segunda-feira, 28 de julho de 2008

Aceita-se Tudo


Conta-se que certo beduíno após viajar durante todo dia debaixo do sol escaldante do deserto, chegando a noite, resolveu descansar e armou sua tenda, próximo a um Oásis. Seu camelo, o melhor amigo de todo beduíno, colocou o focinho dentro da tenda. No dia seguinte, seguiu viajem para outras terras. Chegando a noite, novamente armou a tenda e dormiu o sono do justos, porém, novamente seu camelo, também buscou abrigo na tenda, entrando com a metade do seu corpo e a corcova. No outro dia, o beduíno levantou-se e deu de cara com o camelo, orem não tocou-o para fora da tenda, antes achou engraçado o abuso cometido pelo animal. No terceiro dia, o beduíno foi acordado com uma tempestade do deserto, e sem entender nada, ele percebeu que seu camelo havia passado a noite, totalmente protegido dentro da tenda. Ele havia perdido a tenda, desde o dia em que tolerou que o camelo colocasse o focinho, onde não fora chamado. Essa ilustração, serve para mostrar que na sociedade moderna, a tolerância requerida de nós transformou-se na maior de muitas virtudes. Tornou-se lugar comum, aceitar-se tudo, mesmo estando completamente errado, totalmente fora dos padrões de moralidade e civilidade A Igreja cristã e suas lideranças têm sido criticadas pela mídia secular pela intolerância. Com o sexo livre, a prostituição, o consumo de drogas, o casamento de pessoas do mesmo sexo, a corrupção. A Bíblia revela: Não vos conformeis com este mundo. Quando jovem de maneira radical, criticava os podres poderes da sociedade e ouvi certa vez, que ao chegar a serenidade da velhice, tornaria-me mais tolerante, relativando valores. Estamos vivendo dias, em que até mesmo dentro da Igreja, perdeu-se a vergonha do pecado. Tudo tornou-se normal. Aceita-se tudo em nome da virtude da tolerância. Quando criança, ao ser flagrado fazendo alguma coisa errada, ficava logo corado de vergonha. Diante de meus pais muito rígidos em seus preceitos morais, pensava eu naquela época. Hoje, perdeu-se a vergonha completamente no relacionamento de filhos com pais, ovelhas com pastores, funcionários com patrões, etc. O profeta Daniel na corte Babilônica deu uma declaração, que na Igreja contemporânea estava fora de moda, pra não dizer antiquado e rara: “A Ti, o Senhor, pertence à justiça, mais a nós, o corar da vergonha” (Dn 9.7). Isto não mais acontece. Ficamos tolerante com o pecado no mundo é até mesmo dentro da Igreja. Tudo tornou-se normal. Aprendi com minha avô paterna Rita Cunha, neta de escravos que não sabia ler e tão pouco escrever, mas que não perdia uma escola dominical na Igreja Batista Central de Belford Roxo, que a vergonha na cara é saudável e essencial na preservação da dignidade humana e fé cristã. A vergonha nos ajuda a temer à Deus e reconhecer nossos erros e o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. O Homem sem vergonha, não tem limites para pecar contra Deus, o seu próximo e a sociedade. Precisamos enquanto cidadãos do reino, voltarmos a olhar para a vergonha da cruz. Precisamos voltar a “.corar de vergonha”.

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