segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Naqueles dias ...
Quando criança em Belford Roxo, gostava de visitar meu avo materno Arthur Oliveira e ouvir suas historias de pescador, como também as aventuras de Lampião no alto sertão nordestino. Os netos ficavam em volta da fogueira com os olhos brilhando e suspirando de emoção pelos causos contados. Quando a adolescência chegou na rua Lucia, e os missionários batistas visitavam nossa igreja, contando suas experiências e dificuldades no campo missionários entre os índios, durante a construção da Rodovia Transamazônica, período em que o pastor Paulo Roberto Seabra foi secretario executivo da Junta de Missões Nacionais, ficava-mos admirados com a coragem e ousadia dos nossos dedicados missionários, e para segurar a corda aumentava-mos a oferta missionária, catando e vendendo latinhas e garrafas velhas. Não conseguíamos entender, como em meio a tantos desafios e problemas enfrentados, as pessoas em lugares mais distantes do Brasil se convertiam ao evangelho de Cristo, mediante o testemunho e a vida de homens e mulheres simples, porem cheios do amor do Salvador. Foi quando na juventude, recebi o batismo de fogo e busquei conhecer o Movimento Pentecostal trazido pra Belém do Pará por Daniel Berg e Gunnar Vingren, enfrentando a malaria, tuberculose, lepra, alem da perseguição católica e o calor dos trópicos, foi assim que fiquei maravilhado com o poder do evangelho e o crescimento da sua igreja. Como bem definiu o pastor Renato Vargens:” Naqueles dias difíceis, no inicio do século passado, não havia apóstolos televisivos, ninguém decretava nada, o louvor não era extravagante, não existiam bispas peruas sendo presas no Estados Unidos, os pastores não eram executivos da fé, não existia campanha do dente de ouro, não existia a unção do leão e do risos, ninguém colocava cadeiras no púlpitos para os anjos sentarem, não se tocava shofar no culto, porem, com mensagens simples e cheias de unção, os pecadores se arrependiam, os enfermos eram curados e o povo recebia o batismo no Espírito Santo”. Me causa admiração, saber que nos primeiros dias da igreja recém fundada no Brasil no vasto território amazônico, os pastores brasileiros ordenados pelos missionários suecos, não criavam galo que profetizam, não calçavam sapatinhos de fogo e tão pouco faziam adivinhações com mapas espirituais, e nem tão pouco comercializavam orações por 7 reais ou unção financeira por 900. Naqueles dias, não existiam fã clube de cantores gospel, não dançavam quadrilha gospel, não lutavam vale tudo no ring santo, e tão pouco subiam monte com garrafões de água ungida. Naqueles dias, os lideres da igreja não trocavam o púlpito pelo palanque, o Brilho do Espírito Santo pelo holofote da mídia, não se vendiam cargos eclesiásticos como simonia disfarçado e a gloria era apenas do Senhor. E pensar que naqueles dias, éramos chamados de caretas, quadrados, santarrões, ignorantes, fanáticos, entre outras coisas. Depois da no seminário na tentativa de aprender a clara ligação entre os avivamentos históricos e os movimentos missionários, descobri que Jhon Wesley, durante 50 anos pregou cerca de 3 sermões por dia, geralmente ao ar livre, tendo percorrido 175 mil km a cavalo pregando 40mil sermões durante toda vida, o que me causou espanto, pois naqueles dias, não existia radio, televisão, internet, apenas paixão pelas almas perdidas. O pastor canadense Roberto Mclister (foto) , fundador da Igreja Nova vida em Botafogo, dizia que quando a igreja é liderada sem a direção do Espírito Santo, do homem sempre espere o pior e de Deus sempre o melhor. No primeiro caso nunca serás decepcionado; e no segundo nunca será desamparado. Baruch Há Shem!
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