quarta-feira, 18 de março de 2009

A Volta do Vigilante


Durante as férias escolares de verão dos meus filhos, resolvi assistir a alguns programas de televisão de aventurar, voltados para o publico infanto juvenil, e confesso que não gostei dos heróis desta geração,tão diferentes da minha adolescência no final da década de 60. o excesso de violência e a erotização dos filmes e desenhos atuais, tem influenciado de maneira negativa nosso filhos, com sua relativização de valores em uma sociedade pós moderna, onde não se identifica o bem do mau, o certo do errado. Na minha época, não era assim. Todas as crianças, sabiam definir o bandido e o mocinho. Lembro-me, que assim que chegava da escola, corria para sala e ligava a televisão, para assistir os 38 episódios do seriado “ O Vigilante Rodoviário”, com o inspetor Carlos e o pastor alemão lobo, perseguindo os bandidos a bordo do seu Sinca Chambord ou de sua Harley Davidson. O seriado passava mensagens otimistas e educativas, sempre com um senso de justiça, conquistando o sucesso primeiro com as crianças, e depois com os adultos, mesmo sendo um herói que não voava e tão pouco tinha raio laser nos olhos. Lembrei-me que o vigilante que dava nome ao filme, representando todos os que lutam pelo bem em certo momento, se sentiu impotente diante do avanço da maldade sem fim.
Em nossa caminhada na vida cristã, diante da avalanche de injustiças provocada pelo pecado dos homens, e muita das vezes se avoluma, ate mesmo dentro da igreja, praticada por lideres religiosos que se julgam proprietários do rebanho chegamos a ficar desanimados, tal qual o herói do filme, e nos sentimos como tolos devolvendo peixes para o mar que a maré baixa deixa agonizando na praia. O antídoto para o nosso desanimo e o retorno da alegria da fé, esta em saber que o vigilante eterno, que a direita do Pai, tudo enxerga, voltara um dia para buscar seus filhos, pelos quais ele morreu, para que todos tenham vida e vida com abundancia.

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