sábado, 21 de março de 2009

A Unidade no Essencial


Durante o período eleitoral de 2008, quando se travou uma verdadeira batalha política pelo votos dos eleitores evangélicos riostrenses, fomos procurados na redação do semanário Folha Evangélica, por uma irmã de uma igreja histórica, para nos avisar de que não deveríamos continuar distribuído exemplares do jornal no referido templo, pois o obreiro local jogava os exemplares no lixo, como também, de nada adiantava mandar cartas convite do Conselho de Pastores da Cidade para os obreiros daquela igreja, pois nunca eram lidas pelo secretário. Aquela noticia, doeu-me, mais infelizmente não me surpreendeu tanto assim. Esta é a nossa postura comum em relação a aqueles que não fazem parte do nosso reino denominacional, onde o lema é: “um contra todos e todos contra um”.
Peter Meiderlin(foto), teólogo luterano da cidade de Augsburg, na Alemanha, escreveu em 1627, um livrete, descrevendo um sonho em que Cristo lhe aparece pedindo que vigie, pois será tentado. Logo depois o diabo, vestido de anjo de luz, aparece dizendo que vem da parte de Deus e começa a profetizar a respeito da necessidade de os eleitos se manterem puros na sã doutrina. A verdade que eles herdaram deve ser preservada numa nova denominação doutrinaria, livre da contaminação de heresias. Quando o teólogo ora sobre o que devera fazer, imediatamente o diabo some e Cristo reaparece, encorajando-o a permanecer fiel a simplicidade e humildade de coração. Ele acorda do sonho e escreve o tratado que termina com esta frase: “ Si nos servaremus in necessaris unitatem, in non necessaris libertatem, in utrisque charitatem, optumo certe loco essent res nostrae” (No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; e em ambas as coisas, a caridade). Do auto do nosso conhecimento teológico, criticamos os pastores pentecostais. Já o outro lado, formado por lideres leigos, criticam com orgulho inflamado a suposta falta de santidade dos crentes históricos. A vida cristã e preciosa de mais para o Senhor da Igreja. Não importando sua liturgia e crença nos dons espirituais. Ao compararmos as declarações de fé e nossa definição de cristianismo, percebemos que somos teologicamente, fruto da interpretação humana com sua formatação errônea e limitada do Deus vivo e da sua igreja. Onde so consideramos pastores evangélicos verdadeiros, aqueles que se encaixam em nossa definição e que seja uma igreja perfeita com uma teologia sadia. Aqueles que não se encaixarem nesse modelo, correm o risco de serem desprezadas, rejeitadas, e combatidas para o bem do reino de Deus, como se vivesse-mós na época dos templários.

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