terça-feira, 10 de junho de 2008

Nossa Identidade


Um pastor recém chegado à cidade, foi nos visitar no Conselho de Pastores de Rio das Ostras e começou a fazer perguntas sobre a nossa vida ministerial, origem denominacional, visão do Reino, declaração de fé e outros questionamentos. Ao final do inquérito religioso, diante do “fast food” e o “self service”, neopentecostal, que existe no município, com suas 200 igrejas na maioria há pouco tempo instaladas, apresentei-lhe minha identidade eclesiástica e o diploma de ordenação, para que não viesse pairar nenhuma dúvida. Depois de muito meditar, cheguei a conclusão, de que não podemos abrir mão de nossa identidade, de uma história com suas raízes. Quando olhamos para um cavalo, sabemos que é um cavalo, assim também quando olhamos para um gato sabemos que é um gato, devido as suas singularidades. Se um gato começar a latir ou um cachorro miar, ambos estarão passando por uma crise de identidade. Da mesma maneira acontece nas igrejas. Vejamos o nosso exemplo, enquanto pastor assembleiano, nascido e batizado nas águas da Igreja Batista tradicional, tendo estudado em Colégio Batista Americano e Seminário Pentecostal, fomos batizados com o Espírito Santo em um jantar da Adhonep no Leme Palace Hotel e ordenado ao Ministério da Palavra na Assembléia de Deus, onde estamos até hoje, guardando todas as suas singularidades, os quais as diferencia das denominações históricas e neo-pentecostais. Nesses quase 100 anos de fundação, o nosso ensino da História da Igreja inclui vários períodos, com a crença no erro humano e na ação permanente do Espírito Santo para corrigir a igreja. Não podemos abandonar as marcas do pentecostalismo histórico, onde se pregava: “Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para o Céu. Chega de imitação. Não podemos nos transformar em uma igreja genérica, sem identidade, onde se prega uma graça barata a base de ações de marketing.
Não podemos emitir aqui, um juízo de valor em relação a Igreja Romana, as históricas e as pentecostais clássicas. Todas têm o direito de ser o que são, e de atrair os que com elas se identificam. O que não tem sentido é construirmos nossa identidade denominacional, imitando-as. Se alas nos atraem, como diria o Bispo Robinson Cavalcante, temos que ser honestos com Deus, com nossa consciência e com a Igreja que pertencermos, nos transferindo para aquela outra igreja que julgamos “melhor” ou com quem nos identificamos. Foi o que fiz, aos 22 anos, com a Igreja Batista em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em minha opção estudada, orada, após uma grande experiência com Deus, passando a congregar na Assembléia de Deus. Isto não significa que devamos nos tornar sectários denominacionalistas, mas sim autênticos e verdadeiros, mantendo o diálogo e a comunhão entre os santos, examinando tudo e retendo o bem.
Diante do sincretismo e ecletismo religioso, que foi ransformado a Igreja Evangélica Brasileira, temos que apresentar a cada dia, a nossa identidade seja ela histórica ou pentecostal.
O confuso e fragmentado cenário religioso brasileiro, com o estrelismo personalista, a crise de ética e o crescente sincretismo, está a clamar por uma Igreja genuinamente compromissada com a Palavra e as ações do Espírito Santo. Evangélicos nominais, ou insatisfeitos com suas experiências de idolatria, superstição ou legalismo, estão também a clamar por uma Igreja que busca a verdadeira santidade.
Cremos, que como pentecostais assembleianos temos tudo para preencher esses vazios e ser uma das mais válidas alternativas na História do Cristianismo, como uma Igreja que tem as marcas da promessa.
Para tanto, é necessário, que os pentecostais assembleianos sejam verdadeiramente assembleianos, compartilhando com convicção e alegria, sua salvação em Cristo e os dons e frutos do Espírito Santo.
A Igreja que tem um Morris Cerrulo, Mike Murdock, Thomas Horton não pode ser formada não pode ser formada com complexo de inferioridade.
Deus preparou um lugar especial na História da Sua Igreja para você. Venha e participe como bom pentecostal assembleiano.

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