quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual o impacto da Igreja em nossa cidade?


Na abertura do I Seminário de Escola Bíblica, tendo como temário: “A Família Cristã “, realizado na Catedral da Assembléia de Deus de Cabo Frio, na primeira semana de julho, com a presença do senador Magno Malta (PR – ES), presidente da CPI da Pedofilia, no qual deu seu testemunho de conversão desde de sua infância pobre no interior da Bahia, e sendo filho da faxineira, chegou ao Senado da Republica, um diagnostico da igreja moderna em Cabo Frio, com seus mais de 500 templos e ocupando cerca de 35% da população, feitos pelo pastor Filadelfo da Igreja Presbiteriana, nos chamou atenção: “ Qual o impacto da Igreja em nossa cidade?”.
Para nos, estudiosos da historia da Igreja, o cenário da Igreja contemporânea, seja ela em Cabo Frio, ou em qualquer grande cidade do Brasil, preocupa-nos, pois talves não haja maios necessidade de um diagnostico adequado de alguns sintomas pertubadores , pois quanto mais igrejas evangélicas se multiplicam e crescem, aparentemente tanto mais e relevantes elas se tornam na sociedade moderna. Todos os esforços dos pastores compromissados com o evangelho verdadeiro com seus programas e estratégias evangelísticas, parecem não conseguir estancar a onda de imoralidade e indiferença ao redor das igrejas, ficando a pergunta: “ Porque isto acontece ?”.
Sem querer ter a pretensão de responder a esta pergunta, mesmo porque não somos especialista nesta matéria e simplesmente um aprendiz, devemos considerar dois sintomas especiais, que como doença atacam a saúde da igreja moderna: primeiro, a falta de comprometimento da maioria dos membros da igreja, a chamada membrezia nominal ou flutuante. Assim como acontece na igreja católica romana, onde a maioria e católica nominal, também no seguimento evangélico, ser membro de uma igreja, em grande parte, agora acontece somente no papel. Um numero significativo daqueles que estão arrolados como membros da igreja, nunca assistem aos cultos regulares, e tão pouco contribuem para o seu ministério. Esse tipo de crente, não ajuda a transformar a cidade, como sal da terra e luz no mundo. Esta situação vivida pelas inúmeras novas igrejas com batismos em massa, onde os novos membros, não sabem o significado de ser um crente verdadeiro ou seja, como ele age; quais são seus desejos e interesses espirituais; em que consiste a fé que salva e como ela se expressa; a falta de um discipulado bíblico, levam a forte probabilidade de que muitos daqueles que apenas tem seus nomes no rol de membros da igreja, jamais foram verdadeiramente convertidos, tornando-se necessário para curar a doença da ampla inatividade entre os membros da igreja, o retorno a padrões bíblicos de evangelismo e discipulado. O segundo sintoma de enfermidade da igreja moderna, esta na realização de cultos fracos. Diversos livros e artigos já foram publicados para tornar os cultos menos “ enfadonhos” e mais “atrativos”. Em algumas igrejas inovações fora do contexto bíblico foram acrescentados, onde o foco não esta em Deus com sua adoração e sim no homem. Em muitas igrejas, a Palavra de Deus esta sendo niglêgenciadam e os adoradores com mais freqüência estão mais preocupados em serem adorados, como artistas em uma casa de shows. Algumas propostas que foram apresentadas por ministros de louvor de igrejas modernas e antenadas com os últimos lançamentos do show buzines gospel para tornar o culto relevante e atraente para a juventude, chegam ao ridículo, tais como a troca de lâmpadas brancas do auditório, por lâmpadas cor de rosa, alem de uma decoração harmoniosa em um esforço para desenvolver o “ culto amigável”, oferecendo para as pessoas não convertidas, o que elas gostam. Muitos lideres religiosos, nçao conseguem entender que o culto não é uma simples atitude litúrgica, e sim um encontro de adoradores. Quando os crentes, buscam a presença de Deus com o coração aberto para sua Palavra – não importa a cor das lâmpadas, a aparelhagem de som ultra-moderna, o pandeiro ou a bateria eletrônica, o ambiente climatizado ou ventiladores tufão, eles o louvarão. Para a igreja ter um culto forte que faça a diferença e as pessoas entreguem suas vidas a Cristo, os dirigentes do louvor, não precisam se tornarem atores em um palco, e o culto em um espetáculo.
O culto fraco, onde as pessoas não sentem a presença de Deus representa uma pregação inadequada, retrata uma visão errônea da Casa de Deus e uma incompreensão da essência da adoração ao Senhor. O apostolo Paulo demonstrou a essência da adoração eficaz em Efésios 1.3-14. O louvor do profeta messianico Isaias estava longe de ser enfadonho ou ineficaz, quando ele reconheceu que estava na presença de Deus três vezes Santo e humilhou-se confessando seu pecado, recebendo o perdão e oferecendo-se para servi-lo. Mecanismos, formas, estilos tem seu devido lugar, mais a substancia do culto forte tem de ser centralizada em Deus, - o Deus das Escrituras, como afirmou o pastor reformado Tomas Ascol, durante uma conferencia sobre a igreja moderna em Portugal em 2001. Para que a igreja possa impactar nossas cidades, alcançando todas as camadas da sociedade, levando desde a maior autoridade civil ao mais simples cidadão de joelhos diante da Cruz de Cristo, precisamos de uma nova visitação do poder do Espírito Santo em nossas vidas. O que precisamos para ganhar nossas cidades para Cristo, esta ao alcance de igreja, precisamos voltar aos princípios bíblicos básicos. Necessitamos voltar as nossas origens na busca da santidade, como fizeram os pioneiros: Junius Newnan, Ashebel Simonton, Kalley, Daniel Berg, e Gunnar Vingren, e seus compromissos com o Reino de Deus. Precisamos fazer como alguns dos filhos de Issacar, descritos como homens “ conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer” (I Crônicas 12.32). Nosso desejo é que Deus levante mais filhos de Issacar nesta geração da igreja do Século 21, e sejam profetas anunciando o remedio de Deus para sua igreja em nossas cidades. Baruch Há Shem!

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