma grande obra na sua vida”. Ameaça de punição do Conselho Federal de Psicologia, a psicóloga cristã Rosangela Justino, por ensinar que: “deixar o homossexualismo é um direito de todo o ser humano”, a proibição pela FIFA do direito dos jogadores em campo fazerem manifestações de fé, o aumento de divórcio no seio da Igreja Evangélica Brasileira, políticos assumindo os púlpitos nos lugares dos pastores, cultos por telefone de uma cantora baiana de axé, a campanha ateísta levada a cabo pelo escritor Richard Dawkins usando a imagem de 2 crianças, filhas de um músico cristão americano.

Milagres
O milagre de Bahia Bakari, adolescente francesa de 14 anos, que mesmo não sabendo nadar, foi a única sobrevivente entre 153 pessoas do acidente aéreo com o Airbus A310 da Yemenia irways que caiu no arquipélago de Comores, no oceano Índico.
Os 150 anos de fundação da Igreja Presbiteriana no Brasil por Ashebel Simonton os 400 anos de História da Igreja Batista, iniciada por John Smith em Amsterdan na Holanda, o lançamento do Best Seller “Feridos em Nome de Deus” da jornalista Marília Camargo.
A campanha do Movimento Rio pela Paz do pastor Antônio Carlos Costa da Igreja Presbiteriana da Barra-RJ, os blogs dos apologistas Renato Vargens, Altair Germano, Hermes Fernandes. Os 25 anos de evangelismo na Praia de Copacabana durante o Reveillon promovido por jovens evangelistas sonhadores chamados de jocumeiros, quando pessoas marginalizados e abandonadas pela sociedade de renderem aos pés da Cruz de Cristo, participar de congressos realmente cristocêntricos do tipo “Encontro para a Consciência Cristã” em João Pessoa – PB.
A Campanha contra a Pedofilia, promovida pelo pastor e senador Magno Malta, dando provas de que é possível fazer a diferença na política. A vinda ao Brasil do pastor e escritor Max Lucado com seus 65 milhões de livros vendidos, para pregar na Praça da Apoteose no Rio de Janeiro e lançar: sem medo e viver.
O início das filmagens da vida de Martin Luther King pelo cineasta Steven Spielberg, com o discurso inesquecível, símbolo na luta das classes menos favorecidas em, todo o mundo: Eu tenho um sonho”.
O retorno para Casa de Deus, após as incessantes orações de uma mar no movimento Desperta Débora, o testemunho de Kaká como finalista do prêmio Bola de Ouro, que elege as melhores do mundo no futebol.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A minoria pastoral


Quando da internação do meu filho Sergio Junior para operar uma apendicite no Hospital Central de Cabo Frio, uma cena me chamou a atenção para uma minoria especial. Na enfermaria 12, existiam 6 leitos, todos ocupados por diversos pacientes. Desde o baleado por cinco projetes de fogo até o operado hérnia de disco. Foi quando um senhor de cabeça branca com os seus 70 anos no horário da visita, portando uma Bíblia, se aproximou de cada paciente e de maneira silenciosa levantou suas mãos quase tocando o teto baixo e fez uma oração por cada enfermo, pedindo sua cura ao médico dos médicos, sem porém apresentar sua placa denominacional, falando apenas do Autor da Vida.
Pastor Vanderley Rodrigues Bento, mesmo liderando uma igreja com 70 congregações, continua fazendo parte de uma minoria pastoral que vive o Evangelho integral, chorando com os que choram e se alegrando com os que se alegram. Mesmo com a explosão de crescimento do ministério pastoral na Igreja Brasileira e o surgimento dos pastores profissionais para atenderem o mercado da fé mercantilizado, uma minoria que pratica o apascentamento com amor as ovelhas do sumo pastor é um grupo formado por poucos integrantes no Universo Eclesiástico. Acredito que hoje estejam em menor número do que a comunidade indígena que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. O verdadeiro pastor de ovelhas que dá sua vida pelas ovelhas perdidas e que curam feridas, está em processo de extinção, e pouca gente tem se dado conta. A comunidade dos verdadeiros pastores que amam as ovelhas de Cristo, nunca se organizou formalmente em sindicatos, convenções ou denominações. Seus antepassados receberam o chamado direto de Deus e geraram filhos na fé com base na genuína Palavra Bíblica e na doutrina dos apóstolos. Não vieram para o Evangelho por causa do vil metal, mas foram alcançados pela graça e misericórdia do Bom Pastor. Com a introdução das técnicas de marketing do mercado e a alta competição religiosa, restaram poucos verdadeiros pastores que não se dobraram a Baal. Reconhece-los não é difícil. Eles costumam está nos hospitais orando pelos enfermos, visitando as ovelhas desgarradas e afastados do aprisco, derramando lágrimas nas madrugadas pelas vidas das ovelhas sem pastor, meditando na Palavra cristocêntrica para alimentar o rebanho com o alimento saudável, aconselhando casais em processo de separação, chorando no sepultamento da ovelha e consolando os que sofrem. Eles costumam ser objetivos em suas conversas e pregações, tem como único alvo levar as pessoas a Cristo. Eles seguem a admoestação no mártir Bonhoeffer: Não se queixam das suas congregações nunca a outras pessoas, mas também, não a Deus. Eles entendem que a congregação não lhe foi confiada para que eles se tornem seus acusadores diante de Deus e dos homens”.
Eles não são encontrados nos palácios governamentais, tampouco, no Congresso Nacional e muito raro nos mega-templos. Poucos são os que alcançam a fama na televisão e possuem livros teológicos publicados, e até mesmo o título de doutorado em divindade na Europa e nos Estados Unidos. A maioria deles, não vestem um terno Armani, estão mais para pele de carneiro. Muitos, não possuem nem mesmo uma bicicleta para buscar os perdidos, diferentes dos pastores executivos com seus conversíveis.
A nova minoria de pastores não pregam atalhos para chegar aos céus e se alegra quando um pecador se coloca de joelhos diante da cruz. Por falar, em joelhos, uma pequena minoria está calejada atrás do púlpito. Os verdadeiros pastores, não se impressionam com os exageros e delírios teológicos de seus pares com sua linguagem rebuscada repleta de citações filosóficas, preferindo manter do lado da Sagrada Escritura e falando a língua dos anjos que não se aprende em nenhum seminário ou faculdade. Para muita gente acostumada ao fast-food da fé, sua simplicidade é sempre atraso de vida, vá entender.
O verdadeiro pastor que faz parte de uma crescente minoria, não considera antiquado cumprir as leis sagradas de Deus para os homens. Antes, é a parte facilitadora do cotidiano de seu ministério. Para uma grande maioria de ovelhas expectadoras, o sucesso pastoral mede-se pelo tamanho do templo, o carro importado, o jatinho Hangar do aeroporto, os holofotes da mídia. Porém, para uma minoria que trabalha na operação sombra, como diria Ivan Illich, o verdadeiro trabalho do pastor é um trabalho que não é pago e poucos notam, mas que constroem um mundo de salvação, significado, valor e propósito, um mundo de amor, esperança e fé no Reino de Deus. Para aqueles, que fazem da minoria estão com poucas chances de sobrevivência de uma igreja onde está sendo adotadas as regras do mercado da fé, com seus pastores executivos que se morra em combate, como fez o apóstolo Paulo, pois o vosso galardão está guardado para ser entregue naquele grande dia. Minoria pastoral, resistam!
Baruck Ha Shem

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cadê aquele vento?


A cena aconteceu em uma igreja pentecostal sexagenária. Cinco jovens na porta do templo comentavam a frieza do culto e alguém comenta alguma outra coisa sobre campanhas de avivamento na cidade. Foi quando uma delas, com tristeza reclamou:
- Eu sou de Belém do Pará, onde tudo começou. Estávamos acostumados com o calor pentecostal. Lá tínhamos o vento do Espírito com um culto agradável, cheio do poder de Deus sendo derramado sobre pessoas simples com grande amor para com as almas perdidas.
Um barrense mais empedernindo não se conteve:
- Aqui também tinha um vento impetuoso, que não vinha do mar, mas sim dos céus. Mas não tem mais. Desde então, fico a pensar com os meus botões. Que fim levou o vento do Espírito que fazia parte dessa igreja que começou em um porão? Que fim levou a pregação de arrependimento de pecados por evangelistas leigos, mas cheios de autoridade da Palavra, cheios de unção, que desbravaram sertões e florestas, enfrentando a morte por amor a Cristo. Semeando o pentecoste por todo o Brasil? Foi sugado pelo aquecimento global ou se acomodou nos templos climatizados e bancos acolchoados dos templos do entretenimento? Cadê aqueles templos em que, no auge do calor do culto de oração, a gente buscava o poder que vem dos céus e o refrigério da alma nas paginas da Palavra Sagrada? Naqueles dias, não buscávamos o refrigério na praia, tampouco no Rio São João, nem a brisa marinha do praião nos acalmava, somente a brisa do Espírito e ainda sim, a igreja crescia. O Evangelho avançava. Não havia escândalos com os obreiros mercenários e adúlteros. A Palavra não voltava vazia. Porque não se fazem mais cultos como antigamente? Que fim levou o vento pentecostal que veio das gerida Suécia para o calor dos trópicos paraense? Que fim levou a mensagem simples e objetiva que falava ao coração das multidões de que Jesus salva, cura e batiza como Espírito Santo? Que fim levou os profetas de Deus, que pregavam nas ruas, praças, estações de trem, sendo presos e humilhados pela turba multa e pelas autoridades constituídas? Que foram abandonados pelas suas famílias, por amor ao Redentor e não quebravam nada pela mensagem salvídica, confiando apenas na providência divina? Que fim levou, a igrejinha não simples e humilde, mas cheia do poder de Deus, onde os enfermos eram curados, os demônios expulsos e as almas recebiam a paz que o mundo não pode dar? Naqueles dias, éramos chamados de ignorantes e quadrados, assim como loucos pela língua dos anjos que falávamos. Os homens não usavam bermudas dentro da igreja e tampouco as mulheres mini-saias ou shorts nos cultos. Hoje, o mundo rola dentro da igreja com seus modismos alienantes. Foi mesmo buraco da camada de ozônio que mudou a vida espiritual da igreja, causando verdadeiras tempestades e inundações, deixando as pessoas desabrigadas ou como ovelhas sem pastor? Que fim levou as chuvas do Espírito, que não causavam tragédias, mas sim arrependimento, amor no coração e paz na alma? Que fim levou aquele grande movimento através dos anos de recuperação da verdade perdida, trazendo o povo de volta ao cristianismo apostólico originais, com curas, milagres e multidões sendo salvas? Que fim levou o movimento do Espírito com ênfase no evangelismo e discipulado sadio na família e na comunhão do lar, ao invés programação frenética de reuniões e louvores gospel que não permitem tempo algum para a construção de relacionamentos verdadeiros com o Espírito Santo? Que fim levou a humildade e o quebrantamento dos pastores responsáveis por este movimento que incendiou o Brasil com o fogo do Espírito? Que fim levou o compromisso dos pastores com o reino de Deus e sua justiça para trocá-lo com o reino dos homens com seus palácios repletos de corrupção e desprezo pela fé bíblica dos homens simples, que acreditam e confiam que Jesus Cristo é o Senhor de nossas vidas, da Igreja e do Universo.
As lideranças da Igreja Pentecostal Brasileira com suas diversas placas denominacionais, e sua mensagem triunfalista com base na teologia da prosperidade precisam receber de novo o sopro suave do Espírito que veio sobre a Igreja e a encheu de poder. Precisam ser lembrar que o Espírito Santo não é somente pneuma, o conceito do Novo Testamento para um Espírito manso e encorajador. Mas que Ele é também Ruach, a palavra do Velho Testamento para vento destruidor. (1)
Baruck Há Shem

Fonte: A Igreja do Século XX
A História que não foi contada - John Walker
Editora Atos – pág. 141.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O garoto do rio

Não sou um cara nostálgico, mas determinadas cenas nos remetem a um passado distante que deixou marcas profundas na vida de um garoto sonhador. Lembro com precisão a primeira vez que meu avô Artur de Oliveira levou os seus netos para pescar com tarrafas no Canal de Marapendi na Barra da Tijuca na década de 70. Eu tinha uns 10 anos, e estavam de férias em pleno verão carioca de 40 graus. Fiquei tão ansioso com a pescaria, que não conseguia dormir na noite anterior, e durante a semana inteira não falava em outra coisa para os meus amigos da rua Anhanguera. Parecia que iríamos caçar a baleia Moby Dick em alto mar. A paixão do meu avô pela pescaria foi transmitida geneticamente para o meu filho João Victor, que hoje se encontra também ansioso para subir o rio São João, em Barra de São João a bordo da voadeira de seu avô materno Enéas, que mesmo com seus 73 anos bem vividos, continua sendo o garoto do rio São João. A expectativa da viagem alimenta fantasias, sonhos e torna-se fonte de inspiração futura, assim como aconteceu comigo. Nos tempos do Império, a Beira Rio tornou-se local de pernoites do imperador Dom Pedro II, quando de sua viagem para Campos dos Goytacazes e local de recreação de Casimiro de Abreu, onde certamente versejava para a eternidade.
Segundo o menino do rio, nas décadas de 40 e 50, no período da Segunda Grande Guerra Mundial, sua infância e adolescência foi tranqüila na Beira do Rio São João, onde barato viver e mesmo com o racionamento de energia, não faltava um peixinho na panela de Dona Martinha. Enéas Gomes da Silva, com suas histórias de pescador que nunca se aposenta, conta-nos que mesmo sendo filho de Armação dos Búzios, sua história está intimamente ligada ao rio São João, pois foi ali que praticou suas travessuras de garoto, mergulhou fundo nas águas turvas do rio e buscou sua alimentação. Foi ali, que trabalhou na fábrica de tamancos do prefeito para a construção da Igreja Assembléia de Deus na Rua Dr. Salgado Filho. Naqueles tempos, como bem definiu o escritor Ruy Castro: “Ali todos eram iguais e ninguém era mais igual do que os outros”. Para muitos, o velho Enéas que nunca fica velho, pois continua correndo no praião como se fosse um garoto de 15 anos, colocando os filhos, genros e netos no bolso, representa um pescador apaixonado. Já para as crianças, como João Victor, Netinho, Felipe e João Marcos, seus netos, ele é um sábio que conhece a direção do vento e a força da maré, sendo mais respeitado que um professor de História ou Medicina, porque ali ele é o garoto do rio, o capitão do barco.
Baruch Há shem!

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Igreja dos sonhos de Nega e Painho


Depois de 6 horas de viagem, cheguei ao bairro Serra Dourada 1, no município de Serra, Grande Vitória - ES, e reencontrei minha prima Hilda de Oliveira, agora conhecida como Nega e seu companheiro Gilvam, agora chamado de Painho, ambos caminhando na fé cristã. Fazia cerca de 20 anos, que não conversava com Nega, outrora Hilda, a cerca dos caminhos de Jesus. Ante, ela morava em um condomínio de classe media, na Zona Sul de Vitória, Capital do Estado do Espírito Santo, que possui uma das maiores concentrações de evangélicos do Brasil. Agora ela reside em uma chácara, diante de uma floresta de eucaliptos, ouvindo os gorjeios dos pássaros. Antes ela possuía um salão de beleza. Hoje, ela trata da beleza da Alma. Antes de conhecer a Jesus, Nega derramava lagrimas de tristeza pelo sofrimento do coração com a perda de seus filhos. Hoje, derrama lagrimas de alegria pelo jubilo da alma em ter encontrado alguém que lhe ama incondicionalmente. Em Serra Dourada, existem dezenas de templos evangélicos, quase que um do lado do outro, confirmando a terra fértil para pregação das Boas Novas, porem nega e painho estão procurando uma igreja saudável, do tipo Santa, Bíblica, Ética, Justa, Profética, Cristocentrica, Relacional, Comunitária e Missionária, cujos pastores possuam profundo amor pelas almas perdidas e Espírito de renuncia material. Que não seja legalista e farisaica, mais que tenha as marcas de Cristo em sua vida. Durante nossa estadia em Serra Dourada, pós-natal, colocamos nossas lembranças de infância em dia, tiramos duvidas bíblicas e oramos ao Senhor na comunhão dos Santos, segundo a tradição apostólica. Antes de retornarmos, um questionamento foi feito: O que é uma igreja saudável? Diante da minha pouca experiência pastoral e teológica, resolvi buscar os conselhos do pastor reformado Mark Dever, onde segundo seu entendimento, uma igreja saudável é aquela onde se conhece a alegria da mudança autentica, a alegria da comunhão e da unidade centrada na salvação e na adoração comum, alegria de "refletir a gloria de Deus" e de ser transformado a imagem d'Ele, em gloria sempre crescente.(II Corintios 3.18) . Essa Igreja saudavel tambem estou procurando. Baruch Há Shem!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Qual o tamanho da Igreja ?

"Cristo amou a Igreja e a Sí mesmo se entregou por ela" (Efesios 5.25)

Essa pergunta foi feita ao pastor Marcos Amazonas, responsável por cerca de 6 congregações das Assembléias de Deus na região de Unamar - Distrito de Cabo Frio - RJ. Devido a necessidade de obreiros para uma ceara tão grande com um numero de habitante e extensão geográfica, maior ainda, fica cada vez mais difícil, encontrar obreiros aprovados que não façam esse tipo de pergunta em relação ao roll de membros e receita financeira da igreja, como se ela fosse uma empresa religiosa, cujo balancete mensal, tenha que apresentar um superávit. Muitos de nos, quando saímos do seminário e somos ordenados Ministros do Evangelho, sonhamos em pastorear uma grande igreja do tipo Catedral em centros urbanos, onde as ovelhas conhecem seu pastor, mais o pastor não conhecem suas ovelhas pelos nomes. nos costumamos errar quando olhamos para igreja , apenas como um lugar de culto e adoração, tampouco como números estatísticos. Depois de pastorear a pequena congregação do Palmital em Rio das Ostras, com 40 anos de fundação e apenas 30 membros efetivos, como motivação para fazer crescer o rebanho e torna-la naquilo que eu achava que deveria ser, uma comunidade de famílias, unida por adoção por meio de Cristo, foi que descobri que uma igreja é um povo, não um lugar pequeno ou grande. Como bem escreveu o pastor John Brown no século 19 a um de seus alunos recém ordenado em uma pequena igreja com poucas ovelhas e quase nenhum recurso financeiro; "Eu conheço a vaidade do seu coração e uma das coisas que vai atingido profundamente é que a congregação, que lhe foi confiada, é muito pequena e principalmente quando você a compara as congregações de seus irmãos ao seu redor. Mais se sinta seguro em uma palavra vinda de um homem já idoso e experimentado. Quando estiver perante Cristo prestando conta desta congregação que recebeu, lá no trono do julgamento, você saberá que recebeu o suficiente". Quando a igreja que recebemos para pastorear, não atende os nossos desejos, não preenchem nossos sonhos pastorais, a tendência natural é suportarmos as ovelhas, empurrando com a barriga ou de maneira acomodada, aguardar-mos a nova igreja para qual seremos designados ou convidados. Hoje, chegando perto dos 50, peço a Deus, que depois de algumas experiências, possamos reconhecer a importância de amar-mos o rebanho sobre os quais Deus nos colocou como pastores auxiliares do Sumo Pastor. Baruch Há Shem!

Fonte 1: Memory of the Rev. Alexander Waugh. Hay James - Edinburg - 1839 - p.64.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Narciso – o tradutor dos sonhos


Houve um tempo, em uma cidade da região dos lagos, no interior fluminense, que existiu um homem especial com um Don dado por Deus, para homem do tipo de Daniel, conselheiro do rei Nabucodonosor ou Jose, filho de Jacó, governador do Egito. Narciso, possuía uma pequena barraca de secos e molhados no final da praia da Baleia, onde com muita simplicidade, tirava o sustento de sua família na década de 80, no século passado. Aos olhos humanos , aquela era uma barraca pobre, desprovida de prateleiras repletas de mercadorias, com um comerciante desprovido de qualquer ostentação. Porem, na avaliação de Cristo, ele era rico , cheio da graça. Aqueles que o conheceram, como foi o caso do saudoso pastor Enock Alberto Silva, pioneiro do Movimento Pentecostal na Região dos Lagos e o 4°Ministro do Evangelho, ordenado pelo também não menos saudoso, Pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério de Madureira, diziam que narciso, não pertencia a nenhuma denominação pentecostal, mais sim, a igreja de Esmirna do Apocalipse. “conheço a tua tribulação e a tua pobreza. (Mas tu és rico).” Assim como Naamã, general sírio foi procurar o homem de Deus, muitos buscavam os conselhos do velho Narciso para uma oração de grande intimidade com Deus e a revelação de sua vontade , como acontecia com o povo de Israel no Velho Testamento. As vezes , as pessoas que avaliavam as roupas simples, sua barraca humilde, como também sua falta de cultura secular, não o faziam com justiça. Julgavam-no segundo seus interesses e não com retidão. Mesmo sujeito ao preconceito, narciso não se incomodava com a avaliação externa das pessoas, o importante era que Deus conhecia o seu interior e se fosse injustiçado, Deus sempre sairia em sua defesa. Em seu peito, ecoava a garantia encontrada na palavra: “ois a nossa leve e momentânea tribulação produz para nos eterno peso de gloria, acima de toda a comparação” ( 2Corintios 4.17). Contrariando os cessassionistas, o irmão Narciso, manteve o don no sentido de “ conhecimento e profecias” recebidos por poder sobrenatural imediato (1Coríntios 14.6). Diferente dos falsos profetas que mercadejam pelas igrejas em campanhas de avivamento e correntes intermináveis em busca do vil metal, o irmão Narciso não se auto proclamava como profeta em nome de Deus, tão pouco falava para agradar seus ouvintes (1 Reis 22.1-6), ou tirar vantagens no seus “Dons” (Números 22.7), ou com as profecias afastar o povo da Palavra de Deus ( Deuteronômio 13. 1-4). Ao contrario de muitos, buscava primeiro a revelação da Palavra Bíblica, e depois com uma prolongada oração para aqueles que se encontravam com o coração amargurado e repleto de dores e duvidas. Eu fui um desses, que em 1984, dobrei os joelhos ao lado dele nas areias na praia da Baleia. Para os antigos, o irmão narciso foi apenas um homem pobre usado por Deus. Para aqueles que tem o conhecimento do Espírito, ele foi um dos homens mais ricos da região. Isto, me fez lembrar da historia do homem mais rico da cidade. Conta-se, que em certa cidade do interior, existia uma igreja freqüentada pela grande maioria dos habitantes, menos, pelo maior fazendeiro com milhares de cabeças de gado e grande extensão de terras. Após inúmeros convites do pastor da igreja, o fazendeiro resolveu assistir ao culto de adoração a Deus. Durante o culto, antes da pregação da mensagem bíblica, Deus usou uma irmã, dirigente do circulo de oração, para falar a igreja, que naquela noite, estaria para sua mansões celestiais, o homem mais rico da cidade. Aquelas palavras, trouxeram desespero ao fazendeiro, fazendo-o se arrepender dos seus pecados, mais também perder a noite de sono. Ao amanhecer, centenas de pessoas estavam na porta de sua fazendo, para velarem o corpo do homem mais rico da cidade. Porem, para desapontamento de muitos, que não gostavam dele, devido ao seu orgulho pela riqueza acumulada no decorrer da vida, no tratamento com total indiferença para com seus empregados, o fazendeiro continuava vivo e forte como um touro. Foi onde, muitos deixaram de dar créditos as revelações trazidas naquela igreja. Quando o capataz da fazenda, foi procurar o Zé Narciso, para trabalhar no cabo da enxada debaixo daquele sol escaldante, após muito chamar seu nome, na porta de seu casebre de parede de barro e telhado de palha, descobriu que ele havia morrido aos 70 anos, com um sorriso no rosto e a Bíblia aberta na cabeceira da cama no salmo 23.4 “ ainda que eu andaste pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estas comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam.” Ao comunicar ao fazendeiro, a morte do lavrador Zé Narciso, que só possuía duas mudas de roupa, não sabia escrever direito nem seu próprio nome, não possuía um dente se quer naquela boca de sorriso largo, porem estava sempre glorificando a Deus pela sua salvação, o fazendeiro pode entender quem era o homem mais rico da região com tesouros nos Céus. Baruch Há Shem!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Do Exílio a Primeiro Ministro


Samson Kisekka voltava para sua casa num Domingo à tarde, quando deparou com uma grande faixa na beira da estrada, na qual se lia, com grandes letras, o anúncio: CRUZADA A BÍBLIA FALA.
Estacionando seu carro, entrou na grade tenda onde foi difícil achar um lugar. Prestou muita atenção em tudo, no povo sorridente e cativante, nas músicas religiosas que sempre o haviam atraído, e particularmente impressionou-o profundamente o sermão pregado pelo evangelista. Pela primeira vez em sua vida, a Bíblia realmente falava!
Três meses depois, batizava-se, juntamente com sua esposa Mary, a 15 de maio de 1954. Tudo mudara em sua vida – a meditação, a oração, a leitura da Bíblia, a assistência aos cultos. Sua vida devocional enchia-se de significação!
Samson Kisekka havia encontrado a Jesus, a dimensão que faltava em sua vida!
De1930a 1960 o Dr. Kisekka desempenhou importante papel na luta pelos direitos dos médicos nativos e pelo reconhecimento de sua competência. Era uma época em que a colonização trazia grandes frustrações, e os preconceitos raciais se faziam sentir de forma intensa. Seus posicionamentos firmes quanto à autodeterminação de seu povoe à justiça social tornaram-no pouco a pouco um líder respeitado em seu país, Uganda, e no exterior.
Com a independência de Uganda, e 1962, o Dr. Kisekka estava exultante! Ele e seus companheiros de ideal rejubilavam-se pelo início deu a nova era de liberdade!
Em fins de fevereiro de 1966, mediante um hábil golpe de estado, o Primeiro Ministro Milton Obote suspendeu a Constituição, dissolvei o Parlamento e assumiu todos os poderes, declarou-se Presidente e promoveu a Comandante do Exército o Coronel Idi Amin.
As condições e Uganda começam a deteriorar-se rapidamente.
Em janeiro de 1971, enquanto participava de uma reunião dos países a Comunidade Britânica, Obote é deposto por Idi Amin, e inicia-se um verdadeiro reino de terror em Uganda, até 1979.
Após uma tentativa frustrada de invasão da Tanzânia, Idi Amin foi deposto por uma coalizão das forças de resistência ugandenses com os exércitos da Tanzânia.
Depois de alguns governos provisórios, novamente Obote assume a presidência de Uganda em 1980. Foi alegada fraude no processo eleitoral, e levantou-0se imediatamente forte oposição a seu governo. O povo se dividiu em facções políticas, étnicas e religiosas.
O Dr. Kisekka descreve a situação com suas próprias palavras: “As perspectivas eram sombrias. Até dezembro de 1980, eu tinha pratifamente perdido minhas esperanças com relação ao futuro de meu país. A liberdade de expressão havia sido suprimida, as liberdades cerceadas, o povo estava sendo exterminado. Oramos muito durante aquele período e esperávamos que Deus nos mostrasse o que deveríamos fazer. Eu e milhões de outros ugandenses sentíamos que nada mais restava, senão aguardara nossa vez para sermos mortos.”
Durante o período de 1977a 1979, em que a Igreja Adventista foi proibida de exercer suas atividades pelos governo de Idi Amin, dedicou o Dr. Kisekka muito tempo e esforço para a preservação e manutenção da fé de seus irmãos.
Em 1978, estabeleceu bastante conhecido Hospital Kisekka e um berçário de cinquenta leitos. Era a culminação de seu acariciado sonho – a prestação de um serviço médico altamente qualificação para o povo de Uganda, por médicos, cirurgiões, especialista em vários campos, todos eles naturais do próprio país.
A partir de 1980, o Dr. Kisekka começou a manifesta-se publicamente contra a política de Obote, tornando-se imediatamente um homem marcado. Sua via estava em perigo, e seus dias em Uganda, contados.
No Natal de 1981, finalmente, descia o Dr. Kisekkano aeroporto de Nairobi, iniciando seu período de exílio no Quênia, impedido de permanecer em seu querido país. Quatro dias depois, suas propriedades foram devastadas. O hospital foi saqueado. Os pacientes internados foram espancados. Um dos funcionários foi morto no serviço pelas tropas do governo. São suas as palavras: “Todo meu envolvimento social em Uganda teve um final abrupto em 1981”.
Sempre com perigo de vida, o Dr. Kisekka continuou a atender as necessidades de seu país e de sua igreja. No exílio, seu lar foi um abrigo constante ara os banidos que o procuravam. Continuou a ser abençoado por Deus e pôde continuar a ajudar as causas a que dedicou sua vida.
Nos últimos meses do movimento de insurreição que surgira contra Obote, o Dr. Kisekka passou a coordenar as atividades do Movimento de Resistência Nacional em Londres, iniciando conversações de paz, com a mediação do Presidente do Quênia, Daniel arap Moi. O tato e a capacidade de negociação do Dr. Kisekka, bem como suas fervorosas orações levaram a bom termo sua coordenação com a assinatura do tratado de paz em janeiro de 1986.
Havia, entretanto, uma pergunta que surgia naturalmente: Quem seria o Primeiro Ministro em Uganda? A resposta não demorou! Foi anunciado o nome do Dr. Samsou Kisekka como o novo Primeiro Ministro. Ninguém poderia questionar suas credenciais. Como médico, havia servido a sociedade. Como pai de família, havia sido exemplar. Como empresário, havia demonstrado capacidade para dirigir. Como líder civil, havia se destacado. Havia demonstrado seu interesse pelo paíse pelo povo, arriscando sua própria vida. E, como cristão, havia demonstrado estar em perfeita comunhão com Deus.
Ao sumir o cargo, com quase 74 anos de idade, o DR. Kisekka pronunciou as seguintes palavras: “Ao ser indicado como Primeiro Ministro, penso que Deus poderá usar-me. Conheço os problemas de meu povo, seus temores, seu potencial. Esta não é somente uma oportunidade para eu ajudá-los a reconstruir a nação; é uma oportunidade para ajudá-los a reconstruir suas vidas mediante uma reforma espiritual. Creio que posso ajudar Uganda a melhorar! Posso agora instruir através do exercício de minhas funções, bem como pregar através do púlpito. Usarei, além de outros bons livros, a Bíblia Sagrada. Deus haverá de ajudar-me!”

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os “apóstolos” estão chegando


Assim como Napoleão Bonaparte se auto coroou imperador da França, tomando a coroa real das mãos do papa, da mesma maneira muitos obreiros desaprovados pelos padrões bíblicos, estão se auto consagrando pastores, e os mais ambiciosos se auto proclamando “ apóstolos”. Mais porque falar desta verdadeira industria de consagrações espúrias, que tem assolado o seguimento neo pentecostal da igreja evangélica brasileira? Dias deste, fui convidado para ministrar a Palavra de Deus em uma igreja recém fundada em Rio das Ostras, e la encontrei “pastores e apóstolos” que em algumas semanas passadas, serviam a Jesus como diáconos, e em um verdadeiro passe de mágica, foram alçados ao ministério pastoral, através de testemunhos mirabolantes, graças a ingenuidade e ignorância do povo de Deus em relação aos requisitos para o episcopado. Com a explosão do movimento neo pentecostal e a pregação exaustiva da teologia da prosperidade, hoje em dia, qualquer individuo se torna pastor, missionário, conferencista, apostolo, e geralmente não possuem nenhum vinculo denominacional, sendo pastor de si mesmo, levando ao descrédito e a descaracterização do verdadeiro pastor. Tornou-se incontável a quantidade de indivíduos que inventam testemunhos sensacionalistas do tipo: Ex bruxo, es Gay, ex soldado do comando vermelho, que com bordões e frases de efeitos previamente estudadas e decoradas, diante do espelho tem percorrido centenas de igrejas , para venderam uma graça barata em troca de algumas moedas, mercadejando a fé. Alguns desses falsos evangelistas itinerante, trazem no seu currículo eclesiástico, títulos de doutores em divindade, mestres em ciência da religião, ou ate mesmo carteira de apóstolos impressas na lan house de seu bairro. Não existe limites, para criatividade curricular desses pseudo-s pastores com vida pregressa desconhecida de grande parte da liderança da igreja, em um pais de dimensões continentais. A cerca de 10 anos passados, um certo individuo, morador do bairro Nova Cidade em Rio das Ostras – RJ, fundador de um movimento na garagem de sua casa alugada, começou a espalhar cartazetes nos postes nas ruas onde existiam igrejas evangélicas, devidamente constituídas e organizadas, segundo os preceitos bíblicos, anunciando a venda de credenciais de pastores, evangelistas e missionários, mediante o pagamento financeiro. Na época , o presidente da Associação de pastores da cidade, era o pastor Elbio Pereira Melo, então delegado titular da Policia Federal em Macaé, com jurisdição sobre cerca de 30 municípios, que tomou as devidas providencias contra o estelionato eclesiástico , enquadrando o mercenário e recolhendo o derrame de diplomas e carteiras falsas. Porem, caso continue essa indústria de auto consagrações, chegara o tempo em que para cada ovelha tosquiada, haverá 10 pastores neófitos e mercadejadores, formados na escola de pilantragem gospel com doutorado. Como diria o jornalista Boris Casoy: “ isto é uma vergonha!” . Baruch Há Shem!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Atitudes que fazem diferença

Escolhi o Caminho da verdade, propus-me seguir as tuas leis ( Salmo 119.30)

Durante nossa vida, somos impulsionados a tomarmos atitudes que vão fazer a real diferença como demonstração de nossa fé, caráter e princípios. Alguns homens, entraram para a historia da humanidade, pelas suas palavras eloqüentes ou visão futura, além do seu tempo, porem, existem aqueles que com atitudes marcantes, contrariando as circunstâncias adversas , mantiveram posições correndo risco de vida de acordo com suas consciências. Assim aconteceu com Vicktor Frankl ( Foto) (1905-1997), psiquiatra e psicólogo austríaco, fundador da escola de logo-terapia, que quando era diretor do pavilhão de mulheres suicidas do hospital psiquiátrico de Viena, na Áustria, os nazistas tomaram o poder e Frankl recebeu ordens de praticar a eutanásia nos pacientes mentais sobre seus cuidados. Porem como se recusou, foi deportado para o Campo de Concentração de Auchwitz, onde foi tatuado com o numero 119.104 em 1942. Libertado somente no fim da guerra, Frankl descobriu que sua mulher morreu de esgotamento nervoso no Campo de Bergen-Belsen. Num dos seus livros, publicado em 30 paises, ele escreveu: “ podem arrancar tudo de um homem, menos a ultima das liberdades humanas; sua capacidade de escolher que tipo de atitude terá diante de circunstancias que o rodearem”. Moises, o grande líder hebreu, criado como filho da filha de Faraó do Egito, escolheu tornar-se um pastor de ovelhas no deserto, servindo ao Deus de Abraão, do que permanecer como um príncipe no palácio. Ester, mesmo sendo mulher do rei Assuero, escolheu defender seu povo das artimanhas do perverso Hamã, correndo risco de vida. Raabe, a prostituta de Jericó escolheu esconder e proteger os espias judeus, tornando-se membro da genealogia de Jesus. Sadraque, Mesaque e Abednego, escolheram obedecer a Deus e foram jogados na fornalha, do que se contaminar com as iguarias do rei. Daniel, escolheu orar tres vezes ao dia ao Senhor Deus, contrariando o edito do reino, e sendo jogado nas covas dos leões, não sofreu dano algum, permanecendo fiel a sua consciência de um verdadeiro cego. Como bem escreveu o pastor Israel Belo de Azevedo: “ Não podemos escolher as ações dos outros para conosco, mais podemos escolher as atitudes que tomaremos diante dessas ações”. Quais serão as suas ações de agora endiante ? Baruch Há Shem!

sábado, 28 de novembro de 2009

O que 2009 representou para nós

Para muitos o ano de 2009,que daqui a pouco se encerra, representa os 40 anos da chegada do homem na lua com um grande passo para humanidade, os 20 anos da queda do muro de Berlim , como símbolo de governos tirânicos, 40 anos do festival de Woodstock,como auge da utopia de uma geração que buscava paz e liberdade sem jamais encontrá-la, a posse do primeiro presidente negro do Estados Unidos .para outros foi o ano da restituição, da colheita espiritual,do retorno para a casa dos pais, do derramar de lagrimas diante do altar,da face no pó reconhecendo que e pó e ao barro voltará, de beber da água da vida para jamais voltar a ter sede, de voltar a enxergar a luz em um mundo de trevas diárias do desespero, o retorno do sorriso na face da mulher abandonada e mal tratada pelo marido, o primeiro emprego de carteira assinada no inicio da vida. Para alguns, foi o ano em que alguns lideres estiveram mais preocupados em propalar a teologia da prosperidade do que em cuidar das ovelhas perdidas e dos órfãos e viúvas como prova de amor cristão. Em que a religião farisaica foi mais adorada que o Deus verdadeiro, em que alguns púlpitos a auto ajuda substituiu a mensagem cristocêntrica.em que lideres eclesiásticos inescrupulosos negociaram o rebanho de Cristo antecipadamente para as eleições de 2010.Em que o reino apostólico se expandiu por todo o Brasil em comunidades, onde a vida cristã é regida pelo coronelismo e arbitrariedades e heresias.Para mim,especialmente,foi o ano da descoberta de que o Senhor nunca me abandonou,mesmo na doença,na imposição do voto de silencio imposto por pastores ditadores na falta de espaço para opiniões e pensamentos divergentes do ufanismo religioso.mas acima de tudo,2009,foi o ano de viver o evangelho na sua plenitude com a liberdade de pregar o amor de Deus o qual o Senhor Jesus nos chamou.e por tudo isso,damos glórias ao seu nome. Baruck Há Shem.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dia do Amigo


No próximo Dia do Amigo, vou comemorar de maneira especial. Vou orar por eles, aonde quer que eles estejam. Vou pedir a graça de Deus sobre suas vidas e o prolongamento de nossa amizade, como fenômeno instigante que se mantem independente da convivência. Sei que com o temperamento sanguíneo, poças amizades terão insistência teimosa em desejar trocar idéias e experiências comigo. Somente os verdadeiros amigos com bastante tolerância vão me ligar ou mandar um e-mail desejando felicidades e compreensão ao que somos, com somos e ao que pensamos, afinal de contas, Milton Nascimento já cantava: “ Amigo é pra se guardar dentro do peito”. Durante uma palestra no Seminário Batista do Sul no Rio de Janeiro, o Pastor Dias de Seropedica, que eu considerava como amigo, disse-me que no ministério pastoral não existem amigos e sim competidores, no que discordei dele. Pois ate mesmo Jesus, o filho de Deus teve três amigos chegados, Maria , Marta e Lazaro, e olha que ele foi e continua sendo o Sumo Pastor. O saudoso jornalista e senador Arthur da Távora, dizia que o mistério da amizade talvez residisse no alivio que traz a existência de alguém que nos acolha em momentos difíceis da vida. Fui consultar no Aurélio a palavra acolher, que significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. O segredo da amizade verdadeira,consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Muitos heróis da fé cristã, tiveram amigos mais chegados que um irmão, mesmo discordando de suas atitudes e opiniões. Moody teve em Sankey, um grande amigo e colaborador nas campanhas evangelísticas para ganhar almas para o Reino de Deus. Willian Wilberforce teve no primeiro ministro da Inglaterra, Willian Pitt, um grande amigo na luta pela abolição da escravatura negreira reconhecendo que todos os homens são iguais perante Deus. Conta-se que Wilberforce foi sepultado na Abadia de Westiminter ao lado do seu amigo Pitt.
O monge protestante Martinho Lutero teve em Melancton, um companheiro inseparável de lutas contra a venda de indulgencias, sendo ambos os corpos com diferença de quatorze anos, terem sido sepultados ao lado do púlpito da Catedral de Wittenberg, como prova de amizade eterna. O Escritor Ruben Alves em uma citação do Filólogo italiano Umberto Eco, teria dito: “ Amigo faz bem para memória”. Portanto, quanto maior for o numero de amigos, grandemente será a sua memória, e certamente seu coração. Já o jovem pastor Elienai Cabral Junior, declara com bastante convicção em seu livro de lançamento: “Salvos da Perfeição”, que “um amigo é bem mais que uma companhia, é alguém com quem experimentamos por um longo período de tempo, a vida, sobre um mesmo projeto, por uma mesma fé”. Concordo com ele plenamente, e como prova disso, podemos citar como exemplo de amizade, pela fé, os fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, como maior movimento pentecostal do mundo, Os amigos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingre, e como parte integrante dessa historia de fé e amor pelas almas perdidas, os pastores Paulo Levas Macalão e Alípio Silva, na construção do ministério de Madureira no subúrbio do Rio de Janeiro. Dizem alguns especialistas em Gerontologia, que com o passar dos anos, vão se tornando escassez as amizades com possibilidades de atravessar as intempéries da vida sem mágoas e tristezas, porem isto faz parte da natureza humana, uma coisa tenho certeza, mesmo que no dia do amigo, não receba nenhuma mensagem amiga, pelo menos nas amizades vividas nesta curta vida, haverá muitas lembranças queridas. Baruch Há Shem!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

De bem com a vida- A máscara risonha


... Era uma vez na China Antiga um comerciante chamado Wong, homem bom e sensível que se sentia hostilizado pelos habitantes da pequena aldeia em que morava.
Um dia o Senhor Wong foi visitar o Conselheiro Oficial que segundo as tradições da China, era o homem mais idoso, mas experiente entre de todos os grupos.
Então, ele desabafou: “Cumpro minhas obrigações para com os deuses, venero nossos ancestrais sou bom cidadão e chefe da família, pratico a caridade. Por que as pessoas não gostam de mim?”
E a resposta do mestre foi simples: “embora o senhor Wong fosse bom e caridoso, o seu rosto muito sério levava todos a uma conclusão diferente”.
Embora fosse rico, era pobre de alegria e cordialidade, por outro lado nunca sorria, embora cooperasse com as pessoas.
O mestre deu então ao comerciante uma máscara que se ajustava perfeitamente ao seu rosto (era um máscara sorridente). Recomendou-lhe, entretanto que, se algum dia a retirasse do rosto, não conseguiria recoloca-lá.
Assim, no primeiro dia que Wong saiu a rua, todos começaram a cumprimenta-lo. E, daí a algum tempo, já estava cheio de amigos. E passou a ser um homem feliz.
Mas, um dia chegando à conclusão quer as pessoas não gostavam dele mas da máscara, pensou: É melhor ser sozinho e triste do que continuar amado por causa da máscara...” É preferível ser detestado do que estimado por uma aparência falsa. Foi até ao espelho retirou a máscara sorridente. Mas que surpresa!
O seu rosto se tornara também sorridente, assumira as feições e sorriso da máscara!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DDD – Discagem direta a Deus.


“Telefonista, precioso uma ligação imediata para...”
“O número do telefone, por favor”.
“Pois não é... mas veja bem, é urgente”!
“Chamarei tão logo consiga uma linha”, responde a telefonista.
E os minutos se passam... cinco, dez, trinta... Um tanto agitado, disca novamente.
“Telefonista, ainda não conseguiu? Srta., por favor, é urgente, urgentíssimo”
“As linhas estão todas ocupadas, cavalheiro”.
Quanto tempo levará ainda ara que o angustia do senhor consiga falar com esse alguém que está distante?
Como é prática a discagem direta! Fácil, muito fácil, e rápida... principalmente quando é DDD. “Como? Existe discagem direta a Deus? Que mistério é esse?”
“Nada de mistério; ainda há pouco usamos essa comunicação e pudemos conversar com o Rei do Universo. Foi muito agradável e animador. Toda vez que o fazemos sentimo-nos mais confortados, mais fortalecidos e mais calmos, e uma doce paz nos enche e alma. Mas, esse privilégio não é nosso apenas; pode ser seu e de todos. As “linhas” nunca estão “ocupadas”; podem, às vezes, ter alguma interferência, ou, pior ainda, estar cortadas.
Perfeitamente. Estamos nos referindo à oração. A oração, como disse alguém, é uma reverente conversa com Deus. Na oração podemos falar com Deus, contando-Lhe nossas alegrias e tristezas como falamos com um amigo. Para sermos espiritualmente bem sucedidos na vida, devemos dedicar tempo à oração.

Deus ouve as orações
É possível que Deus, do Seu trono de glória e majestade ouça nossas fracas vozes? As Escrituras nos afirmam que sim. Dirigindo-se a Deus, o salmista escreveu:
“Ó tu escutas a oração, a ti virão todos os homens”. Sl 65:2.
O próprio Deus, por ocasião da inauguração do templo que Salomão construiu, disse.
“Estarão abertos os Meus olhos e atentos os Meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar”. II Cr 7:15.
E Jesus exortou: “Pedi, e dar-se-vos-à; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-à. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra e a quem bate, abrir-se-lhe-à”. Mt 7:7 e 8.
Deus deseja atender, mas quer que nos peçamos. Isto não significa que Deus desconheça as nossas necessidades. Ele sabe o que precisamos antes mesmo que Lho peçamos (Mt 6:8). Mas Deus quer que reconheçamos a nossa dependência dEle, como Paulo declarou:
“Ele é que a todos dá vida, respiração e tudo mais”. At 17:25.
“Ora se vós...sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos Céus dará boas coisas aos que Lhe pedirem?” Mt 7:11.
Deus é infinitamente melhor Pai do que o mais extremoso dos pais humanos. Se os imperfeitos pais terrestres não engana os filhos, muito menos o perfeito Pai celeste. Isto nos deve inspirar confiança.

Que é oração?
Primeiramente, orar não é traçarmos planos para Deus seguí-los, mas reconhecermos quais são os planos divinos, aceitando-os para estarmos em harmonia com a Sua vontade. Não é exigir que a vontade de eus seja mudada, mas que a vontade de Deus seja feita. O principal objetivo da oração é que o suplicante se coloque em tanta harmonia com Deus que a vontade de Deus se torne a dele também. Então cooperará com Deus, em tudo que Ele desejar. Não estará tão preocupado com o que pediu, mas no que deverá fazer para cumprir a vontade de Deus. Ele aceita o que Paulo escreveu:
“Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” Fl 4:11
Antes, agitado, impaciente; agora, resignado, contente. Ele sabe que está nas mãos de Deus e que Deus está realizando o eu divino plano com ele e entenderá que “todas as cousa cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Rm 8:28
Tenhamos sempre isto em mente. A oração não muda a Deus. Ela muda a nós. Ela contribui para criar em nós a atitude de espírito que Deus aprova, e nos leva a apreciar e usar corretamente a benção recebida.

Como orar: com fé
“Todo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”. Mt 21:22
“Sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11:6.
Temos inúmeros exemplos de como Jesus recompensava a demonstração de fé:
“Faça-se-vos conforme a vossa fé”. Mt 9:29
A fé é um requisito importante para uma oração ser atendida, mas o Salvador, que tanto nos ama, realizou um milagre e por um homem que em desespero exclamou:
“Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé” Mc 9:24.
2. Segundo a sua vontade
“E esta é a confiança que temos para com Ele que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” I Jo 5:14.
Se não recebemos imediatamente d modo como pedimos, tenhamos a certeza que Deus ouviu e nos responde muito embora não seja exatamente como nós queríamos, pois, muitas vezes o que pedimos seria, no final, não bênção, mas maldição. Assim, por vezes, na Sua sabedoria e bondade para conosco, Deus responde com um Não; por vezes Ele nos faz esperar, porque talvez não estamos preparados para receber a benção. Temos o exemplo de Jesus o Getsêmani:
“Meu Pai, se possível, passa de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim, como Tu queres”. Mt 26:39.
O que quer Deus decida será o que mais nos convém.

3. Pedir com perseverança
A parábola do juiz iníquo, proferida por Cristo, salientou “O dever de orar sempre e nunca esmorecer”. Lc 18:1. Devemos perseverando quando aparentemente a resposta demora. A benção de Deus é às vezes retardada para que examinemos nossa condição e vejamos as falhas do nosso caráter, ou para nos provar a fé.

sábado, 21 de novembro de 2009

Cuidado com os comentários


Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que ela era inocente. O rapaz foi solto, após muito sofrimento e humilhação, resolveu processar o homem que o acusara.
No tribunal, o homem disse ao juiz: - Comentários não causam tanto mal... posso estar enganado... mas que eu ouvi comentário. Ouvi sim!
E o juiz respondeu: - Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel, depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho que leva a sua casa.
Amanhã, volte para ouvi sua sentença! O homem obedeceu. No dia seguinte se apresentou perante o juiz para ouvir sua sentença.
O juiz disse: - Antes da sentença, você terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
O homem incrédulo no que ouvia, respondeu em voz alta:
-Não posso fazer isso meritíssimo! - O vento deve ter espalhado os pedaços de papéis por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
Ao que o juiz respondeu: - Da mesma maneiram é um simples comentário que pode destruir se um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.
-Se não pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!
A MENSAGEM É:"Sejamos senhores de nossa língua para não sermos escravos de nossas palavras".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Crise de Integridade

O Brasil, como tantos outros países, está passando por uma crise moral sem precedentes. Os noticiários não se cansam de publicar escândalos envolvendo membros da alta cúpula governamental. Recentemente, uma instituição até então com uma imagem limpa diante da sociedade, expôs sua verdadeira face, quando três dos seus agentes assassinaram e roubaram um cidadão grego no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Contudo, ainda nos restava uma instituição digna de credibilidade: a Igreja. Esta também não o é mais. A Igreja do Senhor, neste fim de século, passa por uma crise de integridade, como nos tempos do Profeta Jeremias, na antiga Israel. Falta autoridade espiritual na igreja. Há ausência de Cristo no seio da Igreja. Vivemos uma onda de independência. As Igrejas e os seus membros fazem o que lhes parece certo. Um obreiro que não gosta do seu pastor, simplesmente reúne um grupo de dissidentes e dá início a uma nova Igreja ou invade outras e tenta assumir a direção. Será que eles ouviram o Espírito Santo? Serpa que ouviram a voz de Deus? Não, é mais fácil seguir um líder carismático e ser independente. Se entendo bem I Coríntios 12, não há igrejas ou pastores independentes. Pode não parecer, mas Cristo ainda é o cabeça da Igreja. O espírito de independência, gera problemas sérios dentro das Igrejas. O apóstolo São Paulo alerta-nos sobre isto: “Porque sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho. E que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas para atrair discípulos para si. Porém, se as ovelhas conhecerem as escrituras e estiverem debaixo da autoridade de Cristo, reconhecerão os falsos pastores quando os vire, e não os seguirão” (Jo 10.4-5).
O Brasil, assim como a Igreja, vive uma crise de integridade, porquanto somos guiados por falsos líderes. No tempo do Profeta Jeremias, os falsos profetas anunciavam visões falsas e absurdas, e não manifestaram a maldade do povo. O resultado foi o cativeiro. Eles falavam o que o povo gostava de ouvir, por isto agradavam.
Certa vez, ouvi um sermão do pastor Nilson do Amaral Fanini, da 1ª Igreja Batista de Niterói. A respeito do sucesso do púlpito, dizia ele: “Quando você pregar, e o povo lhe cumprimentar, refaça seu sermão, pois ele certamente não estará agradando a Deus”. A tarefa do Profeta de Deus não é empregar paliativos, mas pôs as coisas em ordem. E, para isto, é preciso integridade. Baruch Há Shem!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Crente no Mar - Pecador na Terra


Semana passada, tive a oportunidade de participar de uma reunião de obreiros de uma Igreja Pentecostal, onde um pastor idoso de braços abertos recebeu diversos e antigos oficiais da Igreja, que haviam se afastados daquele templo por discordarem da visão ministerial do pastor, outros por rebeldia e alguns por pecados. O discurso de retorno, parecia que tinha sido ensaiado. Todos haviam entrado em um vento. O pastor, um homem experiente e calejado no apascentamento de ovelhas, recebeu a todos de volta com muito amor e paciência.
Diante daquela cena, que deve se repetir nas milhares de igrejas espalhadas pelo Brasil, lembrei-me de uma matéria publicada na revista Veja, pelo colunista Diogo Mainardi, onde ele dizia, que os brasileiros tem grande facilidade para passar de uma religião para outra. Naquele momento, poderíamos dizer, que os evangélicos e principalmente os pentecostais, possuem uma grande facilidade para pular de uma igreja a outra. Basta uma hora de pregação, algumas profecias, um convite ministerial para alguém deixar para trás suas velhas convicções doutrinárias e abraçar outra denominação.
Segundo os historiadores, o fenômeno vem de longe, pois os indígenas aceitavam rapidamente o cristianismo pregado pelos missionários jesuítas e, depois, voltavam as suas crenças animalistas. O missionário Ashbel Green Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana no Brasil, relata em seu diário a inconstância religiosa da tripulação do navio que o trouxe ao Brasil em 1859: “Durante a viagem, quando o navio atracava em algum porto, os marinheiros se entregavam ao pecado, e depois ao retornarem a bordo e prosseguirem na viagem, mediante a pregação da Palavra, eles se arrependiam. No mar eles eram cristãos. Na Terra eram pecadores.
O apóstolo Paulo nos deixou um conselho da necessidade de maturidade cristã: “Para que não sejamos como meninos, agitado de um lado para outro e levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” (Éf 4.14). Naquele mesmo dia de domingo, fui convidado para pregar em uma congregação humilde, em um bairro de Cabo Frio no culto da noite. Após a pregação e os agradecimentos pelo convite, reconheci uma amiga de infância de minha esposa, e perguntei-lhe pelo seu marido, que era diácono daquela igreja. Para minha tristeza, ela informou que o marido havia pedido carta de mudança para outra igreja do bairro, onde segundo ele, havia mais emoção e poder de Deus.
Aquele jovem diácono, estava cometendo um equívoco de confundir emoção com poder. Emoção não é pecado. É uma reação natural frente ao prazer e desprazer. O pentecoste é uma fonte de emoções. Há uma porção enorme de experiências que provocam emoções: arrependimentos pelos pecados, a prática da comunhão com Deus e os irmãos, o batismo com Espírito Santo e assim por diante. Todavia o crente não pode ser movido apenas pelas emoções. O verdadeiro crente pentecostal não é seco. Ele se alegra e chora na presença do Senhor. Mas para ter uma vida vitoriosa, ele depende apenas da autoridade da Palavra de Deus. Já ficou provado, que o crente movido a emoções, que busca incessantemente profecias e revelações, que não comparece a Escola Bíblia Dominical, tão pouco aos cultos de Ensinamento da Palavra, é volúvel, instável e vítima de arroubos e depressões constantes, com grandes fraquezas na sua caminhada cristã. Chega de sermos crentes no mar e pecadores na terra. Deus ordena ao seu povo e aos seus líderes, para que não se desviem “nem para a direita e nem para a esquerda”.

Baruch Há Shem!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Falcão, o Morcego e o Zangão!


Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para o vôo, será um prisioneiro.
A razão, é que um falcão sempre começa seu vôo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.
O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso complemente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.
Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido.
Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente, de tanto atirar-se contra o fundo do vidro.
Existem pessoas que são como eles, atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo acima.
Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima!
Lá estará A FORÇA e saída. Ele está pronto para te ajudar. A distância é apenas de uma oração..
Cl 3: 1 Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
2 Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
3 porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Casa de Deus ou Covil de Salteadores?


Silva é um produtor musical gospel que não deu certo, apesar de ter produzido inúmeros cantores evangélicos da região Costa do Sol. Nenhum deles conseguiu alcançar uma vendagem expressiva no concorrido mercado fonográfico evangélico brasileiros. Após várias tentativas em profissões diferentes. Silva, tornou-se especialista na compra e vendas de igrejas evangélicas, ou seja, um corretor de templos com rebanho completo. A algumas semanas, ele esteve em meu escritório para oferecer um templo em Cabo Frio com cerca de 80 pessoas, aparelhagem de som, guitarras, bateria e cadeiras por uma bagatela de quarenta mil reais para qualquer pastor que se dispusesse à pagar.
Segundo Silva como existem muitos cantores disputando os púlpitos das igrejas, inflacionando o mercado, ele resolveu investir na compra e venda de igrejas, cujos pastores estejam cansados de apascentar as ovelhas.
A pouco tempo atrás, um jovem estava vendendo carteiras de pastor, evangelista , presbíteros e diáconos em Rio das Ostras com anúncio nos jornais.
A ex-missionária Lanna Holder declarou para a Revista Eclésia, que durante o período das vacas gordas no seu ministério de pregadora itinerante, ela conseguiu comprar um BMW somente com ofertas levantadas nas igrejas. Detalhe importante, após ser excluída de sua igreja pela prática homossexual, Lanna passou a entregar pizza.
É triste, mas é verdade: utilizar a religião para obter lucro e prestígio, vem sendo uma prática comum na Igreja Contemporânea. Quando isso acontece, há duas conseqüências: o povo é explorado e Deus se irrita.
O melhor exemplo disso foi o que aconteceu no templo. “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derrubou as mesas aos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: “Está escrito: A minha casa será chamada Casa de Oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores”. Mt 21.12-13.
Não época de Jesus, já existia os mascates da fé. Eram pessoas que comercializavam religião dentro do templo de Jerusalém. Pelo visto, os mercenários tem se multiplicado na História da Humanidade. Contudo, é sempre bom lembrar, que Deus jamais considerará inocentes aqueles que exploram o seu povo.
O ano passado fui a um banco para tentar conseguir um empréstimo. Ao preencher os formulários, o gerente descobriu que além de jornalista, nós exercíamos o ministério pastoral.
O gerente negou o empréstimo, pois ele considerava muitas Igrejas como verdadeiras agências bancárias e os pastores seus gerentes.

É chegado o tempo em que não podemos mais tolerar os mercenários da fé. Os caçadores de moedas denegriram a reputação do Evangelho. Enlamearam os púlpitos. Manipulam os neófitos da Palavra Bíblica com profecias absurdas. Não são governados por Deus, tão pouco são orientados pelo Espírito Santo; na sua maioria são governados pela ganância e vaidade. São impostores que transpiram emoção e uma falsa fé diante do povo, mas fracassam no viver uma vida de acordo com os preceitos bíblicos. Rasgam as Escrituras para conseguir dinheiro e tosquiar as ovelhas. Assim como Jesus os desmascarou também devemos fazer o mesmo, para evitar que transformem a Casa de Deus em covil de salteadores.
A principal característica que identifica o mercenário da fé do pastor verdadeiro é o amor ao seu dinheiro do que ao Senhor Deus.
Todas às vezes, que aparece um pregador em nossa igreja, querendo fazer campanha visando arrecadar dinheiro através de profecias e revelações, nós refutamos esse Evangelho. O apóstolo Paulo advertiu sobre os aproveitadores na Igreja de Creta: “É preciso faze-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras ensinando o que não devem, por torpe ganância”.

Preste atenção: existem mercenários na Casa de Deus. Não se deixe enganar pelas aparências. Não entusiasme com suas palavras com suas palavras tão pouco com suas profecias e revelações. Tome cuidado. Lembre-se de como Jesus purificou o templo de Jerusalém.

Baruch Há Shem!

domingo, 15 de novembro de 2009

Avivamento já

Pelas inúmeras igrejas, onde tenho pregado em nossa cidade e municípios adjacentes, temos ouvido falar de avivamento espiritual. Muitas vezes alguns pastores no desejo de encher suas igrejas, fazem uma imensa propaganda sobre o suposto avivamento que está acontecendo em suas congregações.
Durante a realização da Cruzada Jesus te Chama no Ciep do Trevo, com o Pr. Marcos Feliciano, também foi anunciado, que aquele momento representava o início de um avivamento sobre Rio das Ostras. Com o crescimento e surgimento de várias igrejas de linha Neo-Pentecostal, o termo avivamento ser popularizou na cidade. Contudo, o que é precisamente o avivamento? O que a História da Igreja Cristã fala sobre o assunto? Uma das definições disponíveis aparece no mais recente livro de John Stott: “Avivamento é uma visitação inteiramente sobre natural do Espírito Santo de Deus, pela qual uma comunidade inteira que toma consciência de sua Santa presença e é surpreendida por ela. Os ímpios se convencem do pecado, arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente inúmeros enormes e sem qualquer intervenção humana. Os desviados são restaurados. Os indecisos são revigorados. E todo o povo de Deus inundado de um profundo senso e Majestade Divina, e manifesta em suas vidas através dos frutos do Espírito e dedicando-se as boas obras”.
Sobre o ponto de vista histórico, avivamento é aquele curto período de tempo em que o Espírito Santo de Deus atua plenamente no meio de um grupo de cristãos de um determinado lugar, levando-o a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a rotina, a frieza e usando de maneira fora do comum para o engrandecimento do Reino de Deus. O avivamento em si pode durar pouco tempo, mais os efeitos que ele produz podem durar muito tempo.
Em geral, o avivamento ocorre depois de um período de decadência moral e espiritual, após a perda total do primeiro amor (Ap 2.4). Depois das concessões feitas perigosamente a boa doutrina e a ética, e depois de um vazio do seio da igreja que se torna insuportável. Depois de um púlpito seco, onde os pastores não possuem palavras para alimentar a igreja.
Durante o avivamento a concepção de um Deus totalmente santo gera convicção de pecado, arrependimento e mudanças. A Bíblia recupera a sua autoridade como uma regra de fé e prática. A Igreja volta-se para a salvação pela graça e mediante a fé e passa a acreditar outra vez que fora de Jesus não há salvação. Jesus torna ocupar o lugar central da Igreja e nos corações dos fiéis. Os crentes se enchem de ânimo e de alegria, para fazer a obra do Senhor.
Como resultado prático do avivamento a consciência missionária é despertada na Igreja, surgem novas vocações para o Ministério da Palavra, abrem-se novos seminários, novas Escolas Evangélicas são erguidas, obras assistências com orfanatos, creches e hospitais. As igrejas crescem em quantidades e em qualidade. Será que isso está acontecendo em Rio das Ostras?
Embora o avivamento conduza ao evangelismo, esta é uma coisa e àquela é outra. “O evangelismo é a boa nova de salvação e o Avivamento é vida nova. No evangelismo é o homem que trabalha para Deus, no avivamento é Deus que trabalha de forma soberana em favor do homem. Na igreja os pastores podem programar um culto de avivamento, mas no avivamento verdadeiro nenhum homem pode programar as ações do Espírito Santo, porque só Deus é doador de vida. O máximo que um obreiro pode fazer é orar por um avivamento, como fez o salmista: “Por ventura não tornarás vivificar-nos para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6) ou como profeta: “Aviva a tua obra, Oh Senhor no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida” (HC 3.2).
Os avivamentos mais famosos da História da Igreja aconteceram na Europa e na América do Norte. Entre eles estão a Reforma Protestante com Martim Lutero, João Calvino e João Knox, o grande avivamento morávio com o Conde Zinzendorf, o grande avivamento do século 18 com João Wesley e o avivamento ocorrido nas colônias americanas entre 1725 e 1760 com Jônatas Edwards e os avivamentos do século 19 com Finney e Moody.
Na esteira dos avivamentos religiosos, há sempre alguma coisa espúria, que empobrece e desvirtua o movimento, embora não o impeça nem o danifique por completo. Grupos fortes e numerosos espalhados pela face da Terra, como as Testemunhas de Jeová e os Mórnons surgiram a partir de alguns avivamentos, mais representando o significativo afastamento e distorções do modelo bíblico.
Segundo Simonton, o avivamento verdadeiro é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos. Não importa a espessura nem o tipo de poeira. O avivamento é uma obra de Deus, periódica e poderosa. Ele recoloca a Igreja em seu primeiro amor, produz convicção e confissões de pecados, santifica e movimenta a Igreja. Desperta o gosto e a disciplina de práticas devocionais particulares, como a leitura e meditação da Palavra de Deus, oração, desabafo, confissão de fraquezas e fracassos, sentimento de carência de Deus. O avivamento leva a igreja a redescobrir a pessoa e a obra do Espírito Santo para dele se servir outra vez, como nos dias dos apóstolos.
Se na sua Igreja está acontecendo algo semelhante, com todas essas características, tenha a certeza de que está ocorrendo um legítimo avivamento. Baruch Há Shem!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As primas evangélicas da “Mãe Dinah”

Com o acidente que vitimou o grupo de rock nacional “Mamonas Assassinas”, foi alçada a fama meteórica, a vidente “Mãe Dinah”, através do programa televisivo do apresentador Gugu Liberato. Segundo a vidente, a morte dos “Mamonas Assassinas”, teria sido lhe relevado muito tempo antes. Uma semana após o desastre aéreo, a vidente e foi matéria da revista Veja, com uma tiragem de 800 mil exemplares, onde recebeu o título de “A Esperta Dama da Futurologia”, sendo desmascarada nas suas previsões, como a terceira guerra mundial, que haveria, segundo ela de começar em 1984.
O Brasil inteiro, tem sido vítima de previsões na sua maioria catastróficas, onde a futurologia dos adivinhos de plantão, estão ganhando rios de dinheiro, e as custas do sofrimento e crendice popular. O que nos parece um fato comum no da sociedade, não foge a regra também no meio evangélico, pois a Mãe Dinah”, também tem várias primas pobres entre os evangélicos. Que poderíamos chamá-las de Tias Jurema. Muitas delas não conseguiram alcançar fama fora de sua cidade ou qualquer lugar distante de sua igreja local. Durante as últimas eleições municipais, elas foram procuradas em avidez pelos candidatos evangélicos para receberam as “profetadas” de vitória nas urnas. Algumas tias mais atrevidas, se arriscaram a disputar o pleito, com candidatas escolhidas e dedo pelo próprio Deus, para serem suas representante nas Câmaras Municipais.
Mas o que diferencia a “Mãe Dinah” da “Mãe Jurema”? Muito simples: A mãe Jurema evangélica convicta, não cobra honorários pelas suas profecias, mas aceita uma oferta especial de amor pela obra. A mãe Jurema geralmente tem o ministério de apascentar as ovelhas e não aceitam ficar submissas a um pastor, que não seja o próprio Jesus. Com determinação divina, mantém um trabalho de oração em suas casas, paralelo ao realizado oficialmente pela Igreja. Segunda elas em suas residência o Espírito Santo, fala mais alto e as revelações são instantâneas. O que passar além disso, será armação ilimitada.
Outra característica da “Mãe Jurema” é que elas são casamenteiras, parecem que possuem um contrato de produtividade com o santo católico Santo Antônio, tamanho as profecias para os jovens se casarem com Maria ou José. Se for com o João ou Ana, não é de Deus. A maioria das “Mães Jurema”, declaram para todos que falam apenas em nome de Deus, se você der crédito as suas profecias, serás um abençoado. Uma pessoa espiritual, caso contrário, um indivíduo carnal, sem o temor do Espírito Santo.
Apesar de toda a evolução da ciência e estarmos a beira do terceiro milênio, os profetas e adivinhos continuam agindo como se estivessem no tempo do Velho Testamento. A Bíblia, revela que Faraó mandou chamar todos adivinhadores do Egito (Gn 41.8), para lhe decifrarem seus sonhos, o que não conseguiram, como também, quando Moisés foi libertar o povo de Israel da escravidão egipicia, outro Faraó mandou que viesse a sua presença os encantadores e magos do Egito para realizarem prodígios (Ex 7.11). Deus conhecendo a natureza uma na entregou ao povo de Israel diversas leis, para que vivessem uma vida de obediência e retidão diante e do Senhor e uma das recomendações, fala sobre adivinhações, (Lv 19.26). Como também o Rei Saul, perdeu o Reino de Israel, após consultar a feiticeira de En-dor, apesar dele mesmo ter desterrado os necromantes e adivinhos (1 Sm 28.3). Parece-me que a História se repete nos dias atuais, enfim as pessoas gostam de serem enganadas, quando nas “Mães Juremas” profetizam aquilo que queremos ouvir. Assim como foi nos dias de José, Moisés e Saul, também hoje, os adivinhos tem levado muitos cristãos a se desviarem dos caminhos de Deus. A cerca de quatro meses passados, apareceu na Assembléia de Deus Filadélfia no Bairro Santo Antônio – Cabo Frio, um homem se auto-proclamando missionário itinerante, que ao receber oportunidade para falar à igreja, começou a ler as mãos das pessoas e profetizar, como se fosse um “cigano pentecostal”. Outra ocasião, esteve visitando a igreja, um suposto ex-integrante do Comando Vermelho, que após um “tristemunho”, onde declarava que havia escapado da cadeira elétrica no Presídio de Água Santa no Rio de Janeiro, passando uma série de revelações “entregando automóveis para o corpo de obreiros, como se Deus fosse dono de agência de automóveis. Nós percebemos a farsa, pois no Brasil não existe pena de morte, e principalmente na cadeira elétrica.
As “mães Juremas” costumam sempre manter um padrão em suas profecias do Oiapoque ao Chuí, do tipo “Deus tem uma grande obra em sua vida”, ou “Você vai passar por uma tribulação”, ou ainda “O diabo quer te destruir”. Para fim de conversa: Deus tem sempre uma grande obra de salvação na vida de todas as pessoas que aceitarem a Jesus como Senhor e Salvador. Segundo, todos nós em algum período de nossas vidas passamos por dificuldades como doença, morte de parentes e amigos, desemprego etc. e para terminar, o Diabo, o inimigo eterno de Deus, quer destruir toda a humanidade e fazer dos homens seus escravos. Não somos contra as profecias do Espírito Santo, porque a Bíblia afirma que a Igreja que não possui profecias, ela se corrompe. Mas devemos Ter o discernimento do Espírito Santo para distinguir entre Deus falando para seus servos e o homem tentando usar as revelações, quase sempre da carne para conquistas materiais. Enfim, o maior profeta foi Jesus Cristo e a maior profecia para a Igreja e a humanidade, é a sua palavra. Portanto, cuidado com as mães, tias e avós que andam pelas igrejas em visitando as casas de família para trazer supostas revelações. A verdadeira profecia do Espírito Santo é para exortar, edificar e consolar (I Cor 14.1-3).

Baruch Há Shem!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Benção das Batatas


Esse testemunho foi contado pelo Pastor Marcos Fernandes durante festividades de Aniversário da Igreja porta do Céu em Rio das Ostras

O Jovem Pastor Marcos Fernandes em seu ministério de pregador itinerante dependia única e exclusivamente das misericórdias de Deus para obtenção de seu sustento e da sua família. Como se diz nas Igrejas Evangélicas, ele vivia pela fé. Quando tinha oportunidade de realizar campanhas evangelísticas em grandes Igrejas, geralmente trazia para casa, ofertas generosas com os quais pagava suas despesas mensais. Mais houve um tempo em que os convites feitos pelos pastores que ele conhecia para pregar em suas respectivas igrejas, começaram a escassear, trazendo uma certa apreensão ao Jovem Pastor, já que a dispensa de sua casa começou a esvaziar por completo. Ao receber o convite para pregar em uma Igreja pequena e humilde do interior do Estado, o pastor Marcos não pensou duas vezes, considerando ser o convite uma providência divina. Antes de viajar, colocou sua família em estado permanente de oração, para que Deus pudesse abençoar resgatando vidas durante sua pregação. Ao chegar na Igreja humilde, repleta de pessoas simples e carentes de ouvir a Palavra de Deus, o Pastor Marcos pregou como se estivesse em uma Catedral da Capital falando sobre o azeite da viúva e a providência de Deus. O pastor da Igreja fez o apelo e veio a frente um homem com roupas simples de semblante marcado pelo sofrimento da vida. O pastor vendo a realidade daquela Igreja, preferiu confiar nas promessas de Deus e não pediu uma oferta. Ao final do culto, durante os comprimentos aquele homem de aparência sofrida procurou o jovem pastor e manifestou o desejo de ofertar-lhe umas “comprinhas”. Emocionado e gratificado á Deus, o pastor entregou seu endereço, na esperança de receber alguns gêneros alimentícios daquele lavrador. Passado uma semana, o pastor recebeu em sua residência um saco de 50 Kg de Batatas, tendo agradecido a Deus, pediu a sua mulher que preparasse as refeições. E durante um mês, ele se alimentou com Batata Frita, ensopado, assada, bolo de batata etc. quando já estava enjoado de comer Batatas, a companhia da porta tocou, e aquele homem de aparência rude da Igreja do Interior, pediu para entrar e se desculpando pela entrega errada do saco de Batatas como sua oferta de Gratidão trouxe alimentos suficientes para abastecer a família do Pastor durante seis meses.
Aquele homem que havia se convertido não era um simples lavrador e sim o maior fazendeiro daquela região.

I Pedro 5:7 – Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ainda somos pentecostais?


No último sábado saí de casa com minha família para ir a uma igreja louvar à Deus, durante a festa da mocidade. Saímos com pressa para podermos encontrar lugar, pois certamente o templo estaria repleto. Afinal de contas, toda festividade promovida pela juventude pentecostal, é certeza da Casa de Deus ficar lotada. A caminho da Igreja, passamos em frente à praça da cidade, onde se encontra de maneira imponente o Templo Romano, que estava completamente cheios de devotos de Maria, Pedro e João.
Para minha tristeza, os jovens não ocuparam todos os bancos da Igreja, para adorarem com muita alegria, aquele que é digno de todo louvor. Cerca de 30 jovens, que fazem parte de um rebanho de 400 ovelhas, estavam bem vestidos, para entoar os cânticos exaustivamente ensaiados.
Após a mensagem trazida por uma “pastora” com muita emoção, no qual se declarou ter nascido em berço assembleiano e após chegar à maturidade, ter fundado sua própria denominação pentecostal, o apelo foi feito, mais ninguém, nenhum pecador aceitou. O batismo com o Espírito Santo foi chamado. Mas até o final do culto ninguém foi batizado, no entanto, o Pai da Igreja, como o pastor se auto intitulava, declarava em alto e bom tom, que fora a festa do pentecoste.
Ao término do culto, os jovens foram para a lanchonete comemorar o sucesso da confraternização, do grande avivamento pentecostal. Retornando para minha residência, perguntei a minha esposa de maneira saudosa: O que se passa em nossas igrejas? Ao mesmo tempo em que elas estão repletas, muitas das vezes, recheadas pelo orgulho denominacional de seus líderes, obreiros se entregando ao adultério, jovens se entregando á fornicação, falta de transparência na aplicação dos dízimos e ofertas, acobertamento de pecados, perseguição aos que discordam do absolutismo pastoral, chega a perguntar o que será de algumas igrejas. Onde a palavra bíblica genuína, não é ensinada e tão pouco vivida pelos sacerdotes. O que nos restará? Será que podemos afirmar categoricamente que somos pentecostais? Que o derramar do Espírito Santo está trazendo transformações de vidas? Que Deus em sua infinita graça e misericórdia, possa trazer o pentecoste de Jerusalém para nossas cidades. Que a glória da Segunda Casa, possa ser maior do que a primeira, e os enfermos possam ser curados, tanto do corpo como da alma, e o nome apenas de Jesus possa ser glorificado como cabeça da Igreja.
Baruch Há Shem!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sempre Avante

"Ninguem comete erro maior do que aquele que nada faz, porque so podia faze um pouco. o pouco que fizermos fara toda a diferença" Madre Tereza de Calcutá.

Quando freqüentava o Acampamento dos Embaixadores do Rei, no Sitio do Sossego(foto), em Casimiro de Abreu, durante as férias escolares de 1977, o líder do grupo dos valentes, faixa etária dos 15 anos, um sargento reformado do Exercito, dizia com autoridade e voz de comando: “sempre Avante, não importar o cansaço físico. Sempre avante, não importa os obstáculos. Sempre avante, olhando para o autor e consumador da nossa fé”. Enquanto adolescente, não dei muito valor aos conselhos e ordens do comandante do acampamento. Hoje, já beirando aos 50, percebo que na vida as coisas, as vezes, andam muito devagar, e temos o costume, de querer parar. Quando o importante é não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso. Depois de 10 anos, reencontrei o pastor Batista, Luis Geraldo de Carvalho em um consultório de um medico neurologista macaense, onde estava se tratando do mal de Parkinson e Alzheimer, com seus 80 anos de idade, após plantar cerca de 11 igrejas na região de Macaé e dar aulas de português em três escolas, para não ser pesado a Obra de Deus como fazia o apostolo Paulo. Com dificuldade na fala e passos lentos, aquele Calebe dos tempos modernos, me disse com muita sabedoria: “ Meu filho, se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça uma coisa pequena. Pois, pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios”. Mesmo cansado, nosso Calebe, saiu apressado para participar de um culto em Carapebús. Continue andando e fazendo tudo para Gloria de Deus. Não olhe para traz como fez, a mulher de Ló. Não tenha saudade dos melões do Egito. Não murmure contra vossos lideres, como fizeram com Moises. Não olhe para o tamanho do gigante, como fizeram os irmãos de Davi. Não olhe para sua pobreza, como fez Gideão. Não olhe para sua idade, como fez o profeta Jeremias. Olhe apenas para o seu alvo. Procure focar nos seus sonhos. O que parecia fora de alcance esta manhã, vai parecer um pouco mais próximo amanhã, durante o ano que se inicia. A cada batalha travada contra o gigante filisteu, usando apenas 5 pedrinhas do ribeiro, você se aproxima da vitoria final para sua coroação como herdeiro do Rei. Não desista de seus sonhos. Não desista das promessas de Deus para sua vida, afinal de contas, Ele não desistiu de você na cruz do calvário. Se você parar completamente é muito mais difícil começar tudo de novo. Pense nisso e sempre avante. Baruch Há Shem!

sábado, 7 de novembro de 2009

25 anos de impacto em Copacabana



“Quando a vós, a unção que Dele recebestes permanece em vos, e não tendes necessidade que alguém vos ensine, mais com a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeiros, e não falsa, permanecei Nele ...” (I João 2.27)

Em 1984, então com apenas 12 anos de idade, época em que os meninos estão preocupados em soltar pipa, jogar futebol e bola de gude, e no período das férias escolares, mergulhar nas ondas de Copacabana, ouvi falar de um certo movimento jovem de evangelização com origem nos Estados Unidos, fruto de uma visão de um estudante de 24 anos de nome Loren Cunningham, que eu não sabia pronunciar. Muito curioso e freqüentando os embaixadores do Rei, na Igreja Batista Central de Belford Roxo, recebi o convite para evangelizar na Praia de Copacabana, zona sul carioca, durante o reiveillon, o que despertou em todos nos pré-adolescentes um sentimento de aventura. Porem , foi somente no clímax da juventude , que nos identificamos com a Jocum em sua base de operação no bairro de Santa Cruz da Serra, no município de Duque de Caxias , na Baixada Fluminense liderada pelo missionário Wellington Rodrigues de Oliveira e a participação dos jocumeiros Vanderley Pinheiro, o capixaba Sergio Santos , o carioca Ezequiel do Espírito Santo a Argentina Maria Rosa, o paulista Tanabi, a mineira Luciene e o baiano Marcão entre outros , na árdua tarefa de mobilizar, inspirar e trabalhar com a juventude cristã para aplicar o evangelho em nossos dias. As dificuldades enfrentadas pelo presbiteriano Wellington e sua equipe na realização do evangelismo de impacto durante o Réveillon e depois do carnaval, e posteriormente subindo os morros das favelas cariocas, motivaram uma geração de brasileiros a darem continuidade ao movimento de missões urbanas a partir da cidade do Rio de Janeiro. Lembro-me com carinho e muita saudade, dos tempos que antecediam o evangelismo no réveillon e as sucessivas visitas as igrejas evangélicas do estado do Rio de Janeiro, para passar a visão recrutando obreiros, levantando recursos, realizando programas de treinamento, tudo por amor a Jesus e as almas perdidas, sem nenhuma recompensa financeira. Bons tempos aqueles, em que jovens e evangelistas , almejavam gastar suas vidas na proclamação das boas novas, confiando apenas nas promessas de Jesus. Em certa ocasião, o líder nacional da Jocum, Jim Stier, no auditório da Radio Boas Novas em Vila Isabel, subúrbio do Rio de Janeiro, fez um desafio impactante para todos os jovens, que tinham um coração missionário e estavam dispostos a abrirem mão do conforto de seus lares e do amor de seus familiares, para partilharem do amor de Cristo e a graça de Deus aos povos e nações da Terra. Durante o tempo em que colaborei nas campanhas da Jocum, foi um período gratificante e de profundo aprendizado na dependência exclusiva do Senhor, onde aprendi a aumentar minha visão do Reino de Deus, alem das fronteiras da minha igreja local, com suas limitações denominacionais. No verão de 1986 , um grupo de jocumeiros, resolveu fazer Deus conhecido na região dos lagos, tendo por base operacional, uma casa na Rua Governador Valadares, Bairro São Cristovão em Cabo Frio, residência cedida pelo saudodo presbítero Edalmo de Oliveira, membro da igreja presbiteriana, que com muito carinho e amor por missões, acolheu cerca de 10 jovens sonhadores. Durante 2 semanas, percorreram as igrejas da região, fazendo apresentações de pantomina com a peça: O Fardo, e despovoaram o inferno das drogas e da prostituição do verão cabofriense, respondendo a violência do pecado com o consolo e a justiça do Reino de Deus para transformação completa do individuo. Glorifico a Deus, pelo privilegio de ter participado desta missão de verão, onde alguns anos após, a missionária Luciene foi enviada para Itália, Marcão para Inglaterra e o Carioca Ezequiel para trabalhar com os índios Yanomani em Roraima. Agora passado 25 anos, uma nova geração de jocumeiros se prepara para realizar um novo impacto de ano novo nas areias de Copacabana, onde cerca de 2 milhões de pessoas estarão circulando visando esquecer por 18 minutos suas culpas e pecados enquanto explodem no céu os fogos de beleza superficial. Nossos votos, são de que a visão de ondas de milhares de jovens que Deus seu a Loren Cunningham, possam avançar sobre o inferno e continuarem povoando os céus, não apenas de Copacabana , mais sim de todos os povos e nações da Terra. Baruch Há Shem!