quarta-feira, 29 de julho de 2009

A ignorância mata, mas o Espírito vivifica


Minha juventude pentecostal foi curta, porém bastante proveitosa. Ela teve início com o convite formulado pelo pastor Ismael Pinheiro, líder da mocidade da Assembléia de Deus em Belford Roxo na Baixada Fluminense, para que participássemos de um jantar da Adhonep – no Leme Palace Hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde um empresário texano Walter Moore foi o preletor principal. Aquele dia, foi marcante para minha vida, pois foi ali após assistir os milagres de Deus sendo operado em uma senhora idosa, que teve sua perna curta sendo acrescentada pelo Senhor. Naquele momento, pude contemplar que Jesus salva, cura, liberta e batiza com o Espírito Santo, pois mediante um apelo significativo do irmão texano, fomos também revestido pelo Poder que foi derramado em Jerusalém. Foi então que passei a conhecer o movimento pentecostal e procurei o templo pentecostal mais próximo de minha casa. Porém, um fato me chamava bastante a atenção. Nos cultos para buscar o batismo com o Espírito Santo, a nave do templo ficava repleta, e durante a Escola Bíblica Dominical, era um vazio tremendo. Lembrei-me de que naquela época estava me preparando para prestar o vestibular para o Universidade Gama Filho e ouvia constantemente de alguns oficiais da Igreja, o conselho de que “os estudos destruiriam a minha fé em Jesus”. Os textos bíblicos usados eram Salmos 81:10, Is 50.4 e Lc 21:15, de onde conclui, que os pentecostais ao longo das décadas, salvo algumas exceções, sempre demonstraram aversão ao conhecimento teológico e secular.
A tendência geral tem sido enfatizar as experiências vividas na Igreja ao invés da busca do conhecimento das Escrituras, o que tem contribuído para uma grande crise doutrinária e ética, muito distante do Evangelho pregado pelos pais do Movimento Pentecostal no Brasil.
Conforme bem declarou, o pastor Rick Nanez (foto)no livro Pentecostal de Coração e Mente: “Embora tenhamos feito progresso nas arenas da educação, da política e da escolaridade, ainda somos um movimento que abriga uma predisposição profunda contra os aspectos mais racionais da fé. Somos uma subcultura de um exército de corações cheios, cabeças vazias e espírito ardente. Todas as vezes que a liderança da Igreja tenta separar a cabeça do coração e a razão do Espírito Santo, torna-se culpada pela formação de exército de anões da fé. Baruch Há Shem!

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