sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Igrejas Denorex


Durante muito tempo foi exibido na televisão brasileira em vários canais, um comercial de um produto contra seborréia, no qual se dizia: “Denorex, parece remédio, mas não é remédio!”
Nos dias em que estamos vivendo, com o surgimento de milhares de templos evangélicos pelo Brasil e com uma propaganda acentuada na mídia, causando verdadeira confusão na mente dos neófitos da fé, fica a pergunta: Qual a Igreja Evangélica verdadeira e qual é a Igreja Denorex?
Existem hoje no país mais de 400 denominações ditas evangélicas. Todas as semanas são abertas inúmeros templos para abrigar os milhares de neoconversos e sedentos da Palavra. Porém da mesma maneira que cresce o trigo, também cresce o joio. Os estudiosos da História da Igreja, afirmam que o Evangelho está perdendo a qualidade em detrimento da quantidade. Isso se confirma com a verdadeira explosão de auto-consagrações ao Ministério da Palavra, onde pseudo-pastores na busca do vil metal, estão transformando o templo de Deus em covil de salteadores.
O profeta Jeremias com seu sermão, revela que a Igreja nunca está em perigo tão grande como quando é popular e milhões de pessoas dizem: “Eu nasci de novo, eu me converti, eu aceitei a Cristo”?
Jeremias preocupou-se como ninguém com a adequação do local de culto à Deus. Porém o local e as palavras ministradas, podem servir apenas de fachada respeitável para um eu interior corrupto.
O covil de salteadores é o lugar que os bandidos usam para se esconder entre um ataque e outro contra incautos e desprotegidos. Essa foi a acusação de Jeremias: o templo se tornou um lugar seguro e acima de qualquer suspeita para atos pecaminosos contra Deus.
Jesus, 650 anos depois de Jeremias, falou da “purificação do templo”, quando expulsou os vendedores e cambistas (Mc 11:15-19).
De igual modo, Paulo advertiu o jovem pastor Timóteo acerca das pessoas que “tendo forma de piedade, negavam-lhe, entretanto, o poder”. (2 Tm 3:5).
Já o profeta chorão foi bem claro em sua acusação naqueles dias, o qual podemos aplicar na Igreja contemporânea: “Furtareis vos; e matareis e cometereis adultério e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal e andareis após outros deuses que não conhecestes, e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres, podemos fazer todas estas abominações” (Jr 7:9-10).
Nos dias do profeta, a prática religiosa era ascendente, porém o comportamento na vida diária do povo e dos sacerdotes era corrompido. O fato de em uma Igreja ser feita a leitura da Bíblia, não a transforma em uma Igreja Evangélica Cristocêntrica. Nas sessões espíritas de mesa, também abre-se a Bíblia. O fato de na Igreja, existir louvores populares com mensagens românticas, trazendo euforia e emocionalismo, não significa que Deus esteja sendo adorado. A realidade da Igreja atual, não é diferente do templo de Jerusalém, nos dias de Jeremias: “Não confieis em palavras falsas, dizendo: templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7:4).
Naquela época, assim como nos dias de hoje, as pessoas permaneciam naquele lugar santo recitando os chavões religiosos, pensando que tudo estava bem. Elas estavam no lugar certo, falavam palavras certas, mas elas e os próprios sacerdotes, não estavam certas.
Que Deus em sua infinita graça e misericórdia, possa nos conceder o discernimento do Espírito Santo para a luz da Palavra, podermos adorá-lo em uma verdadeira Casa de Oração.Baruch Há Shem!

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