terça-feira, 30 de junho de 2009

Pastores Coca-Cola


Certa vez, ouvi um líder de uma grande denominação pentecostal com um ar de triunfo, afirmar que sua denominação era como o Banco Bradesco, os Correios e a Coca-Cola, em cada esquina do Brasil você encontrava. Aquele pastor de origem humilde que havia chegado a liderança nacional de sua Igreja, proclamava nos quatro cantos do País, com muito orgulho, ser sua Igreja, o maior movimento evangélico do continente, com uma liderança formada basicamente de leigos, na sua maioria sem nenhuma formação teológica, porém cheios do Espírito Santo. Fazendo um paralelo, sabemos que realmente a Coca-Cola, uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, por um farmacêutico conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e no Brasil lidera o mercado de refrigerante, após investir bilhões em boas estratégias de propaganda e marketing. Quanto ao Banco Bradesco, o maior coglomerado financeiro privado do Brasil, fundado por Amador Aguiar, um simples comerciante que possuía apenas o ensino fundamental, também lidera o ranking de maior número de agências e correntistas do País, graças a investimentos astronômicos em publicidade. Já os Correios, propriedade da União, ainda que não seja muito eficiente, mas como possui o monopólio do mercado, está presente em todas os municípios do Brasil, do Oiapoque ao Chuí.
Passado algumas décadas, observamos no Brasil, que algumas igrejas no rastro dessa verdadeira explosão evangélica, passaram a adotar as mesmas técnicas da Coca-Cola e do Bradesco para “vender” o seu produto, o Evangelho, como se fosse uma franquia esquecendo-se de proclamar seu conteúdo. As pessoas tornaram-se clientes do mercado da fé. Realiza-se a propaganda do Evangelho como um produto que você pode adquirir em qualquer esquina da sua cidade.
Prometem o céu em suaves prestações. Tem igreja, que já criou o BNH do céu, onde você não pode ficar inadimplente caso contrário, perde a benção de participar do coral celestial e andar em ruas de ouro. A metodologia para você ganhar o título celestial de sócio remido, está na participação de campanhas de milagres intermináveis, onde você vai “amarrar” o inimigo, mas também vai permanecer amarrado á denominação e ao pastor personalista. A concorrência é crescente no meio evangélico, com igrejas ao gosto dos fregueses. A pouco tempo, esteve em meu escritório, um jovem pastor pedindo ajuda para contratar um pastor Coca-Cola, que esteja na mídia fazendo sucesso, que arrebata as multidões, que opera milagres. Pois sua referida igreja, estava passando por uma crise de audiência. O auditório estava ficando vazio nos cultos e povo que estava freqüentando, não estava ofertando.
O modelo de Igreja promocional, que está crescendo em todo o território nacional, e principalmente nos grandes centros urbanos, induz as pessoas à adorarem à Deus por aquilo que ele dá e não por quem ele é. Neste evangelho que tem sido pregado, Jesus deixou de ser Senhor, para tornar-se empregado e satisfazer todos os nossos desejos.
O povo se aglomera por sua vez, para assistir a próxima atração, seduzido pelo marketing do exorcismo, do milagre financeiro ou do Profeta Pasur, filho do sacerdote Imer, que era presidente na Casa Senhor, e pregava em Jerusalém: Paz quando não havia paz, sendo amado pelo povo. Naquela época, Pasur era o Príncipe dos Pregadores, contudo só falava aquilo que o povo queria ouvir. Baruch Há Shem !

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pastores autistas


Certa vez estava jantando na casa de um pastor, no centro da cidade, quando a campanhia do interfone tocou. Era uma menina de rua, pedindo um prato de comida ou um pedaço de pão para saciar sua fome. O velho pastor mesmo estando com sua mesa repleta de alimentos, negara aquela criança uma prova de amor cristão. Passados alguns dias, eu participava de uma conferência, com o pastor Rodolfo Beuttenmuller(foto), radicado em Miami – EUA, onde ela falava sobre os pastores autistas, que vivem dentro de si mesmo, isolados do mundo exterior. Que não ouvem, não vêem, e nem sentem nada fora de seu mundo interior. Um pastor autista, possui um coração impenetrável, que não se comove com a dor de uma de suas ovelhas. Não se alegra nos casamentos que celebra. Não visita as ovelhas desgarradas. Tornou-se um homem apartado. Desconfiado de todos, sem afeto natural. (2 Tm 3.2-5).
Certa vez visitando uma Igreja do interior, tive a oportunidade de pregar no aniversário de um pastor septuagenário, que cansado das atividades eclesiásticas, reclamava sentir-se abandonado pelos demais obreiros. Ao passar alguns dias ministrando estudos bíblicos para a juventude, acabei descobrindo que aquele pastor no curso de sua vida pastoral, adquirira um coração impenetrável, se isolando dos demais companheiros de ministério, avocando para si todas as responsabilidades da Igreja. Contudo um relacionamento frio, distante e superficial com suas ovelhas. Falava com os demais pastores auxiliares sem sair de sua cadeira, já que unicamente ali se sentia seguro. Como o irmão de Abel, tinha o coração blindado, mantendo-se totalmente indiferente ao padecimento e alegrias de suas ovelhas. Na sua convenção denominacional ou até mesmo na Associação de Pastores da cidade, permanecia ilhado e solitário sem envolver-se em nada, temeroso de ser contaminado, do que ele chamava de modernismo dos novos pastores.
Aquele ministro que dedicara muitos anos de sua vida na administração de várias igrejas, sofria da Síndrome de Caim. Tinha ciúme de suas ovelhas, quando um pastor visitante trazia uma mensagem diferente, que agradava o coração da Igreja.
Como Caim, ele também assassinava espiritualmente muitos dos seus irmãos, não permitindo a plena comunhão entre os crentes de sua igreja e as demais. Suas ofertas denominacionais, ele entregava mensalmente, como uma obrigação a contra-gosto.
Todas as pessoas da sociedade local, que olhavam para ele, enxergavam nele, a aparência de piedade. A parede de sua casa, estava repleta de condecorações. Contudo ele vivia em seu próprio mundo, cercado apenas de lembranças do passado. Como Caim, ele estava cego, não enxergando sua própria realidade. Ao final da vida, no leito do hospital, aquele pastor ainda teve tempo de pedir perdão a todas às suas ovelhas magoadas, como também aos companheiros de ministério. Graças ao Senhor que ele partiu para a Glória de maneira diferente do irmão de Abel.

sábado, 27 de junho de 2009

Para quê Creiais


Jesus operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (Jo 20:30).

A Bíblia revela que Deus enxergava em Davi um homem, um rei, ainda que seu pai Jessé, o Belemita, visse nele, apenas um menino. Seus irmãos, homens de guerra, também olhavam para Davi e viam apenas o caçula da família, o pequeno pastor de ovelhas.
Porém, logo após o derramar do azeite sobre sua cabeça pelo sacerdote e juiz Samuel, confirmando sua indicação pelo próprio Deus para sagrar-se Rei de Israel, com a idade de apenas 15 anos. O Espírito do Senhor, se apossou dele com muita unção, e Davi pegou sua harpa e entoou cânticos ao Senhor dos Exércitos, tomando posse da benção.
Davi acreditou nas promessas de Deus para sua vida, mesmo sofrendo perseguição do Rei Saul, enfrentando o gigante filisteu Golias, sendo criticado pela sua mulher Mical, se refugiando na caverna de Adulão, sendo questionado pelos seus guerreiros, contudo, no âmago do seu ser, ele cria na fidelidade da Palavra de Deus verdadeiro, que depois de cerca de 15 anos se confirmou para espanto dos seus adversários e a glorificação do nome do Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Certa vez, ouvi o pastor Samuel Gonçalves da Catedral da Assembléia de Deus em Cabo Frio, pregar o testemunho de uma senhora, membro do Círculo de Oração da Igreja, que não se afastava do templo e estava sempre de joelhos dobrados na Casa de Deus, intercedendo pela conversão do seu marido, um beberrão inveterado.
Certa manhã, Deus usou a boca de alguém para falar aquela mulher, que no tempo certo, seu marido se tornaria obreiro na Casa do Senhor.
Tomando posse daquela revelação, imediatamente a senhora de idade avançada, saiu do templo e foi procurar uma loja de roupas masculinas e comprou um bonito terno para seu marido, colocando-o no armário.
O marido, após chegar do bar, completamente bêbado e totalmente sujo, foi procurar uma roupa para tomar banho e descobriu o terno novo, perguntando a mulher: “De quem é esse terno?”
Prontamente, sua mulher respondeu: É seu, meu querido!
Curioso, o homem lhe indagou: Para quê esse terno, não vou a nenhum casamento, batizado e tão pouco sou crente para freqüentar Igreja?
Cheia de convicção e fé, mas carinhosamente a mulher respondeu: Não é agora, mas vai ser obreiro da Casa do Senhor em nome de Jesus.
Com uma grande gargalhada, o marido achou que a mulher estava ficando louca. Passado 10 anos, aquele homem contraiu uma cirrose hepática, sendo internado no hospital com declaração de morte por uma junta médica. Após muitas orações da mulher e dos irmãos da Igreja e sucessivas visitas, o homem se converteu e fez um voto ao Senhor, se caso, ele fosse curado, se batizaria e se tornaria um obreiro aprovado.
Aquela mulher, creu nas promessas de Deus para a sua família, por isso, comprou o terno antecipadamente. Se você também tomar posse das bênçãos reservadas por Deus para a sua vida, tenha certeza, no tempo certo, assim como Davi você receberá a coroa da sua vitória.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pais brilhantes e seus filhos nem sempre maravilhosos


Quando estava para iniciar um namoro na minha juventude, com uma jovem da Igreja, minha mãe, sempre me aconselhava a não olhar apenas para a aparência e formosura, e sim para o caráter. Outro fator importante, na escolha da futura esposa, seria o tratamento dispensado aos pais e acima de tudo, o temor a Deus. Minha mãe sempre dizia: Uma boa filha será sempre uma boa esposa e uma mãe maravilhosa, como também um bom filho será sempre um bom marido e pai.”
Recentemente recebi a visita de um pastor em meu escritório, que estava passando por sérios problemas causados pelo difícil relacionamento com seus filhos, que assim que adquiriram maior idade não lhe obedeciam, chegando em casa de madrugada, andando com más amizades. Depois do desabafo, aquele pastor me perguntava? Fui um bom filho, sou um bom marido, onde será que errei como pai?
O Jornal do Brasil, publicou recentemente uma matéria com o título: “Eles lavam a roupa em livros; onde descreve a relação tumultuada entre os escritores franceses Lucie Ceccaldi, 93 anos, que mora sozinha em uma fazenda na Irlanda e não fala com seu filho Michel Houellebecq há 17 anos, autor do Best Seller: “Partículas Elementares”, onde ele retrata sua mãe como uma hippie inconseqüente e desnaturada.
Já a velha Ceccaldi com seu livro “A Inocente”, mesmo sendo comunista, continua lendo a Bíblia, onde chegou a conclusão de que a raça humana está chegando ao fim devido aos seus pecados.
Semelhantemente no ano de 1056 A.C o maior rei da história de Israel, homem considerado segundo o coração de Deus, sempre vitorioso em suas batalhas contra os inimigos do povo de Deus, perdeu várias batalhas dentro do palácio real com sua família, por conta de seus pecados. Davi foi um excelente rei, mas um péssimo pai: Devido ao seu relacionamento pecaminoso com Bate-Seba, o julgamento que caiu sobre Davi foi duplo. Primeiro a criança que Bate-Seba deu à luz morreu, causando grande tristeza em Davi (2 Sm 12:15-20). Essa foi a conseqüência imediata. A segunda foi em longo prazo. Sua família sofreria um constante estado de revolta pelo resto de sua vida. “Agora, portanto, a espada jamais se apartará da tua casa, porque me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o Heteu, para ser tua mulher” (2 Sm 12:10).
E aconteceu como o Senhor afirmara que ocorreria: Um dos filhos de Davi, Amnom, estuprou sua irmã Tamar. Absalão, outro dos filhos do rei, ficou tão irritado com que Amnon fez com sua irmã, que o matou (2 Sm 13). Algum tempo depois, Absalão se rebelou contra Davi e levou os filhos de Israel a se voltarem contra o seu próprio pai. Davi teve de abandonar Jerusalém e fugir, levando apenas alguns poucos fiéis seguidores, para salvar-se.
Finalmente, Absalão atacou Davi em batalha (2 Sm 14-18). Entretanto, ao tentar assassinar seu pai, Absalão perdeu a própria vida, somando mais tristeza ao coração do rei (2 Sm 18-15). Conforme as palavras de Deus, a espada nunca se afastou da casa de Davi (2 Sm 12.10). Até mesmo Salomão, seu sábio filho, seguiu o mau exemplo de pai desobedecendo ao Senhor e cometendo os mesmos erros de Davi. Portanto, se você deseja ter uma família abençoada, não cometa os mesmos erros de Davi.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As Pequenas grandes coisas


Na luta desenfreada pela busca do poder temporal, a sociedade corrompida deste inicio de milênio, esqueceu de olhar para as pequenas coisas, como algo de valor. Todos querem ser grande. Todos desejam crescer. São as fusões das grandes empresas da economia globalizada, onde não existe lugar para pequenos. Entre a nova geração de pastores, também não é diferente, onde muitos saídos dos seminários ou ate mesmo recente ordenado pelas suas convenções denominacionais, desejam assumir grandes igrejas, porque não dizer as catedrais? São poucos os que desejam trilhar os caminhos dos pioneiros da fé que em meio aos sofrimentos das pedradas e tomates podres recebidos em praça publica, construíram uma reputação de lutas e lagrimas derramadas por amor a Obra de Deus, nos últimos dias da igreja de Cristo na terra , o que da realmente ibope para o ministério pastoral é assumir ou pertencer a mega-igrejas com seus diversos departamentos e múltiplos funcionários da fé.
Conversando certa vez com um jovem pastor no inicio do seu ministério, ele revelou-me seus sonhos e anseios pastorais. De inicio pensei que se tratava dele ir para o campo missionário movido pela paixão das almas perdidas, como fizeram Daniel Berg e Gunnar Vingre ao saírem da Suécia para vir para Belém do Pará e suportar o clima tropical sujeito a malaria da selva amazônica. Ou quem sabe, dedicar-se ao pleno estudo da Palavra, para traduzi-la para os milhares de dialetos que ainda faltam ser alcançados, como fizera João Ferreira de Almeida, Morrinson ou ate mesmo Willian Cameron, Townsed entre os índios da Guatemala. Existe uma guerra silenciosa de bastidores para ver quem é o maior no seio da igreja.
Conta-se que o missionário Fernando Viana, professor do Seminário Pentecostal do Leste Europeu em Moscou, que o presidente da Rússia na época Boris Yeltsen(foto), mandou convocar todos os lideres das igrejas do pais , para uma reunião visando tratar da liberdade religiosa no Palácio Kremmlin. Ao que compareceu o patriarca da Igreja Católica ortodoxa, que domina o sistema religioso a vários séculos na Russiaa. Quando o presidente Boris foi interpelado pelo pastor Vladimir Mozart, presidente da União Pentecostal Russa, o patriarca da Igreja Ortodoxa, quis proibir suas perguntas, alegando que o pastor Vladimir possuía um rebanho muito pequeno sem representatividade na historia religiosa daquele pais. Humilhando-o perante os outros lideres eclesiásticos. Nisso o presidente Boris, interrompeu a discussão entre os dois clérigos e perguntou o patriarca: Com quantos quilos o senhor nasceu?
Surpreso com a pergunta, a patriarca respondeu sem entender direito o porque da pergunta, já que havia nascido muito pequeno e com pouco peso. Com o semblante sereno, o presidente Russo respondeu: Da mesma maneira é o rebanho do pastor pentecostal , esta nascendo pequeno, mais no tempo certo e com muito amor haverá de crescer.
“ Por este tempo disse Jesus “ Graças te dou, Oh Pai ! Senhor do Céu e da terra, que ocultastes estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos” (Matheus 11.25).
Apesar da procura das grandes coisas, a Bíblia comprova que Deus em sua infinita sabedoria tem usado pequenas coisas para grandes feitos como foi o caso do pequeno Hissope, um diminuto arbusto cujas as folhas são cobertas de uma lanugem macia retendo fluidos para borrifar o sangue do cordeiro pascoal nas vergas e ombreiras das portas das casas dos Israelitas, escravos na terra do Egito ( Êxodo 12. 2-13). O próprio rei Davi abriu mão de usar armadura do Rei Saul para combater o gigante Golias, usando apenas cinco pedras retiradas do ribeiro, causando espanto e surpresa no exercito de Israel diante dos filisteus, mais tudo para a Gloria do Senhor dos Exércitos. O Nazireu Sansão, considerado o homem mais forte dentre o povo de Israel, achando uma queixada fresca de jumento, feriu a mil homens dos filisteus e julgou Israel durante 20 anos, tudo para gloria de Deus. Porque são nas pequenas coisas que deus opera maravilhas. Baruch Há Shem!

terça-feira, 23 de junho de 2009

27 Anos sem o Apóstolo do Brasil


O Ano de 2009 esta caminhando para o seu final, contudo para os pastores das Assembléias de Deus no Brasil – Ministério de Madureira, o dia 26 de agosto representa uma data especial, com os 27 anos da passagem para o Senhor, daquele que foi considerado o Apostolo do Brasil no século xx, o saudoso pastor Paulo Leivas Macalão. O corpo sepultado no cemitério Jardim da Saudade em Edson Passos , na Baixada Fluminense, não recebe mais visitas, porem a lembrança do patriarca do Ministério de Madureira, jamais será esquecida, como também, o arco Iris em um circulo perfeito, confirmando que Deus havia chamado seu servo para o Gloria Eterna, como bem confirmaria o pastor José Pimentel de Carvalho, então presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, oficiante da cerimônia fúnebre. Para muitos naquele agosto de Deus, findara-se a historia do Ministério de Madureira, que tivera inicio com a conversão do filho do General de exercido, João Maria Macalão, que em 1923, após ler um folheto amassado e jogado no chão da Rua São Luis Gonzaga em São Cristovão – RJ, havia sido alcançado pelo Senhor Jesus.Olhando para a historia da Igreja Assembléia de Deus,ninguém poderia imaginar que aquele jovem gaucho de Santana do Livramento,que trazia sempre seu violino e a Bíblia para cooperar com o missionário Sueco Gunnar Vingren nos cultos evangelísticos, se tornaria o patriarca de um ministério de alcance mundial, a partir da fundação do primeiro templo na rua Ribeiro de Andrade, n°65, em Bangu, subúrbio do Rio de Janeiro, então capital da Republica, tendo o trabalho crescido e se estendido por todo o Brasil e cerca de 40 países com milhões de ovelhas do rebanho de Jesus. Contava-nos o também saudoso pastor Enock Alberto Silva, que o pastor Paulo Macalão, trazia na testa uma cicatriz como marca de um apedrejamento, após anunciar Jesus como Salvador para alguns malfeitores na estação ferroviária de Realengo. Quais são as marcas de Cristo na vida dos jovens pastores ? Este, foi um dos exemplos deixado pelo patriarca Paulo Leivas Macalão, alem do amor, dedicação e fidelidade ao Senhor Jesus. Hoje, cultuamos a Deus em grandes catedrais com ar-condicionado, com cadeiras acolchoadas, pregamos a Palavra nas emissoras de Radio e televisão, utilizamos internet, porem a varias décadas passadas inúmeros homens derramaram lagrimas e sangue, para que o evangelho frutificasse no Brasil. Nosso desejo é que o exemplo deixado por servos da estatura do pastor Paulo Macalão, não caia no esquecimento, nem mesmo daqui a 100 anos. Baruch Há Shem!

domingo, 21 de junho de 2009

Restaurar é preciso


Na década de 80 do século 20, quando de sua vinda ao Brasil, para pregar no estádio do Morumbi em São Paulo e realizar uma palestra para os lideres das Assembléias de Deus no pais, o pastor Paul Yonggi Cho, um ex budista que fundou e lidera a igreja Central do Evangelho Pleno em Seul , na Coréia do Sul, com mais de 700 mil crentes, declarou que havia uma necessidade de restauração do ministério pastoral, onde a palavra ministro significa servo e não governante. Onde a base da autoridade espiritual, não judicial e nem tão pouco militar. Onde os pastores não são os donos da igreja, como alguns pensam e agem. Hoje, mesmo com o crescimento extraordinário das Assembléias de Deus no Brasil e caminhando para o seu centenário de fundação, diante dos fatos expostos na mídia eletrônica, envolvendo uma verdadeira batalha entre duas grandes lideranças do maior movimento Pentecostal do mundo, com acusações mútuas, percebe-se que nem tudo vai bem à igreja, não obstante a propaganda oficial da denominação. para alguns, a crise de algumas lideranças se assemelha a luta pelo poder político temporal e suas benesses como acontece com o senado da Republica. Parece-nos que os muros de Jerusalém estão derribados e as suas portas queimadas a fogo (Neeminas 1.3) . Os fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, Daniel Berg, e Gunnar Vingren, devem estar rolando nos túmulos, pelos caminhos trilhados por algumas lideranças da denominação na sua busca em sana pelo poder, mesmo que a base de escândalos. A Igreja não vai solucionar sua crise, ate que os seus ministros comecem a viver a mensagem do evangelho, tanto quanto pregá-la. Ao estudarmos a historia do Cristianismo, percebemos como é fácil a igreja acumular lixos produzidos pelos seus lideres, é mais fácil ainda, enquanto membros, simples ovelhas, nos acostumamos a ele a ponto de julgá-lo um tesouro precioso. Já foi dito que, sábio é o líder que reconhece o lixo quando o ver e tem coragem de descartá-lo. É momento de restauração do altar, pois tudo se levanta ou cai com a liderança simplesmente porque os seguidores tornam-se iguais aos seus lideres. Uma geração de lideres religiosos sedentos de poder, provavelmente incapacitara a igreja no comprimento do seu papel como agente de transformação da sociedade. Quando os príncipes da igreja, pregam uma mensagem errada, para se manterem no poder eclesiástico, com suas regarias, isto leva a divisão e o ministério pastoral perde sua integridade diante dos homens. O teólogo A.W. Tozer, declarou certa vez : “ O primeiro sinal da decadência de uma igreja, é o abandono do alto conceito de Deus”. Conta-se que o grande pintor Rafael, pintava os famosos afrescos do Vaticano em Roma, quando alguns cardeais pararam por perto a fim de observar e julgar seu trabalho. “ O Rosto do apostolo Paulo esta vermelho de mais”, teria dito um deles. Rafael prontamente respondeu: “ Ele esta vermelho ao ver nas mãos de quem esta a igreja”. Baruck Há Shem!

sábado, 20 de junho de 2009

Aprendendo a lavar os pés


Você almeja o episcopado? Sente que Deus o chamou para ser um pastor? Sente orgulho de pertencer a igreja local que mais cresce no bairro, que pertence a uma das maiores denominações evangélicas da Nação? Sente orgulho de ser ovelha de um pastor famoso com vários livros teológicos publicados e pregador do evangelho na grande mídia eletrônica, que veste terno Armani, que possui um carro importado ultimo modelo? Se este é o sentimento que enche o seu coração e fazem os seus olhos brilharem, ao invés de derramarem lagrimas pelas almas perdidas, tenha certeza que deve colocar o orgulho e a sede de poder de lado, pois ambos destroem a vida espiritual dos pastores. O orgulho o forçara a buscar as melhores posições na igreja por conta do seu conhecimento acadêmico e teológico, devido a entrega dos dízimos e ofertas gordos, por causa da sua pregação eloqüente com textos bíblicos decorados. Tudo isso vai acontecer, ao invés de levá-lo ao lugar que Deus escolheu para você. O orgulho cega as pessoas, principalmente no ministério pastoral, levando-as a considerarem os membros da igreja, seus servos em uma relação feudal. O orgulho petrifica o coração e faz-nos esquecer de que a soberba precede a ruína, e a altivez de espírito, a queda.
Conta-se que certa noite de culto festivo , foi convidado para pregar na Catedral da Assembléia de Deus em Madureira, no Rio de Janeiro pelo saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, seu filho, o jovem missionário Paulinho, que ao subir os degraus em direção ao majestoso púlpito daquela catedral, estufou o peito e olhando de maneira altiva para as ovelhas, prometeu pregar o melhor sermão na historia da Igreja, um dos berços do Movimento Pentecostal na cidade do Rio de Janeiro. Depois de uma hora de pregação com citações de heróis da fé cristã, depois de ler vários versículos bíblicos e entoar alguns cânticos e falar a língua dos anjos, o apelo foi feito para conversão de vidas, com a certeza diante da retórica, que dezenas de pessoas haveriam de se arrepender de seus pecados, entregando suas vidas a Jesus. O primeiro, o segundo, o terceiro apelo foram feitos, mais ninguém se levantou do lugar.
O jovem pregador, agradeceu a oportunidade e desceu do púlpito triste e envergonhado, e cabisbaixo, como jamais estivera em sua vida. Seu pai, um homem de Deus, muito humilde e com grande comunhão com o Senhor, declarou : “ Meu filho, se você estivesse subido ao púlpito como desceu, com humildade no coração, Deus teria te exaltado e o Espírito Santo teria convencido os pecadores a se arrependerem e Jesus teria se alegrado nos céus”.
Jesus começou seu ministério com os discípulos com esta declaração : “Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus” ( Matheus 5.3). o orgulho é o oposto da humildade e da confiança centrada em Deus. O orgulho é uma visão destorcida de quem realmente somos. O monge alemão Martinho Lutero, no livro de Jesus, declara que ao lavar os pés dos discípulos, Jesus Cristo deu um exemplo de amor e humildade, pois esta é a natureza do amor cristão, servir e sujeitar-se uns aos outros. Em nossas igrejas, observamos muito entusiasmos e desejo de vários jovens de serem alçados ao ministério pastoral, não para servirem e sim para serem servidos, contrariando o que Jesus disse: “ Porque eu vos dei o exemplo, para que, com eu vos fiz, façais vos também” ( João 13.15). Certa vez , ouvi de um pastor pentecostal em Barra de São João de que ele, sentia muito orgulho de ser o presidente da Igreja, pertencer a elite da denominação. o que poderia ser motivo de alegria para ele, tornou-se ondas de tristeza para igreja com sucessivas crises ministeriais. Os pastores que são nomeados para as igrejas ou os que são eleitos pela igreja, devem pensar antes de falarem o sentimento do seu coração. Devem verificar seus atos e a influencia sobre a igreja e o corpo ministerial. Se você não estiver ajoelhado aos pés de Cristo, usando a toalha de servo, então esta ano lugar errado. Baruck Há Shem!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Eles também tiveram Dúvidas


Um amigo de juventude, esta prestes a ser empossado como presidente de uma igreja que reúne cerca de 70 templos. Agora com maturidade espiritual e após longas experiências ministeriais, esta apto a suceder o fundador do trabalho evangelístico realizado por seu pai, com muitos sacrifícios e renuncias pessoais. Mais nem sempre foi assim. Lembro-me, que quando via do Rio de Janeiro para realizar trabalhos com a mocidade da igreja, onde na época exercia o cargo de diretor regional e o meu amigo a liderança local na função de presbítero, certa vez, me confidenciou, ainda que timidamente, que não tinha certeza de sua salvação, e por isso não conseguia ser batizado no Espírito Santo, mesmo sendo o filho do pastor presidente e líder da mocidade. Certamente a paternidade pastoral não garante a salvação para ninguém. Agora, após muitos anos, reencontrei-o em uma Convenção Estadual de Pastores em Macaé, onde ele estava convicto de sua salvação com uma esmagadora sensação da presença de Deus. As duvidas haviam sido dissipadas. Foi onde conclui que a fé não exclui a duvida, bastando apenas analisarmos a vida de João Batista, precursor de Jesus Cristo, Jô que foi reduzido a um caco de telha e ate mesmo o apostolo Pedro, que andou sobre as águas; todos creram apesar de suas duvidas. Isso sem falar do pai do menino agitado por convulsões (Marcos 9.20), que refletiu a ambigüidade de todos nos quando clamou : “ Creio, ajuda-me a vencer a minha incredibilidade”. Esta provado que as duvidas tornam a nossa fé ainda mais preciosa para Deus. O reformador alemão Martinho Lutero, disse : “ A fé é a entrega voluntaria e a feliz aposta na oculta, não experimentada e desconhecida bondade de Deus. Já um filosofo do século 17, declarou: “ Se um homem começar com certezas acabara com duvidas. Mais se ele se contentar em começar com duvidas, terminara com certeza”. Não foi assim que aconteceu com o pai da Reforma protestante? Uma vez perguntaram a Lutero se ele se sentia salvo. Ele respondeu: “ Não, não me sinto salvo, mais minha confiança nas promessas de Cristo é maior que as minhas duvidas!”.
A Duvida da Salvação também se abateu no coração de John Wesley, um dos maiores evangelistas da Inglaterra no século 18 e fundador do metodismo, quando veio para os Estados Unidos evangelizar os índios americanos. Ele escreveu: “Aprendi o que menos suspeitava; que havia ido para America para converter os índios, e jamais havia me convertido a Deus”. A fé que salva é baseada em uma convicção. “ Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11.1).
Baruck Há Shem!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Chamado


Durante três dias nos Estados Unidos, editores, jornalistas, teólogos e pastores, debateram em março de 2009, o que significa ser evangélico no século 21, em um mundo globalizado. Aqui no Brasil, onde nos também vivemos um cristianismo pragmático, consumista, narcisista e individualista, no qual também não encontramos nenhum elo de ligação com o Cristo dos evangelhos, onde fica a pergunta: O que significa ser crente ou seguidor de Cristo?
Quando nos recebemos a Jesus em nosso coração, como Senhor e Salvador de nossa vida, e reconhecemos seu sacrifício vicário na cruz do calvário, passamos a ser chamado de seguidor de Cristo. Porem, o que muito bem, declarou o pastor Ricardo Barbosa, o que mais vemos hoje em dia na igreja evangélica brasileira, com quase 50 milhões de evangélicos, são “ crentes” em Cristo e não “seguidores” de Cristo.
Embora muitos creiam na Bíblia como a Palavra de Deus revelada, que Jesus é o filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, que voltara para buscar sua igreja, isso não faz de mim, necessariamente um seguidor de Cristo, e tão pouco evangélico. Por mais que eu acredite no poder do Espírito Santo, como membro da trindade divina, como consolador e edificador da igreja, no revestimento de poder com batismo no Espírito, isto não significa que eu seja pentecostal.
Posso ser ministro ordenado em uma igreja local, ou em uma grande denominação, e ate mesmo pertencer a um Conselho de Pastores na cidade, ser fiel nos dízimos e ofertas, freqüentar os cultos de oração, participar de cruzadas evangelísticas, mais ainda sim, não significa de fato que eu seja um seguidor de Cristo.
Muitos crentes em Cristo são capazes de calorosamente defenderem seus “apóstolos” auto proclamados, bispos universais e missionários sem graça com suas teologias da prosperidade, mais não são capazes de com a mesma convicção viverem uma vida de compaixão pelas almas perdidas, obediência ao senhor Deus através de sua Palavra, renuncia do ego, serviço para o estabelecimento do Reino, justiça para com os marginalizados, como fez o Cristo Bíblico. Para atendermos o chamado de Cristo e verdadeiramente sermos seus imitadores, temos que carregar a cruz do sacrifício, rejeitando o mundo e as obras da carne. Afinal nosso chamado original e para seguir o Cristo, o Sumo Pastor da Igreja e não lideres religiosos megalomaníacos que se consideram semideuses e querem construir seus próprios reinos. Originalmente, não fomos chamados para sermos membros de grandes corporações religiosas, tão pouco sócios contribuintes de clubes espirituais, onde nos encontramos a cada domingo. Fomos chamados, sim, para sermos servos com uma fé viva e um novo jeito de ser. Baruch Há Shem!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Herman Bavinck – O Teólogo da Palavra.


No ano em que se comemoram os 400 anos do nascimento de João Calvino e influencia de sua teologia na igreja atual, não poderíamos nos esquecer do aprendizado no Seminário Teológico sobre a vida e a obra de um dos maiores pensadores reformados que o mundo conheceu, Herman Bavinck , nascido na Holanda em 1854, sendo contemporâneo do também teólogo e Primeiro Ministro holandês, Abraão Kuyper. Sua tese de doutorado em teologia pela universidade de Leiden em 1880, foi sobre o conceito de estado segundo a teologia de Zwuingli. Bavinck alem de ensinar no Seminário Teológico de Kampen e na Universidade Livre de Amsterdam, se tornou conhecido internacionalmente através da publicação de 4 volumes da Reforma Dogmática, onde influenciou os grandes teólogos Luis Berkhof e Cornelios Van Til.
Antes de Bavinck formular sua teologia reformada, ele serviu como pastor da igreja cristã reformada em Francker durante um ano e meio, onde com sermões ortodoxos descobriu o poder transformador do evangelho na vida das pessoas. Em 1900, tornou-se editor do jornal “ De Bazuin”, onde com artigos bem estruturados fazia a defesa do cristianismo, sem medo de controvérsias. Ele disse sobre seu trabalho jornalístico, que quem deseja descanso e paz, não deve envolver-se na tensa e movimentada vida da imprensa.
Bavick foi um estudando brilhante, mais um homem humilde com sentimentos profundos de um coração adorador. Ele teve um impressionante conhecimento das modernas tendências filosóficas e religiosas do século 19, tornando-se um dos poucos teólogos reformados, cuja as obras ainda são debatidas e estudadas em pleno século 21. Porem, uma característica importante em sua vida, foi seu profundo amor ao Senhor, sua Palavra e sua Igreja. Estudantes da teologia de Bavinck, percebem que ele tinha grande aflição sobre as divisões e constantes lutas no seio da Igreja Cristã holandesa. Ele disse que um cristão que se isola dentro do circulo da sua própria congregação, não consegue compreender e nunca experimentou o poder de Deus em sua vida e a grandiosidade do Reino de Deus. Um cristão não poder ser restrito de coração e mente com respeito a igreja do Senhor. Bavinck advertiu contra os movimentos separatistas e sectários que afligem a Igreja. Ele não hesitou em iniciar um dialogo para mostrar aos opositores da fé cristã a verdade do evangelho com amor e sempre respeitoso, sendo eleito em 26 de abril de 1906, membro da Academia Real de Ciências, em reconhecimento de sua grande erudição teológica. Já em 1911, foi eleito senador, sendo reconhecido como um dos grandes apologistas cristão na sociedade holandesa.

A influência de Bavinck.

A Influência de Bavinck foi alem das fronteiras da Holanda, chegando aos Estados Unidos com a publicação em inglês do resumo de sua Dogmática , Nossa fé Razoável, o que reflete seu caminho com o Senhor. Tendo sido amplamente utilizado em escolas evangélicas americanas. Em 1908, Bavinck fez sua segunda viajem para America, tendo realizado palestra no Seminário e Princeton, sobre a “ Filosofia do Apocalipse” , a convite de B.B.Warfield , o ultimo dos grandes teólogos de Princeton. Quem sofreu grande influencia com a teologia de Bavinck, tornando-se seu discípulo, foi o professor de teologia sistemática e presidente do Seminário Teológico Calvin , o Dr.Luis Berkhof, que popularizou o material extraído de Bavinck, para ser utilizado em seminários e escolas reformadas em todo mundo, e com publicações traduzido para o chinês, japonês, coreano, espanhol e português.

Teólogo inspirado

Bavinck foi um grande estudioso das Escrituras Sagradas, ou como seus discípulos o chamavam : “ Ministro do Verbo Divino”, como um agente da poderosa e inspirada Palavra de Deus. Ele tinha plena consciência de que a Bíblia confronta o homem moderno com muitas perguntas e duvidas existências. Ele disse, que muitas vezes cristãos pensam que a Bíblia tinha caído do céu, lembrando que a fé na inspiração divina da Escritura, não nega o papel do ser humano em sua formação, com as diferenças de estilo entre os autores, com seus dons naturais e experiências de vida. A Escritura é um livro inspirado por Deus, para toda humanidade, em todas as suas classes sociais, para todas as gerações e nações, com uma linguagem simples, sem nunca envelhecer, permanecendo sempre jovem e fresca como a linguagem da vida eterna, declarou.
Sempre humilde, Bavinck foi um teólogo da Palavra. Em 1899, ele declarou em um discurso que um doutor em teologia, assim como os demais pastores e ovelhas, são servos da Igreja de Cristo. Seu trabalho consiste em pesquisar as Escrituras, defendendo a sua verdade , e formando homens que aspiram a tornar-se pastores e trabalhando para o aperfeiçoamento dos santos no corpo de Cristo. Bavinck, embora fosse conhecedor das tendências modernistas de seu tempo, não sucumbiu a tentação, abraçando calorosamente a posição histórica: A Sagrada Escritura é a fonte da Teologia. O Senhor falou! Este é o ponto de partida de todas as teologias.! Ele resistiu ferozmente a secularização da teologia. Para Bavinck, a teologia era a rainha das ciências, tendo nascido na fé da igreja de Cristo e no conhecimento de Deus como seu conteúdo. O temos do Senhor é o seu elemento fundamental. “Teologia é falar de Deus, por Deus e para Deus”. O estudo da teologia é um sagrado trabalho, um serviço pastoral na casa do Senhor uma consagração do coração e da mente, para a Gloria de Deus, teria declarado.

Pregador da Palavra

Bavinck confessou que o sermão era a parte mais importante do culto. A pregação da Palavra de Deus é a marca determinante da igreja. O pastor verdadeiro tem o dever de pregar a Palavra de Deus. Quando o púlpito quer reconquistar o seu poder, o pregador deve ser um estudante da Palavra, pesquisá-la em todas as suas riquezas e com profundidade na sua unidade e diversidade. Bavinck, tinha pouca paciência com pastores que não estudavam a Palavra e com sermões medíocres e vazios, sem autoridade do Espírito Santo, querendo levar os pecadores aos pés de Cristo. Para ele o pastor deve ser um caçador de tesouros. O pastor que se atreve a vir com um sermão sem uma preparação adequada e diligente, não tremeu perante a majestade da Palavra de Deus. Para Bavink as congregações não poderiam aceitar de seus pastoires, sermonete, historias da carochinha e anedotas, mais somente a genuína Palavra Bíblica. Baruch Há Shem!

Fonte : livro Guia para escritos de Herman Bavinck – Eric Bristley .
Ensaios sobre religião, ciência e sociedade. Baker Academic – 2008.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O COELHO DO VIZINHO


Perfume disfarça hipocrisia? Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O homem comprou um pastor alemão.
Papo de vizinho: - Mas ele vai comer o meu coelho. - De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum. E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.
Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira.
No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, claro, morto. Quase mataram o cachorro.
- O vizinho estava certo. E agora? - E agora eu quero ver!
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso.
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora? Todos se olhavam.
O cachorro chorando lá fora, lambendo as pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca!
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível. - Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e colocamos na casinha dele no quintal. Como o coelho não
estava muito estraçalhado, assim o fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco. Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam os gritos das crianças, Descobriram! Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma. - O que foi? Que cara é essa? - O coelho...o coelho.... - O que tem o coelho? - Morreu!
Todos: - Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.. - Morreu na sexta-feira! - Na sexta? - Foi. Antes de a gente viajar as crianças o enterraram no fundo do quintal!
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Nem ninguém sabe. Mas o personagem que mais cativa nesta história toda, o protagonista da história, é o cachorro. Imagine o pobre do cachorro que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele? Com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar pancada de tudo quanto era lado. O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. O homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro dele. Julga os outros pela aparência, mesmo que tenha que deixar esta aparência como melhor lhe convier. Maquiada. Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais , que muitas vezes não passamos de completos irracionais... Qual o seu perfume ? Será este simplesmente um véu para a hipocrisia ou é aquele que realmente exala as virtudes de um verdadeiro servo , de um verdadeiro filho , de um(a) verdadeiro(a) Homem ou Mulher (sim ., com H ou M maiúsculo)
de Deus . Procure em oração verificar como Jesus Cristo te vê , se Ele te olha com um sorriso como se falasse : valeu à pena morrer por você.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pastores encorajados


Depois de realizarmos o culto de Ação de Graça pelo 8°ano de fundação do Conselho de Pastores de Rio das Ostras, eu “ desanimei”. Estava cansado de liderar e ajudar a construir 3 conselhos de ministros de diferentes denominações em dois municípios adjacentes. Deus fizeram uma obra maravilhosa na vida dos pastores de nossas igrejas, trazendo crescimento para o Reino. Porem, meu entusiasmo, para continuar aconselhando novos obreiros, ministrando em reuniões pastorais pela busca da unidade, havia se evaporado.
O Escritor americano Gene Wilkes, declara que entusiasmo é a paixão que Deus põe em seu intimo pela obra Dele. Embora esta palavra não conste na linguagem original do Novo Testamento, ela representa a paixão de Deus na vida da pessoa. Durante esse período de desanimo, foi quando um amigo e líder de uma recém congregação fundada em um bairro carente do município, me convidou para ministrar uma palavra, justamente sobre a falta de animo de alguns crentes em caminhar para a igreja e cumprir sua missão.
Após aquele convite, Deus reanimou minha vocação ministerial e zelo pela sua missão, onde minhas habilidades vocacionais estavam restritas a conferencias evangelísticas, estudos bíblicos e o prazer e satisfação de escrever sobre a igreja, utilizando meus precários conhecimentos teológicos.
Creio que Deus tem dado habilidade para todos os seus servos, poderem usar com maior amor para alcançar e servir pessoas em nome de Jesus. Não foi assim com Lidia e os seus negócios (Atos 16:11-15), Áquila e Priscila, fabricando tentas em corinto e depois construindo uma igreja em Èfeso ( Atos 18). Durante nossa caminhada ministerial, temos observado que o desencorajamento tem sido um dos grandes obstáculos no ministério pastoral, especialmente nestes dias turbulentos que a Igreja atravessa. É um problema que temos que enfrentas assim como os heróis da Bíblia enfrentaram. Há vários anos, ouvi uma pregação de um famoso evangelista pentecostal itinerante com 40 anos de vida pastoral, sobre a caixa de ferramentas do Diabo. Dizia ele , que o Diabo decidiu realizar um leilão de sua caixa de ferramentas, onde guardava inveja, ódio, avareza, sensualidade e egoísmo. Todas essas ferramentas foram vendidas por preço elevado. Neste leilão dar lances se tornou bastante competitivo. No entanto, não recebeu nenhum lance. Esta ferramenta em formato e cunha, tinha um nome de “ Desanimo”. A historia prossegue afirmando que, sendo incapaz de vende-la, desde então o diabo a tem utilizado com eficácia notável. Ele se deleita particularmente em introduzir esse cunha na vida dos ministros do evangelho, e tem obtido muito sucesso.
O que faremos nos ? para enfrentarmos o desanimo diante das crises no pastoreio das ovelhas do Senhor ? a Bíblia tem respostas para tudo. Vejamos o exemplo do pastor e Rei Davi, enquanto olhava as ruínas fumegantes de Ziclague, uma sena totalmente desanimadora para ele. Naquele momento, Davi era um fugitivo, perseguido pelo rei Saul que desejava matá-lo. O rei filisteu Aquis havia entregue a Davi a cidade de Ziclague para seu refugio, de seus homens, mulheres e filhos, para que pudessem viver com segurança. Porem, quando Davi retornou de Afeca para Ziclaque, encontrou a cidade em ruínas ( I Samuel 30.1-6), e suas mulheres e filhos foram levados cativos, causando uma verdadeira aflição no homens, que desejaram apredejar o homem segundo o coração de Deus. Naquele momento de tristeza, Davi tinha todos os motivos do mundo para ficar arrasado e desanimado. Porem ao invés de culpar a Deus e ao povo pelo seu infortúnio “ Davi se reanimou no Senhor seu Deus” (ISamuel 30.6). O Pastor e Rei Davi se recusou a entrar em desespero, antes procurou forças no Senhor, seu Deus. Davi não permitiu que o presente determinasse seu futuro reinado, na sucessão de Saul, Davi exercito sua fé no Deus Vivo, sabendo esperar em Deus com louvores, (Salmo 43.5). Alguns meses passados, um pastor amigo, que possui o meu nome, chegou em minha casa no meio da semana, na hora do almoço, o que causou-me surpresa, pois ele tinha um emprego publico de grande relevância. Ao questioná-lo se estava de férias ou licença medica, calmamente respondeu-me, que após 6 anos de contrato havia sido demitido. Em momento algum, seu semblante demonstrava desespero pela situação enfrentada. Meu amigo, estava vuivo com duas filhas pequenas , as prestações do carro estavam atrasadas com o risco da financeira tomar o veiculo, seu casamento marcado para agosto com a filha de um pastor paulista foi adiado e ainda sim, ele encontrou forças , para assumir uma congregação no bairro da Praia Rasa, distante mais de 100 quilômetros de sua residência. Tudo por amor a Obra de Deus.
Grande parte dos pastores enfrentam problemas angustiantes, que lhe trazem desanimo em continuar no ministério pastoral, com tudo, e nessas horas, que devemos nos espelhar no profeta Habacuque: “ Ainda que a figueira não floresça, nem haja frutos na vide, o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos, as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, toda via, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleça, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”. (Habacuque 3.17-19).
Assim como Deus reanimou Davi em Ziclaque, no decorrer da historia do Cristianismo, Deus também tem reanimado inúmeros pastores e servos, bastando apenas nos fortalecermos no Senhor, nosso Deus . Baruch Há Shem!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quando Deus esqueçe


Conta-se que numa grande cidade uma mulher, conhecida por sua espiritualidade, estava tendo visões de Jesus. Os relatos chegaram ao bispo, que decidiu verificar. Ele sabia que existe sempre uma linha tênue entre o místico autêntico e a extremidade fanática.
“É verdade que a senhora tem visões de Jesus?” — perguntou o bispo.
“É verdade” — respondeu a mulher.
“Então, na próxima vez que a senhora tiver uma visão, quero que peça a Jesus que lhe conte os pecados confessados na minha última confissão.”
A mulher ficou perplexa. “Estou ouvindo direito, bispo? O senhor quer mesmo que eu peça a Jesus que me conte os seus pecados?”
“Exatamente. Por favor, ligue-me se alguma coisa acontecer.”
Dias depois, a mulher informou o bispo da aparição mais recente. Quando o bispo chegou, olhou-a nos olhos e disse: “A senhora acaba de me dizer ao telefone que teve uma visão de Jesus. A senhora fez o que pedi?”
“Sim, bispo, pedi a Jesus que me contasse os pecados que o senhor confessou na sua última confissão.”
O bispo inclinou-se para frente, na expectativa, e perguntou: “O que Jesus disse?”
Ela olhou fundo nos seus olhos: “Bispo, essas são as exatas palavras dele: EU NÃO ME LEMBRO”.
De fato, o verdadeiro cristianismo acontece quando homens e mulheres aceitam com inabalável confiança que seus pecados não apenas foram perdoados, mas totalmente esquecidos; suas almas foram completamente lavadas no sangue do Cordeiro. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
O profeta Jeremias, seis séculos antes de Cristo, profetizou sobre esse “esquecimento” de Deus: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr 31.34).

domingo, 7 de junho de 2009

Ele estava certo


Existem lideres que com sua visão apurada da historia, tornam-se proféticos com suas previsões futuras. Na edição n° 1225 do jornal Mensageiro da Paz, de janeiro de 1989, o pastor Estevam Ângelo de Souza(foto), escritor, teólogo e líder que dirigiu as Assembléias de Deus no estado do Maranhão de 1957 a 1996, publicou um artigo intitulado: “ A Assembléia de Deus daqui a 50 anos”, no qual com sua analise criteriosa, provou que estava certo mediante os fatos que tem envolvido a maior denominação pentencostal do mundo, as portas de completar seu centenário.
Preocupado com o futuro da Igreja, a quem Deus confiou grandes responsabilidades em um pais de dimensões continentais com um povo miscigenado e tradição idolatra nestes tempos que precedem a vinda do Senhor Jesus, o pastor Estevam que dedicou sua vida a pregação do evangelho e plantação de igrejas durante 39 anos, tendo construído 167 templos no Maranhão, alem de ter fundado o colégio Bueno Aza , a Sociedade Filantrópica Evangélica do Maranhão, a Fundação Cultural Pastor José Romão de Souza, Radio FM Esperança e publicar 14 livros para edificação do povo de Deus, teve sua vida interrompida aos 73 anos em um acidente automobilístico em 1996, não sem antes perceber os caminhos perigosos que a denominação fundada pelos suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren estava trilhando rumo a perda do padrão Bíblico de santidade e preservação do nível espiritual, como a igreja nascida do fogo do Espírito Santo.
Esse maranhense de Araioses, que aceitou o convite do pastor Alcebíades Pereira de Vasconcelos, para servir como pastor auxiliar da Igreja de São Luis em 1954 e representar o Brasil na Conferencia Mundial Pentecostal em Londres em 1976, estava certo, quando como um verdadeiro profeta previu a desunião entre as principais lideranças da igreja, contribuindo para o seu declínio espiritual, com pastores conduzindo outros pastores a justiça, ferindo frontalmente os princípios bíblicos por que negam o amor de Cristo.
Ele estava certo, quando previu que malditas decisões estariam contribuindo para lançar discórdias no seio da Igreja de Deus, semeando intriga entre irmãos em Cristo.
Ele estava certo, quando enxergou as desavenças entre os que pregam a paz nos púlpitos, porem causam escândalos e perturbações entristecendo o Espírito Santo e conseqüentemente, impedindo o avivamento sobre a nação.
Ele estava certo, quando afirmou que a igreja teria o maior numero de crentes de todos os tempos, como também o maior numero de desviados desde que ela foi fundada em Belém do Para.
Ele estava certo, quando declarou que seria muito estreito o vinculo divisório entre a igreja e o mundo, com forças estranhas empenhadas por obliterá-lo com pastores havidos por terem suas congregações lotadas, substituindo a simplicidade dos cultos pelas modas e costumes mundanos, transformando o altar em um palco para shows.
Ele estava certo, quando vislumbrou lideres espirituais desprezando a meditação na Palavra de Deus e a oração não cumprindo a prescrição divina: “ Prega a Palavra, insta a tempo e fora de tempo, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade a doutrina”. ( 2°Timóteo 4.2).
Ele estava certo, quando previu muitos púlpitos sem conteúdo Bíblico e espiritual, com pastores exercendo um ministério como meio de vida e não para ganhar almas para Cristo.
Ele estava certo, quando contemplou o orgulho denominacional e a vaidade dos pregadores ufanistas e dos crentes pentecostais que trocaram o lugar na santidade e do poder do Espírito Santo, no seio da igreja, causando pobreza espiritual.
Ele estava certo, quando previu que algumas igrejas de maneira presunçosa e teimosamente, abririam as portas para o mundo e a carnalidade, abandonando o padrão Bíblico doutrinário de perseverança na doutrina dos apóstolos ( Atos 2.42), no poder do Espírito Santo ( Atos 1.8) e na Santidade da Palavra de Deus ( Efésios 5.26-27) .
Ele estava certo, quando com olhares de águia declarou com tristeza, que no século seguinte ao crescimento vertiginoso da denominação, o percentual dos que oram e buscam a Deus pelas madrugadas, diminuiria. Dos que são batizados com o Espírito Santo, e a pregação sobre arrependimentos de pecados e as operações de curas e milagres, também diminuiria, como marcas verdadeiras de um movimento pentecostal, onde os antigos e pioneiros da fé, haveria de dizer, semelhante ao povo de Deus no passado : “ Já não vemos nossos sinais, já não ha profeta” ( Salmos 74.9).
Ele estava certo, quando anteviu que na igreja existiriam aqueles que confundem o poder de Deus com barulho, vida espiritual abundante com fanatismo, alem daqueles que buscam ser aplaudidos ostentando uma espiritualidade irreal, bem como os que vivem de empolgações infrutíferas, levando ao descrédito a operação do Espírito Santo.
Ele estava certo, quando previu que com o inchamento da igreja, haveria crentes que não honram a sã doutrina Bíblica e os bons costumes, mais querem ser honrados. Que não respeitam o ministério da igreja, mais querem os privilégios da liderança de posições destacadas. Que dão maus testemunhos na vizinhança e no comercio, onde exalam o mau cheiro de seus negócios. Que murmuram contra os pastores de maneira maledicente e intrigante, causando divisões e promovendo discórdias. Mais ainda sim com todos estes problemas, a guerra não esta perdida e a igreja mesmo prestes a completar seu centenário, tem tudo para se tornar uma grande potencia espiritual, cumprindo a divina missão de levar o mundo a Cristo, como bem declarou o saudoso pastor Estevam Ângelo : “ Se todos pregarem e viveram a mensagem salvadora, ungida pelo Espírito Santo, a Assembléia de Deus fará a diferença do Brasil, como uma igreja que trabalha e vive na santidade da Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo”.
Baruck Há Shem!

sábado, 6 de junho de 2009

Revelações de um dos Tais


A primeira vez que ouvi uma revelação no melhor estilo pentecostal sobre minha vida, foi a mais de 30 anos, na casa da família Vilela em Itajubá, Sul de Minas Gerais, durante uma visita de férias escolares. Confesso que fiquei estarrecido com as palavras proferidas pela dona Vanda, irmã mais velha do Chico Vilela, antigo porteiro do Colégio Batista Pan Americano, em Belford Roxo na Baixada Fluminense, que havia retornado para as montanhas de Minas e entrado no movimento pentecostal em um estado com fortes tradições católicas. Naquela noite fria de julho, após entoar o cântico do hino que dizia: “Sou um dos tais”, a tia do meu amigo Marcos Vilela, um mestrando de física, afirmava categoricamente olhando nos meus olhos, que eu também, em determinado momento da minha vida, me tornaria, um dos tais.
Nas alterosas mineira, eu testemunhara a experiência do batismo no Espírito Santo colocando em duvida os ensinos recebidos na igreja histórica, onde havia nascido e batizado nas águas. Logo em seguida ao meu retorno ao Rio de Janeiro, fui convidado para participar de um jantar de Homens de Negócios, onde haveria um testemunho de conversão da atriz Darlene Gloria, na época, irmã Helena Brandão, uma recém pentecostal. Na minha ignorância e preconceito, achava que todo pentecostal, na sua maioria, era formado de pobres, negros e indoutos. Mais no entanto, quem havia presidido a reunião, era o empresário Custodio Rangel, bem sucedido na industria plástica, que conhecia vários países e que falava uma língua estranha, como os demais pentecostais. A minha curiosidade me levo a conhecer as historias dos cultos da rua Azuza, em Los Angeles, onde um negro cego de um olho, cheio do Espírito Santo atraiu multidões para conhecerem o poder de Deus. O inicio do movimento no Brasil com a chegada de suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren em Belém do Para no comedo do século xx , sem falarem uma palavra em português, porem pregando com autoridade no língua dos anjos. Nos primórdios do movimento formado por pessoas simples, alcançadas pela graça e misericórdia de Deus, todas eram iguais, sem necessidade de formação acadêmica e teológica para servirem a Jesus, porem os sinais seguiam aqueles que criam, e eu ficava me perguntando: “ Que poder é este ?”.
O movimento pentecostal que veio para ficar, causou um verdadeiro mal-estar nas igrejas de linha tradicional, levando a inúmeros rachas denominacionais e por conseqüência exclusões sumarias do rol de membros, porem, não do rol da igreja que vai subir, quando o noivo vier busca-la. As perseguições do clero católico aliadas com as autoridades constituídas no Estado Novo e com a observância das lideranças evangélicas históricas, fizeram com que a teologia pentecostal pregada por leigos em uma linguagem popular se alastrasse como fogo por todo o Brasil, alcançando todas as camadas da população.
Hoje, ainda que a presença de Deus possa ser sentida durante os cultos ministrados pelos milhares de templos do Oiapoque ao Chuí e prestes a completar 100 anos de fundação em 2011, nada mais é como antes. A simples teologia pentecostal formulada por pregadores leigos sem as regras da hermenêutica e do rico vocabulário acadêmico foram trocadas infelizmente pela teologia da prosperidade e da auto-ajuda, pregada em grandes catedrais e na mídia eletrônica por pregadores profissionais, que prometem o céu por herança a todos aqueles que ofertam em troca de novas indulgencias. Antes em um passado não muito distante, poucos poderiam dizer: “ Sou um dos Tais”, perseguido, mal-compreendido, excluído, segregado, hostilizado e etc. Hoje, com o movimento pentecostal inchado, fracionado, e multidividido em placas de diferentes nomes, com praticas mundanas, sendo copiadas pela igreja moderna, ficou fácil e chique, dizer sem causar nenhuma mudança na sociedade : Sou um dos tais.
Baruch Há Shem!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual o impacto da Igreja em nossa cidade?


Na abertura do I Seminário de Escola Bíblica, tendo como temário: “A Família Cristã “, realizado na Catedral da Assembléia de Deus de Cabo Frio, na primeira semana de julho, com a presença do senador Magno Malta (PR – ES), presidente da CPI da Pedofilia, no qual deu seu testemunho de conversão desde de sua infância pobre no interior da Bahia, e sendo filho da faxineira, chegou ao Senado da Republica, um diagnostico da igreja moderna em Cabo Frio, com seus mais de 500 templos e ocupando cerca de 35% da população, feitos pelo pastor Filadelfo da Igreja Presbiteriana, nos chamou atenção: “ Qual o impacto da Igreja em nossa cidade?”.
Para nos, estudiosos da historia da Igreja, o cenário da Igreja contemporânea, seja ela em Cabo Frio, ou em qualquer grande cidade do Brasil, preocupa-nos, pois talves não haja maios necessidade de um diagnostico adequado de alguns sintomas pertubadores , pois quanto mais igrejas evangélicas se multiplicam e crescem, aparentemente tanto mais e relevantes elas se tornam na sociedade moderna. Todos os esforços dos pastores compromissados com o evangelho verdadeiro com seus programas e estratégias evangelísticas, parecem não conseguir estancar a onda de imoralidade e indiferença ao redor das igrejas, ficando a pergunta: “ Porque isto acontece ?”.
Sem querer ter a pretensão de responder a esta pergunta, mesmo porque não somos especialista nesta matéria e simplesmente um aprendiz, devemos considerar dois sintomas especiais, que como doença atacam a saúde da igreja moderna: primeiro, a falta de comprometimento da maioria dos membros da igreja, a chamada membrezia nominal ou flutuante. Assim como acontece na igreja católica romana, onde a maioria e católica nominal, também no seguimento evangélico, ser membro de uma igreja, em grande parte, agora acontece somente no papel. Um numero significativo daqueles que estão arrolados como membros da igreja, nunca assistem aos cultos regulares, e tão pouco contribuem para o seu ministério. Esse tipo de crente, não ajuda a transformar a cidade, como sal da terra e luz no mundo. Esta situação vivida pelas inúmeras novas igrejas com batismos em massa, onde os novos membros, não sabem o significado de ser um crente verdadeiro ou seja, como ele age; quais são seus desejos e interesses espirituais; em que consiste a fé que salva e como ela se expressa; a falta de um discipulado bíblico, levam a forte probabilidade de que muitos daqueles que apenas tem seus nomes no rol de membros da igreja, jamais foram verdadeiramente convertidos, tornando-se necessário para curar a doença da ampla inatividade entre os membros da igreja, o retorno a padrões bíblicos de evangelismo e discipulado. O segundo sintoma de enfermidade da igreja moderna, esta na realização de cultos fracos. Diversos livros e artigos já foram publicados para tornar os cultos menos “ enfadonhos” e mais “atrativos”. Em algumas igrejas inovações fora do contexto bíblico foram acrescentados, onde o foco não esta em Deus com sua adoração e sim no homem. Em muitas igrejas, a Palavra de Deus esta sendo niglêgenciadam e os adoradores com mais freqüência estão mais preocupados em serem adorados, como artistas em uma casa de shows. Algumas propostas que foram apresentadas por ministros de louvor de igrejas modernas e antenadas com os últimos lançamentos do show buzines gospel para tornar o culto relevante e atraente para a juventude, chegam ao ridículo, tais como a troca de lâmpadas brancas do auditório, por lâmpadas cor de rosa, alem de uma decoração harmoniosa em um esforço para desenvolver o “ culto amigável”, oferecendo para as pessoas não convertidas, o que elas gostam. Muitos lideres religiosos, nçao conseguem entender que o culto não é uma simples atitude litúrgica, e sim um encontro de adoradores. Quando os crentes, buscam a presença de Deus com o coração aberto para sua Palavra – não importa a cor das lâmpadas, a aparelhagem de som ultra-moderna, o pandeiro ou a bateria eletrônica, o ambiente climatizado ou ventiladores tufão, eles o louvarão. Para a igreja ter um culto forte que faça a diferença e as pessoas entreguem suas vidas a Cristo, os dirigentes do louvor, não precisam se tornarem atores em um palco, e o culto em um espetáculo.
O culto fraco, onde as pessoas não sentem a presença de Deus representa uma pregação inadequada, retrata uma visão errônea da Casa de Deus e uma incompreensão da essência da adoração ao Senhor. O apostolo Paulo demonstrou a essência da adoração eficaz em Efésios 1.3-14. O louvor do profeta messianico Isaias estava longe de ser enfadonho ou ineficaz, quando ele reconheceu que estava na presença de Deus três vezes Santo e humilhou-se confessando seu pecado, recebendo o perdão e oferecendo-se para servi-lo. Mecanismos, formas, estilos tem seu devido lugar, mais a substancia do culto forte tem de ser centralizada em Deus, - o Deus das Escrituras, como afirmou o pastor reformado Tomas Ascol, durante uma conferencia sobre a igreja moderna em Portugal em 2001. Para que a igreja possa impactar nossas cidades, alcançando todas as camadas da sociedade, levando desde a maior autoridade civil ao mais simples cidadão de joelhos diante da Cruz de Cristo, precisamos de uma nova visitação do poder do Espírito Santo em nossas vidas. O que precisamos para ganhar nossas cidades para Cristo, esta ao alcance de igreja, precisamos voltar aos princípios bíblicos básicos. Necessitamos voltar as nossas origens na busca da santidade, como fizeram os pioneiros: Junius Newnan, Ashebel Simonton, Kalley, Daniel Berg, e Gunnar Vingren, e seus compromissos com o Reino de Deus. Precisamos fazer como alguns dos filhos de Issacar, descritos como homens “ conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer” (I Crônicas 12.32). Nosso desejo é que Deus levante mais filhos de Issacar nesta geração da igreja do Século 21, e sejam profetas anunciando o remedio de Deus para sua igreja em nossas cidades. Baruch Há Shem!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia do Amigo



No próximo dia 20 de julho, vou comemorar o “Dia do Amigo” de maneira especial. Vou orar por eles, aonde quer que eles estejam. Vou pedir a graça de Deus sobre suas vidas e o prolongamento de nossa amizade, como fenômeno instigante que se mantem independente da convivência. Sei que com o temperamento sanguíneo, poucas amizades terão insistência teimosa em desejar trocar idéias e experiências comigo. Somente os verdadeiros amigos com bastante tolerância vão me ligar ou mandar um e-mail desejando felicidades e compreensão ao que somos, como somos e ao que pensamos, afinal de contas, Milton Nascimento já cantava: “ Amigo é pra se guardar dentro do peito”. Durante uma palestra no Seminário Batista do Sul no Rio de Janeiro, o Pastor Dias de Seropedica, que eu considerava como amigo, disse-me que no ministério pastoral não existem amigos e sim competidores, no que discordei dele. Pois ate mesmo Jesus, o filho de Deus teve três amigos chegados, Maria , Marta e Lazaro, e olha que ele foi e continua sendo o Sumo Pastor. O saudoso jornalista e senador Arthur da Távora, dizia que o mistério da amizade talvez residisse no alivio que traz a existência de alguém que nos acolha em momentos difíceis da vida. Fui consultar no Aurélio a palavra acolher, que significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. O segredo da amizade verdadeira,consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Muitos heróis da fé cristã, tiveram amigos mais chegados que um irmão, mesmo discordando de suas atitudes e opiniões. Moody teve em Sankey, um grande amigo e colaborador nas campanhas evangelísticas para ganhar almas para o Reino de Deus. Willian Wilberforce teve no primeiro ministro da Inglaterra, Willian Pitt, um grande amigo na luta pela abolição da escravatura negreira reconhecendo que todos os homens são iguais perante Deus. Conta-se que Wilberforce foi sepultado na Abadia de Westiminter ao lado do seu amigo Pitt.
O monge protestante Martinho Lutero teve em Melancton, um companheiro inseparável de lutas contra a venda de indulgencias, sendo ambos os corpos com diferença de quatorze anos, terem sido sepultados ao lado do púlpito da Catedral de Wittenberg, como prova de amizade eterna. O Escritor Ruben Alves em uma citação do Filólogo italiano Umberto Eco, teria dito: “ Amigo faz bem para memória”. Portanto, quanto maior for o numero de amigos, grandemente será a sua memória, e certamente seu coração. Já o jovem pastor Elienai Cabral Junior, declara com bastante convicção em seu livro de lançamento: “Salvos da Perfeição”, que “um amigo é bem mais que uma companhia, é alguém com quem experimentamos por um longo período de tempo, a vida, sobre um mesmo projeto, por uma mesma fé”. Concordo com ele plenamente, e como prova disso, podemos citar como exemplo de amizade, pela fé, os fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, como maior movimento pentecostal do mundo, Os amigos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingre, e como parte integrante dessa historia de fé e amor pelas almas perdidas, os pastores Paulo Levas Macalão e Alípio Silva, na construção do ministério de Madureira no subúrbio do Rio de Janeiro. Dizem alguns especialistas em Gerontologia, que com o passar dos anos, vão se tornando escassez as amizades com possibilidades de atravessar as intempéries da vida sem mágoas e tristezas, porem isto faz parte da natureza humana, uma coisa tenho certeza, mesmo que no dia do amigo, não receba nenhuma mensagem amiga, pelo menos nas amizades vividas nesta curta vida, haverá muitas lembranças queridas. Baruch Há Shem!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pastores Chamados a Servir


" É busquei dentre eles um homem que levantesse o muro, e se pusesse na brexa perante Mim, por esta terra, para que eu não a destruisse; Porem, a ninguem achei" ( Ezequiel 22.30)
Deus no decorrer dos seculos tem procurado homens para atender as necessidades da seara. Ao reconhecermos que ele procura homens que sejam capazes de fazer sua vontade, precisamos entender o chamado do Senhor em nossas vidas de maneira completa. Os que recebem um chamado de Deus possuem caracteristicas especiais que os diferenciam dos demais. Moises, mesmo sendo principe do Egito, criado pela filha de Faraó no palacio, tendo aprendido toda a ciencia da antiguidade, foi levado ao deserto para aprender a arte de pastorear e adquirir mansidão. Pois ser um pastor e liderar cerca de 2 milhões de pessoas, não é tão simples assim como se pensa. Por isso começou apascentando as ovelhas do seu sogro Jetro. Deus quer pastores que saibam liderar, mais antes tem que passar pela escola de liderança do deserto e aprender a servir. Neemias, antes de liderar o povo na reconstrução dos muros de Jerusalem em 52 dias, enfrentando a oposição de Tobias e Sãnbalate, teve que servir no palacio do rei Artaxerxes como copeiro. A figura da capacidade humana para tarefas impossiveis é uma imagem ilusoria. Capacidade e conhecimento secular, não são os requisitos que Deus procura nos seus servos. Deus procura um coração disposto a servir. Deus procura homens que digam : Eis me aqui Senhor! . Todos os homens que foram usados poderosamente por Deus, possuiam uma caracteristica marcante: Humildade. Gideão declarou : "A minha familia é a mais pobre em Manasses, e eu o menor da casa de meu pai" ( Juizes 6.15). Quando o rei Saul entregou sua filha mais velha, Merabe, para Davi, o jovem guerreiro que havia matado o gigante filisteu Golias, respondeu : " Quem sou eu, e qual é a minha vida e a familia de meu pai em Israel para vim a ser genro do Rei ? ( I Samuel 18.18). Deus procura homens corajosos para enfrentar o inimigo e trazer a vitoria para sua igreja, despovovando o inferno com a pregação da sua Palavra e alistando soldados no exercito vencedor de Jesus. Deus não deseja que o coração de ninguem se desfaleça por causa da afronta dos filisteus. Antes Ele espera uma decisão dos seus servos : " O teu servo irá, e pelejará contra ele, como bem disse Davi, sendo apenas uma criança. (ISamuel 17.32). Deus procura pastores que saibam ajuntar as ovelhas dispersas e que não as expulsem do seu rebanho por ciume, odio, rancor, ou ate mesmo medo de perder o seu cajado. Deus procura Pastores que saibam edificar, levantar casas de oração firmadas na rocha, com alicerce da Palavra viva. Que seja determinado, e não pare a obra no meio do caminho. Que não desvie o foco do rebanho. Quantas vezes, alguns pastores começaram um projeto e não terminaram, abandonando até mesmo suas ovelhas. O pastor que Deus chama tem objetivo de tapar todos os buracos que tiver na construção. Deus esta procurando pastores edificadores e não demolidores. Homens que reparem os muros e não os derrubem. Deus continua procurando os Seus Neemias para edificar os muros de Jerusalem. Sera você um deles ?