terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Importância dos Patriarcas


Durante meu período de estudos no Curso de Orientação Ministerial, realizado na Escola de Preparação de Obreiros Evangélicos da Convenção Fraternal das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, com sede em São Cristovão, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como um dos fundadores, o saudoso pastor Túlio Barros, descobri que muitos fieis e principalmente oficiais da igreja, aspirantes ao episcopado não conhecem a historia da igreja cristã através dos séculos, como também os pais das denominações e o papel que eles ocuparam na formação da fé Cristã.
Estávamos na sala de aula, quando o professor Nemuel Kessller, perguntou quem conhecia a historia de vida dos fundadores das Assembléias de Deus no Brasil e para surpresa desagradável, mais da metade desconhecia, não somente os nomes de Daniel Berg, e Gunnar Vingren, como também os dogmas e doutrinas de fé da igreja pentecostal no Brasil, como maior denominação evangélica do mundo. Assim que fui recebido no Ministério de Madureira, também percebi, que a nova geração de obreiros, também desconhecia a importância da contribuição do pastor Paulo Leivas Macalão, como fundador da Assembléia de Deus em Madureira, na historia do movimento pentecostal em solo pátrio.
Assim como os pais da igreja cristã nos seus primeiros séculos de igreja indivisa consolidaram a doutrina Bíblica no combate ao erro e as heresias. Da mesma maneira, homens da estatura de fé como Berg, Vingre e Macalão trabalharam pela evangelização e o derramamento do Espírito Santo no Brasil transformando uma igreja iniciante com apenas 19 pessoas em uma casa de família, no Bairro Cidade Velha, no dia 18 de junho de 1911, no alicerce da obra pentecostal com milhões de fieis em todas as regiões do Brasil, alcançando com o fogo do Espírito Santo todos os seguimentos da sociedade Brasileira. Ainda que na interpretação racionalista pós-moderna, os pais da igreja atual, sejam considerados como personagens históricos ultrapassados, estando superados pelo simples fato de pertencerem aos primórdios do igreja, podemos afirmar categoricamente que isto representa uma mentalidade modernista inadequada ao momento presente, em que mais necessitamos conhecer nossas origens. O pensamento reinante da nova geração de obreiros com total desconhecimento da historia de sua denominação, representa uma grande ignorância e reducionismo, fruto de uma mentalidade atrasada. Com isso, não é de se espantar,a tremenda crise de identidade de muitos pastores, cujas igrejas flutuam ao sabor das modas teológicas oportunistas, rompendo com a boa tradição cristocêntrica, trazendo vergonha com escândalos heréticos ou de natureza moral. Aqueles que não conhecem nossa historia de compromisso com a santidade da igreja, estão querendo transformas as Assembléias de Deus na proximidade de seu centenário, em uma igreja a la carte, self service, onde cada um escolhe seu prato e se serve a vontade com comida estragada. Alguns lideres da Assembléia de Deus contemporânea, com seu culto e tributo a juventude e a reciclagem de valores, se rende e glorifica o modismo passageiro, tendo dificuldades para reconhecer e enxergar o valor dos nossos antepassados. Está se criando no seio da igreja, uma nova geração que por desconhecer os fundamentos da fé pentecostal, estão glorificando a imagem e o espetáculo, não valorizando o sangue e as lagrimas derramadas pelos patriarcas. Torna-se necessário lembrar-mos dos nomes dos pais e seus ensinamentos, para não perdermos o deposito da fé, tal como o apostolo Paulo exigiu do seu filho e discípulo Timóteo (II Timóteo 1:13-14). A teologia contemporânea pregada em alguns púlpitos da igreja, ignoram os patriarcas, perderam a fé e a identidade pentecostal. Se não sabemos quem somos,nem de onde viemos, também não saberemos para onde vamos, criado o perigo da fragmentação, ruptura e dispersão.

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