sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ignorando o inferno


Minha esposa costuma reclamar quando prego um sermão mais longo, que ultrapasse 30 minutos. Já alguns jovens mesmo sendo membros de uma igreja genuinamente evangélica, torcem o nariz e ficam irrequietos, quando prego sobre o inferno. Para muitos segundo uma interpretação moderna, o inferno é aqui mesmo, onde todos haverão de pagar seus pecados. Depois de pregar em diversas igrejas como também ouvir inúmeras pregações e assistir dezenas de mensagens de evangelistas famosos, como também, estudarmos as palavras inferno e julgamento presentes em todo Novo Testamento, percebemos que nos púlpitos da igreja triunfalista, pós-modernista, estão ignorando o inferno desconsiderando o impacto humano que ele causa. Um evangelho de auto ajuda, água com açúcar, ao sabor do freguês, tem sido pregado por todo Brasil, levando ao inchaço das igrejas, sem porem citar o ensino sobre o inferno.
As palavras de Jesus sobre o gehenna, o deposito de lixo nos arredores de Jerusalém, onde os corpos eram lançados, onde os vermes os comiam, e o fogo não parava de queimar, foram lançadas no esquecimento do sermonário de muitos pastores de “ sucesso” da teologia da prosperidade. A igreja que não prega a realidade do inferno e no fato de que aqueles que foram criados a imagem de Deus, que tendo aceito Jesus como Senhor e Salvador, haverão de viver a eternidade em comunhão com Ele ou distante Dele, esta fadada ao fracasso espiritual, mesmo que seus cofres estejam cheios de moedas e seus pastores andem de carros importados e cortem os céus do Brasil a bordo de jatinhos, naquele grande dia receberão do Senhor, uma declaração desagradável: apartai-vos de Mim.
A missão da igreja e de seus ministros, é pregar o evangelho completo, sem omitir nenhuma palavra, ou como afirmou o grande pregador Charles Spurgeon: “ Se pecadores haverão de perecer, que pereçam com nossos braços ao redor de seus joelhos, que ninguém experimente os tormentos do inferno sem que tenha recebido nosso aviso e orações.

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