A cada dia que passa, mesmo com o avanço da Igreja Evangélica, tornando o Brasil, um dos maiores países protestantes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos, alguns estudiosos da História da Igreja, revelam que existem evidência da necessidade de uma nova reforma, devido a sucessivos escândalos ocorridos em inúmeras denominações ditas evangélicas e práticas medievais de alguns líderes religiosos contrárias aos preceitos bíblicos. Existe uma corrente de pensamento de que o que está acontecendo hoje aconteceu durante a Idade Média na Europa com a vida nababesca do clero romano e sua opulência, enquanto as massas viviam em completa penúria, o que resultou na publicação das 95 teses na Catedral de Wittenberg em 1517, pelo doutor em Teologia, Martim Lutero, dando origem a Reforma Protestante. Quando observamos líderes denominacionais, serem manchetes policiais na grande mídia, devido ao acúmulo de riquezas com a compra de mansões, diversos carros importados, haras para a criação de cavalos de raça, depósitos em contas inumeradas em bancos estrangeiros com desvios dos dízimos e ofertas dos fiéis, fica a pergunta: será que a história está se repetindo? Quando o Brasil estava sendo descoberto, o clero romano na Europa foi convocado a humilhação e maior proximidade com o povo, por meio de uma vida sem os privilégios obtidos pela opressão, em conluio com a classe dominante. Não é isso que está acontecendo no Brasil, com a vida de reis e grande ostentação, que alguns líderes religiosos que estão levando? 2008, será um ano de eleições municipais, onde podemos afirmar categoricamente, que diversas lideranças farão alianças promiscuas com políticos corruptos em troca de vantagens pessoais, comprometendo o Reino de Deus, como se não existisse separação entre Igreja e o Estado. Não é isto, que acontecia no século XV? Não é isto que está acontecendo agora? Diz a história do Cristianismo, que alem de corromper reis e ser corrompida, sempre em benefício próprio, a Igreja Católica Romana praticava abertamente a simonia (nome recebido pela semelhança a prática do mágico Simão, que pretendeu comprar o dom do Espírito Santo. É portanto, a definição para “tráfico de coisas sagradas, de nomeações eclesiásticas”). Com o surgimento de várias denominações neopentecostais, onde a maioria de seus fundadores não possuem nenhuma formação teológica e acadêmica, centenas de pessoas tem sido alçadas aos cargos de oficiais da Igreja: diáconos, presbíteros, evangelistas, missionários, sem estarem convertidos, sem serem batizados nas águas, onde mediante uma oferta polpuda são “consagrados” como verdadeiros neófitos, discípulos de Simão. A Igreja Evangélica Brasileira tem chorado quando um líder cristão peca contra Deus e seu ministério fracassa e a mídia secular se alegra? Cabe a nós, enquanto líderes e servos, reconhecermos o lixo e ter-mos a coragem de descartá-lo. O teólogo A.D.Tozer afirmou certa vez: “Antes de seguir a qualquer homem, é necessário que procuremos pela unção em sua testa. Não temos obrigação espiritual de ajudar homem algum, em atividade alguma que não possua as marcas da Cruz”. Contrariando a corrente de pensamento, que advoga a necessidade de uma nova reforma na Igreja, entendemos que não necessitamos assentar novos alicerces e sim, reconstruir o muro, assim como fez Neemias, mesmo que as forças dos carregadores estejam desfalecendo e os escombros sejam muitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário