domingo, 12 de julho de 2009

Quando a Bíblia é lançada ao fogo


A despeito do crescimento extraordinário dos evangélicos no Brasil, onde ser crente está na moda e na mídia, percebemos que assim como acontece nos Estados Unidos, os norte-americanos são evangélicos nominais, o mesmo fenômeno religioso está avançando em solo pátrio. Segundo alguns estudiosos de História da Igreja, se continuarmos nesta escalada, sem um avivamento genuíno e permanente, chegará os dias, em que o Brasil se tornará evangélico nominal, assim como acontece com os católicos.
Durante minhas andanças em um ministério itinerante, temos encontrado inúmeras igrejas e pastores que fizeram tal qual o Rei Jeoaquim, filho no Rei Josias, que com o canivete cortou o rolo da Lei do Senhor e jogou na lareira acesa de sua casa de inverno no mês de dezembro.
Enquanto o rei Josias, dezessete anos antes, havia recebido nas mãos do escrivão Safã um rolo e ordenou que o lessem em alta voz no Palácio, e rasgou suas vestes, se arrependendo diante da Palavra de Deus, trazendo um avivamento sobre Israel. Já com seu filho Jeoaquim, foi totalmente diferente. O Rei usou de sarcasmo e desdém e desprezo por aquela palavra. Ao invés de rasgar suas vestes, ele rasgou o livro do Senhor, jogando-o ao fogo.
Da mesma maneira, diversos líderes evangélicos da atualidade para ficarem bem com o povo e mal aos olhos do Senhor da Igreja, tem rasgado as Escrituras Sagradas e lançando-a no fogo.
Eles se esquecem que o livro impresso pode ser queimado, mas a Palavra de Deus jamais poderá ser destruída. Ela tem sido atirado ao fogo inúmeras vezes na História da humanidade, contudo seus algozes nunca obtiveram sucesso em retirá-la do coração dos verdadeiros adoradores.
Há poucos meses atrás, um pastor sexagenário líder de uma Igreja Pentecostal Histórica na região, durante a reunião com seus obreiros, resolveu consagrar ao presbitério, um homem totalmente desqualificado para função, porém como era um excelente dizimista, freqüentador assíduo dos cultos. Porém, para aquele pastor, o fato apenas de ser um dizimista fiel, tornou-se motivo suficiente para consagrá-lo na posição de oficial da Igreja e conselheiro da juventude. Assim como o Rei Jeoaquim com seu canivete, aquele pastor pentecostal representa todos aqueles que tentam usar a Escritura, que procuram manter o domínio sobre ela, reduzindo-a a algo controlável. Contudo, a Palavra de Deus não pode ser manipulada segundo os nossos interesses. Ai daquele que acrescentar ou retirar uma letra. Baruch Há Shem!

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