quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Mc Dia Feliz da Igreja Evangelica


Quando estava participando do Curso de Orientação Ministerial da Escola Preparatória de Obreiros Evangélicos, ligada a CONFRADERJ – Convenção Fraternal das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, em 1996, na época presidida pelo Pr. Túlio Barros ( Foto) foi ensinado por um professor, que agora não me recordo o nome, de que os dirigentes do McDonald’s tinham um pacto com o diabo e destinavam os recursos do Grupo a atividades satanistas. Chegou-se a especular, até, que a inconfundível logomarca seria uma alusão ao tridente do capeta. Durante o período de seminarista, no qual minha turma tinha cerca de 30 alunos, decidimos fazer um Boicote aos Hambúrguer do McDonald’s e não com pactuar com os investimentos daquela multinacional de Fast-Food. Hoje, passados 9 anos, com a notícia publicada na mídia mundial da doação de U$$ 1 bilhão e meio de dólares para a Igreja Evangélica Exercito da Salvação pelo americana Joan Kroc, viúva de Ray Kroc, fundador da maior rede de Fast-food do planeta, o McDonal’d, para ser usada em centros, comunitários da Igreja em 100 países, inclusive o Brasil, percebemos a mão de Deus nesse negócio O McDonald’s marca presença em 120 países e faturou, no ano passado, cerca de 45 bilhões de dólares. No Brasil, a rede possui 1200 pontos de venda. De agora em diante, poderemos afirmar categoricamente, que o McDonald’s é de Deus e refutar toda sorte de boatos e especulações que circularam tempos atrás. Contudo, o que nos chama a atenção. Nesta doação bilionária para a obra do Senhor Jesus, é o desprendimento de uma viúva. A História da Igreja, está repleta de exemplos vivos de amor para com Deus de viúvas piedosas. Dentre elas, Selina Ferrais, condensa de Huntingdon, na Inglaterra, que em 1746, após ficar viúva do Conde e ter perdido vários de seus filhos, abraçou com entusiasmo a doutrina do metodismo investindo na construção de capelas e escolas visando trazer um grande avivamento para a Inglaterra. Outro fator, que nos chama atenção, é a chamada fofoca sobrenatural, tão evidente no seio da Igreja. Evangélicos de qualquer denominação concordam: mentira é coisa do diabo. Está na Bíblia, ninguém, contesta. Mas, e boato, o que é? Também vem dos tempos o mau hábito de muitos crentes acreditarem em tudo se diz por aí – e passarem adiante como verdade absoluta. Exatamente assim começou a bola de neve que mantém sob essa ameaça, desde 1980, a Procter & Gamble Company (P&G), empresa multinacional sediada em Cincinnati, Ohio (EUA), que atua em 140 países. Fabricante de produtos mundialmente conhecidos – como as batatas fritas Pringles, as fraldas descartáveis Pampers e o creme dental Crest – a companhia foi acusada, sem provas, de manter ligações com igrejas satânicas. Recentemente, até jornais evangélicos do Brasil retomaram o assunto, limitando-se a reproduzir o boato. Os rumores inspiram-se na logomarca da empresa: uma meia-lua com o perfil de um homem que olha para treze estrelas. A figura pareceu mística o suficiente para que evangélicos enxergassem vínculos entre a Procter & Gamble e o reino das trevas. “Um boato maldoso e falso”, reclamou Elaine Matthews, porta-voz da empresa nos Estados Unidos, ao Jornal Weekly Summary, serviço de notícias da Igreja do Nazareno. Segundo Elaine, “o logotipo foi criado no século 19 (mais precisamente em 1851) como um símbolo das velas Star, de fabricação da Procter & Gamble”. A logomarca só passou a dar problemas quando a Nova Era começou a se transformar na fixação que é hoje no meio evangélico. Muitos crentes passaram a ver em tudo rastros do movimento que estaria preparando o mundo para o reinado do Anticristo. Inclusive, no símbolo da P&G. Concorrência – A empresa americana não sabe quem começou a espalhar o boato, mas vários distribuidores da Amaway – principal concorrente da P&G – foram acionados na Justiça. “Em agosto de ano de 1995, a Amway foi incluída numa ação contra Randy Haugen, um de seus distribuidores, por estar ajudando na divulgação do boato”, diz a diretora de assuntos jurídicos e corporativos da P&G no Brasil, Yolanda Leite. Parte da imprensa evangélica brasileira também engoliu a história. O Jornal Folha Universal, publicado pela Igreja Universal do Reino de Deus, reproduziu o boato na edição da primeira semana de março de 1996, baseando-se unicamente num faz enviado dos EUA por um membro da denominação. O jornal citava uma entrevista do presidente da P&G, John Peper, ao apresentador de TV Phil Donahue, em março de 1991. Peper teria dito que parte dos lucros da empresa destinavam-se à manutenção de seitas satânicas. O presidente ou qualquer executivo de P&G, entretanto, jamais estiveram no programa de Donahue. Na edição seguinte, a Folha Universal se viu obrigada a publicar o desmentido, depois de receber da P&G documentos que comprovavam a farsa. Em junho, o jornal A Raiz, do Ministério Cristo é Vida , do Rio de Janeiro, publicou matéria semelhante. Desta vez, a acusação partiu do deputado federal Jorge Wilson de Matos (PMDB-RJ), que recebera uma carta anônima, acusando a P&G de envolvimento com o satanismo. Nilo Costa, seu assessor, conta que o parlamentar distribui cópias da carta a igrejas e líderes cristãos. Uma delas foi parar com a equipe de A Raiz. No ano passado, a AEGB (Associação Evangélica Billy Graham) fez o oposto. E abril do ano de 1995, o diretor-assistente executivo da organização, Victor B. Nelson, divulgou uma nota para dizer que a AEBG investigou os rumores e acredita que “não tem qualquer credibilidade”. Outros líderes cristãos norte-americanos também enviaram mensagens de solidariedade à empresa. Convenceram-se de que, se algo nessa história pode ter sido inspirado pelo inimigo, provavelmente, foi a onda de mal-entendidos. Baruch Há Shem!

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