terça-feira, 17 de março de 2009

Poder, o pecado da liderança


O Escritor alemão Goethe(foto) com seu clássico Fausto em 1806, no qual retrata a vida de um medico e intelectual, como símbolo da cultura moderna, que entediado e desiludido com o conhecimento secular, que não lhe dava prazer a vida, tornando-a sem sentido algum, resolve fazer um pacto de sangue com o demônio Mefistófeles, para ganhar vigor da juventude durante 24 anos, ficando sem envelhecer, porem, no fim desse tempo, e levado para o inferno e a morte. Diante desse quadro literário, temos como exemplo, a busca obsessiva pelo poder eclesiástico por alguns lideres religiosos e com a sua auto, realização tem levado muitos obreiros a pagarem um preço muito auto para conseguir se mantiver no poder com longevidade, mediante acordos espúrios com o pecado. Nisto vale tudo da satisfação do desejo de poder permanente com o controle do rebanho, que ele julga ser dele e não do Senhor Jesus, muitos lideres se entregam sem limites ao pecado, falando para si mesmo: Daqui ninguém me tira, somente Deus. Lembro-me que em determinada cidade do interior fluminense, um pastor sexagenário na liderança de uma igreja repleta de sucessivos escândalos morais, a fim de permanecer no cargo de presidente para garantir sua aposentadoria com valores acima da realidade, resolveu fazer uma consagração de obreiros em massa, típico caso de simonia, fez vista grossa para o pecado e sua plena invasão no seio da igreja. Tudo foi feito com intensidade, sem uso da razão bíblica ou do bom senso proveniente do Espírito Santo, e com um custo Espiritual muito elevado para os padrões de uma igreja cristocêntrica. O resultado final dessa triste historia, foi que o discípulo do sacerdote Eli, acabou perdendo a direção da igreja, causando um imenso estrago na credibilidade já abalada do evangelho pregado naquela cidade. Diante dessas experiências, aprendemos que se Deus não permanece no centro dos nossos desejos e pensamentos, eles se tornarão vulneráveis e confusos levando-nos a ceder as seduções da mentira e do engano, envolvendo-nos em ilusões e paixões pelo poder temporal religioso, numa busca insana de falsas realizações pastorais, adoecendo a alma e muita das vezes assassinando o corpo de Cristo visível, sua igreja, não importando o rótulo denominacional que ela tenha. Em sua pequena carta, Thiago 1.13-5, deixa bem claro que a tentação que da luz ao pecado vem de nós, apenas de nós. Não temos como responsabilizar ninguém, a não ser a cobiça pelo falso poder sacerdotal, onde em um passado não muito distante, aquilo que foi repudiado como pecado, hoje é visto como virtude: Ambição, ganância, vaidade e apego ao poder. Porem, a raiz do problema que tem afetado a igreja, continua sendo p pecado, a cobiça de cada um de nós. O que São Thiago ou a historia de Fausto nos revelam enquanto pastores e obreiros da Casa de Deus, e que o personagem que pensa que tem o controle de tudo, gozando os benefícios do poder como lhe agrada, se entregando a maquinações e usando de prerrogativas institucionais, porem fica sabendo, as vezes tarde de mais, que viveu uma grande ilusão do falso poder. O Bispo Agostinho em suas Confissões , declarou que: Somente quando buscamos nossa realização e satisfação em Deus é que nossa alma encontra paz.

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