quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Ética no Ministério Pastoral


Este ano Deus permitiu-me completar 46 anos de vida e 31 de novo nascimento na Igreja Batistas Central de Belford Roxo, mediante batismo nas águas, oficializado pelo pastor Paulo Roberto da Silva Seabra, então naquela época, secretário-executivo da Junta de Missões Nacional da Convenção Batista Brasileira.
Neste ano, pretendo dar-me um presente de aniversário especial. Não vou comprar um terno novo, tão pouco o último lançamento do momento, um best seller teológico. Não vou jantar fora em um restaurante de luxo com a família. Também não pretendo assistir a estréia do Speead Racer na grande tela, revivendo minha infância.
No sábado, pretendo participar de um Seminário de Treinamento de Líderes em Evangelização no Templo da 2ª Igreja Batista de Macaé, promovido pelo Instituto Haggai, para estudar um tema que não poderia estar mais atual na Igreja Evangélica Brasileira: “Ética”. A questão que será colocada e se é possível falar em valores no mundo de hoje, vamos discutir conflitos, responsabilidades e direitos. Que mecanismos seriam possíveis para a restauração e a manutenção dos valores éticos no ministério pastoral? Vamos para esse seminário sob o impacto do caso Renascer e demais escândalos que envolvem lideranças da Igreja Brasileira. Vou especialmente cético, pois creio que vivemos um período de crise de integridade e desânimo da membrezia e da liderança leiga com o cinismo dos que detêm a maioria eventual das decisões denominacionais. Alguns mercadores da fé, sentados na cadeira de Moisés, como verdadeiros donos de Igreja.
Instalaram no País mais evangélico da América Latina, a ética do cinismo, valendo-se de suas posições eclesiásticas, protegendo seus aliados subalternos, o chamado baixo clero, lhes garantindo a certeza da impunidade diante da falta de ética que tem assolado, certos segmentos da Igreja.
Isso perpassa para a sociedade que já está toda dominada por um espírito mercantilista, consumista, consumista, que o Evangelho pregado e vivenciado não está mais influenciando a Nação, devido a ausência das marcas do caráter de Cristo. Para alguns teólogos de plantão, a Igreja Brasileira, deixou de ser pública, enquanto povo de Deus e passou a ser privada, “vencida pelo corporativismo e pelo particularismo de alguns líderes”.
Ela é formada de “uma colcha de retalhos” com teologias parciais e setoriais. Em conseqüência de ter aberto mão de sua voz profética, perdeu sua força de transformação, está dividida, subdividida e desvirtuada em milhares de ilhotas denominacionais separadas entre si.
Já vai longe à discussão sobre a ética na Igreja, sendo clássica a definição paulina, contudo nos parece, que a crise de integridade não será resolvida pelos Seminários do Instituto Haggai, pelas convenções denominacionais, Conselho Federal de Teologia, Bancada Evangélica no Congresso Nacional ou por qualquer outra autoridade governamental ou religiosa. A crise de ética somente será resolvida pelos crentes de verdade que possuem temor do Nome do Senhor, pois pode não parecer, mas Cristo é o cabeça da Igreja Evangélica Brasileira. Baruch Há Shem!

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