terça-feira, 28 de julho de 2009

Eu quero ser Bispo


Quando éramos crianças ao sermos interrogado sobre nossos desejos de futuro, lembro-me que alguns dos meus amigos de infância, diziam: Quero ser policial, soldado do Exército, médico e outras atividades profissionais. Houve um tempo, em que desejei ser fazendeiro, segundo a vocação rural de minha avó Rita Cunha que criara seus seis filhos em terras da Cava Roxa em Jerônimo Monteiro – ES. Já na pré-adolescência, mudei de idéia, e cheguei a desejar me tornar um piloto da Força Aérea Brasileira, após ouvir uma palestra no Ginásio Pan Americano em Belfofd Roxo pelo tenente aviador Oséias, vestido com um macacão de piloto de caça. O que me incentivou inclusive a fazer prova no Maracananzinho para EPCAR – Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica, sendo reprovado no teste físico, pois eu usava óculo fundo de garrafa. Chegando a fase adulta, decidi-me pelo Direito, mas no decorrer do curso, o encanto acabou e tranquei a matrícula. Foi quando assistindo uma palestra do pastor Abraão Soares sobre a chamada pastoral e a necessidade de obreiros preparados para atender a Seara, que senti o desejo latente de servir a Cristo, como um ministro do Evangelho.
Antes de cursar o Seminário teológico, procurei ler as biografias de vários homens de Deus, que gastaram suas vidas na proclamação das Boas Novas, tais como: João Wesley, Moody, Calvino, Agostinho, William Taylor, Finney, Carey, Whitefield, como também os missionários que trouxeram o Evangelho para o Brasil fundando denominações, a exemplo de Daniel Berg e Gunnar Vingren, Hanold William, Ashbel Simonton Robert, Kaley, Louis Francescon, Zacarias Taylor, William Bagby e Daniel Kidder.
Ouvindo alguns evangelistas falando sobre os heróis da vida cristã no Brasil, a impressão e que todos repetem uma fórmula, um paradigma de um ganhador de almas vitorioso no movimento pentecostal: Paulo Leivas Macalão.
Um extraordinário pequeno livro, o oferece um lindo retrato desse grande evangelista, que estava empenhado em uma grande obra. (Paulo Macalão: A Chamada que Deus confirmou, de Jefferson Magno Costa).
Na década de 50, quando a Catedral da Assembléia de Deus em Madureira foi inaugurada para a alegria do povo do subúrbio do Rio de Janeiro, que adentrava naquela Casa de Oração com sede da Palavra, eram tempos de um verdadeiro pentecoste. Enquanto os crentes cantavam os hinos da Harpa Cristã, em sua maioria, composições de Macalão, os incrédulos cantavam a Bossa Nova nos auditórios das rádios. As crianças brincavam de bambolê e levantavam a espada de Falcão Negro. Enquanto Macalão evangelizava nas estações de trem na região da Leopoldina, os carros americanos importados na fase do pós-guerra tinham virado táxis pretos caindo aos pedaços, e nas ruas circulavam DKW-Vemag, Romi-Isetta e Fusca feitos no Brasil.
Naquela época, quando a Igreja não disponha de programas de televisão, Internet, jornais de grande circulação, ser pastor pentecostal, não dava status para ninguém. Pregar o Evangelho em praça pública acompanhado de um acordeom era atitude somente para os mais ousados, correndo o risco de ser apedrejado, receber ovo podre na face e o título de maluco. Foi nesse tempo, que foram forjados os verdadeiros Heróis sem medalhas da História da Evangelização do Brasil. Fica a pergunta: você deseja ser que tipo de pastor? Aquele que é preso por amor à Jesus ou amor ao dinheiro? Aquele que luta pela preservação da vida como dom de Deus ou aquele que incentiva o aborto? Aquele que prega o arrependimento de pecados ou a prosperidade obrigatória? Aquele que prega contra o pecado do sexo fora do casamento ou aquele que distribui preservativos para a população flagelada pela AIDS durante a inauguração de uma Catedral? Aquele que prega o Reino de Deus e sua justiça na Terra ou vende em suaves prestações o Reino dos Céus? Aquele que prega por amor a Cristo ou aquele que prega por obrigação do título? Pense bem e depois responda para si mesmo, enquanto Jesus não volta para buscar Sua Igreja. Baruch Há Shem !

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