terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia do Amigo



No próximo dia 20 de julho, vou comemorar o “Dia do Amigo” de maneira especial. Vou orar por eles, aonde quer que eles estejam. Vou pedir a graça de Deus sobre suas vidas e o prolongamento de nossa amizade, como fenômeno instigante que se mantem independente da convivência. Sei que com o temperamento sanguíneo, poucas amizades terão insistência teimosa em desejar trocar idéias e experiências comigo. Somente os verdadeiros amigos com bastante tolerância vão me ligar ou mandar um e-mail desejando felicidades e compreensão ao que somos, como somos e ao que pensamos, afinal de contas, Milton Nascimento já cantava: “ Amigo é pra se guardar dentro do peito”. Durante uma palestra no Seminário Batista do Sul no Rio de Janeiro, o Pastor Dias de Seropedica, que eu considerava como amigo, disse-me que no ministério pastoral não existem amigos e sim competidores, no que discordei dele. Pois ate mesmo Jesus, o filho de Deus teve três amigos chegados, Maria , Marta e Lazaro, e olha que ele foi e continua sendo o Sumo Pastor. O saudoso jornalista e senador Arthur da Távora, dizia que o mistério da amizade talvez residisse no alivio que traz a existência de alguém que nos acolha em momentos difíceis da vida. Fui consultar no Aurélio a palavra acolher, que significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. O segredo da amizade verdadeira,consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Muitos heróis da fé cristã, tiveram amigos mais chegados que um irmão, mesmo discordando de suas atitudes e opiniões. Moody teve em Sankey, um grande amigo e colaborador nas campanhas evangelísticas para ganhar almas para o Reino de Deus. Willian Wilberforce teve no primeiro ministro da Inglaterra, Willian Pitt, um grande amigo na luta pela abolição da escravatura negreira reconhecendo que todos os homens são iguais perante Deus. Conta-se que Wilberforce foi sepultado na Abadia de Westiminter ao lado do seu amigo Pitt.
O monge protestante Martinho Lutero teve em Melancton, um companheiro inseparável de lutas contra a venda de indulgencias, sendo ambos os corpos com diferença de quatorze anos, terem sido sepultados ao lado do púlpito da Catedral de Wittenberg, como prova de amizade eterna. O Escritor Ruben Alves em uma citação do Filólogo italiano Umberto Eco, teria dito: “ Amigo faz bem para memória”. Portanto, quanto maior for o numero de amigos, grandemente será a sua memória, e certamente seu coração. Já o jovem pastor Elienai Cabral Junior, declara com bastante convicção em seu livro de lançamento: “Salvos da Perfeição”, que “um amigo é bem mais que uma companhia, é alguém com quem experimentamos por um longo período de tempo, a vida, sobre um mesmo projeto, por uma mesma fé”. Concordo com ele plenamente, e como prova disso, podemos citar como exemplo de amizade, pela fé, os fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, como maior movimento pentecostal do mundo, Os amigos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingre, e como parte integrante dessa historia de fé e amor pelas almas perdidas, os pastores Paulo Levas Macalão e Alípio Silva, na construção do ministério de Madureira no subúrbio do Rio de Janeiro. Dizem alguns especialistas em Gerontologia, que com o passar dos anos, vão se tornando escassez as amizades com possibilidades de atravessar as intempéries da vida sem mágoas e tristezas, porem isto faz parte da natureza humana, uma coisa tenho certeza, mesmo que no dia do amigo, não receba nenhuma mensagem amiga, pelo menos nas amizades vividas nesta curta vida, haverá muitas lembranças queridas. Baruch Há Shem!

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