segunda-feira, 21 de setembro de 2009

No limite sem perder a Fé


Depois de mais de 20 anos, editando periódicos evangélicos, pregando nas igrejas e participando de congressos e seminários interdenominacionais, nenhum modismo, heresia ou ate escândalo promovido por lideres religiosos, causa-me espanto e me fazem perder a fé no Cristo vivo. As noticias de que certas igrejas estão transformando seus púlpitos em ringue de vale tudo e de que alguns sacerdotes trocaram a unção da Palavra Bíblica, pelas mentiras do discurso político, não afetam a minha fé nas promessas do evangelho Cristocêntrico. Ao tomar conhecimento dos bastidores do poder religioso, onde a graça barata é vendida em suaves prestações, onde a sedução de Constantino, tornou presidente, presidentes, governadores, prefeitos e deputados em cardiais da igreja nascida entre os pobres e desvalidos, nada disso, limita minha crença no poder do Espírito Santo. Depois de assistir a derrocada de projetos megalomaníacos levantados por evangelistas com vocação messiânica, a manipulação enganosa das multidões sedentas e falsos milagres, e o desmoronamento de casamentos de mais de 40 anos, pela troca de favores sexuais no vigor dos 20 anos, com mal exemplo de pastores adúlteros, sigo minha caminhada solitária, crendo que de nada adianta ganhar o poder eclesiástico com suas benesses e perder a minha salvação. Depois de ler a biografia dos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, os traços de fé de Paulo Leivas Macalão com o abandono da carreira militar para se tornar um soldado no exercito de Cristo, o general que nunca perde uma batalha, depois de ter tido o privilegio de conhecer homens da estatura de fé como Enock Alberto Silva, que trocou a navalha de barbeiro pela espada cortante da Palavra, anunciando as Boas Novas na Região dos Lagos, durante 40 anos, depois de conhecer o pastor Moises Soares da Fonseca (foto), que no lombo do burro semeou o evangelho em Nova Friburgo, Rio Bonito, Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Cachoeira de Macacu, sendo inclusive perseguido pelo baixo clero romano. Diante desses homens dentre os quais, o mundo não era digno, nada me resta, se não ser fiel até a morte, na certeza deque nada conseguira me afastar do amor de Cristo. No inicio do meu ministério pastoral, almejava tornar-me o apostolo Paulo da Igreja Brasileira, devorava a Bíblia para exibir-me diante de platéias e sofria da síndrome de Marta com intenso ativismo religioso, amando mais a igreja do que ao Senhor da Igreja, e o resultado foi a decepção, entrando no limite. Hoje, como bem escreveu Ricardo Gondim : Luto para preservar meu coração.

Baruch Há Shem!

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