No último feriado do dia do trabalhador, fui passear com minha família no shopping e aproveitar a oportunidade para assistir ao lançamento nacional do filme “Homem de Ferro” da Marwel, onde o personagem Tony Starck, um industrial de armas bélicas vive uma vida de playboy vazia e sem sentido, até o dia em que preso por terroristas constrói sua armadura invencível e se transforma no poderoso homem de ferro, disposto a salvar a humanidade dos criminosos. Ali naquele cinema, diante da gigantesca tela, em fração de segundos, voltei no tempo na minha adolescência em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, quando na Igreja Batista e no Colégio Pan Americano, aprendi sobre a vida dos missionários e pastores norte-americanos, dispostos a salvar o mundo do pecado com a pregação do Evangelho, verdadeiros “Pastores de Ferro”, onde nada podia lhes separar do amor de Cristo: nem a fome, a sede, a tortura... Meus olhos lacrimejavam, diante daquelas biografias vitoriosas. No meu íntimo ardia um desejo latente em um futuro não muito distante, também ingressar no ministério da Palavra e tornar-me um “super pastor” respeitado pela sociedade, sendo agraciado com honrarias pelas autoridades, sendo chamado para pregar nos púlpitos das maiores catedrais, enfim um verdadeiro paladino da justiça de Deus. Na fase adulta, foi que descobri, depois de muito tempo, que nós, os evangélicos, também temos os nossos bezerros de ouro, assim como o povo de Israel na época de Moisés. Mesmo após termos sido alcançados pela graça e misericórdia do Senhor, passamos a idolatrar líderes denominacionais como se fossem verdadeiros Super Homem.
Há poucos dias encontrei-me na rua com um pastor assembleiano sexagenário, que se afastara das reuniões do Conselho de Pastores da Cidade e perguntei onde ele estava, ao que respondeu: Estou por aí! Curioso, indaguei: Por aí aonde? Qual Igreja? Cabisbaixo, ele declarou que após 40 anos de pastorado, estava cultuando a Deus em sua residência, pois tinha se decepcionado com a liderança de sua denominação, pelo qual possuía verdadeira admiração, desde a sua infância, e agora havia descoberto inúmeras transgressões das leis de Deus por aqueles homens, os quais ele considerava: “Pastores de Ferro”. Após suas justificativas, de maneira direta, perguntei-lhe: Jesus alguma vez te decepcionou? Ao que prontamente respondeu: Jamais!
No auge do programa televisivo do pastor Jimmy SWAGGART direto de Baton Rouge – Louisiana – EUA para cerca de 150 países, milhares de crentes não participavam mais dos cultos de adoração em suas Igrejas. Quando de sua vinda ao Brasil, para a realização de uma Cruzada Evangelística no Maracanã, fui convidado para trabalhar como conselheiro, representando a diretoria da Umader – União de Mocidade das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, e ouvi inúmeros comentários do povo nas arquibancadas do estádio, tais como: Isso que é um Super Pastor, não tem medo de nada!
Já algumas mulheres, nutriam profunda admiração por SWAGGART, considerando-o o supremo defensor da família e do casamento.
O que aconteceu depois, todos nós sabemos, um grande escândalo sexual com uma prostituta nicaragüense derrubou SWAGGART e milhares de pessoas tiveram sua fé enfraquecida, porque depositaram confiança apenas no homem. O que aprendemos com esse caso e muitos outros, é que a natureza humana anseia por heróis. Os apóstolos lutaram contra esse pecado desde o começo. Quando Cornélio caiu aos pés de Pedro, o apóstolo disse: “Ergue-te, que eu também sou homem”. (At 10:26). Paulo e Barnabé recusavam ser tratados como deuses (At 14.8-18). Quando o rei Herodes aceitou a adoração de homens, Deus o matou (At 12.20-23).
Cada Nação com sua cultura e História, possui seus heróis, isso faz parte da natureza pecaminosa da humanidade, porém a Bíblia, a Palavra revelada não incentiva o culto dos heróis, como também, não esconde as imperfeições e pecados dos homens que foram usados poderosamente por Deus. A Palavra viva se recusa a alimentar nosso desejo de cultuar homens de ferro, pois sabemos que na verdade, eles somente existem nas histórias em quadrinhos, com um coração atômico, enquanto Deus tem levantado homens segundo o Seu coração.
Há poucos dias encontrei-me na rua com um pastor assembleiano sexagenário, que se afastara das reuniões do Conselho de Pastores da Cidade e perguntei onde ele estava, ao que respondeu: Estou por aí! Curioso, indaguei: Por aí aonde? Qual Igreja? Cabisbaixo, ele declarou que após 40 anos de pastorado, estava cultuando a Deus em sua residência, pois tinha se decepcionado com a liderança de sua denominação, pelo qual possuía verdadeira admiração, desde a sua infância, e agora havia descoberto inúmeras transgressões das leis de Deus por aqueles homens, os quais ele considerava: “Pastores de Ferro”. Após suas justificativas, de maneira direta, perguntei-lhe: Jesus alguma vez te decepcionou? Ao que prontamente respondeu: Jamais!
No auge do programa televisivo do pastor Jimmy SWAGGART direto de Baton Rouge – Louisiana – EUA para cerca de 150 países, milhares de crentes não participavam mais dos cultos de adoração em suas Igrejas. Quando de sua vinda ao Brasil, para a realização de uma Cruzada Evangelística no Maracanã, fui convidado para trabalhar como conselheiro, representando a diretoria da Umader – União de Mocidade das Assembléias de Deus no Estado do Rio de Janeiro, e ouvi inúmeros comentários do povo nas arquibancadas do estádio, tais como: Isso que é um Super Pastor, não tem medo de nada!
Já algumas mulheres, nutriam profunda admiração por SWAGGART, considerando-o o supremo defensor da família e do casamento.
O que aconteceu depois, todos nós sabemos, um grande escândalo sexual com uma prostituta nicaragüense derrubou SWAGGART e milhares de pessoas tiveram sua fé enfraquecida, porque depositaram confiança apenas no homem. O que aprendemos com esse caso e muitos outros, é que a natureza humana anseia por heróis. Os apóstolos lutaram contra esse pecado desde o começo. Quando Cornélio caiu aos pés de Pedro, o apóstolo disse: “Ergue-te, que eu também sou homem”. (At 10:26). Paulo e Barnabé recusavam ser tratados como deuses (At 14.8-18). Quando o rei Herodes aceitou a adoração de homens, Deus o matou (At 12.20-23).
Cada Nação com sua cultura e História, possui seus heróis, isso faz parte da natureza pecaminosa da humanidade, porém a Bíblia, a Palavra revelada não incentiva o culto dos heróis, como também, não esconde as imperfeições e pecados dos homens que foram usados poderosamente por Deus. A Palavra viva se recusa a alimentar nosso desejo de cultuar homens de ferro, pois sabemos que na verdade, eles somente existem nas histórias em quadrinhos, com um coração atômico, enquanto Deus tem levantado homens segundo o Seu coração.
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