terça-feira, 7 de julho de 2009

A Cruz de Cristo e a Ética na Igreja


Tenho, nos últimos anos de vida pastoral, refletido sobre a ética cristã. Causa-me preocupação a falta de integridade moral causada pelos sucessivos escândalos praticados por lideranças religiosas mercenárias e desonestas, que manipulam suas ovelhas com uma falsa espiritualidade para o estabelecimento de seus reinos pessoais, contrariando os fundamentos da Bíblia e a longa tradição cristã para com o verdadeiro Reino de Deus. As escolhas morais feitas por alguns lideres denominacionais da igreja evangélica brasileira, não são simples questões do acaso, não são imprevisíveis, involuntárias, mais o produto de uma espécie de determinação ou escolha planejada e voluntaria, na busca do poder e riquezas desse mundo. Muitos são aqueles que ao contrario de Jesus , aceitaram o caminho proposto pelo diabo para receberem autoridade política e financeira sobre os reinos e as nações com uma multidão de admiradores.
A ética cristã tem sido relativizada com um religiosismo moderno , onde tudo é permitido para alcançar seus objetivos. Porem, o caminho escolhido por Jesus não era este. O reino que ele oferecia precisa nascer primeiro dentro de cada um. O Reino de Deus, não se estabelece pela força de um cargo eclesiástico. Não é imposto, é aceito. O rei deste Reino não permanece assentado no seu trono, dando apenas ordens, mais desce e se torna um servo de todos. O Reino de Deus não é conquistado com alianças políticas partidárias no púlpito, mesmo porque existe separação entre Igreja e Estado.
Todos os dias somos levados ao monte da tentação, ao pináculo do templo. Todos os dias o diabo nos oferece facilidade no caminho do mundo, sem ética e caráter, para nos tornar-mos os maiores e melhores sacerdotes segundo a ótica do mercado. Ao mesmo tempo, que Deus em sua graça e misericórdia, pela sua Palavra, nos revela seu caminho. Todos nos temos que fazer uma escolha : O Reino de Deus com renuncia e obediência a Palavra ou o reino dos homens com estratégias mundanas e pecaminosas. Ainda que alguns pastores para justificarem suas ações, preguem que vivemos debaixo da graça do Novo Testamento, o decálogo, o primeiro tratado ético, dado pelo Senhor, com o propósito de regular o comportamento humano, no cumprimento de seus deveres para com Deus, para com o próximo, e para consigo mesmo, continua valendo para a Igreja de Cristo e seus pastores nos dias atuais. Existe um provérbio popular que diz que : “ Quando se perde a riqueza, nada se perde; quando se perde a saúde, perde-se alguma coisa; mais quando se perde o caráter, perde-se tudo!
Baruch Há Shem! Bendito seja o Nome.

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