terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Discipulos de Balaão


Com freqüência recebemos propostas de pregadores itinerantes para ocuparem um púlpito, durante programações organizadas pelo Conselho de Pastores de Rio das Ostras nestes 7 anos de presidência. Muitos dos proponentes são evangelistas pentecostais que percorrem o Brasil de Norte a Sul, pregando um evangelho triunfalista de prosperidade e vitorias,que sabem manusear muito bem as palavras, levando o povo a uma verdadeira catarse coletiva, prometendo curas e milagres em nome do Senhor e da sua Palavra.
Objetivos e diretos, eles na sua maioria pregam com convicção e autoridade. Os que mais se destacam pelo poder da mídia, chegam a ter fã clube evangélico, como verdadeiros ídolos do mundo gospel. Entre eles, existem aqueles que como discípulos de Balaão, para garantirem sua renda mensal, oferecem aos pastores ou as igrejas, 50% da oferta arrecadada em campanhas e cruzadas, onde o bordão principal é: “Dê o melhor para Deus”. Diante de tamanha eloqüência a clássica frase torna-se realidade: “ As palavras convencem, mas o exemplo arrasta”. O patrono dos profetas pregadores, Balaão, não era apenas um grande orador, mas também possuía uma grande capacidade poética, como um sacerdote iluminado, de profunda convicção. Contudo, mesmo com roupagem sacerdotal e liderança religiosa, Balaão, tinha um problema muito serio, para um lidere Espiritual: Falta de caráter. Por cobiça, tornou-se desleal para com Deus e o povo de Israel, sendo necessário a utilização da jumenta com a visão angelical.
Nos dias que a igreja atravessa repleta de pregadores eloqüentes, porem sem a vida no altar, fica a pergunta será que Deus vai ter que usar novas jumentas para livrar o povo da maldição do pecado da idolatria?
Os discípulos de Balaão tem por pratica, geralmente um sermão baseado em Malaquias 3.10, e se esquecem de Lucas 9.23, quando Deus não quer apenas os seus 10%, mas 100% de nossa vida. Eles batem sempre na mesma tecla, que Deus ama a quem da com alegria ( 2Corintios 9.7), porem também se esquecem que as nossas justiças são como trapos de imundícia perante Deus ( Isaias 64.6). Portanto, se aparecer alguém em sua igreja, cobrando para pregar, por mais eloqüente que seja, mesmo fazendo cair fogo do Céu, lembre-se de que o evangelho e da Graça e como o Apostolo Paulo fazia, deve ser pregado de graça.

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