domingo, 7 de junho de 2009

Ele estava certo


Existem lideres que com sua visão apurada da historia, tornam-se proféticos com suas previsões futuras. Na edição n° 1225 do jornal Mensageiro da Paz, de janeiro de 1989, o pastor Estevam Ângelo de Souza(foto), escritor, teólogo e líder que dirigiu as Assembléias de Deus no estado do Maranhão de 1957 a 1996, publicou um artigo intitulado: “ A Assembléia de Deus daqui a 50 anos”, no qual com sua analise criteriosa, provou que estava certo mediante os fatos que tem envolvido a maior denominação pentencostal do mundo, as portas de completar seu centenário.
Preocupado com o futuro da Igreja, a quem Deus confiou grandes responsabilidades em um pais de dimensões continentais com um povo miscigenado e tradição idolatra nestes tempos que precedem a vinda do Senhor Jesus, o pastor Estevam que dedicou sua vida a pregação do evangelho e plantação de igrejas durante 39 anos, tendo construído 167 templos no Maranhão, alem de ter fundado o colégio Bueno Aza , a Sociedade Filantrópica Evangélica do Maranhão, a Fundação Cultural Pastor José Romão de Souza, Radio FM Esperança e publicar 14 livros para edificação do povo de Deus, teve sua vida interrompida aos 73 anos em um acidente automobilístico em 1996, não sem antes perceber os caminhos perigosos que a denominação fundada pelos suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren estava trilhando rumo a perda do padrão Bíblico de santidade e preservação do nível espiritual, como a igreja nascida do fogo do Espírito Santo.
Esse maranhense de Araioses, que aceitou o convite do pastor Alcebíades Pereira de Vasconcelos, para servir como pastor auxiliar da Igreja de São Luis em 1954 e representar o Brasil na Conferencia Mundial Pentecostal em Londres em 1976, estava certo, quando como um verdadeiro profeta previu a desunião entre as principais lideranças da igreja, contribuindo para o seu declínio espiritual, com pastores conduzindo outros pastores a justiça, ferindo frontalmente os princípios bíblicos por que negam o amor de Cristo.
Ele estava certo, quando previu que malditas decisões estariam contribuindo para lançar discórdias no seio da Igreja de Deus, semeando intriga entre irmãos em Cristo.
Ele estava certo, quando enxergou as desavenças entre os que pregam a paz nos púlpitos, porem causam escândalos e perturbações entristecendo o Espírito Santo e conseqüentemente, impedindo o avivamento sobre a nação.
Ele estava certo, quando afirmou que a igreja teria o maior numero de crentes de todos os tempos, como também o maior numero de desviados desde que ela foi fundada em Belém do Para.
Ele estava certo, quando declarou que seria muito estreito o vinculo divisório entre a igreja e o mundo, com forças estranhas empenhadas por obliterá-lo com pastores havidos por terem suas congregações lotadas, substituindo a simplicidade dos cultos pelas modas e costumes mundanos, transformando o altar em um palco para shows.
Ele estava certo, quando vislumbrou lideres espirituais desprezando a meditação na Palavra de Deus e a oração não cumprindo a prescrição divina: “ Prega a Palavra, insta a tempo e fora de tempo, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade a doutrina”. ( 2°Timóteo 4.2).
Ele estava certo, quando previu muitos púlpitos sem conteúdo Bíblico e espiritual, com pastores exercendo um ministério como meio de vida e não para ganhar almas para Cristo.
Ele estava certo, quando contemplou o orgulho denominacional e a vaidade dos pregadores ufanistas e dos crentes pentecostais que trocaram o lugar na santidade e do poder do Espírito Santo, no seio da igreja, causando pobreza espiritual.
Ele estava certo, quando previu que algumas igrejas de maneira presunçosa e teimosamente, abririam as portas para o mundo e a carnalidade, abandonando o padrão Bíblico doutrinário de perseverança na doutrina dos apóstolos ( Atos 2.42), no poder do Espírito Santo ( Atos 1.8) e na Santidade da Palavra de Deus ( Efésios 5.26-27) .
Ele estava certo, quando com olhares de águia declarou com tristeza, que no século seguinte ao crescimento vertiginoso da denominação, o percentual dos que oram e buscam a Deus pelas madrugadas, diminuiria. Dos que são batizados com o Espírito Santo, e a pregação sobre arrependimentos de pecados e as operações de curas e milagres, também diminuiria, como marcas verdadeiras de um movimento pentecostal, onde os antigos e pioneiros da fé, haveria de dizer, semelhante ao povo de Deus no passado : “ Já não vemos nossos sinais, já não ha profeta” ( Salmos 74.9).
Ele estava certo, quando anteviu que na igreja existiriam aqueles que confundem o poder de Deus com barulho, vida espiritual abundante com fanatismo, alem daqueles que buscam ser aplaudidos ostentando uma espiritualidade irreal, bem como os que vivem de empolgações infrutíferas, levando ao descrédito a operação do Espírito Santo.
Ele estava certo, quando previu que com o inchamento da igreja, haveria crentes que não honram a sã doutrina Bíblica e os bons costumes, mais querem ser honrados. Que não respeitam o ministério da igreja, mais querem os privilégios da liderança de posições destacadas. Que dão maus testemunhos na vizinhança e no comercio, onde exalam o mau cheiro de seus negócios. Que murmuram contra os pastores de maneira maledicente e intrigante, causando divisões e promovendo discórdias. Mais ainda sim com todos estes problemas, a guerra não esta perdida e a igreja mesmo prestes a completar seu centenário, tem tudo para se tornar uma grande potencia espiritual, cumprindo a divina missão de levar o mundo a Cristo, como bem declarou o saudoso pastor Estevam Ângelo : “ Se todos pregarem e viveram a mensagem salvadora, ungida pelo Espírito Santo, a Assembléia de Deus fará a diferença do Brasil, como uma igreja que trabalha e vive na santidade da Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo”.
Baruck Há Shem!

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