quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pastores encorajados


Depois de realizarmos o culto de Ação de Graça pelo 8°ano de fundação do Conselho de Pastores de Rio das Ostras, eu “ desanimei”. Estava cansado de liderar e ajudar a construir 3 conselhos de ministros de diferentes denominações em dois municípios adjacentes. Deus fizeram uma obra maravilhosa na vida dos pastores de nossas igrejas, trazendo crescimento para o Reino. Porem, meu entusiasmo, para continuar aconselhando novos obreiros, ministrando em reuniões pastorais pela busca da unidade, havia se evaporado.
O Escritor americano Gene Wilkes, declara que entusiasmo é a paixão que Deus põe em seu intimo pela obra Dele. Embora esta palavra não conste na linguagem original do Novo Testamento, ela representa a paixão de Deus na vida da pessoa. Durante esse período de desanimo, foi quando um amigo e líder de uma recém congregação fundada em um bairro carente do município, me convidou para ministrar uma palavra, justamente sobre a falta de animo de alguns crentes em caminhar para a igreja e cumprir sua missão.
Após aquele convite, Deus reanimou minha vocação ministerial e zelo pela sua missão, onde minhas habilidades vocacionais estavam restritas a conferencias evangelísticas, estudos bíblicos e o prazer e satisfação de escrever sobre a igreja, utilizando meus precários conhecimentos teológicos.
Creio que Deus tem dado habilidade para todos os seus servos, poderem usar com maior amor para alcançar e servir pessoas em nome de Jesus. Não foi assim com Lidia e os seus negócios (Atos 16:11-15), Áquila e Priscila, fabricando tentas em corinto e depois construindo uma igreja em Èfeso ( Atos 18). Durante nossa caminhada ministerial, temos observado que o desencorajamento tem sido um dos grandes obstáculos no ministério pastoral, especialmente nestes dias turbulentos que a Igreja atravessa. É um problema que temos que enfrentas assim como os heróis da Bíblia enfrentaram. Há vários anos, ouvi uma pregação de um famoso evangelista pentecostal itinerante com 40 anos de vida pastoral, sobre a caixa de ferramentas do Diabo. Dizia ele , que o Diabo decidiu realizar um leilão de sua caixa de ferramentas, onde guardava inveja, ódio, avareza, sensualidade e egoísmo. Todas essas ferramentas foram vendidas por preço elevado. Neste leilão dar lances se tornou bastante competitivo. No entanto, não recebeu nenhum lance. Esta ferramenta em formato e cunha, tinha um nome de “ Desanimo”. A historia prossegue afirmando que, sendo incapaz de vende-la, desde então o diabo a tem utilizado com eficácia notável. Ele se deleita particularmente em introduzir esse cunha na vida dos ministros do evangelho, e tem obtido muito sucesso.
O que faremos nos ? para enfrentarmos o desanimo diante das crises no pastoreio das ovelhas do Senhor ? a Bíblia tem respostas para tudo. Vejamos o exemplo do pastor e Rei Davi, enquanto olhava as ruínas fumegantes de Ziclague, uma sena totalmente desanimadora para ele. Naquele momento, Davi era um fugitivo, perseguido pelo rei Saul que desejava matá-lo. O rei filisteu Aquis havia entregue a Davi a cidade de Ziclague para seu refugio, de seus homens, mulheres e filhos, para que pudessem viver com segurança. Porem, quando Davi retornou de Afeca para Ziclaque, encontrou a cidade em ruínas ( I Samuel 30.1-6), e suas mulheres e filhos foram levados cativos, causando uma verdadeira aflição no homens, que desejaram apredejar o homem segundo o coração de Deus. Naquele momento de tristeza, Davi tinha todos os motivos do mundo para ficar arrasado e desanimado. Porem ao invés de culpar a Deus e ao povo pelo seu infortúnio “ Davi se reanimou no Senhor seu Deus” (ISamuel 30.6). O Pastor e Rei Davi se recusou a entrar em desespero, antes procurou forças no Senhor, seu Deus. Davi não permitiu que o presente determinasse seu futuro reinado, na sucessão de Saul, Davi exercito sua fé no Deus Vivo, sabendo esperar em Deus com louvores, (Salmo 43.5). Alguns meses passados, um pastor amigo, que possui o meu nome, chegou em minha casa no meio da semana, na hora do almoço, o que causou-me surpresa, pois ele tinha um emprego publico de grande relevância. Ao questioná-lo se estava de férias ou licença medica, calmamente respondeu-me, que após 6 anos de contrato havia sido demitido. Em momento algum, seu semblante demonstrava desespero pela situação enfrentada. Meu amigo, estava vuivo com duas filhas pequenas , as prestações do carro estavam atrasadas com o risco da financeira tomar o veiculo, seu casamento marcado para agosto com a filha de um pastor paulista foi adiado e ainda sim, ele encontrou forças , para assumir uma congregação no bairro da Praia Rasa, distante mais de 100 quilômetros de sua residência. Tudo por amor a Obra de Deus.
Grande parte dos pastores enfrentam problemas angustiantes, que lhe trazem desanimo em continuar no ministério pastoral, com tudo, e nessas horas, que devemos nos espelhar no profeta Habacuque: “ Ainda que a figueira não floresça, nem haja frutos na vide, o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos, as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, toda via, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleça, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”. (Habacuque 3.17-19).
Assim como Deus reanimou Davi em Ziclaque, no decorrer da historia do Cristianismo, Deus também tem reanimado inúmeros pastores e servos, bastando apenas nos fortalecermos no Senhor, nosso Deus . Baruch Há Shem!

Nenhum comentário: